É preciso cautela nos rumos que serão decididos porque dele depende muito o progresso e o desenvolvimento do nosso povo do semiárido, que precisa de porta-vozes não para locupletarem os seus apaniguados, mas para trazer esperança de um futuro mais promissor. Por enquanto ainda não dar para confiar em ninguém.
Na corrida para representar o Araripe, os corredores dão a largada e alguns precisam se apresentar a Sociedade Araripiana, provavelmente não como bons de projetos e propostas que beneficiarão a população da chapada, mas como bons de votos.
Se tornar conhecido tem sido a prática adotada para estreitar os laços com o eleitorado e muitos usam sua influência para demonstrar que o “curral eleitoral” é domínio deles e sempre fazem da vantagem destes, o total controle sobre o comando das pessoas.
Três candidatos a Deputado Estadual saem das fileiras dos grupos políticos do município de Araripina – Raimundo Pimentel (PSB), que disputa mais uma legislatura, Roberta Arraes (PSB), e Aluízio Coelho (PMDB) - e demonstra a hegemonia dessa divisão administrativa para lançar nomes de representantes o que evidente, seria mais interessante outras sugestões e outras representações políticas para o fortalecimento da democracia.
Raimundo Pimentel entrará na disputa do seu quarto mandato provavelmente com baixas, porque se entende que perderá boa parte do seu eleitorado no município, principalmente os que são ligados a Lula Sampaio (PTB), que apoiará a candidatura oposicionista ao governo de Eduardo Campos (PSB) – do Senador Armando Monteiro (PTB). A coisa também deve ficar complicada nos outros municípios caso o soberano ponha a sua mão influente e faça valer a sua força. Aí o bicho pega.
Todos prefeririam que ele (Pimentel) estivesse à porta da casa de outra agremiação partidária e tivesse optado por uma saída honrosa a ficar no partido socialista, principalmente por ele ser oposição ao grupo liderado pelo atual prefeito – Alexandre Arraes – em Araripina, que também é do PSB. É que ainda não houve uma explicação plausível e pública para ele continuar no partido socialista, mesmo com demonstrações claras de que não é bem quisto e de que é carta fora do baralho para ser um nome forte e principal na disputa para a vaga de deputado estadual no Araripe, e evidente, isso já justificaria um motivo de acordo com a Resolução – TSE – nº 22.610/2007 - de Desvio reiterado do programa partidário e grave discriminação pessoal. Se eu estiver errado, quero corrigir o meu erro, afinal, não vivencio os bastidores do mundo podre da política.
A militância diz que ela será eleita a Deputada do Sertão, pois, conta com o apoio do Governador (é o que dizem) e de boa parte dos prefeitos do Araripe.
Prevalecer-se-á da importância do cargo que seu marido ocupa hoje como presidente do Consórcio Intermunicipal do Sertão do Araripe Pernambucano – CISAPE – para dar inicio a divulgação do seu nome, apesar de desconhecida no mundo político e pouco afeita ao contato popular (apreenderá rápido, aliás, já iniciou a caminhada) – e terá que mudar os seus hábitos e tendo que enfrentar o “cheiro de gente pobre”, com quem por sua elegância e suntuosidade trazida por herança familiar terá que se despojar no ato das atividades políticas para então encarnar o personagem da qual irá interpretar, para assim ganhar notoriedade.
O grito de já ganhou e da propaganda que já vem sendo feito com seu nome (Infringindo o Art. 36 da Lei nº 9 504, de 30 de Setembro de 1997 – Que diz que a propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 05 de julho do ano da eleição) lembra o de Arraes que disputou a prefeitura com um caminho fértil para trilhar como vencedor, favorecido pela desastrosa administração de Lula Sampaio (PTB) – foi bem mais fácil e compreensível, já para a primeira dama, pisar o pé no freio é fazer uma reflexão que a situação não é tão confortável assim, seria bem mais sensato e inteligente, afinal, Arraes tem tido essa administração propagandeada pelos seus colaboradores marqueteiros e de imprensa, e boa parte da população está insatisfeita. Façam uma pesquisa interna para avaliar a popularidade de Alexandre com um instituto de credibilidade e comecem a trabalhar em cima do negativo criando estratégias que não atendem só a interesses de um grupelho.
Como também frequento lugares de uso público e de muita circulação, apesar de um pouco retraído, fico a observar e escutar atentamente as pessoas, mesmo que às vezes aparentando alheio aos movimentos, mas com sou todo ouvidos, ouvi essa semana comentários que justificam a minha dissertação. Cerca de seis pessoas comentavam a provável candidatura da Primeira Dama, todas foram eleitoras fiéis de Arraes na campanha de 2012, cinco disseram em alto e bom tom que além de decepcionadas não votariam em Roberta. Uma preferiu o silêncio. Quem quiser acreditar, foi dado o recado.
O outro candidato já chamado de terceira via é o Dr. Aluízio Coelho – Presidente Municipal do Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB – aliás, partido fiel e aliado do Governador Eduardo Campos na corrida ao governo do Estado e a Presidência da República. Já tem uma chapa quente na mão, porque pretende conquistar votos de quem se desiludiu com Pimentel por conta da história já citada acima, e precisa se posicionar contra os desmandos que Araripina enfrenta atualmente e para isso terá que enfrentar as barreiras que serão impostas pelo seu partido por conta do apoio a Eduardo Campos. Ele pode declarar voto ao candidato do PTB ao governo do Estado de Pernambuco e terá uma indigestão enorme para resolver.
Ainda desconhecido e tratado como aventureiro político, tem criado bases e montado grupos de discussões (principalmente com aquelas pessoas que estão desiludidas com os velhos cacifes e profissionais da política), para ampliar o seu leque de influência e quem sabe criar abertura num espaço que precisa ser ampliado para acabar com a polarização que existe em Araripina e na Região do Araripe.
Opinião e vontade existem diversas. O poder é uma janela aberta para as facilidades dentro desse mundo político, sou ciente que sim. Mas é preciso cautela nos rumos que serão decididos porque dele depende muito o progresso e o desenvolvimento do nosso povo do semiárido, que precisa de porta-vozes não para locupletarem os seus apaniguados, mas para trazer esperança de um futuro mais promissor. Por enquanto ainda não dar para confiar em ninguém.
Essa novela tem mais de 200 capítulos para chegar ao seu desfecho final. Ainda teremos muitas tramas, trapaças e mentiras para a definição da trama e somente o eleitor, o protagonista principal da história será o responsável por esse final.
"Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição".
De dois em dois anos temos o poder em nossas mãos. Ora votamos em vereadores, deputados e governadores, ora em presidente e senadores. Época em que somos bajulados, carregados nos braços. Época em que os postulantes aos cargos públicos “esquecem” seus celulares em casa (irá usá-los indiscriminadamente quando forem eleitos), apertam nossas mãos e nos abraçam como se fossemos membros da família. Para alguns candidatos o cheiro de gente já é bem familiar (mesmo que não goste) e para outros será necessária uma força hercúlea e muita abnegação para que não se sinta enojado(a) ao abraçar um trabalhador rural; que não vomite ao sentir o hálito de uma pessoa humilde, pessoa essa que não encontra tratamento num posto de saúde porque não tem dentista; pegar uma criança desnutrida no colo e dar-lhe um afago. Abraçar apenas “distintas senhoras”, aquelas homenageadas em outdoors; fechar um clube e convidar a alta sociedade Araripeana para o chá das cinco, não renderá muitos votos para aqueles que querem representar o Araripe.
ResponderExcluirExistirá uma disputa desigual. O principal meio de comunicação, o rádio, imposta pela ditadura da atual administração, como todos já sabem, já elegeu a sua candidata. Será a “queridinha do palácio do governo para deputada estadual” (antes federal). Isto é mais do que evidente: é só olhar os blogs de Araripina e vê-la frequentemente aos sorrisos com o Sr. Eduardo Campos. O seu papel, caso eleita, será apenas decorativo. Servirá apenas para formar maioria e tentar livrar o seu Eduardo de alguma denúncia grave. As denúncias já estão aparecendo. Por enquanto vemos apenas a ponta do iceberg.
Os demais candidatos, sejam quantos forem, terão apenas os blogs e poupança própria para alimentar uma esperança de ser “ungido” pelo povo. Qualquer que seja o “ungido” esperamos que ele não traga falsas esperanças para a cidade, que não prometa coisas que não possa cumprir, ou seja: UPA 24 horas (que não veio), UTI (que não veio), Centro de Hemodiálise (que não veio), Transnordestina (que ninguém mais discute), Adutora (cadê?). Prometa coisas simples e plausíveis: remédios nos postos (que não tem), dentistas para atender a população pobre (que não tem), que exija que a administração pague os motoristas escolares em dia, que exija que administração reforme as escolas e não deixe o teto cair sobre a cabeça de nossas crianças (abrindo um parêntese, o teto do refeitório da escola Nossa Senhora da Conceição, que fica na Vila Santa Maria, desabou), que exija a nomeação dos concursados, que exija transparência nas contas públicas.
Como será Araripina depois de abril tendo como governador do estado o Sr. João Lyra? Como vão se portar os postulantes ao cargo de deputado? As portas estarão abertas para um cafezinho e solicitação de mais verbas para o município? E se acontecer uma “caça às bruxas”? Com certeza, as supostas benesses (que nunca vimos a cor do dinheiro) dadas à cidade pelo Sr. Eduardo ficarão minguadas e farta munição terá os candidatos para pisotear a administração exemplar (sic) do atual gestor, respingando na primeira dama.
O Araripe (e todo o Brasil) está carente de representantes honestos. O político honesto precisa ser 100% transparente, cujos atos sejam completamente explícitos e conectados com a realidade do seu povo. Muitos aventureiros, políticos profissionais, que não vivem a realidade do Araripe se juntarão aos políticos locais e como se fossem velhos conhecidos se apresentarão como única opção para todos os problemas da região. Certamente saberemos separar o joio do trigo.