Foto da Cidade de Trindade, Sertão de Pernambuco
Crédito: Carlos Paixão
Pessoalmente realizei
oitivas com pessoas (eleitores) do Município de Ouricuri, Bodocó, Trindade e
Ipubi, inclusive cidadãos que referendaram os seus votos nas urnas em 2012, nos
atuais gestores, e as conversas tornam-se unanimidade quando o assunto é
“Gestão Municipal no Araripe”, isto, incluindo todos os prefeitos, e a
repercussão negativa do atual cenário político não é dos melhores.
Numa descontraída
conversa com jovens da cidade de Trindade, e me referindo à administração do
atual governo como sendo uma das melhora, e entre tantas as discussões acerca
dos problemas decorrentes da situação calamitosa que vivencia as gestões no
sertão nordestino, nessa parte que se estende pelo semiárido pernambucano, da
caatinga destruída e das mazelas seculares, eles não economizaram palavras e
nem disfarçaram a insatisfação de que o povo trindadense começa a imaginar e a
enxergar entraves no município que está submisso a um modelo desfigurado e
ultrapassado de gerir, e que a própria mudança do gestor em trocar de partido,
do qual ele foi um fervoroso crítico na campanha em 2012, por motivos que irão
apenas o colocar mais próximo do Palácio do Campo das Princesas, por enquanto
não tem surtido o tão milagroso avanço que os munícipes necessitam. Os jovens
que confessaram ter votado no atual gestor, que era do PR e se filiou ao PSB,
pessimistas, disseram que o Município estacionou no tempo.
Falaram sobre a
situação caótica da Avenida Central e cobraram agilidade no tão prometido
asfalto da alameda, que segundo eles, já fora prometido oficialmente pelo
prefeito.
Os eleitores com quem conversei
que pediram para resguardar os seus nomes, assumiram o compromisso de votar no
atual prefeito, mas se mostram totalmente arrependidos e como nos outros
municípios, não acreditam em esperanças seja numa provável reeleição, seja com
outro postulante. Eles relataram que existem uma demanda de serviços que
precisam ser agilizados, a exemplos de esgotos estourados, entre tantos erros
que para os jovens, a mídia da cidade não tem mostrado.
O desabafo dos dois
jovens, além das conversas que o editor do GJ tem realizado com cidadãos de
outras cidades da região, é um sentimento quase que unânime na Região do
Araripe. Araripina, Ouricuri, Bodocó, Ipubi, formam hoje um quarteto que apresentam
um termômetro que mede a temperatura do ambiente político, e que define o
posicionamento dos araripeanos, como sendo um dos piores quadros representativos
político como nunca visto na nossa história.
A crise? Recursos
escassos? Inchaço de cargos nas gestões? Desvios de verbas? Falta de
transparência? Liberdade para gerir sem ser incomodado? Falta de ação do
Ministério Público de Pernambuco?
O que mais acrescentaríamos
para diversificar os desmandos que as nossas cidades, que o Araripe tem
presenciado e que a justiça de Pernambuco, o TCE, o Ministério Público de
Contas, precisa dar uma resposta imediata e convincente de que os prefeitos não
estão assumindo com os seus compromissos diante dos araripeanos?
Por que os portais de
transparência – o TOME CONTA, através do seu órgão criador, não analisam as
empresas, os contratos vultosos, as armações para ludibriar os cidadãos com
contratações e pagamentos que superfaturam pelo o olhar, e dão uma resposta
também de lisura aos contribuintes?
Parece que para
combater mesmo a corrupção que no país podemos dizer já é endêmica e sistêmica,
vai ser preciso uma varredura em todas as instâncias do país.
Mais como fazê-la, se
quem comanda não tem interesse em fazer, e todos estão envolvidos nesse
emaranhado de falcatruas que vai sempre deixar o Brasil nessa desconfortável
posição de emergente.
Enquanto isso, o
Sertanejo do Araripe, espera um dia, ficar pelo menos à sombra desse berço
esplêndido.
Artigo de o Grande Jornal do mês de Janeiro
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