Monteiro Lobato, um dos nomes da nossa literatura mais admirado e um publicista (escritor político, pessoa que escreve para o público sobre vários assuntos) com uma visão de um crítico social. Nenhum escritor falou como ele, pela maioria silenciosa, pelos analfabetos, pelos caboclos, pela baixa classe média, tartamuda e, hoje, alienada pelos meios de comunicação interesseiros e vulgares. Defensor árduo do Petróleo Brasileiro e um dos mais celebrados autores de contos infantis, gostava de política como ninguém, mas devido as grandes decepções que teve nesse mundo de tantas trapaças e mentiras, desiludiu-se.
Preso e perseguido resolveu escrever histórias infantis e criou a Emília – boneca de pano, para desafogar todas as suas mágoas e sentimentos de um mundo que ele tanto se dedicou, mas que nunca o compreendeu como a mola propulsora para transformação de um país e de uma nação rica e desenvolvida. Porque os interesses pessoais eram bem maiores do que o do bem comum. Como Emília, inteligente, sapeca e peralta, a partir de hoje eu tenho o meu boneco fictício para também expressar meus sentimentos e minhas angústias. EMÍLIO, em respeito ao meu grande ídolo – LOBATO – virá também a fazer parte de um enredo em que os personagens terão nomes fictícios, mas que serão de fato em suas histórias, reais personagens de um mundo real. Não posso parar de escrever porque uma meia dúzia de pessoas se sente ofendida. Emílio fará transbordar toda essa adrenalina que ainda está retida nos meus neurônios, e que precisa ser liberada para dar vida aos meus personagens e aos meus contos.
O reizinho, a rainha, o príncipe, a princesa, o plebeu, a plebeia, o insano, o vadio, o jogador, o cúmplice, comporão daqui para frente as minhas ideias e uma forma de protesto de uma ditadura escancarada que estamos vivendo em plena democracia.
Mas com certeza eu irei me divertir muito. Não sei vocês.
E a lua, tal qual a dona de um bordel...(João Bosco)
Boa Leitura e aguardem novos contos.
Blog do Paixão