Ninguém vive absolutamente livre com se pensa, porque nada é absolutamente absoluto.
Essa ideia de liberdade acima de tudo é em si, um peso, como qualquer ditadura ou coisa imposta. É essa cultura de que somos todos livres, que podemos fazer tudo, e “tô” nem aí, é um perigo e pode ser o grande repressor dessa nova geração.
Nos isolamos cada vez mais, mesmo estando no meio da multidão, corremos para dentro do quarto, para sentirmos a sensação de estarmos no centro de tudo. Estamos todos atuantes, mandando mensagens, dando cada um o seu recado, nos aproximando sem estarmos próximos, falamos de nós mesmos, nos mostramos cada vez mais...agimos a favor das minorias, apontando o dedo para todos os problemas do país.
E isso é fantástico, estamos todos conectados, todos nós temos opiniões próprias, que coisa maravilhosa, a internet nos tirou do calabouço e nos trouxe ao centro de tudo.
Mas também está tirando a alma do ser humano. O amor ao próximo, o prazer do contato, o diálogo, a alegria do encontro, o prazer de estar juntos, as brincadeiras, as brigas, o choro de emoção sincera...
Tirou até mesmo o prazer de estar só consigo mesmo, e poder pensar, meditar, orar, ler um bom livro, de ver e viver o mundo real.
Deixamos de ser seres humanos, agora somos todos máquinas humanas, estamos deixando passar em branco, o melhor de nossas vidas, deixando de sermos seres sociais, para viver um isolamento social.
O quadro que vemos hoje: a família reunida em casa, o pai mão larga o celular, a mãe não sai da frente da TV, os filhos cada um no seu quarto ligado no celular (facebook, whatsapp, twitter...)... cada um no seu mundo particular.
Fim de semana no passeio, todos no lugar maravilhoso, com tudo para se divertir, ser feliz e conhecer as pessoas novas, interessantes, mas não: cada um se isola no seu canto, ligado nas redes sociais, procurando ver o que se passa lá fora, quando na verdade, o melhor está ali.
Estamos tão envolvidos, que a cada dia inventamos, já não bastam as que existem: novas doenças, novas drogas. Vi no jornal, acho que na China, um número grande de jovens internados, isolados. Diagnóstico médico: doentes viciados em internet.
Se a moda pega logo, logo, aqui no Brasil, os loucos por dinheiro, vão começar a equipar verdadeiras clínicas ou centros de reabilitação. Lá fora eles levam a sério, mas aqui no Brasil, vão agir como nos presídios, ao invés de cura, tudo o que vão encontrar lá são, celulares, notbook, internet à vontade.
Os doentes jamais vão querer sair de lá, e os que estão fora, vão querer ser internados.
Hoje não precisamos mais fazer um almoço, um jantar, uma reunião para juntar a família. Isso não se faz necessário, todos os dias nos vemos, nos falamos, nos comunicamos nas redes sociais, facebook, whatsapp, twitter, e tantas outras coisas que ainda vão inventar, para nos isolar cada vez mais e deixar aquela sensação de que estamos todos juntos, atuando e atuantes, NO CENTRO DE TUDO.
A cena mais comum hoje é a pessoa estar presente em um lugar, uma reunião, um encontro, numa mesa de bar, e até namorando. Já vi isso cada um ligado no celular ou not ou netbook. Não vai longe o tempo em que, o casal vai fazer sexo, e vai ficar cada um ligado no celular olhando outras paisagens.
Que coisa!!!
Nós estamos num estado tão avançado de desenvolvimento que os políticos do mundo todo, acreditam que estamos todos anestesiados, não enxergamos nada mais na vida real, só nas redes sociais.
Por isso eles dizem, “tô nem aí”. E vemos a corrupção galopante, descaso com a saúde, com a educação, segurança, crianças em escolas destruídas, estudando sentados em lençóis no chão desconfortável, doentes nos leitos sujos ou jogados ao relento, ruas e cidades violentas, mas tudo parece normal, nesses tempos.
Tanto fizeram que a muito tempo, a humanidade se esqueceu de Deus, do Deus vivo e verdadeiro, e continua buscando, salvação e solução, onde não pode encontrar.
E agora estamos também nos esquecendo de nós mesmos, ninguém mais pede socorro ou procura um ombro amigo, uma palavra que conforte. Se for ambicioso, desonesto, se assim não o fizer, será chamado de chato. Fraco.
Estamos só a espreita de quem puxe primeiro o gatilho! Da arma de fogo, da corda no pescoço, o gatilho do orgulho, da depressão, da indiferença, do julgamento, da solidão crônica, da arrogância, do desprezo, da insegurança.
Mas todos nós sabemos e temos a prova e a certeza, que quando estamos juntos, quando agimos juntos e conscientes, somos mais fortes, somos imbatíveis.
Ex: quando saímos das redes sociais e fomos para as ruas, com propósitos, aí sim, eles tiveram medo de nós. A voz das ruas se impôs, e assustou os políticos...
Quando a família se junta, quando amigos se juntam, quando o povo se junta, tudo se transforma, numa força maior.
Brasil, brasileiros, essa é a nossa hora. Hora de mudar, de ter consciência e votar pra valer, você é dono do seu voto. Desse voto, consciente, vai depender o futuro dessa nação e a solução dos muitos desses erros do presente.
Puxa vida! É como diz Tom Zé – cantor e compositor tropicalista: “Quando assim fizermos: eles vão cagar nas calças”.
Jovens: existem bons livros. Precisamos estudar mais o português. Eu quero ver voltar ao currículo escolar, à disciplina “Moral e Cívica”. Faz falta hoje.
Jovens vamos nos preparar, o futuro pertence a vocês. Usufruam de tudo, com prudência, tranquilidade e consciência.
Há tempo para tudo, debaixo do sol...
É preciso ir além das aparências. É urgente, é preciso educar o Brasil!
E a tecnologia está aí para nos levar para um futuro cada vez melhor.
Blog do Paixão