PUBLICIDADE

Type Here to Get Search Results !

cabeçalho blog 2025

História de Pernambuco: Governantes do período republicano (1889 — 2022)



Já que amanhã, dia 1º de janeiro de 2023, se encerra um ciclo socialista de 16 anos no poder com o fim do governo Paulo Câmara e inicia o Governo de Raquel Lyra (PSDB) com um prenúncio de que Pernambuco precisa tomar um outro rumo, que não seja o de uma herança política que tinha um projeto de permanência no poder e havia controlado o nosso estado como uma Capitania Hereditária comandada pela Dinastia Campos/Arraes, manobrando e tornando ao seu bel-prazer os seus interesses, do partido socialista, dos aliados, das instituições públicas uma arma para subjugar os pernambucanos.

O ciclo que se inicia precisa apontar Pernambuco para um novo norte, distanciado das velhas práticas que em todas as áreas, desde as áreas sociais e de segurança pública já não davam mais as respostas que só as estatísticas apontavam como forma de que tudo precisaria de uma mudança drástica.

Mas a síntese acima é apenas para dar o tom do sentido do que queremos mostrar no quadro dos nossos governantes que se daqui pra frente nada mudar, os clãs políticos, como da própria Governadora eleita, estarão sempre no controle do governo e sem mudanças significativas. 

Primeira República Brasileira (1889-1930)

1º. José Cerqueira de Aguiar – Partido Republicano Brasileiro - PRB

Período do mandato: 16 de novembro de 1889 a 12 de dezembro de 1889

Governo provisório até as eleições

José Cerqueira de Aguiar Lima (Salvador6 de março de 1828 — Rio de Janeiro20 de dezembro de 1898) foi um militar e político brasileiro.

Após a Proclamação da República, o coronel Aguiar Lima foi a primeira pessoa a governar Pernambuco, ficando no cargo provisoriamente em 1889, deixando-o ainda no mesmo ano, após as eleições que elegeram o brigadeiro José Simeão de Oliveira para o governo do estado.

Foi um dos signatários do Manifesto dos 13 generais contra Floriano Peixoto.

2º. José Simeão de Oliveira – Partido Republicano Federal – PRF


Período do mandato:
12 de dezembro de 1889 a 25 de abril de 1890

Primeiro Governador eleito no período republicano

Marechal José Simeão de Oliveira (Rio Grande26 de setembro de 1838 – Nova Iorque20 de junho de 1893) foi um militar, engenheiro, veterano da Guerra do Paraguai, líder republicano, político, governador, senador, constituinte, Ministro da Guerra e estadista brasileiro.

Vida militar

Ingressou na vida militar em 1855 no 1º. Regimento de Artilharia a Cavalo sob o comando do então Major Emílio Luiz Mallet, futuro patrono da artilharia. Essa unidade do Exército foi a primeira de artilharia de campanha do país e havia sido instalada originalmente em sua cidade natal, no ano de 1831 (atualmente denominado 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado – 3º G A C Ap ou, popularmente, Regimento Mallet – está sediado em Santa Maria-RS).

No posto de Alferes atuou na guerra contra Aguirre, a Guerra do Uruguai, conflito ocorrido em 1864 e 1865, entre o Brasil e o Uruguai, na função de encarregado do registro histórico das operações.

Chegou a 2º Cadete em 1857, 2º Tenente e a 1º Tenente em 1862, Capitão em 1867 e assim sucessivamente até alcançar, na ativa, ao último posto da carreira, promovido a Marechal Graduado em 1892 e a ocupar o mais alto cargo das Forças Armadas da República, nomeado Ministro da Guerra.

Foi aluno da Escola Militar da Província do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre, sendo posteriormente Comandante dessa mesma Escola Militar de 1880 a 1886 (atual Colégio Militar de Porto Alegre - CMPA). A Escola Militar, na época, funcionava na Chácara da Baronesa (de Gravataí), local hoje ocupado por uma unidade da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e mais tarde foi transferida para o Casarão da Várzea.

Lutou na Guerra do Paraguai, a guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai que perdurou de 1865 a 1870, o segundo conflito mais sangrento da história das Américas. Atuou na batalha de Cerro Corá, a última ao final da Campanha da Cordilheira. Com a patente de major, participou ativamente do episódio da morte do presidente paraguaio Francisco Solano Lopez, em 1 de março de 1870, integrando a tropa do General José Antônio Correia da Câmara, e trouxe do Paraguai a espada de Lopez a qual foi por ele entregue nas mãos do Imperador Dom Pedro II, em 1870.

Engenheiro

Simeão foi aluno da Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro (atual Instituto Militar de Engenharia - IME), que na época era a única escola de engenharia no país. Graduou-se bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas e formou-se Engenheiro. Foi, então, Comandante da 3ª Cia. do Batalhão de Engenheiros e membro da Comissão de Engenheiros do 1º Corpo de Exército.

Esteve em trabalhos de exploração e construção da Estrada de Ferro D. Pedro II, a primeira do Brasil, em 1873. Foi ajudante interino da Fortaleza de Lage, na entrada na da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Atuou como assistente do Deputado Ajudante General junto ao Comando da 2ª Divisão da Cavalaria. Foi Comandante da Fábrica de Pólvora da Estrela em Magé-RJ e comandante da Escola de Tiro de Campo Grande, no Rio de Janeiro.

Com a patente de coronel foi fundador e primeiro secretário do Clube Militar em 1887, juntamente com o Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, o Almirante Custódio José de Melo e outros militares. O Clube Militar, sediado no Rio de Janeiro, teve uma importante participação na Proclamação da República.

Política

José Simeão de Oliveira- Ministro do Superior Tribunal Militar - 1890

Simeão foi um líder republicano tendo destaque no movimento que culminou com a Proclamação da República e no período inicial de consolidação da Republica dos Estados Unidos do Brasil.

Imediatamente após a Proclamação da República o general José Simeão e o tenente-coronel João Nepomuceno de Medeiros Mallet foram enviados, pelos membros do Governo Provisório, no meio da madrugada ao encontro de D. Pedro II e da família imperial para acordá-los com a missão de convencê-los a embarcar imediatamente a caminho do exílio na Europa. Exigiram que a família imperial embarcasse no meio da noite, o que provocou protestos de Dom Pedro II, que pretendia assistir à missa pela manhã antes de partir: "Não sou negro fugido. Não embarco a essa hora!", mas de nada adiantou. O Major Sólon Ribeiro evacuou o Paço Imperial que estava cheio de populares e a família imperial foi obrigada a embarcar em plena madrugada.

Simeão foi militar muito ativo na política da Primeira República Brasileira, a República Velha posterior à Proclamação de 15 de novembro de 1889, sendo um dos primeiros oposicionistas em ação já na primeira eleição da República.

Foi na casa do general José Simeão de Oliveira que, em 1890, se reuniram o marechal Floriano Peixoto, o almirante Custódio de Mello, o republicano paulista Campos Salles e, lá, definiram uma chapa de oposição ao marechal Deodoro, na futura eleição presidencial. Os candidatos seriam: Prudente de Moraes para presidente e Floriano Peixoto para vice. Mas Floriano sairia candidato à presidência por outra chapa, sendo que não conseguiu se eleger presidente, mas, com 153 votos contra 57, chegou à vice-Presidência, derrotando o vice-almirante Eduardo Wandenkolk, o candidato de Deodoro (os cargos da presidência e vice-presidência eram, separadamente, definidos pelas urnas). Floriano Peixoto foi primeiro vice-presidente do Brasil (como vice de Deodoro da Fonseca) e o segundo presidente do Brasil, após a renúncia de Deodoro que governou por apenas nove meses. Presidiu de 23 de novembro de 1891 a 15 de novembro de 1894.

Marechal José Simeão de Oliveira

Fundador da Sociedade Cooperativa Militar, em 10/11/1890, juntamente com o contra-almirante Custodio José de Mello e outros militares.

Foi Deputado Federal.

O Marechal-de-Campo José Simeão de Oliveira foi o primeiro governador (presidente era a denominação da época) eleito de Pernambuco. Governou de 12 de dezembro de 1889 a 25 de abril de 1890.

Foi Senador de Pernambuco em 1890 a 1891 e constituinte. Em 15 de novembro de 1890 instalou-se, no antigo Paço da Boa Vista, a Assembleia Constituinte da República tendo por presidente Prudente de Morais e forte influência de Ruy Barbosa. O senador Simeão elaborou e foi signatário da Primeira Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 24/02/1891, a qual instituiu: o fim do regime monárquico e o início do sistema de governo presidencialista; o Poder Executivo chefiado pelo presidente da República; Poder Legislativo formado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados; o mandato eletivo de quatro anos; a impossibilidade de reeleição; o fim do cargo vitalício para os senadores; e o voto aberto, direto e restrito a homens alfabetizados maiores de 21 anos. O catolicismo deixou de ser a religião oficial do Brasil. As províncias passaram a ser estados da Federação, cada qual com seu presidente eleito pelo voto direto. O primeiro presidente da República brasileira, Deodoro da Fonseca, é eleito pela Assembleia Constituinte; seu vice é Floriano Peixoto.

Foi Presidente da Comissão brasileira para a World's Columbian Exposition (Exposição Universal de Chicago) de 1893, comemorativa dos 400 anos de Descobrimento das Américas por Cristóvão Colombo e nessa atividade nos Estados Unidos, devido a constantes imprevistos e atrasos das obras e instalações da sede brasileira, aborreceu-se muito e faleceu no Hotel Savoy, ao chegar já adoentado de Chicago, buscando por socorro médico. 

General José Simeão de Oliveira, Ministro da Guerra.

Casado com Marietta de Souza Oliveira criou como filha adotiva sua sobrinha Marietinha (Marietta Monteiro), filha de sua irmã Josefina (Josephina De Oliveira Monteiro e Eptacio José Monteiro Sobrinho). Sepultado no Cemitério do Catumbi, Rio de Janeiro.

O Marechal Simeão, apesar de pouco conhecido fora do âmbito da atividade militar, foi homenageado e é nome de ruas no Rio de Janeiro (R. Mal. Simeão - Realengo, Rio de Janeiro - RJ, 21735-270) e em Porto Alegre (R. Mal. Simeão - Passo da Areia, Porto Alegre - RS, 90520-290).

Foi nomeado presidente de Pernambuco, exercendo o cargo de 12 de dezembro de 1889 a 25 de abril de 1890.

Foi Ministro da Guerra de 23 de novembro de 1891 a 2 de fevereiro de 1892, durante o governo Floriano Peixoto. Para Ministro da Marinha foi escolhido o contra-almirante Custódio José de Mello, sendo que ambos, Simeão e Custódio, haviam liderado a conspiração contra Deodoro.

Foi, ainda, Ministro do Superior Tribunal Militar (STM), a mais alta corte militar (antigamente denominado Conselho Supremo Militar de Justiça) de 28 de junho de 1890 até seu falecimento em 20 de junho de 1893.

3º. Albino Gonçalves Meira – Partido Republicano Federal - PRF


Período do mandato:
25 de abril de 1890 a 21 de junho de 1890

Governador nomeado

Albino Gonçalves Meira (Pilar10 de março de 1850 — Recife10 de junho de 1908) foi um político e escritor brasileiro.[1] Foi nomeado presidente de Pernambuco em 1890, teve uma passagem breve pelo governo, deixando-o ainda no mesmo ano que assumiu o cargo, assim como seu sucessor, Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti.

Iniciou o curso primário na Escola do professor Demétrio Toledo, em Pilar, e concluiu no Colégio de Itabaiana. Fez o secundário no Liceu Paraibano e bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Recife, em 1875.

4º. Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti – Partido Republicano Federal - PRF


Período do mandato:
21 de junho de 1890 a 4 de agosto de 1890

Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti (Alagoas7 de novembro de 1830 — Pernambuco4 de abril de 1897) foi um político brasileiro.

Teve duas passagens pelo governo de Pernambuco. Em 1890, foi nomeado, porém, deixou o cargo no mesmo ano que o assumiu, assim como seu antecessor, Albino Gonçalves. Sua segunda passagem pelo governo pernambucano foi mais longa. Vice-presidente, assumiu o mandato em 1892 e permaneceu à frente do estado até 1896.

5º. Henrique Pereira de Lucena – Partido Republicano Federal - PRF


Período do mandato: 4 de agosto de 1890 a 23 de outubro de 1890

Governador Nomeado

Henrique Pereira de Lucena, primeiro e único barão de Lucena (Bom Jardim27 de maio de 1835 — Rio de Janeiro10 de dezembro de 1913), foi um político e magistrado brasileiro.Começou sua carreira como delegado no Recife. Durante 50 anos foi uma pessoa pública, trabalhou em funções administrativas e políticas relevantes como: presidente das províncias de PernambucoBahiaRio Grande do Norte e Rio Grande do Sul; ministro de Estado; desembargador; juiz do Supremo Tribunal Federal; deputado, ainda exerceu a presidência da Câmara dos Deputados durante a aprovação da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888.

Biografia

Lucena nasceu em terras dos engenhos Fortaleza e Boa Esperança, na antiga comarca de Limoeiro, atual município de Bom Jardim. Filho do coronel Henrique Pereira de Lucena, um dos heróis da Revolução Praieira com Antônia Barbosa da Silva. Casou-se em Pernambuco, no dia 25 de abril de 1869 com Zélia Sofia Carneiro Campelo, filha de José Carneiro Campelo e de Arcelina Xavier. 

Estudou humanidades no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, de 1846 a 1853, recebendo o diploma de bacharel em letras. Formou-se em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito do Recife, em 1858.

Era tio do 11º presidente do BrasilEpitácio Pessoa, e foi quem o criou devido ao fato de que Epitácio ficou órfão aos sete anos de idade.[5]

Faleceu na sua residência situada na rua São Clemente, nº 158, no Rio de Janeiro.[6]

Carreira política

Começou sua carreira como delegado no Recife. Foi:

·         presidente das províncias de Pernambuco (1872-1875), Bahia (1877-1878),[8] Rio Grande do Norte (1872) e Rio Grande do Sul (1885-1886);

·         ministro de Estado;

·         desembargador;

·         juiz do Supremo Tribunal Federal;

·         deputado eleito por mais de uma legislatura; e

·         Maçom proeminente, tendo a honra de ser presidente da Câmara dos Deputados que discutiu, votou e aprovou a Lei Áurea, de 13 de maio de 1888.

Durante o seu primeiro governo em Pernambuco, no período de 5 de novembro de 1872 a 10 de maio de 1875, realizou uma grande administração, que pode ser comparada com a do Conde da Boa Vista.

Entre as suas obras podem ser destacadas: a reforma do Farol de Olinda e do Campo das Princesas, atual Praça da República, onde se localiza o Palácio do Governo; a construção do Mercado de São José; a conclusão das obras do Teatro de Santa Isabel, que havia sido destruído por um incêndio, em 1869; a construção e conservação de estradas no interior do estado; a construção de açudes, pontes; o calçamento e alargamento de ruas; o lançamento da pedra fundamental do Hospício da Tamarineira.[9]

Realizações

Preocupado com os serviços de comunicação, implantou um sistema de telégrafo submarino entre o Recife e a Europa, o Rio de Janeiro, a Bahia e o Pará.

Entre as suas obras podem ser destacadas: a reforma do Farol de Olinda e do Campo das Princesas, atual Praça da República, onde se localiza o Palácio do Governo; a construção do Mercado de São José; a conclusão das obras do Teatro Santa Isabel, que havia sido destruído por um incêndio, em 1869; a construção e conservação de estradas no interior do estado; a construção de açudes, pontes; o calçamento e alargamento de ruas; o lançamento da pedra fundamental do Hospício da Tamarineira, ainda hoje em funcionamento.

Criou a Escola Normal para expandir o ensino para mulheres, estabelecimento educacional que viria a competir com o conceituado Ginásio Pernambucano.

Contratou vários engenheiros e geólogos europeus para realizar estudos detalhados de mineralogia e geologia no interior e na área do porto do Recife, visando seu melhoramento.

Traçou uma política de incentivo e apoio para a modernização do parque açucareiro de Pernambuco.

Como juiz, criou a Comarca de Vila Bela, atual Serra Talhada, e se preocupou com a organização judiciária de Pernambuco.

Lucena enfrentou vários problemas políticos e fez muitos inimigos. Depois que deixou a administração de Pernambuco foi presidente das províncias da Bahia e do Rio Grande do Sul.

Convidado pelo então presidente da República, Deodoro da Fonseca, participou do seu ministério até quando este entregou o poder ao vice-presidente Floriano Peixoto.

Em 1890 exerceu pela segunda vez o governo de Pernambuco.

Lucena pensou em ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal, para o qual havia sido nomeado por Deodoro, porém Floriano Peixoto o aposentou, acabando praticamente com sua carreira política.

Recolheu-se à vida privada, mas durante algum tempo ainda exerceu grande influência na política pernambucana e nacional, caindo depois no ostracismo político.

Em 1910 apoiou Dantas Barreto contra Rosa e Silva, mas apesar da vitória do primeiro, Lucena já estava muito velho e doente, não tendo mais condições de atuar politicamente. Morreu de arteriosclerose, no dia 10 de dezembro de 1913, no Rio de Janeiro.

6º. José Antônio Correia da Silva – Partido Republicano Federal - PRF

Período do mandato: 26 de outubro de 1890 a 27 de novembro de 1891

Governador Nomeado

José Antônio Correia da Silva foi um magistrado e político brasileiro.[1]

Nomeado presidente de Pernambuco no fim de 1890, teve uma passagem breve pelo governo, deixando-o no ano de 1891.

7º. José Maria de Albuquerque Melo - Partido Republicano Federal – PRF

Período do mandato: 27 de novembro de 1891 a 30 de novembro de 1891.

Presidente da Assembleia Legislativa

José Maria de Albuquerque Melo foi um político brasileiro. Governou Pernambuco interinamente em 1891, como presidente da Assembléia Estadual em novembro de 1891. Foi sucedido poucos dias depois por Antônio Epaminondas de Barros Correia.

8º. Antônio Epaminondas de Barros Correia – Partido Republicano - PR


Período do mandato:
30 de novembro de 1891 a 7 de abril de 1892

Governador nomeado

Antônio Epaminondas de Barros Correia, primeiro e único Barão de Contendas, (Altinho1839 — Amaraji20 de abril de 1905) foi um político brasileiro. Foi presidente de Pernambuco entre 1891 e 1892. Recebeu o título de barão pouco antes do fim do Império, em 20 de julho de 1889. Há quem pense que esse título foi lhe dado em homenagem ao povoado de Contendas, sito no Município de Caruaru, mas foi uma homenagem prestada ao Engenho de Contendas de propriedade do mesmo, situado no município de Amaragi.

Antônio Epaminondas de Barros Correia nasceu no distrito de Altinho, na época pertencente a Caruaru, no dia três de junho de 1839. Era filho do capitão Francisco Joaquim de Barros Correia que também era professor, homenageado ao receber seu nome na atual Escola de Referencia do Estado na cidade de Altinho, mais conhecida como EREM Barros Correia.

Bacharelou-se em direito pela Faculdade de Recife em novembro de 1864. Depois de formado, ocupou os cargos de promotor público de Caruaru e juiz municipal de Brejo da Madre de Deus. Deixou o cargo de juiz, para dedicar-se a advocacia na comarca de Caruaru.

Entrou na política e ingressou no partido liberal. Foi eleito, em diversas legislaturas, deputado provincial. Foi vice-presidente da antiga província de Pernambuco e assumiu o cargo de presidente por três vezes. Ao final de sua terceira administração, o governo do império o fez comendador da Ordem da Rosa. Mais tarde, foi agraciado com o título de barão de Contendas em 26 de junho de 1889, meses antes da proclamação da República em 15 de novembro.

Assumiu o governo do estado de Pernambuco, em um momento da história pernambucana caracterizado por Robert Levine como “uma sucessão de administrações repressivas, de vida curta, impostas do Rio de Janeiro literalmente para restabelecer a ordem e pôr cobro ao caos político”. Depois da renúncia do governador José Antônio Correia da Silva, decorrente da crise política na esfera federal provocada pela dissolução do Congresso Nacional em 3 de novembro de 1891, e pela renúncia do presidente marechal Deodoro da Fonseca seguida da posse de Floriano Peixoto em 23 do mesmo mês, assumiu o governo do estado, no dia 27 de novembro, José Maria de Albuquerque Melo, presidente da Assembleia Legislativa.

Antônio Epaminondas de Barros Correia, que era vice-governador do estado, substituiu-o em 30 de novembro. Contudo, por não ser um aliado do presidente Floriano Peixoto, líderes políticos pernambucanos articularam sua saída do governo, fato que se concretizou em 7 de abril de 1892, quando foi deposto e substituído por uma junta de governo formada por Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti, José Vicente Meira de Vasconcelos e Joaquim Mendes Ouriques Jaques. Eleito então vice-governador, Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti exerceu o governo até 20 de abril, quando Alexandre José Barbosa Lima, governador eleito, tomou posse.

Também ocupou a presidência da Sociedade Protetora da Agricultura e, posteriormente, fez parte de seu conselho. Em 1890, quando a vila São José da Boa Esperança emancipou-se de Escada e passou a se chamar Amaragi, ele fez parte da intendência do novo município.

Antônio Epaminondas de Barros Correia casou-se, em 1872, com dona Maria José Alves de Araújo, filha de Antônio Alves da Silva e Antônia Alves de Araújo, os barões de Amaraji. D. Maria José, a futura Baronesa de Contendas, faleceu em 1940, aos 85 anos e era também sobrinha-neta do Barão de Buíque e prima de segundo grau do Barão de Caxangá.

O casal teve 11 filhos:

Antônio Epaminondas de Barros Correia Jr, casado com Ana Pontual, que foi advogado e deputado estadual no Espírito Santo , com sucessão; Maria Gentil de Barros Dias, casada com Pedro dos Santos Dias, com sucessão ( entre seus filhos o pintor Cícero Dias); Eutíquio de Barros Correia, agricultor, casado com Julia de Barros Correia, com sucessão; Cícero de Barros Correia, médico, falecido solteiro,residente em Manaus; Generosa de Barros Correia, casada com José Hermínio Pontual, com sucessão; Joaquim de Barros Correia, formado em direito, foi promotor de Monteiro na Paraíba, casado com sucessão;  ; Melânio de Barros Correia, casado com Irene Pereira de Araújo, com sucessão; Solon de Barros Correia, casado com Feliciana Pontual Correia, com sucessão; Angelina de Barros Correia, casada com Pedro Nolasco de Gusmão, com sucessão; Naide de Barros Correia, falecida solteira; Erasmo de Barros Correia, advogado, casado com Maria Philomena da Silveira, com sucessão.

O barão adoeceu no dia 16 de abril de 1905 e veio a falecer no dia 20 do mesmo mês, em sua residência no engenho Contendas, localizado à margem da estrada de ferro de São Francisco no município de Amaraji.

9º. Ambrósio Machado da Cunha Cavalcante – Partido Republicano - PR


Período do mandato:
7 de abril de 1892 a 20 de abril de 1892

Vice-governador da Província

Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti (Alagoas7 de novembro de 1830 — Pernambuco4 de abril de 1897) foi um político brasileiro.

Teve duas passagens pelo governo de Pernambuco. Em 1890, foi nomeado, porém, deixou o cargo no mesmo ano que o assumiu, assim como seu antecessor, Albino Gonçalves. Sua segunda passagem pelo governo pernambucano foi mais longa. Vice-presidente, assumiu o mandato em 1892 e permaneceu à frente do estado até 1896.

10º. Alexandre José Barbosa Lima – Partido Republicano - PR

Período do mandato: 20 de abril de 1892 a 7 de abril de 1896

Governador eleito em sufrágio universal

Filho do desembargador Joaquim Barbosa Lima e de Rita Cintra, concluiu o curso de humanidades em Minas Gerais. Em 1879, matriculou-se na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, sendo transferido para a Escola Militar do Rio de Janeiro em seguida, de onde saiu como alferes aluno. Concluiu a graduação como engenheiro militar e obteve um bacharelado em matemática e ciências psíquicas e naturais, passando a atuar como docente na Escola Militar do Ceará em 1889. Reformou-se do Exército em 1912 no cargo de coronel, graduado em general de brigada.

Apoiador da proclamação da República, Lima elegeu-se deputado para o Congresso Constituinte pelo Ceará. De 1892 a 1896, foi governador de Pernambuco. De 1896 a 1899 foi deputado por Pernambuco, passando a representar o Rio Grande do Sul na câmara baixa de 1900 a 1905 e a Capital Federal de 1906 a 1911 e de 1915 a 1917. Elegeu-se senador por Amazonas em 1923.

Em 1919, foi designado diretor do Lloyd Brasileiro.

Defensor de idéias abolicionistas, no período republicano destacou-se durante o governo de Floriano Peixoto, de quem se tornou pessoa de confiança durante a Revolta da Armada e a Revolução Federalista, havendo sido por ele designado para disputar as eleições para o governo de Pernambuco.

Participou ainda da revolta contra a vacina obrigatória que tumultuou o Rio de Janeiro durante o governo de Rodrigues Alves. Durante seu governo, Barbosa Lima criou escolas em vários municípios do Estado, inclusive, a Escola de Engenharia, incorporada, hoje, pela Universidade Federal de Pernambuco.

11º. Joaquim Correia de Araújo – Partido Republicano - PR


Período do mandato:
7 de abril de 1896 a 7 de abril de 1899

Governador eleito em sufrágio universal

Formou-se pela Faculdade de Direito do Recife em 1864, defendendo tese e recebendo o título de doutor em 25 de julho de 1868. Em virtude de concurso, foi nomeado lente da mesma faculdade.

No regime monárquico, ocupou cargo de secretário da presidência da província de Pernambuco no governo do Conde de Baependi, sendo eleito deputado à Assembleia Geral Legislativa em 1875. Já no regime republicano, foi eleito senador federal em 1895.

Em 1896, assumiu o governo do Estado de Pernambuco, renunciando a este cargo dois anos e meses depois, sendo substituído pelo desembargador Sigismundo Antônio Gonçalves, que completou o quatriênio. Foi novamente eleito senador federal em 1900, mandato ao qual também renunciou, cerca de dois anos depois.

Ocupou por muitos anos o cargo de provedor da Santa Casa de Misericórdia do Recife, tendo renunciado ao mesmo ao assumir o governo estadual, em 1896, e retornando em 1922, tendo falecido o comendador José Maria de Andrade, e nele permaneceu até sua morte.

Casou-se duas vezes: a primeira, em 1873, com sua sobrinha Ana dos Anjos Correia de Araújo, falecida em ParisFrança, em 20 de março de 1895, e a segunda, em 8 de setembro de 1900, no Recife, com Gasparina Amabília dos Santos, viúva de Pedro Francisco Correia de Araújo, seu sobrinho e irmão de Ana dos Anjos. Não houve descendência de nenhum matrimônio.

Foi agraciado com o título de conde pela Santa Sé.

Faleceu aos 81 anos em sua casa, sita à rua Marquês de Tamandaré, n.º 59, no bairro Poço da Panela. Seu corpo foi sepultado no Cemitério de Santo Amaro. 

12º. Sigismundo Antônio Gonçalves – Partido Republicano - PR


Período do mandato:
4 de abril de 1899 a 7 de abril de 1900 

Sigismundo Antônio Gonçalves (Barras29 de setembro de 1845 — 21 de maio de 1915) foi um jornalistamagistrado e político brasileiro.

Durante o regime republicano, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal de Justiça. Foi chefe de polícia, deputado provincial de 1868 a 1869 e deputado geral por duas legislaturas (1878 - 1881 e fevereiro - setembro de 1885).

Foi presidente da província de Pernambuco, de 14 a 15 de novembro de 1889. Também governou o estado de Pernambuco por duas vezes, em 1899 - 1900 e de 7 de abril de 1904 a 7 de abril de 1908, sendo, também, senador pelo estado por duas vezes, no período 1900 - 1903 e 1908 - 1915.

Notabilizou-se, entre outras coisas, por ter mandado a polícia de Pernambuco atear, deliberadamente, fogo ao Derby, um moderno centro comercial no Recife, no dia 2 de janeiro de 1900, por orientação de seu mentor político o Conselheiro Rosa e Silva, destruindo aquele empreendimento pioneiro recém criado por Delmiro Gouveia, de quem era inimigo político, com o objetivo de levá-lo à falência. O jornal do Recife A Província publicou, em 4 de janeiro de 1900, um telegrama atribuído ao então governador Sigismundo Gonçalves para o Conselheiro Rosa e Silva"Mercado incendiado. Delmiro preso. Saudações, Sigismundo Gonçalves".

13º. Antônio Gonçalves Ferreira – Partido Republicano - PR

Período do mandato: 7 de abril de 1900 a 7 de abril de 1904 

Antônio Gonçalves Ferreira (Recife26 de setembro de 1846 — Rio de Janeiro11 de agosto de 1931) foi um professoradvogado e político brasileiro.

Nasceu em Recife, Pernambuco, em 26 de setembro de 1846. Filho de Antônio Gonçalves Ferreira Cascão e Maria Josefa Vianna. Seu avô paterno Manoel Gonçalves Cascão era português, nascido na freguesia de Santa Eulália de Beiriz, no interior do Porto.

[1]

Atuou como delegado de polícia, curador de órfãos, promotor público e chefe de seção da Secretaria do Governo. Na política, foi deputado geral (1881), deputado provincial (1883, 1885 e 1887) e presidente da província de Minas Gerais (1888).

Já no período republicano, elegeu-se deputado federal (1891) e foi convidado por Prudente de Morais a assumir o cargo de ministro da Justiça e Negócios Interiores (1894-1896). Foi ainda senador por Pernambuco (1897), governador do mesmo estado (1900), novamente senador (1904), e deputado federal (1925). Morreu no Rio de Janeiro em 11 de agosto de 1931.

Foi casado com Benevenuta Marinho Cavalcanti de Albuquerque Mello, filha do fazendeiro Francisco Marinho Cavalcanti de Albuquerque Mello e de Josefa Francisca Pessoa de Melo, sendo a mesma, descendente de famílias tradicionais pernambucanas como os Rêgo Barros e os Cavalcanti de Albuquerque.

Seu genro Joaquim Ferreira de Salles foi também deputado federal de 1915 a 1930.

Faleceu no Rio de Janeiro em sua casa de angioesclerose generalizada e está enterrado no Cemitério de São João Batista no bairro de Botafogo.

14º. Sigismundo Antônio Gonçalves – Partido Republicano - PR


Período do mandato:
7 de abril de 1904 a 7 de abril de 1908

15º. Herculano Bandeira de Melo – Partido Republicano – Conservador - PRC


Período do mandato: abril de 1908 a setembro de 1911

Herculano Bandeira de Melo (Nazaré da Mata23 de março de 1850 — Recife19 de março de 1916) foi um magistrado e político brasileiro.

Foi deputado provincial e vereador ainda durante o período imperial. Após a Proclamação da República foi deputado federal durante três legislaturas e senador de 1901 a 1908.

16º. Estácio Coimbra – Partido Republicano – Conservador - PRC


Período do mandato:
6 de setembro de 1911 a 13 de dezembro de 1911

Presidente do Senado Estadual

Filho de João Coimbra, membro de uma família modesta de lavradores portugueses que vieram morar no Brasil[2], e Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, estudou na Faculdade de Direito do Recife onde se graduou em 1892. De volta à sua cidade natal passou a exercer a advocacia em paralelo à sua atividade política. Fundador do Partido Republicano de Barreiros, foi eleito prefeito do município em 1894, deputado estadual em 1895, e deputado federal em 1899, quando já estava ligado politicamente a Rosa e Silva, vice-presidente da República durante o mandato de Campos Sales entre 1898 e 1902. Sua trajetória assinala um fato curioso, o de que, em 1907, Estácio Coimbra acumula os mandatos de deputado federal e deputado estadual.

Na qualidade de presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco, assume o governo do estado entre 6 de setembro e 13 de dezembro de 1911 enquanto se processam novas eleições em razão da renúncia do governador e da recusa do vice-governador em sucedê-lo. Novos embates, contudo, o levam também a deixar o governo. Retornou à política como deputado federal nos anos de 1915, 1918 e 1921, foi vice-presidente da República na presidência de Artur Bernardes, como Presidente do Senado Federal, assumiu o cargo em substituição ao vice-presidente eleito, Urbano dos Santos, falecido antes de ser empossado[3], exercendo o mandato entre 1922 e 1926 cumulando o cargo com a função de presidente do Senado Federal. Retornou ao governo de Pernambuco onde permaneceu de 1926 a 1930 sendo destituído com o irromper da Revolução de 1930, cujo êxito o faz deixar o país às pressas. Embarcou na praia de Tamandaré com destino ao exílio na Europa em companhia de Gilberto Freyre, então seu secretário particular. Retornou ao país em 1934, já anistiado, mas se manteve afastado da política.

17º. João da Costa Bezerra de Carvalho – Partido Republicano – Conservador - PRC

Período do mandato: 13 de dezembro de 1911 a 19 de dezembro de 1911

Padre João da Costa Bezerra de Carvalho foi um político pernambucano. Teve uma passagem breve pelo governo de Pernambuco como vice-presidente do senado estadual, em 1911.

18º. Emídio Dantas Barreto – Partido Republicano – Conservador - PRC


Período do mandato:
19 de dezembro de 1911 a 19 de dezembro de 1915

Governador eleito

Emygdio Dantas Barreto (Bom Conselho22 de março de 1850 — Rio de Janeiro8 de março de 1931) foi um militar e político brasileiro.

Nascido na cidade pernambucana de Bom Conselho, é filho de Manoel Joaquim Moura Barreto e sua esposa, Dona Antônia Dantas Barreto. Na escrita de sua época, seu nome era grafado como "Emygdio", porém atualmente, após sua morte, seu nome começou a ser grafado incorretamente como "Emídio".

Muito jovem, assentou-se praça no exército, durante os eventos militares da Guerra do Paraguai, serviu desde 3 de Setembro de 1866 até os idos de 1870. Durante a Batalha de Itororó, sendo na época um alferes, foi condecorado por sua bravura e por sua efetividade na batalha com o mérito militar e o hábito da Rosa.

Após a guerra, foi convocado para o 3º Batalhão de Infantaria e partiu para o Rio Grande do Sul.

Em 1897, participou da Guerra de Canudos, no posto de tenente-coronel. Registrou suas experiências da guerra no livro Última Expedição a Canudos, lançado no ano seguinte, sendo um dos primeiros a publicar um livro sobre esta campanha. Em 1905 publicou um segundo livro sobre a mesma guerra, intitulado Acidentes da Guerra.

Emygdio Dantas Barreto, general e presidente de Pernambuco

Em 1906 comandou uma expedição a Mato Grosso para resgatar o presidente do estado, Antônio Pais de Barros, que estava em conflito armado com a oposição. Quando chegou a Corumbá, embarcado em navios da Marinha, descobriu que as comunicações telegráficas estavam cortadas, os navios eram grandes demais para prosseguir a viagem e todos os navios menores já haviam sido confiscados pela oposição. Quando enfim chegou a Cuiabá, em 17 de julho, Pais de Barros estava morto e a vitória da oposição era fato consumado.

Durante o governo de Hermes da Fonseca, exerceu o cargo de ministro da Guerra, no período de 15 de novembro de 1910 a 12 de setembro de 1911.

Durante sua gestão ocorreram graves perturbações na ordem militar e civil: primeiro, a chamada Revolta da Chibata, quando os marinheiros das principais embarcações promoveram o motim, contra os castigos físicos ainda aplicados na Marinha, já no começo do governo (1910), quando a própria capital do país, então o Rio de Janeiro, foi ameaçada de bombardeio.

Estas questões resolveu o governo anistiando os envolvidos. Entretanto, a dezembro deste mesmo ano, nova revolta eclode entre os fuzileiros lotados na Ilha das Cobras, desta feita promovendo o general uma punição excessivamente severa.

Durante a sua administração também ocorre o levante do Contestado, uma região disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina, onde João Maria, a exemplo do Antônio Conselheiro em Canudos, desafia o poder Federal. Diversas expedições são para lá enviadas, não logrando sucesso algum, que ocorreu com a expedição de Fernando Setembrino de Carvalho no governo seguinte de Venceslau Brás.

Foi presidente de Pernambuco, de 19 de dezembro de 1911 a 18 de dezembro de 1915, e senador da República.

Além da carreira militar e política, Dantas Barreto redigiu obras científicas, estudos militares e romances históricos, deixando extensas informações sobre campanhas militares do seu período.

Imigrou, para a então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, onde viveria até o final de sua vida. Nesta época, já havia sido promovido para o posto de Marechal de Exército. Faleceu em sua residência às quatro horas da tarde na rua Copacabana, número 649, aos 81 anos de idade, no qual seu atestado de óbito foi firmado pelo Doutor Annibal Pereira, dando como causa mortis uma hipertrofia na próstata e pielonefrite aguda. Deixou viúva sua esposa Demétria Dantas Barreto. Foi sepultado no Cemitério São João Baptista na mesma cidade.

19º. Manoel Antônio Pereira Borba – Partido Republicano – Conservador - PRC

Período do mandato: 18 de dezembro de 1915 a 19 de dezembro de 1919

Manoel Antônio Pereira Borba (Timbaúba19 de março de 1864 – Recife11 de agosto de 1928) foi um advogado e político brasileiro.

Foi prefeito de Goianadeputado federalsenador da República e presidente de Pernambuco (equivalente ao cargo de governador, atualmente) de 18 de dezembro de 1915 a 18 de dezembro de 1919. Enquanto governador, criou a Imprensa Oficial, construiu estradas e pontes, principalmente.

Morreu em 11 de agosto de 1928. Depois de engolir um osso de galinha, teve que passar por uma cirurgia e sendo diabético não resistiu. Morreu aos 64 anos no Hospital Português.

20º. José Henrique Carneiro da Cunha - Partido Republicano – Conservador - PRC

Período do mandato: 18 de dezembro de 1919 a 24 de dezembro de 1919

Foi governador de Pernambuco por um curto período em 1919, além de senador de 1921 a 1929. Anteriormente, havia sido senador estadual, em 1915.

 

21º. José Rufino Bezerra Cavalcanti – Partido Republicano – Conservador - PRC

Período do mandato: 24 de dezembro de 1919 a 20 de outubro de 1920

Filho de proprietários rurais ligados à produção açucareira, foi usineiro no município do Cabo de Santo Agostinho e senhor de engenho em Vitória de Santo Antão. Aluno da tradicional Faculdade de Direito do Recife, concluiu seus estudos com 21 anos de idade.

Eleito governador em 1919, desenvolveu uma política de conciliação entre as classes produtoras, aproximando os usineiros e os comerciantes.[1] Acometido de doença incurável, foi obrigado a se afastar do cargo.[1] Além do governo estadual, José Bezerra exerceu mandatos de deputado federal e senador, além de ter sido Ministro da Agricultura do governo Venceslau Brás.[1]

Jose Bezerra era o maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros. Seu patrimônio incluía os engenhos Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e um terço do Santo Inácio.

Era casado com Hercília Pereira de Araújo,[1] que teve onze filhos dos quais sete sobreviventes, um deles, José Bezerra Filho que nasceu em 22 de Fevereiro de 1890 em Vitória de Santo Antão, PE, deputado estadual (PE) em 1920, prefeito do Cabo de 1923 a 1926, em 1940 foi presidente do Departamento Administrativo de PE, faleceu no Rio de Janeiro, RJ em 19 de Março de 1959.

Um dos 7 filhos de José Rufino, era Hercília (Cilú), que veio a casar-se com Alfredo Bandeira de Melo, filho do também Governador, Herculano Bandeira de Mello, que curiosamente, além de ser amigo pessoal de Rosa e Silva, fazia parte dos Rosistas. Criando assim, a união entre duas das mais tradicionais famílias usineiras estado de Pernambuco.

A escolha de Jose Bezerra para o Ministerio da Agricultura é um fato curioso na historia do Pais. Em 1915, na época da aliança Minas-São Paulo, mais conhecida como politica do café com leite, Jose Bezerra disputou uma vaga para o senado com o conselheiro Rosa e Silva. Ele venceu a eleição mas quem assumiu foi o candidato perdedor, por interferência do senador gaúcho Pinheiro Machado por não ter conseguido suceder o marechal Hermes da Fonseca, na Presidência da Republica.

Jose Bezerra Neto destaca na vida politica do avo o empréstimo patriótico, em parceria com o ex-prefeito do Recife, Lima Castro, os dois governantes pediram dinheiro à população para fazer o calçamento de varias ruas do Recife: Hospício, Riachuelo, Aurora, Concordia, Conde da Boa Vista e Cais Jose Mariano. Jose Bezerra assinou um decreto tornando o Estado fiador do empréstimo patriótico. A Prefeitura teve um prazo de 25 anos para devolver o dinheiro aos moradores, com juros de 7% ao ano.

22º. Otávio Hamilton Tavares Barreto  – Partido Republicano – Conservador – PRC

Período do mandato: 28 de outubro de 1920 a 3 de junho de 1921

Nasceu numa família influente de Pernambuco, filho que era de Margarida de Gouveia Tavares Barreto e do advogado e político Joaquim Tavares de Melo Barreto.

Formado em Direito pela Faculdade de Recife, em 1893, exerceu o Ministério Público no Rio Grande do Norte e em Pernambuco, tendo ainda ocupado, neste último estado, o cargo de procurador seccional da república. Em 1908, ingressou no corpo docente da Faculdade de Direito de Recife, onde lecionou durante 30 anos.

Também exerceu profícua atividade política. Exerceu o mandato de deputado estadual de 1892 a 1894. Voltou à Assembleia Estadual na legislatura de 1910-1912, interrompendo suas atividades políticas para reatá-las em 1919, quando eleito novamente.[1] Entre 1919 e 1923, foi presidente da Assembleia Legislativa estadual e, como tal, substituiu, entre 28 de outubro de 1920 e 3 de junho de 1921, o governador José Rufino Bezerra Cavalcanti, que, enfermo, retirara-se para o Rio de Janeiro. Sucedeu-o no cargo Severino Marques de Queirós Pinheiro, até a posse do governador eleito Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto, em 18 de outubro de 1922.

Em 1924, foi eleito deputado federal por Pernambuco. Assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro, então distrito federal, em maio desse ano e exerceu o mandato até dezembro de 1926. Em 1927, foi reeleito, permanecendo na Câmara até o fim da legislatura, em 1929.[2] Afastou-se da política depois do Golpe de 1930, dedicando-se inteiramente ao ensino. Foi jubilado em 1939.

Tavares faleceu dois anos depois, aos 70 anos. Foi casado com Maria Amália Gomes Tavares, deixando desse casamento uma única filha, Alina Tavares Barreto. Seus restos mortais foram sepultados no Cemitério de Santo Amaro, em Recife.

23º. Severino Marques de Queirós Pinheiro - Partido Republicano – Conservador – PRC

Período do mandato: 3 de junho de 1921 a 18 de outubro de 1922

24º. Sérgio Teixeira Lins de Barreto Loreto – Partido Republicano – Conservador - PRC


Período do mandato:
18 de outubro de 1922 a 18 de outubro de 1926

Governador eleito em sufrágio universal

Eleito presidente de Pernambuco, em 1922, centrou forças no combate às epidemias da gripe espanhola e da febre amarela que assolaram a região,[2] e enfrentou diversos problemas como a difusão do cangaço no sertão e a Coluna Prestes, que vinda do Ceará atravessou o estado por duas vezes.

Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto, nasceu Águas Belas (PE), em 9 de setembro de 1870, filho do professor Galdino Eleutério Teixeira de Barros Loreto e Luiza Lins de Albuquerque Barros.

Nascido em família modesta, trabalhou como funcionário dos Correios, emprego obtido por concurso público.[2] Concluiu o curso secundário (1887) e estudou também no Liceu de Artes e Ofícios, onde foi professor de Aritmética. Trabalhando e estudando, terminou o curso de Bacharelado em Direito, pela Faculdade de Direito do Recife, em junho de 1892.

Renunciando ao emprego dos Correios, transferiu-se para Santa Leopoldina, no Espírito Santo, onde foi promotor público e, em 1897, chefe de Polícia daquele Estado.[2] Na época já casado com Virgínia de Moraes Freitas Barbosa, de conhecida família pernambucana, com a qual teve dois filhos, Sérgio Loreto Filho e Aspásia.

Sendo demitido por problemas políticos, transferiu-se do Espírito Santo para o Rio de Janeiro, onde advogou de 1901 a 1904, quando venceu um concurso para juiz federal, no Espírito Santo, voltando então para Vitória, capital do Estado.[2] Em 1905, voltou para o Recife para exercer o cargo de juiz federal em Pernambuco.

Governador de Pernambuco de outubro de 1922 a outubro de 1926. Durante sua administração realizou várias obras no Recife e também no interior do Estado, entre as quais a conclusão do Quartel e da praça do Derby; a construção da Avenida Beira-Mar (atual Avenida Boa Viagem); a dragagem do porto do Recife e ampliação de alguns cais e armazéns para permitir a entrada e acostamento de grande navios; a construção do segunda linha adutora do Gurjaú, para ampliar o abastecimento d água da cidade. Construiu estradas entre Floresta, Cabrobó, Boa Vista e entre Floresta, Salgueiro. Leopoldina, Ouricuri; restaurou prédios escolares e deu especial atenção à formação de professores. Foi ele quem instituiu o Hino da Cidade do Recife, através da Lei nº 108, de 10 de julho de 1924, com letra de Manoel Aarão e música de Nelson Ferreira.

Na área da higiene e saúde públicas, cujo secretário era o seu genro, o médico Amaury de Medeiros, criou setores especializados para combater a malária, a tuberculose, a sífilis e para tratar as doenças mentais. Abriu uma rede de hospitais que atendia aos municípios de Goiana, Cabo, Bonito, Canhotinho, Olinda, Nazaré da Mata, Ribeirão, além de 26 postos de saúde no interior do Estado. Reformou o Hospital Santa Águeda, hoje chamado Oswaldo Cruz, criou serviços de visitadores e educação sanitária, conseguindo erradicar a varíola, a febre amarela e diminuir significativamente o índice de mortalidade de crianças e adultos (vide Amaury de Medeiros).

Quando deixou o governo, em outubro de 1926, foi eleito deputado federal por Pernambuco e, em 1930, Sérgio Loreto abandonou a política.

Sergio Loreto faleceu em 6 de março de 1937.[2] Seu nome continua lembrado através da Praça Sérgio Loreto e da Escola Sérgio Loreto, anexa àquela praça, no bairro de São José, no Recife.
1. Reforma do Palácio do Governo (Palacio do Campo das Princesas), incluindo o parque posterior, os três edifícios laterais, o cais e a balaustrada.
2. Remodelação da Praça da República, incluindo o passeio marginal, calçamento, pavimentação do passeio com asfalto e paralelepípedo e calçamento da ponte Santa Isabel.
3. Aquisição da antiga Campina do Derby à Prefeitura do Recife, com o aterro e a drenagem e construção do canal e do parque, calçamento com asfalto e paralelepipedo.
4. Construção do Edificio do Quartel Central da Força Publica do Estado (Quartel General da Policia Militar de Pernambuco), na Campina do Derby.
5. Construção da Ponte Buarque de Macedo, com 281,90m.
6. Construção da Ponte da Torre, com 99,80m.
7. Construção do Edificio do Departamento de Saude Pública e Assistencia Social, na Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista.
8. Construção do Edificio do Palácio da Justiça (Tribunal de Justiça de Pernambuco), na Praça da Republica, obra não concluida.
9. Construção da Adutora do Gurjau, com aquisição do Engenho São Salvador, da construção da Vila Operaria de Gurjau, das pontes dos Carvalhos, em cimento e do pontilhão do Guerra, para passagem da linha.
10. Construção da Avenida Saturnino de Brito, em asfalto para acesso a usina de esgoto (Cabanga) e oficinas do Estado.
11. Reforço da Ponte do Pina, em concreto, para passagem de bondes e veiculos de alta velocidade.
12. Construção da Avenida Herculano Bandeira, no Pina, com 898 metros em asfalto para acesso a estação balnearia de Boa Viagem.
13. Construção da Avenida Beira Mar, em asfalto (hoje Avenida Boa Viagem), com cinco quilometros.
15. Reforma radical (reconstrução) do antigo Hospital Santa Agueda (hoje Hospital Universitário Osvaldo Cruz), com construção de pavilhões para observação de doentes contagiosos, administração e laboratórios, isolamento e necrotério e melhoramento no Hospital de Tuberculosos.
16. Instalação completa dos serviços do Hospital Centenário.

25º. Júlio de Melo - Partido Republicano – Conservador - PRC

Período do mandato: 18 de outubro de 1926 a 12 de dezembro de 1926

Presidente da Assembleia Legislativa

26º. Estácio Coimbra – Partido Republicano – Conservador - PRC


Período do mandato:
12 de dezembro de 1926 a 28 de maio de 1930

Governador eleito em sufrágio universal

Estácio de Albuquerque Coimbra (Rio Formoso22 de outubro de 1872 — Rio de Janeiro9 de novembro de 1937) foi um advogado e político brasileiro, que serviu como o 10.º Vice-presidente da República entre 1922 e 1926. Foi também o 16.º e 26.º governador do Estado de Pernambuco de 1926 a 1930.

27º. Júlio de Melo - Partido Republicano – Conservador - PRC

Período do mandato: 17 de novembro de 1927 a 6 de janeiro de 1928

Presidente da Assembleia Legislativa

28º. Julio Celso de Albuquerque Belo – Partido Republicano – Conservador - PRC

Período do mandato: 6 de janeiro de 1928 a 18 de maio de 1929

Presidente da Assembleia Legislativa

29º. Julio Celso de Albuquerque Belo – Partido Republicano – Conservador - PRC

Período do mandato: 28 de maio de 1930 a 6 de outubro de 1930

Presidente da Assembleia Legislativa

Segunda e Terceira Repúblicas Brasileiras (1930-1945)

30º. Carlos de Lima Cavalcanti – Aliança Liberal – AL

Período do mandato: 6 de outubro de 1930 a 12 de outubro de 1935

Interventor Federal

Carlos de Lima Cavalcanti (Amaraji7 de julho de 1892 – Rio de Janeiro19 de setembro de 1967)[1] foi um político brasileiro.

Concluído o curso de Direito em São Paulo, retornou para Pernambuco com o intuito de dirigir a usina da família, porém, não chegou a abandonar as atividades políticas. Em 1930, participou dos acontecimentos revolucionários, sendo escolhido interventor revolucionário de Pernambuco, fato estranho porque os demais interventores eram jovens tenentes.

Proprietário dos jornais recifenses Diário da Manhã e Jornal da Tarde, foi deputado estadual e governou Pernambuco entre 1930 e 1935, como interventor e, como governador eleito pela Assembleia Legislativa do Estado, de 1935 a 1937, quando foi deposto e retirou-se para o exterior.

Em 1945 foi eleito deputado constituinte, permanecendo na Câmara até 1959.

Início da Trajetória

Os pais do político são Artur de Siqueira Cavalcanti, que foi proprietário rural, e Elvira Clélia de Matos Lima. Ele descendeu de uma família pernambucana que tinha figuras brasileiras de destaque, como o arcebispo do Rio de Janeiro dos anos de 1897 a 1905, dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti; Pedro Ernesto Batista, que atuou como prefeito entre 1935 e 1936 do Distrito Federal e foi inventor também e ainda Pedro de Araújo Lima, que foi marquês de Olinda (PE) e também regente do Império de 1837 a 1840.

Ele cursou o ensino fundamental e médio no Colégio Aires Gama, em Recife. Lá, estudou na mesma época em que Gilberto Amado e Assis Chateaubriand, um jornalista e outro político brasileiros respectivamente.

No ano de 1910 conseguiu ingressar na Faculdade de Direito, onde permaneceu até o segundo ano da graduação. Vinculou-se ao Partido Republicano Federal de Pernambuco e se dedicou à uma campanha civil que estava sendo desenvolvida no estado de Pernambuco para apoiar a candidatura de Francisco de Assis Rosa e Silva, que representava e defendia as oligarquias açucareiras para a presidência do estado.  O movimento de apoio foi desenvolvido por Estácio Coimbra, no ano de 1911.

 

31º. Antônio Vicente de Andrade Bezerra - Aliança Liberal – AL

Período do mandato: 6 de dezembro de 1935 a 10 de novembro de 1937

Presidente da Assembleia Legislativa

32º. Carlos de Lima Cavalcanti - Aliança Liberal – AL

Período do mandato: 12 de outubro de 1935 a 6 de dezembro de 1935

Governador eleito pela Assembleia Legislativa

Carlos de Lima Cavalcanti (Amaraji7 de julho de 1892 – Rio de Janeiro19 de setembro de 1967)[1] foi um político brasileiro.

Concluído o curso de Direito em São Paulo, retornou para Pernambuco com o intuito de dirigir a usina da família, porém, não chegou a abandonar as atividades políticas. Em 1930, participou dos acontecimentos revolucionários, sendo escolhido interventor revolucionário de Pernambuco, fato estranho porque os demais interventores eram jovens tenentes.

Proprietário dos jornais recifenses Diário da Manhã e Jornal da Tarde, foi deputado estadual e governou Pernambuco entre 1930 e 1935, como interventor e, como governador eleito pela Assembleia Legislativa do Estado, de 1935 a 1937, quando foi deposto e retirou-se para o exterior.

Em 1945 foi eleito deputado constituinte, permanecendo na Câmara até 1959.

33º. Amaro de Azambuja Vila Nova - Aliança Liberal – AL

Período do mandato: 10 de novembro de 1937 a 3 de dezembro de 1937

Interventor Federal

Amaro de Azambuja Villanova (Rio Grande do Sul18 de abril de 1879) foi um militar e político brasileiro.

Foi casado com Maria Augusta de Moura e Cunha Villanova. Pai de Antonio Carlos Villanova (co-fundador da Polícia Técnica Federal) e Maria Helena Villanova. Amigo íntimo de Getulio Vargas, foi o primeiro general de quatro estrelas do Brasil.

Bacharel em matemática e ciências físicas, fez também os cursos de estado-maior, de engenharia e de revisão.

Em 10 de novembro de 1937, com a implantação do Estado Novo, foi designado interventor federal em Pernambuco. Em 15 de novembro foi promovido a general-de-brigada. Exerceu o comando do Executivo pernambucano apenas até dezembro de 1937, quando transferiu o cargo para Agamenon Magalhães.

Em abril de 1940 foi promovido a general-de-divisão e transferido para a reserva. Em maio de 1951 tornou-se general-de-exército.

34º. Agamenon Magalhães - Aliança Liberal – AL


Período do mandato:
3 de dezembro de 1937 a 20 de fevereiro de 1945

Interventor Federal

Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães (Serra Talhada5 de novembro de 1893 — Recife24 de agosto de 1952) foi um promotor de direito, geógrafoprofessor (de Geografia) e político brasileirodeputado estadual (1918), federal (1924, 1928, 1932, 1945), governador de estado (1937, 1950) e ministro (Trabalho e Justiça).

Formação acadêmica e política

Tetraneto de Agostinho Nunes de Magalhães, e filho do juiz e deputado estadual Sérgio Nunes Magalhães, tornou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Recife (1916), em Recife, sendo em seguida nomeado para a promotoria da comarca de São Lourenço da Mata. No ano seguinte, casou-se com Antonieta Bezerra Cavalcanti e retornou a Recife, onde fixou residência.

Em 1918 foi eleito deputado estadual com apoio da agremiação governista estadual (Partido Republicano Democrata) e, em 1924, tornou-se deputado federal, reeleito quatro anos depois. Contudo, em 1930, rompendo com os governos estadual e federal, aderiu à Aliança Liberal formada em torno da candidatura de Getúlio Vargas. Após a revolução, apoiou o interventor Carlos de Lima Cavalcanti e ajudou a articular no estado o Partido Social Democrata (de sustentação ao Governo Provisório), pelo qual elegeu-se deputado constituinte em 1932.

Aliado fiel de Vargas

A atuação de Agamenon Magalhães na Constituinte de 1933 foi pautada na defesa do regime parlamentarista, na qual não teve apoio nem do governo nem dos demais parlamentares. Apesar disso, em 1934, foi convidado pelo presidente Getúlio Vargas para a pasta do Trabalho, Indústria e Comércio.

Nesse período, deu apoio à criação da Justiça do Trabalho, ampliou a rede de apoio aos trabalhadores urbanos, e utilizou a arregimentação sindical para combater a infiltração comunista no movimento operário, principalmente após a Intentona Comunista de 1935. Para isso, defendeu a intensificação do controle sobre os sindicatos e o aceno com novas leis sociais para os trabalhadores. Em 1937, após a demissão de Vicente Rao, passou a acumular também as funções da pasta da Justiça.

Aliado fiel de Vargas, Agamenon Magalhães entrou em choque com o interventor Lima Cavalcanti, que tendia a apoiar a candidatura oposicionista de Armando de Sales Oliveira para a sucessão presidencial de 1938. Por este motivo, em novembro de 1937, após a decretação do Estado Novo, Agamenon Magalhães foi nomeado interventor federal em Pernambuco, substituindo seu antigo aliado e opositor. A interventoria de Agamenon Magalhães coincidiu ainda com os anos da presença militar norte-americana no Recife, em virtude das alianças em torno da Segunda Guerra. Este período foi marcado por transformações não apenas no cenário político, mas também no plano cultural.

O "Agamenonismo"

Ao voltar ao estado natal, Agamenon Magalhães anunciou que trazia consigo a "emoção do Estado Novo". Misto de populismo social com centralização política, o estilo de governo de Agamenon (por ele chamado de "ruralização") foi marcado pela busca da unidade social e política, apoiada na personalidade pública do interventor.

O governo estadual procurou envolver-se em todos os setores da vida cotidiana, seguindo um ideário tradicionista, autoritário e fortemente católico, que procurou apoiar-se tanto na censura oficial do DIP, quanto na utilização do jornal oficioso, o Diário da Manhã.

Segundo Michel Zaidan:

A obra administrativa de Magalhães pode ser dividida, primeiro, pela busca desenfreada do "consenso máximo" na sociedade pernambucana, a partir de uma falsa imagem de paz e harmonia social no Estado. Objetivo perseguido através de uma feroz repressão aos adversários, críticos, comunistas, prostitutas, afro-brasileiros, vadios e homossexuais.

O governo Agamenon também combateu o cangaço e realizou obras contra a seca. Seu programa de erradicação dos mocambos (habitações insalubres) teve forte impacto entre as populações pobres, apesar das críticas de Gilberto Freyre e Manuel Bandeira, seus adversários na intelectualidade.

A "Lei Malaia"

Em janeiro de 1945, Agamenon Magalhães foi novamente chamado por Getúlio Vargas para a pasta da Justiça. Mas desta vez, Getúlio não preparava o fechamento das instituições (como em 1937), e sim a sua democratização.

Como titular da pasta, Agamenon aprovou o novo Código Eleitoral (Lei Agamenon) e convocou as primeiras eleições livres do Brasil, com a autorização para o funcionamento dos partidos políticos e o pleito direto para a presidência da República. No entanto, a tentativa de aprovar uma lei antitruste (chamada de "lei malaia" por seu opositor Assis Chateaubriand, fazendo assim menção ao seu apelido pernambucano, "China gordo") aumentou as pressões de setores empresariais e militares contra o governo Vargas. Em outubro de 1945, Getúlio Vargas acabou sendo deposto, e com ele Agamenon deixou o ministério. O sucessor de Vargas, José Linhares, anunciou o veto à "lei malaia" como uma de suas primeiras medidas.

Líder do PSD

Apesar da deposição de Vargas, Agamenon conseguiu ser eleito para a Câmara dos deputados e permanecer como uma das principais lideranças nacionais do Partido Social Democrático (PSD), ao qual se filiara. Na Constituinte de 1946, alinhou-se entre os defensores da intervenção estatal na economia.

Mesmo residindo no Rio de Janeiro, Agamenon Magalhães manteve-se como líder inconteste do PSD pernambucano, apesar de sua crescente oposição ao governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, que era do mesmo partido. A cisão deu-se quando Agamenon lançou a candidatura de Barbosa Lima Sobrinho ao governo de Pernambuco. Dutra, por sua vez, apoiou o candidato da UDN, um usineiro apoiado por setores agrários e conservadores. A disputa eleitoral, vencida pelo PSD por pequena margem de votos em janeiro de 1947, foi violenta e contestada vários anos na justiça.

A máquina eleitoral de apoio ao PSD era garantida por uma extensa rede de apoiadores locais, utilizando-se do sistema do coronelismo. Essa rede possibilitou ao partido obter sucessivas vitórias em Pernambuco até 1958 (exceto na capital), derrotando todos os seus adversários. Em 1950, Agamenon lançou sua própria candidatura ao governo de Pernambuco, para suceder a Barbosa Lima Sobrinho.

Desta vez, porém, Agamenon Magalhães não seguiu a orientação de Getúlio Vargas (que naquele ano foi lançado candidato a presidente pelo PTB). Reconciliando-se com Dutra, apoiou o candidato oficial do PSD, Cristiano Machado, enquanto Vargas se aliou a João Cleofas, candidato da UDN (e que depois seria seu ministro da Agricultura).

O eleitorado do interior (onde se concentrava a máquina do PSD) foi essencial para a nova vitória de Agamenon, eleito governador por 196 mil votos, contra 186 mil de seu adversário.

O legado

No entanto, a eleição popular de Agamenon Magalhães não significou o pleno retorno do "agamenonismo" ao governo de Pernambuco: seu governo teve fim com sua morte súbita, em 24 de agosto de 1952.

O nacionalismo econômico e a visão social de Agamenon Magalhães marcaram a transição de uma visão agrária e oligárquica para a aliança com setores urbanos e operários (que marcou o conluio PSD/PTB em nível nacional). No entanto, em Pernambuco, o próprio PSD não conseguiu romper com sua formação conservadora. Com Etelvino Lins (sucessor de Agamenon), o partido obteve uma nova vitória nas eleições de 1954 (elegendo o general Osvaldo Cordeiro de Farias), mas foi finalmente derrotado em 1958.

Agamenon Magalhães foi irmão do deputado federal Sérgio Magalhães Junior, líder da Frente Parlamentar Nacionalista, e tio do governador Roberto Magalhães Melo, é sogro do ex-ministro da agricultura pecuária e abastecimento Armando Monteiro Filho, do empresário Jarbas Monteiro e do ministro do TCU José Múcio Monteiro é ainda avô do Senador e Ministro do Desenvolvimento Indústria e comércio exterior Armando Monteiro Neto.

35º. Etelvino Lins Albuquerque – Aliança Social Democrática – ASD


Período do mandato:
20 de fevereiro de 1945 a 5 de novembro de 1945

Interventor Federal

Etelvino Lins de Albuquerque GCC (Sertânia20 de novembro de 1908 — Rio de Janeiro18 de outubro de 1980) foi um promotor público e político brasileiro. 

Filho do político Ulisses Lins de Albuquerque e de Rosa Bezerra Lins de Albuquerque. No Recife, estudou nos Colégios Oswaldo Cruz e Diocesano Pernambucano. Foi aprovado em concurso para trabalhar como telegrafista nos Correios no período de 1927 a 1929, quando ainda era aluno do curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito do Recife, concluído em 1930. Foi líder estudantil e combateu o governo de Estácio Coimbra. Após formar-se em Direito, deixou o trabalho nos Correios e exerceu a função de promotor público das Comarcas de Goiana (1931-1932) e de Caruaru e, nesta última cidade, foi professor do Ginásio local.

Em 1933, foi nomeado para a 2ª Delegacia do Recife, onde combateu rebeliões contrárias a Vargas, especialmente as lideradas pelo Tenente Lamartine Coutinho e pelo Sargento Gregório Bezerra. Na época do Estado Novo, chegou a ser Secretário Estadual de Governo (1937) e Secretário de Segurança Pública de Pernambuco (1937-1945). Em 1945, com a indicação de Agamenon Magalhães para o Ministério da Justiça e Negócios Interiores, Etelvino foi nomeado para governar o Estado de Pernambuco.

Governou o estado de Pernambuco em duas ocasiões: a primeira em 1945, na qualidade de interventor federal; e a segunda, como governador eleito (1952/55). Durante seu primeiro mandato, houve o assassinato policial do estudante Demócrito de Souza Filho. Exerceu o cargo de Senador da República entre 1946 e 1952.

Ainda no campo político, foi senador constituinte (1946) e deputado federal (1959/63 e 1970/75), além de ministro do Tribunal de Contas da União (1955/59).

A 5 de Fevereiro de 1954 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.

Juscelino Kubitschek conta que foi chamado para uma reunião em setembro de 1955 na casa de Nereu Ramos, onde se encontrava o governador de Pernambuco, Etelvino Lins. Etelvino propôs a JK que as eleições fossem adiadas, pois "não havia possibilidade para as eleições, por causa da agitação que havia no país, dos traumas que o país tinha passado." Na União Democrática Nacional, todos estavam de acordo. JK respondeu que não poderia transigir com aquilo.

Casou-se com Djanira Falcão em 1933 e teve 8 filhos: Iná, Roberto, Maria Christina, Rosa, Rogério, Maria da Conceição, Maria Regina e Rodrigo. Morreu em 18 de outubro de 1980, no Rio de Janeiro, vítima de um aneurisma cerebral.

Quarta República Brasileira (1945-1964)

36º. José Neves Filho – Aliança Social Democrática – ASD

Período do mandato: 5 de novembro de 1945 a 7 de fevereiro de 1946

Interventor Federal

José Neves Filho foi um político brasileiro. Assumiu o governo de Pernambuco em 1945, na qualidade de interventor federal, deixando o cargo em 1946, com a indicação de José Domingues da Silva, também como interventor.

Na sua breve gestão criou o Arquivo Público Estadual (APE)[2] que, a partir da década de 1970, ficou conhecido como Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje), em homenagem ao seu primeiro diretor.[2] O objetivo do arquivo público foi o dar um basta à destruição dos documentos do governo e abrir um espaço para todos os indivíduos que desejassem consultá-los.

37º. José Domingues da Silva – Aliança Social Democrática – ASD

Período do mandato: 7 de fevereiro de 1946 a 7 de agosto de 1946

Interventor Federal

José Domingues da Silva Filho governou Pernambuco, na qualidade de interventor federal, em 1946. Também foi bacharel em Direito, Deputado à Câmara Estadual, e Procurador Fiscal da Fazenda Nacional.

38º. Demerval Peixoto – Partido Democrata Cristão - PDC

Período do mandato: 7 de agosto de 1946 a 8 de março de 1947

Dermeval Peixoto (São Fidélis11 de dezembro de 1884 — Rio de Janeiro23 de setembro de 1962) foi um militar e político brasileiro.

Governou Pernambuco, na qualidade de interventor federal, em 1946/47.

Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 1962.

Segue em 30 com amaro...

39º. Amaro Gomes Pedrosa– Partido Democrata Cristão - PDC

Período do mandato: 8 de março de 1947 a 1º de julho de 1947

Amaro Gomes Pedrosa (Bonito13 de maio de 1866 — Recife24 de agosto de 1954) foi um político brasileiro.

Exerceu o cargo de interventor federal em Pernambuco em 1947.

40º. Otávio Correio de Araújo – Partido de Representação Popular - PRP

Período do mandato: 1º de julho de 1947 a 14 de fevereiro de 1948

Presidente da Assembleia Legislativa

Era filho de Tranquilino Corrêa de Araújo e de Severina Cavalcanti de Araújo. Cursou o Ginásio Pernambucano e bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Recife, em 1928.

Em 1930 foi nomeado prefeito de Vertentes, em Pernambuco. Após o fim do Estado Novo (1937-1945), elegeu-se deputado estadual constituinte em Pernambuco, no pleito de janeiro de 1947, pelo Partido Social Democrático (PSD). Presidiu a Assembléia pernambucana durante os trabalhos constituintes e, nessa condição, após a promulgação da nova Carta em julho de 1947, assumiu o governo de Pernambuco em substituição ao interventor Amaro Gomes Pedrosa.[2] Transmitiu o cargo em fevereiro do ano seguinte a Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, que fora eleito governador em janeiro de 1947 e cuja posse fora retardada em consequência de recursos interpostos por seus adversários na Justiça Eleitoral do Brasil. Reassumiu interinamente o governo pernambucano em junho de 1949.

No pleito de outubro de 1950 elegeu-se deputado federal por Pernambuco, na legenda da Coligação Democrática Pernambucana, formada pela União Democrática Nacional (UDN), o Partido Republicano (PR), o Partido de Representação Popular (PRP), o Partido Democrata Cristão (PDC), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Libertador (PL).[2] Iniciou o mandato em fevereiro do ano seguinte, licenciando-se de dezembro de 1952 a julho de 1954 para ocupar a Secretaria do Interior e Justiça de Pernambuco durante o governo de Etelvino Lins (1952-1954).

Em 1954 elegeu-se novamente deputado estadual, na legenda da Aliança Social Democrática, constituída pelo Partido Social Progressista (PSP) e o Partido Libertador (PL).[2] Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1955, para assumir no mês seguinte o mandato no Legislativo pernambucano. Em 1957 foi eleito pela Assembléia Legislativa, por votação indireta, para o cargo de vice-governador.[2] Em outubro de 1958 reelegeu-se deputado estadual, na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), exercendo o mandato até o final da legislatura.

Com a cassação dos mandatos de alguns deputados, em razão do Ato Institucional Número Um (AI-1), de abril de 1964, baixado pelos militares após a deposição do presidente João Goulart, veio a assumir uma vaga na Assembléia Legislativa pernambucana.[2] Em 1966, foi candidato a suplente de senador pela legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar, mas não foi eleito.

Aposentou-se em 1970, quando ocupava o cargo de assessor jurídico do Ministério da Agricultura.

 

41º. Alexandre Barbosa Lima Sobrinho – Partido Social Democrático - PSD


Período do mandato:
14 de fevereiro de 1948 a 31 de janeiro de 1951

Governador eleito em sufrágio universal

Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho (Recife22 de janeiro de 1897 — Rio de Janeiro16 de julho de 2000) foi um advogadoescritorhistoriadorensaístajornalista e político brasileiro.

Biografia

Filho de Francisco Cintra Lima e de Joana de Jesus Cintra Barbosa Lima. Seu tio, Alexandre José Barbosa Lima governou Pernambuco entre 1892 e 1896. Estudou o curso primário em Recife. Na mesma cidade, iniciou o secundário no Colégio Salesiano, terminando-o no Instituto Ginasial Pernambucano. Em 1913, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, onde colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1917. Foi adjunto de promotor do Recife, em 1917, e advogado no período imediato ao de sua formatura. Colaborou na imprensa pernambucana, no Diário de Pernambuco, no Jornal Pequeno e, principalmente, no Jornal do Recife, onde escreveu a crônica dos domingos, de outubro de 1919 a abril de 1921. Colaborou ainda na Revista AmericanaRevista de DireitoJornal do Commercio, do Rio de Janeiro, no Correio do Povo, de Porto Alegre, e na Gazeta, de São Paulo.

Mudando-se para o Rio de Janeiro, dedicou-se ao jornalismo. Trabalhou no Jornal do Brasil a partir de abril de 1921, a princípio como noticiarista, mais tarde como redator político e, a partir de 1924, como redator principal. Escreveu, até a data de sua morte, em julho de 2000, um artigo semanal, nesse jornal.

Na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), exerceu a presidência nos períodos de 1926 a 1927; 1930 a 1932; a presidência do Conselho Administrativo de 1974 a 1977; e novamente a presidência de 1978 a 2000. Foi proclamado Jornalista Emérito pelo Sindicato da categoria de São Paulo. Quando assumiu pela primeira vez a Presidência da ABI, Barbosa Lima Sobrinho já revelava seu dinamismo: convocou uma assembleia-geral para reformar os estatutos, regulamentou a concessão da carteira de jornalista e título de sócio e estabeleceu intercâmbio com as associações de imprensa dos estados, proporcionando a integração dos jornalistas em todo o país.

Eleito deputado federal por Pernambuco para o triênio 1935-37, foi escolhido líder de sua bancada, membro da Comissão de Finanças e relator do Orçamento do Interior e Justiça.

Foi presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool, de 1938 a 1945, quando tomou posse da cadeira de deputado federal por Pernambuco, na Assembleia Constituinte de 1946. Na Câmara dos Deputados, em 1946, foi membro da Comissão de Finanças e designado relator do orçamento do Ministério da Guerra. Renunciou à cadeira de deputado em 1948, para assumir, a 14 de fevereiro do mesmo ano, o cargo de governador de Pernambuco, exercendo o mandato até 31 de janeiro de 1951.

Foi procurador da prefeitura do então Distrito Federal e professor de ensino superior nos cursos de Ciências sociais e econômicas. Como professor, regeu a cadeira de Política Financeira e, mais tarde, a de História Econômica, na Faculdade de Ciências Econômicas Amaro Cavalcanti, do antigo estado da Guanabara. Mais uma vez deputado federal por Pernambuco para a legislatura 1959-1963, integrou a Comissão de Justiça.

Foi sócio benemérito do IHGB e do Instituto dos Advogados Brasileiros, com sede no Rio de Janeiro; benemérito da Associação Brasileira de Imprensa e sócio correspondente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e do Instituto de Advogados de São Paulo; sócio efetivo da Sociedade de Geografia; sócio honorário do Instituto Histórico de Goiana (PE); presidente de honra do XIV Congresso Nacional de Estudantes; professor honorário da Faculdade de Filosofia da Universidade do Recife; presidente do Pen Clube do Brasil em 1954; membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa; membro do Instituto de Direito Público e da Fundação Getúlio Vargas.

Recebeu a Medalha Quadragésimo Aniversário da PUC-RJ (1981); o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco e o Prêmio Imprensa e Liberdade, conferido pelo Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade (1984); o Prêmio Governo do Estado do Rio de Janeiro e o título de Cidadão Benemérito da Cidade do Rio de Janeiro (1987); o Prêmio Juca Pato, conferido pela União Brasileira de Escritores; o Prêmio San Tiago Dantas (1989); e a Medalha Tiradentes (1992), conferida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Recebeu também a Medalha Chico Mendes de Resistência do Grupo Tortura Nunca Mais em 1992.[6] em 1995 recebeu a medalha Rui Barbosa mais alta condecoração concedida pela OAB.

Em 1973, candidatou-se a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Ulisses Guimarães pelo MDB.

Participou da Campanha pela anistia ampla, geral e irrestrita, que teve sucesso em 1979.

Em 1992, foi o primeiro signatário do pedido de impeachment do presidente Fernando Collor de Mello.

A partir de 1994, participou de manifestações contrárias às privatizações de empresas públicas, política iniciada no governo Collor e ampliada no governo Fernando Henrique Cardoso.[12]

Em 1998, foi contrário à revisão constitucional que permitia a reeleição dos ocupantes de cargos executivos, por considerar prejudicial aos interesses do Brasil.

De Villas-Bôas Corrêa, que o conheceu em 1948, quando iniciava a carreira, mereceu as seguintes palavras num artigo: “Barbosa Lima Sobrinho foi uma das maiores figuras do século que não pôde ver terminar. Mais de 50 anos de relações cordiais e espaçadas, a admiração crescente, a reverência da estima não cabe neste pequeno registro emocionado, um ramo de cravos depositado no caixão do grande brasileiro, do patriota insuperável, a lenda eterna na gratidão nacional.”

Recebeu homenagem da escola de samba União da Ilha do Governador, sendo enredo do desfile de 1999.

Barbosa Lima Sobrinho faleceu no Rio de Janeiro, aos 103 anos de idade.

Academia Brasileira de Letras

Em 28 de abril de 1937 foi eleito para a cadeira 6 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo ao literato Goulart de Andrade. Lá atuou também como secretário-geral em 1952, presidente em 1953 e 1954, diretor da Revista da Academia em 1955 e 1956, diretor da biblioteca de 1957 a 1978 e tesoureiro de 1978 a 1993.

Clube Náutico Capibaribe

Barbosa Lima Sobrinho foi presidente por um mandato do Clube Náutico Capibaribe

42º. Agamenon Magalhães – Partido Social Democrático - PSD


Agamenon coversando com Getúlio Vargas

Período do mandato: 1º de julho de 1947 a 14 de fevereiro de 1948

Governador eleito em sufrágio universal

Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães (Serra Talhada5 de novembro de 1893 — Recife24 de agosto de 1952) foi um promotor de direito, geógrafoprofessor (de Geografia) e político brasileirodeputado estadual (1918), federal (1924, 1928, 1932, 1945), governador de estado (1937, 1950) e ministro (Trabalho e Justiça).

43º. Antônio Torres Galvão – Partido Social Democrático - PSD


Período do mandato:
24 de agosto de 1952 a 12 de dezembro de 1952

Presidente da Assembleia Legislativa

Antônio Torres Galvão (Goianinha13 de junho de 1905 — Recife1954) foi um político brasileiro, havendo interinamente governado o estado de Pernambuco, de 24 de agosto a 12 de dezembro de 1952.

Biografia

Partiu ainda muito jovem para a cidade de Paulista, em Pernambuco, a fim de trabalhar nas fábricas ali instaladas.

Autodidata, na cidade confrontou a poderosa família Lundgren, proprietária das Casas Pernambucanas e principal força do lugar, fundando e presidindo o Sindicato dos Trabalhadores em Fiação e Tecelagem de Paulista.

As suas qualidades pessoais, na oratória e nas relações interpessoais, e capacidade intelectual, levaram-no às funções de pastor da Assembleia de Deus e juiz vogal do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco.

Autor de uma obra intitulada: Direito e deveres dos trabalhadores (1949), ressaltou na apresentação a "oportunidade de entrar em contato com a legislação social trabalhista instituída no Brasil após a Revolução de 1930, que, inegavelmente, abriu novas perspectivas às massas trabalhadoras até então relegadas ao esquecimento pelos nossos homens de governo."

Posteriormente foi escolhido pelo Partido Social Democrático (PSD) como candidato a deputado estadual, em virtude da liderança exercida na classe operária, obteve a vitória nas duas eleições que disputou, ocupando uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco nos períodos de 1947/1951 e 1951/1955. No primeiro mandato participou da Assembleia Constituinte e integrou a Mesa Constituinte e, posteriormente a Mesa Diretora, na condição de 2º vice-presidente, até quando, no 2º mandato, foi eleito presidente da Assembleia em 1952, após ter sido o deputado mais votado no estado; no plano religioso os evangélicos então consideraram sua eleição uma resposta divina às perseguições que sofriam no estado.

A morte do governador Agamenon Magalhães, em 24 de agosto de 1952, alçou-o à chefia do Poder Executivo, onde permaneceu até a eleição do novo governador.

No seu discurso de posse, referindo-se ao governador falecido, afirmou: "Governador Agamenon Magalhães: tombaste como o carvalho partido por fulminante raio no meio da floresta. Caíste como a águia nas montanhas rochosas, em pleno voo ascensional, quando a pátria te acenava para os mais altos remígios. Mas a tua queda elevou mais alto o teu nome nas lides do Brasil e a tua memória ficará indelével no coração da pátria estremecida."

O coroamento da representação popular ocorreu com o projeto, convertido em lei, de desapropriação de cinquenta hectares nas terras da Companhia de Tecidos Paulista, que se transformou na primeira área realmente livre da cidade, posteriormente denominada de Vila Torres Galvão.

É considerado o primeiro e único operário a governar o estado de Pernambuco. Faleceu de infarto, pouco antes de concluir seu segundo mandato legislativo.

44º. Etelvino Lins de Albuquerque – Partido Social Democrático - PSD


Período do mandato:
12 de dezembro de 1952 a 31 de janeiro de 1955

Governador eleito em sufrágio universal

Etelvino Lins de Albuquerque GCC (Sertânia20 de novembro de 1908 — Rio de Janeiro18 de outubro de 1980) foi um promotor público e político brasileiro.

45º. Osvaldo Cordeiro de Farias – Partido Social Democrático - PSD


Período do mandato:
31 de janeiro de 1955 a 14 de novembro de 1958

Governador eleito em sufrágio universal

Oswaldo Cordeiro de Farias GCA (Jaguarão16 de agosto de 1901 — Rio de Janeiro17 de fevereiro de 1981)[1] foi um militar, revolucionário e político brasileiro. Foi interventor federal (governador) do Rio Grande do Sul e governador eleito de Pernambuco. No governo do presidente Castelo Branco assumiu o Ministério Extraordinário para a Coordenação dos Organismos Regionais, depois transformado em Ministério do Interior. Esteve presente em todos os acontecimentos políticos do Brasil a partir de 1922 até 1966, quando se retirou da vida pública.

Início de carreira

Filho de Joaquim Barbosa Cordeiro de Farias, militar que foi transferido para o Rio Grande do Sul para trabalhar na pacificação da Revolução Federalista e que lá permaneceu por alguns anos, e de Corina Padilha Cordeiro de Farias. Em 1906 com a transferência de seu pai para o Rio de Janeiro, foi lá matriculado no Colégio Militar, onde realizou todos seus estudos. Sentou praça aos 16 anos na 4a Companhia de Infantaria no Rio.

Em 1917 ingressou na Escola Militar do Realengo, sendo, dois anos depois, declarado oficial de artilharia. Seria ainda promovido, em sua carreira militar, segundo-tenente (1920), primeiro-tenente (1921), capitão (1930), major (1931), tenente-coronel (1933), coronel (1939) e general-de-brigada (1942). Cordeiro de Farias fez curso de observador aéreo na Escola de Aviação Militar, aperfeiçoamento de oficiais (1º lugar) na Escola de Armas, cursou a Escola Superior de Guerra; e estagiou na Escola do Estado Maior do Exército Americano.

Cordeiro de Farias participou das conspirações que precederam a deflagração do levante armado de julho de 1922 contra o governo federal, que deu início ao ciclo de revoltas tenentistas. Fazia curso de observador aéreo na Escola de Aviação Militar e foi incumbido de fabricar bombas caseiras a serem atiradas dos aviões. Apesar de não ter participado diretamente dos combates, acabou sendo preso por três meses na Fortaleza São João no Rio de Janeiro. Em seguida, no mesmo ano, foi transferido sucessivamente para Santa MariaRio Pardo e São Gabriel.[2]

Tenentismo

Em outubro de 1924, participou do levante tenentista deflagrado em Uruguaiana, liderado por Honório Lemes. No mês seguinte, derrotado pelas forças de Flores da Cunha, recuou com 30 homens em direção à fronteira com a Argentina, onde acabou por se exilar. Lá conheceu outros tenentes revolucionários, João Alberto e Antônio de Siqueira Campos. Juntos se dirigem para o Rio de Janeiro, em seguida descendo ao Rio Grande do Sul, onde se juntou aos demais contingentes rebeldes do estado, reunidos sob a liderança de Luís Carlos Prestes e Miguel Costa.

Os rebeldes gaúchos acabariam se retirando para o estado do Paraná, onde se juntaram aos remanescentes do levante paulistano deflagrado no mês de julho. Da unificação desses dois grupos nasceu a Coluna Prestes, exército rebelde que, sob o comando do militar gaúcho que lhe deu o nome, promoveu, nos dois anos seguintes, uma guerra de movimento pelo interior do país contra as tropas fiéis ao governo federal. O movimento chegou a transpor as fronteiras do Paraguai, após voltando a adentrar o território brasileiro. Cordeiro de Farias teve atuação destacada na Coluna, comandando um dos quatro destacamentos que a compunham.

Em fevereiro de 1927, já desgastados pela longa campanha e sem perspectivas de vitória, os líderes da Coluna resolveram encerrar aquela fase da luta e abandonaram o território brasileiro, internando-se na Bolívia. No ano seguinte, Cordeiro retornou ao Brasil clandestinamente e deu prosseguimento às atividades conspiratórias, tendo sido, então, preso. Por um erro da denúncia seu processo não foi enviado à São Gabriel, onde havia servido, mas sim à Uruguaiana, onde lutou com Honório Lemes, mas onde também não existia nenhuma acusação contra ele. Foi, portanto, absolvido pelo então Supremo Tribunal Militar. Regularizada sua situação, retornou ao Exército, ingressando no curso de engenharia do Instituto Geográfico Militar, sem deixar, contudo, de conspirar contra o governo.[2]

Era Vargas

General Cordeiro de Farias com o Estado-Maior da Artilharia Divisionária, durante a II Guerra Mundial.

Em 1930, participou do golpe militar que extinguiu a República Velha. O movimento conhecido como Revolução de 1930, depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do presidente eleito, Júlio Prestes. Integrou, nessa ocasião, o comando da insurreição em Minas Gerais. Com a vitória do movimento e a posse do novo governo liderado por Getúlio Vargas, foi lotado no gabinete do ministro da Guerra, general José Fernandes Leite de Castro. Em maio de 1931, foi transferido para São Paulo, assumindo a chefia de polícia daquele estado. Permaneceu no cargo até junho do ano seguinte, um mês antes da deflagração do movimento constitucionalista pelas forças políticas tradicionais de São Paulo, que exigiam a reconstitucionalizaçào do país e a recuperação da autonomia estadual, com o afastamento dos tenentes que vinham exercendo influência na política paulista. Colaborou então no combate à insurreição e, no ano seguinte, voltou a ocupar a chefia de polícia do estado. No Estado Novo, foi, ainda, chefe do Estado-Maior da 5ª Região Militar, sediada em Curitiba.

Em 1935, de volta ao Rio de Janeiro, deu combate a Intentona Comunista, levante militar deflagrado por elementos de esquerda ligados à Aliança Nacional Libertadora e liderado pelo antigo comandante de Cordeiro de Farias, Prestes. Em 1937, foi transferido para o Rio Grande do Sul, onde assumiu a chefia do estado-maior da 3ª Região Militar, sediada em Porto Alegre, sob o comando do general Manuel de Cerqueira Daltro Filho. Participou, então, da campanha movida por Vargas para afastar o governador José Antônio Flores da Cunha, que acabou sendo substituído pelo comandante da 3ª Região Militar. Após a morte de Daltro Filho, Vargas nomeou Cordeiro de Farias como interventor federal no Rio Grande do Sul. Por estar no Rio de Janeiro, o cargo foi assumido interinamente por dois meses por Maurício Cardoso, tendo Cordeiro de Farias assumido em 4 de março de 1938. Em sua administração, devido às tensões da Segunda Guerra Mundial, determinou que todas as escolas alemãs do estado se nacionalizassem.

Em 1942, chegou ao generalato. Em setembro do ano seguinte, deixou a interventoria gaúcha para integrar-se na Força Expedicionária Brasileira (FEB). Em setembro de 1944, viajou para a Itália, onde participou da Campanha como comandante das unidades da Artilharia Divisionária da FEB.

A volta ao Brasil ocorreu em 1945, seguida de novas articulações políticas. Seu nome chegou, então, a ser cogitado como candidato a presidente da República. Em outubro daquele ano, participou de novo golpe militar, que desta feita afastou Vargas do poder encerrando o Estado Novo.

Período entre ditaduras

Participou do Governo do general eleito presidente Eurico Gaspar Dutra, como adido militar à Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Em 1949, foi nomeado comandante da recém-criada Escola Superior de Guerra (ESG).[3] Em maio de 1950, foi derrotado nas eleições para a diretoria do Clube Militar, em disputa marcada por forte conteúdo ideológico. Cordeiro representava a corrente que defendia a participação do capital estrangeiro na exploração do petróleo brasileiro, enquanto que a chapa vitoriosa, liderada por Newton Estillac Leal, representava os setores nacionalistas das Forças Armadas.

Deixou a ESG em agosto de 1952 para assumir o comando da Zona Militar Norte, sediada em Recife. Em 1954, foi apresentado como candidato de consenso ao Governo de Pernambuco, na coligação que envolvia PSDPDC e PL. Fez um governo voltado para a assistência ao Sertão, para a construção de açudes e estradas. Ocupou o cargo entre 1955 e 1958, renunciando ao mandato um mês antes de sua conclusão para assumir a presidência da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, que exerceu durante dois anos.

A 17 de Maio de 1958 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis de Portugal.

Foi chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de 10 de fevereiro de até 8 de setembro de 1961, durante o Governo Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio, envolveu-se na conspiração que visava impedir a posse do vice-presidente, João Goulart, então em viagem à China. Jango tomou posse devido ao apoio da população e a Campanha da Legalidade, comandada em Porto Alegre por Leonel Brizola. Na ocasião, foi nomeado comandante do III Exército pelo Ministro da Guerra, Odílio Denys, em substituição ao General José Machado Lopes, que havia aderido à causa legalista. Não chegou a assumir este cargo.

Regime militar e final da vida

Participou ativamente do Golpe Militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart. Novamente foi cogitado para presidente, o que não se concretizou. No governo do general Castelo Branco assumiu o Ministério Extraordinário para a Coordenação dos Organismos Regionais, depois transformado em Ministério do Interior. Desempenhou esta função até junho de 1966, quando se retirou da vida pública. Assumiu, então, a direção executiva do grupo empresarial pernambucano João Santos. Faleceu em 1981.

Alguns anos antes de falecer, contou sua versão dos fatos que participou para a cientista política Aspásia Camargo, da Fundação Getúlio Vargas, o que resultou no livro "Diálogo com Cordeiro de Farias: Meio Século de Combate". A obra foi lançada pela editora Nova Fronteira em 1981 e reeditada pela Editora Biblioteca do Exército por ocasião do centenário do Marechal em 2001. 

46º. Otávio Correia de Araújo – Partido Social Democrático - PSD

Período do mandato: 14 de novembro de 1958 a 31 de janeiro de 1959

Vice-governador eleito no cargo de Governador

Otávio Corrêa de Araújo (Cabaceiras (PB), 27 de outubro de 1900 — Recife24 de maio de 1993) foi um político brasileiro.[1]

Assumiu o governo de Pernambuco em duas oportunidades: a primeira na qualidade de presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (1947/1948); a segunda, como vice-governador (1958/1959).[

Ver descrição completa no 31º Mandato de Otávio Correia

47º. Constantino Carneiro de Albuquerque Maranhão – Partido Social Democrático – PSD

Período do mandato: 31 de janeiro de 1959 a 31 de março de 1959

Presidente da Assembleia Legislativa

Constantino Carneiro de Albuquerque Maranhão - foi um político brasileiro, ex-deputado estadual por Pernambuco e pai do ex-senador Ney Maranhão. Foi governador de seu estado por um mês, de dezembro de 1958 a janeiro de 1959, entre a renúncia de Cordeiro de Farias, que deixou o cargo ao aceitar o convite para assumir uma representação do governo federal nos Estados Unidos e a posse do recém-eleito Cid Feijó Sampaio.

Biografia

Era líder político do município de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, e foi deputado estadual por diversas legislaturas, chegando à vice-presidência da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco onde, diante da renúncia do governador Cordeiro de Farias, chegou a assumir interinamente o governo do estado, e transmiti-lo ao governador eleito Cid Feijó Sampaio.

Sua atuação parlamentar foi marcada pelo anticomunismo ferrenho e pela defesa do interesse das classes produtoras, que representava na Assembleia.

Era chamado de "O Rei da Carne Verde", por ser proprietário do Matadouro de Peixinhos, em Olinda, que fornecia quase a totalidade da carne in natura consumida no estado de Pernambuco na metade do século XX.

Era pai do ex-senador e quatro vezes deputado federal por Pernambuco Ney de Albuquerque Maranhão.

48º. Cid Sampaio – União Democrática Nacional - UDN


Período do mandato:
31 de março de 1959 a 31 de janeiro de 1963

Governador eleito em sufrágio universal

Cid Feijó Sampaio (Recife7 de dezembro de 1910 — Recife, 30 de setembro de 2010) foi um usineiroindustrial e político brasileiro. Foi governador do estado de Pernambuco.

Formou-se em Química no Recife e em Engenharia civil no Rio de Janeiro.

Usineiro e industrial, foi o primeiro presidente do Centro das Indústrias de Pernambuco.

Governador

Eleito em 3 de outubro de 1958 governador de Pernambuco, assumiu o cargo em 31 de janeiro de 1959, entregando-o a Miguel Arraes em 1963.

Sob seu governo, construiu a Companhia Pernambucana de Borracha Sintética (COPERBO),[2] fábrica de borracha sintética, com o dinheiro do Imposto de Circulação de Mercadorias (ICM), que teve arrecadação estimulada com a emissão de selos entregues por ocasião da compra de mercadorias, os chamados Bônus BS

Em 1994 concorreu novamente ao cargo de governador de Pernambuco, ficando em terceiro lugar.

Deputado federal

Cid opôs-se à Ditadura Militar de 1964, porém filiou-se à Arena, partido situacionista, e foi eleito, em 1966deputado federal.

Senador

Em 1978, Cid Sampaio disputou as eleições para o senado em uma sublegenda da ARENA tendo como adversários os candidatos Jarbas Vasconcelos (do Movimento Democrático Brasileiro, MDB) e Nilo Coelho, este também da ARENA mas apoiado pelo então governador Moura Cavalcanti. Nilo saiu vitorioso devido à soma dos votos das duas sublegendas da ARENA, e, ficando Cid Sampaio seu suplente. Com o falecimento de Nilo Coelho em 1983, Cid veio a ocupar o cargo de Senador até o ano de 1987.

Homenagem

Em 2002, a Assembléia Legislativa de Pernambuco o agraciou com o título "Expoente de Pernambuco".

49º. Miguel Arraes – Partido Social Trabalhista - PST


Período do mandato: 31 de janeiro de 1963 a 2 de abril de 1964

Governador eleito em sufrágio universal, deposto pelo Golpe Militar de 1964

Miguel Arraes de Alencar GCIH • GOMM (Araripe15 de dezembro de 1916 — Recife13 de agosto de 2005) foi um advogadoeconomista e político brasileiro filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). De Pernambuco, foi governador por dois mandatos, além de por deputado federal e estadual por três e dois mandatos, respectivamente. Foi também prefeito da capital Recife.

Foi o homenageado na Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2016. Considerado defensor intransigente dos pobres, o nome do ex-governador de Pernambuco, exilado durante a Ditadura Militar, foi incluído no Livro dos Heróis da Pátria no dia 25 de setembro de 2018.

Origem e família

Nasceu no município de Araripe, extremo sul do Ceará, na divisa com os municípios pernambucanos de Ipubi e Bodocó. Primogênito e único filho homem dos produtores rurais Maria Benigna Arraes e José Almino de Alencar e Silva, era tetraneto de Inácia Pereira de Alencar, irmã de Bárbara de Alencar, heroína da Revolução Pernambucana e da Confederação do Equador.

Arraes casou-se pela primeira vez com Célia de Sousa Leão, de tradicional família pernambucana, descendente do Barão de Vila Bela, com quem teve oito filhos: José Almino de Alencar e Silva Neto (n. 1946), Ana Lúcia Arraes de Alencar (n. 1947), Carlos Augusto Arraes de Alencar (n. 1950), Miguel Arraes de Alencar Filho (n. 1953), Marcos Arraes de Alencar (n. 1956), Maurício Arraes de Alencar (n. 1956), Carmen Sílvia Arraes de Alencar (n. 1957) e Luís Cláudio Arraes de Alencar (n. 1959).

Sua primeira esposa morreu em 1961. Casou-se novamente com Maria Magdalena Fiúza Arraes de Alencar, com quem teve mais dois filhos Mariana Arraes de Alencar (n. 1963) e Pedro Arraes de Alencar (n. 1966).

Entre seus inúmeros netos, destacam-se Eduardo Campos, também governador de Pernambuco e que foi candidato à Presidência da República, morto em um acidente aéreo em 13 de agosto de 2014), Antônio Campos (advogado, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras), João Henrique Campos, atual prefeito de Recife, Marília Arraes (Deputada Federal-PE) e Luisa Arraes (atriz).

Juventude

Durante a juventude Arraes mudou-se para a cidade do Crato, no sul do Ceará, com o objetivo de concluir o ginásio (segunda etapa do atual ensino fundamental). Nesses anos, um fato marcou muito a sua personalidade: flagrou um curral com três flagelados presos simplesmente por tentarem fugir da seca para Fortaleza. A respeito, afirmou: "É uma lembrança que guardo para sempre. Era um horror difícil de compreender e marcou meu jeito de ver as coisas".

Em 1932, aos dezessete anos, foi aprovado no vestibular da Faculdade de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Simultaneamente, também foi aprovado no concurso público de escriturário do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), sendo enviado ao Recife. Após a posse no cargo, conseguiu a transferência para a Faculdade de Direito do Recife (incorporada posteriormente à UFPE). Formou-se em 1937. No ano seguinte, foi promovido a assistente do diretor de Fiscalização, cargo no qual permaneceu até 1941, quando passou a ser chefe de Secretaria. Em 1943 ascendeu a delegado regional.

Carreira política até o golpe de 1964

Deixou essa ocupação em 1948,[1] ao assumir a Secretaria de Fazenda do Estado de Pernambuco, por indicação de Barbosa Lima Sobrinho, que havia sido eleito governador do estado naquele ano e com quem havia trabalhado no IAA.

Em 1959, de novo secretário da Fazenda no governo Cid Sampaio, foi também eleito prefeito do Recife, ocupando o cargo de 1960 até 1962.

Elegeu-se governador em 1962, com 47,98% dos votos, pelo Partido Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e setores do Partido Social Democrático (PSD), derrotando João Cleofas (UDN) - representante das oligarquias canavieiras de Pernambuco. Seu governo foi considerado de esquerda, pois forçou usineiros e donos de engenho da Zona da Mata do Estado a estenderem o pagamento do salário mínimo aos trabalhadores rurais (o Acordo do campo) e deu forte apoio à criação de sindicatos, associações comunitárias e às ligas camponesas.

Miguel Arraes, então governador, discursa no Teatro Nacional em Brasília, poucos meses antes do golpe de 1964. Arquivo Nacional.

Com o golpe militar de 1964, tropas do IV Exército cercaram o Palácio das Princesas (sede do governo estadual). Foi-lhe proposto que renunciasse ao cargo para evitar a prisão, o que prontamente recusou para, em suas palavras, "não trair a vontade dos que o elegeram". Em consequência, foi preso na tarde do dia 1º de abril.

Deposto, foi encarcerado em uma pequena cela do 14º Regimento de Infantaria do Recife, sendo posteriormente levado para a ilha de Fernando de Noronha, onde permaneceu por onze meses. Posteriormente, foi encaminhado para as prisões da Companhia da Guarda e do Corpo de Bombeiros, no Recife, e da Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Seu pedido de habeas corpus (HC) no Supremo Tribunal Federal foi protocolado em 19 de abril, sob o número 42 108. Foi concedido, por unanimidade, fundamentado em questões processuais (foro privativo de governadores e necessidade de autorização da Assembleia Legislativa). A exceção foi o voto do ministro Luís Galloti, que concedeu o HC em função do flagrante excesso de prazo da prisão. O então procurador-geral da República, Oswaldo Trigueiro, opinou pela manutenção de sua prisão. Libertado em 25 de maio de 1965, exilou-se na Argélia.

O exílio

Concedido o habeas corpus, Arraes foi orientado por seu advogado, Sobral Pinto, a exilar-se, devido ao risco iminente de uma nova prisão. Várias embaixadas estavam sitiadas pelos militares, restando apenas poucas opções de locais para pedir asilo político. Sendo assim, o próprio Arraes escolheu a Argélia.

No continente africano, Arraes atuou como importante articulador dos movimentos de esquerda brasileiros e, até mesmo, em favor da libertações das colônias portuguesas.

Foi a partir de sua iniciativa que foi criado o Boletim da Frente Brasileira de Informação, uma publicação na qual figuras como Paulo Freire e Celso Furtado contribuíram, e que denunciava os desmandos da ditadura brasileira, recebendo forte apoio de países europeus

Durante o exílio, foi condenado à revelia, no dia 2 de março de 1967, pelo Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar. A pena, de 23 anos de prisão, pelo crime de "subversão".

Carreira política após a anistia

Em 1979, com a anistia, aconteceu o retorno de Miguel Arraes ao Brasil. Cerca de 50 mil pessoas estiveram presentes no bairro de Santo Amaro para o comício de boas-vindas.[6] É recepcionado por várias lideranças de esquerda que permaneceram no Brasil, inclusive Jarbas Vasconcelos, aliado que se tornaria a partir da década de 1990 seu principal adversário político.

Elegeu-se deputado federal em 1982, pelo PMDB. Em 1986 vence as eleições para governador de Pernambuco, ainda pelo PMDB, derrotando o candidato do PFL e do governo, José Múcio Monteiro. Seu governo foi caracterizado por programas voltados ao pequeno agricultor, como o Vaca na corda, que financiava a compra de uma vaca e o Chapéu de palha, que empregava canavieiros, no período de entressafra, na construção de pequenas obras públicas. Outro ponto central foi a eletrificação rural.

A 26 de Novembro de 1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.

Em 1990, filia-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). É eleito mais uma vez governador em 1994, aos 78 anos, sendo um dos principais opositores ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso - posição esta que lhe custou caro, politicamente. Ainda assim, foi admitido por FHC à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.

Seu último governo é marcado pela grave crise financeira do estado e pela greve das polícias civil e militar. Perde a reeleição em 1998 para seu ex-aliado e ex-prefeito do RecifeJarbas Vasconcelos, que obteve mais de 64% dos votos válidos.

Em 2002, com 86 anos, vence sua última eleição, elegendo-se o quarto deputado federal mais votado do Estado de Pernambuco, mas desta vez apoia como candidato à presidência o ex-governador do Rio de JaneiroAnthony Garotinho, que fica na terceira colocação na eleição presidencial do primeiro turno. Uma candidatura própria à Presidência da República foi de grande importância para o crescimento do partido do qual era cacique (PSB). No segundo turno apoia o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado seu nas outras eleições presidenciais.

Neste seu último mandato como deputado federal fez parte, junto com os integrantes de seu partido, o PSB, da base aliada do governo do presidente Lula, sendo responsável pela indicação de ministros que iriam ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia no primeira gestão de Lula, destacando-se na função seu neto e herdeiro político Eduardo Campos, também pelo PSB.

Internação e morte

Arraes foi internado no dia 16 de junho de 2005, com uma suspeita de dengue. Sua saúde piorou no dia 19, quando, vitimado por uma arritmia e a consequente queda de pressão, foi entubado e passou a respirar por aparelhos. Também foi detectada uma infecção pulmonar.

Teve uma ligeira melhora nos dias seguintes. Foi submetido a hemodiálises e no dia 2 de julho todos os aparelhos foram retirados. Arraes conversava com parentes e amigos e assistia à TV, opinando sobre a situação caótica em que se encontrava a política. Nos dias seguintes, foi diagnosticada uma pneumonia. No dia 20, recebeu a visita do presidente Lula.

Em 29 de julho, uma artéria do pulmão esquerdo se rompeu, provocando uma hemorragia e ocasionando uma cirurgia de emergência. Apesar da sobrevida, os rins e o fígado apresentaram falhas e novamente precisou ser submetido a sessões de hemodiálise, diariamente.

Ainda assim, deu sinais de recuperação, mantendo a consciência. No dia 12 de agosto, foi anunciado que deixaria a unidade de tratamento intensivo. Porém, durante a madrugada do dia 13, piorou e o quadro era o de uma infecção generalizada, pela terceira vez. No fim da manhã daquele dia, faleceu depois de 59 dias de internação na UTI do Hospital Esperança, no Recife. A causa mortis foi um choque séptico causado por infecção respiratória, agravada por insuficiência renal.

Seu corpo foi velado no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, a partir do início da noite do dia 13 de agosto. O cortejo fúnebre saiu no final da tarde do dia 14 de agosto em direção ao Cemitério de Santo Amaro no Recife, onde foi sepultado, seguido por milhares de pessoas que cantavam antigos jingles das suas campanhas políticas.

Na ocasião o presidente Lula divulgou a seguinte nota, após decretar luto oficial por três dias:

"A morte do deputado federal e ex-governador Miguel Arraes é uma enorme perda para o povo brasileiro. Arraes foi, sem dúvida, uma das maiores lideranças das lutas populares que marcaram a segunda metade do século 20 no Brasil. Por isso, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer manifestar não só seu pesar pessoal pela perda de um amigo, mas também grande tristeza pela ausência de um companheiro que com sua experiência, sabedoria e capacidade de resistência fará muita falta no trabalho em favor da justiça social em nosso país".

Pouco mais de um ano após sua morte, no dia 15 de dezembro de 2006, data que se comemoraria os 90 anos de seu nascimento, a jornalista pernambucana Teresa Rozowykwiat lançou na Livraria Cultura do Recife o livro Arraes, a primeira biografia autorizada sobre a vida do ex-governador. A autora contou com informações exclusivas repassadas pela viúva, Magdalena Arraes, principalmente sobre o período em que viveu no exílio após o golpe militar de 1964. O livro aborda fatos que apenas a família tinha conhecimento e detalhes sobre sua personalidade, que só os mais íntimos conheciam.

No final de 2008, a viúva, Magdalena Arraes, criou o Instituto Miguel Arraes com o objetivo de preservar a memória do ex-governador. Nessa ocasião o jornalista e chargista do jornal Diário de PernambucoLailson de Holanda, selecionou mais de 500 charges feitas por ele durante mais de 30 anos sobre o governador Miguel Arraes, representando-o em diferentes momentos da história política recente de Pernambuco, desde da sua chegado do exílio político. O mesmo jornalista também lançou um livro com a coleção de suas melhores charges sobre o ex-governador, chamado de Arraestaqui.

Futuramente a viúva do ex-governador também pretende disponibilizar para o público, através do novo instituto, cartas, fotografias e anotações feitas por Arraes.

Em fevereiro de 2016, Miguel Arraes foi homenageado no carnaval do Rio de Janeiro, pela escola de samba Unidos de Vila Isabel.

Breve cronologia

·         1916 – Miguel Arraes de Alencar nasce em Araripe, no Ceará.

·         1932 – Conclui o curso secundário em Crato. Muda-se para o Rio de Janeiro para estudar direito.

·         1937 – Gradua-se em direito pela Universidade Federal de PernambucoRecife.

·         1948 – É designado para a Secretaria da Fazenda de Pernambuco.

·         1950 a 1954 – Deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), em Pernambuco.

·         1954 a 1958 – Deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), em Pernambuco.

·         1959 – Assume novamente a Secretaria da Fazenda.

·         1959 a 1962 – Prefeito do Recife, Pernambuco, pelo PSD.

·         1963 a 1964 – Governador do Pernambuco, pelo PST, com apoio do PCB.

·         1964 – Cassado pelo Governo Militar, fugiu para Argélia.

·         1979 – Retorno ao Brasil.

·         1983 a 1987 – Deputado federal, pelo PMDB.

·         1987 a 1990 – Governador do Pernambuco, pelo PMDB

·         1990 – Ingressa no PSB.

·         1991 a 1995 – Deputado federal (Congresso Revisor), pelo PSB

(Renunciou ao mandato para assumir o Governo de Pernambuco)

·        1995 a 1998 – Governador do Pernambuco, pelo PSB

·        2003 a 2005 – Deputado federal, pelo PSB.

·        2005 - Morre no dia 13 de agosto no Recife.

Ditadura Militar (1964-1985)

50º. Paulo Pessoa Guerra– Aliança Renovadora Nacional - ARENA


Paulo Guerra com a família no Palácio do Campo das Princesas

Período do mandato:  2 de abril de 1964 a 31 de janeiro de 1967

Vice-governador eleito no cargo de Governador

Paulo Pessoa Guerra (Nazaré da Mata10 de dezembro de 1916 — Recife9 de julho de 1977) foi um político brasileiro que foi governador de Pernambuco, estado que também representou no Congresso Nacional.

Era pai do também político Joaquim Pessoa Guerra.

Estreia na vida pública

Filho de João Pessoa Guerra e de Maria Gaião Pessoa Guerra, ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1935, bacharelando-se em 1939. Ligado ao interventor Agamenon Magalhães, foi nomeado prefeito de Orobó e, a seguir, de Bezerros durante o Estado Novo. Por indicação de seu padrinho político, foi nomeado delegado do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (1941) e, depois, da Penitenciária Agrícola de Itamaracá, cargo que exerceu por três anos (1942-1945).

Mandatos eletivos

Deposto Getúlio Vargas em 29 de outubro de 1945, foram convocadas eleições para Presidente da República e para a Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1946 e nesse pleito Paulo Guerra foi eleito deputado federal pelo PSD e reeleito em 1950. De volta a Pernambuco, foi eleito deputado estadual em 1954 e 1958 e, por ocasião da renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, era presidente da Assembleia Legislativa.

Governador de Pernambuco

Em 1962 foi eleito vice-governador na chapa de Miguel Arraes, tomando posse em 31 de janeiro de 1963. Ao longo do governo entrou em divergência com Arraes e, com a deposição deste pelo Regime Militar de 1964, assumiu o governo do estado.

Durante seu governo estimulou a eletrificação rural, a industrialização do estado e investiu em infraestrutura. Criou a Fundação do Ensino Superior de Pernambuco (hoje Universidade de Pernambuco) e construiu o Hospital da Restauração, que substituiu o antigo Hospital de Pronto Socorro. Criou também o Colégio da Polícia Militar de Pernambuco (CPM) em 1966.

Em 27 de outubro de 1965 o Ato Institucional Número Dois instituiu o bipartidarismo e, em razão disso, Paulo Guerra ingressou na ARENA. Dedicou-se à pecuária após deixar o Palácio do Campo das Princesas. Retornou à política em 1970, quando foi eleito senador, chegando ao posto de vice-líder do governo Ernesto Geisel. Em 1977 o governo outorgou o Pacote de Abril, que visava a garantir a maioria governista em 1978 e nesse ínterim Paulo Guerra aceitou renovar seu mandato por via indireta, contudo faleceu três meses depois. Seu lugar no senado ficou nas mãos de Murilo Paraíso e a vaga de "senador biônico" coube a Aderbal Jurema.

51º. Nilo Coelho– Aliança Renovadora Nacional - ARENA


Período do mandato:  
31 de janeiro de 1967 a 15 de março de 1971

Governador eleito pela Assembleia Legislativa

Biografia

Filho do coronel Clementino de Souza Coelho e Josefa Coelho. Estudou o secundário no Colégio da Bahia e Ingressou no superior na Faculdade de Medicina de Salvador. Em 1947, foi eleito deputado estadual pelo Partido Social Democrático, para o mandato de 1947 a 1950. Foi eleito deputado federal em 1951.

Foi secretário da Fazenda do Estado de Pernambuco de 1952 a 1954 e nomeado governador biônico de Pernambuco pelo presidente Castelo Branco, para o quatriênio 1967/1971. Em 1971, Nilo Coelho concedeu a Frei Damião a Medalha Pernambucana do Mérito.

A 10 de Junho de 1974 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.

Em 1978, foi eleito senador pela ARENA-I com a ajuda dos votos do candidato Cid Sampaio, da ARENA-II.

Foi Presidente do Senado no ano de 1983, representante do Estado de Pernambuco, tendo exercido o mandato de senador no período de 1979 a 1987. Faleceu no exercício da presidência do Senado em 9 de novembro de 1983, assumindo em seu lugar o senador Moacir Dalla em 11 de novembro de 1983. O cálculo dos votos era feito através da soma das sub-legendas e deu a vitória a Nilo, mesmo este tendo menos votos que o candidato da oposição, Jarbas Vasconcelos (MDB). Quando presidiu o PDS disse sua mais famosa frase - "Não sou presidente do Congresso do PDS; sou presidente do Congresso do Brasil".

Dá nome à medalha concedida pela Prefeitura do Município de Petrolina a personalidades políticas e culturais da região.

Mandatos

·         Deputado estadual: 1947 - 1950

·         Deputado federal: 1951 - 1955

·         Deputado federal: 1955 - 1959

·         Deputado federal: 1959

·         Deputado federal: 1963 - 1967

·         Governador: 1967 - 1971

·         Senador: 1979 - 1983

52º. Eraldo Gueiros– Aliança Renovadora Nacional - ARENA

Período do mandato:  15 de março de 1971 a 15 de março de 1975

Governador eleito pela Assembleia Legislativa

Eraldo Gueiros Leite (Canhotinho18 de janeiro de 1912 — Recife5 de março de 1983) foi magistrado e político brasileiro.

Biografia

Filho do fazendeiro José Ferreira Leite e de Amélia Gueiros Leite, fez o curso primário na sua cidade natal, e o secundário no Ginásio Pernambucano.[1] Em 1935 formou-se em Direito, tornando-se, em seguida, consultor jurídico do executor do estado de sítio em Pernambuco, o general Aurélio de Souza Ferreira.

Dedicou-se à advocacia e ao exercício do cargo na procuradoria da Justiça Militar.[1] Foi advogado da Pernambuco Tramways, empresa prestadora de serviços de luz e força no Recife, palco de inúmeras greves operárias.

Foi integrante do Superior Tribunal Militar após concurso, no governo do general Eurico Gaspar Dutra em 1957.[1][2] Após a instauração do regime de exceção no Brasil, transferiu-se para o Rio de Janeiro em setembro de 1964, para assumir a Procuradoria Geral da Justiça Militar, durante o governo de Humberto de Alencar Castelo Branco.[2] Em março de 1969, foi empossado como ministro do Superior Tribunal Militar, no governo Costa e Silva.

Através de eleições indiretas, tomou posse em março de 1971 na condição de governador biônico do Estado de Pernambuco.

53º. Francisco Moura Cavalcanti – Aliança Renovadora Nacional - ARENA


Período do mandato:  
15 de março de 1975 a 15 de março de 1979

Governador eleito pela Assembleia Legislativa

José Francisco de Moura Cavalcanti (São Vicente Férrer20 de outubro de 1925 — Recife28 de novembro de 1994) foi um advogado e político brasileiro que foi indicado governador do Amapá em 1961 e de Pernambuco em 1974.[1][2]

Biografia

Em 1970.

Aos vinte anos foi prefeito da cidade de Macaparana tendo ido ao Recife após deixar o cargo para estudar Direito (1950-1954). Envolvido com a advocacia chegou a ser procurador em Pernambuco e teve como mentor político a figura de Osvaldo Cordeiro de Farias. Nomeado governador do Território Federal do Amapá pelo presidente Jânio Quadros foi destituído do cargo após a renúncia deste em agosto de 1961. De volta ao seu estado foi representante de Pernambuco no conselho deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, Secretário da Administração e da Coordenação Política durante o governo de Paulo Guerra e Superintendente de Desenvolvimento do Vale do Serigi durante o governo Nilo Coelho.

José Francisco Moura Cavalcanti ascendeu ao plano federal em 1970 no governo Médici que o nomeou presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a seguir ocupou o Ministério da Agricultura entre 9 de maio de 1973 e 15 de março de 1974. Três meses após deixar o ministério foi indicado governador de Pernambuco (ARENA) pelo então presidente Ernesto Geisel. e confirmado pela Assembléia Legislativa do Estado. Audacioso e empreendedor, formou uma equipe de jovens auxiliares destinados a revolucionar a história de Pernambuco, dentre eles José Jorge de VasconcelosJoaquim Francisco de Freitas, Antonio Morais, Gustavo Krause Sobrinho dentre outros pernambucanos que marcaram época e fizeram história. Ao fim de sua gestão, já acometido de grave enfermidade, havia lançado a pedra fundamental do Porto de Suape, construído o Centro de Convenções de Pernambuco, e iniciado o TIP - Terminal Integrado de Passageiros que só foi concluído anos depois pelo então governador Gustavo Krause Sobrinho livrando o centro do Recife já saturado de uma estrutura antiquada que servia de terminal rodoviário intermunicipal sem as mínimas condições. Migrou para o PDS após o retorno do pluripartidarismo.

Foi casado com D. Suçu, tendo falecido em decorrência de uma parada cardíaca, após longa enfermidade que o tirou precocemente dos palanques mas não da vida política, sempre influente e respeitado até os seus últimos dias de vida.

54º. Marco Maciel – Partido Democrático Social – PSD


Período do mandato:  15 de março de 1979 a 15 de maio de 1982

Governador eleito pela Assembleia Legislativa

Marco Antônio de Oliveira Maciel GCC • GCIC • GCMM (Recife21 de julho de 1940 — Brasília12 de junho de 2021) foi um professoradvogado e político brasileiro filiado ao Democratas (DEM). Foi vice-presidente do Brasil e presidente da Câmara dos Deputados, além de ministro da Educação e da Casa Civil durante o governo Sarney. Por Pernambuco, foi governadorsenador por três mandatos, deputado federal por dois e deputado estadual.

Exerceu o cargo de senador de 2003 até 2011. Professor de Direito Internacional Público da Universidade Católica de Pernambuco (licenciado). Presidente da Câmara dos Deputados (1977–1979). Ministro de Estado da Educação e Cultura (1985–1986). Ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República (1986–1987), quando assumiu o mandato de senador. Foi eleito Presidente do PFL em 1987. Em 1990 se reelegeu como senador, e em 1994 foi eleito vice-presidente da República Federativa do Brasil. Retornou ao senado, eleito em 2002. Assumiu, em 2007, a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Após 44 anos na política, nas eleições de 2010 não conseguiu se eleger para um novo mandato no Senado, ficando em terceiro lugar na votação.

Biografia

Filho de José do Rego Maciel e Carmen Sílvia Cavalcanti de Oliveira formou-se em direito pela Universidade Federal de Pernambuco atuando depois como advogado. Quando nos bancos universitários iniciou sua vida pública ao ser eleito presidente da União Metropolitana dos Estudantes de Pernambuco, em 1963, realizando uma gestão que o levaria a romper com a cúpula da União Nacional dos Estudantes. A eleição para a UME contou com o apoio financeiro do IPES - Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, organização de direita criada no fim de 1961. Nos anos vindouros, Marco Maciel se filiaria a ARENA, partido que apoiava o regime de ditadura militar então instaurado, e passaria a atuar na política partidária na qual estreou em 1966 ao se eleger deputado estadual e a seguir deputado federal nos anos de 1970 e 1974.

No decurso de seu segundo mandato foi eleito presidente da Câmara dos Deputados em março de 1977, para o biênio 1977—1979 e em sua gestão, o presidente Ernesto Geisel decretou o recesso do Congresso Nacional, através do Ato Complementar 102 em 1º de abril de 1977, com o intuito de aprovar a reforma judiciária que fora rejeitada pelo parlamento que seria reaberto em 14 de abril, após a outorga de duas emendas constitucionais e de seis decretos-leis regulamentando a reforma do judiciário e a reforma política, esta última caracterizada pela instituição dos chamados senadores biônicos. Apesar de contrário à supressão das prerrogativas do Congresso Nacional, Marco Maciel acatou a decisão presidencial mas não tomou parte nas cerimônias que marcaram a vigência das medidas baixadas pelo Poder Executivo. Não polemizou no entanto a respeito do assunto e, em sinal de reconhecimento por sua postura, foi indicado governador biônico de Pernambuco pelo próprio Geisel em 1978.

Ao longo de sua gestão montou uma equipe de técnicos e políticos que cerraram fileiras nas eleições de 1982, quando o PDS pernambucano obteve um apertado triunfo, contra os oposicionistas do PMDB, tendo à frente o senador Marcos Freire, então candidato a governador. Eleito senador naquele ano, Maciel teve seu nome lembrado como uma das alternativas civis à sucessão do presidente João Figueiredo, em face, sobretudo, de sua grande capacidade de articulação.

Frente Liberal

À medida que os debates sobre a sucessão presidencial tomavam forma as lideranças do PDS viam surgir diversos nomes que tencionavam a indicação oficial do partido, dentre os quais, Marco Maciel. Entretanto a contenda derradeira aconteceu em 11 de agosto de 1984, quando o deputado federal paulista Paulo Maluf derrotou o Ministro do Interior, Mário Andreazza, na convenção nacional do PDS por 493 votos a 350, fato esse que serviu como senha para que os dissidentes da legenda se agrupassem na chamada Frente Liberal (embrião do PFL, o atual Democratas) e a seguir hipotecassem o seu apoio à candidatura de Tancredo Neves, o candidato das forças de oposição ao Regime Militar de 1964. Para a oficialização do acordo os partidários de Tancredo deveriam escolher um dos quadros da dissidência governista como candidato a vice-presidente e a escolha recaiu sobre o senador maranhense José Sarney, embora o próprio ungido tenha sugerido, sem sucesso, o nome de Marco Maciel. Hábil na costura dos acordos políticos que asseguraram a vitória oposicionista no Colégio Eleitoral, logo o nome de Marco Maciel foi confirmado como o novo Ministro da Educação sendo o titular dessa pasta de 15 de março de 1985 até 14 de fevereiro de 1986 quando o presidente José Sarney (efetivado após a morte de Tancredo Neves) o remanejou para a chefia da Casa Civil onde Maciel permaneceu até 30 de abril de 1987.

No Plebiscito de 1993, Marco Maciel foi parte da Frente Presidencialista Republicana 

Vice-presidente

De volta ao Senado Federal manteve seu apoio ao governo Sarney o que não o impediu de ser um dos entusiastas do apoio do PFL à Fernando Collor de Mello nas eleições presidenciais de 1989, mesmo diante da candidatura pefelista de Aureliano Chaves. Com a vitória de Collor em segundo turno sobre Luiz Inácio Lula da Silva o Partido da Frente Liberal passa a ocupar a base política do novo presidente. Reeleito senador em 1990 Marco Maciel passou à condição de líder do governo Collor no Senado, função da qual declinou quando o processo de impeachment do presidente se apresentou irreversível. Em agosto de 1994 foi escolhido pelo PFL como o novo candidato a vice-presidente da República em substituição ao senador alagoano Guilherme Palmeira em virtude de denúncias de irregularidades na destinação de emendas orçamentárias que pesavam sobre esse último, sendo eleito e reeleito como companheiro de chapa de Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998, respectivamente. Em março de 1995 exerceu a presidência da república do Brasil pela primeira vez conforme ordenava a constituição da época, recebeu em seu gabinete da Vice-Presidência da Republica, no Palácio do Planalto, o Título de Professor Visitante da UniverCidade/RJ, do jornalista e Reitor Paulo Alonso. Sua postura discreta permaneceu inalterada, mesmo diante dos episódios que levaram ao rompimento do PFL com o governo federal às vésperas das eleições de 2002, nas quais Marco Maciel conquistou seu terceiro mandato como senador pelo estado de Pernambuco.

Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo desde 1987 pelo presidente português Mário Soares, Maciel foi admitido em 1997 pelo mesmo à Ordem do Infante D. Henrique, no mesmo grau.[1] Em 1995, foi condecorado por Fernando Henrique Cardoso com a Ordem do Mérito Militar no grau de Grã-Cruz especial.

Morte

Marco morreu em 12 de junho de 2021, aos oitenta anos de idade, em um hospital particular do Distrito Federal.[5] Seu corpo foi velado no Salão Negro do Senado Federal, sendo sepultado na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Imortal

·         Em 1991, foi eleito para a cadeira 22 da Academia Pernambucana de Letras, antes ocupada pelo Monsenhor Severino Nogueira Leite, tomando posse em 27 de julho de 1992.

·         Em 2003, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira do antecessor Roberto Marinho, tomando posse em 18 de outubro de 2003.

Obras

É autor de três livros:

·         Idéias Liberais e Realidade Brasileira (1984)

·         Educação e Liberalismo (1987)

·         Liberalismo e Justiça Social (1987)

 

55º. José Muniz Ramos – Partido Democrático Social – PSD


Período do mandato:  15 de maio de 1982 a 15 de março de 1983

Presidente da Assembleia Legislativa

José Muniz Ramos (Araripina22 de setembro de 1939) é um político brasileiro. Foi deputado estadual e governador do estado de Pernambuco. É filho do ex-prefeito de Araripina Manoel Ramos de Barros e neto do, também, ex-prefeito de Araripina Francisco da Rosa Muniz

Biografia

Filho de Manuel Ramos de Barros e de Maria de Lurdes Muniz Ramos. O pai, do Partido Social Democrático (PSD), foi duas vezes prefeito de Araripina (1948-1952 e 1958-1962). Os tios, Sebastião Marinho Muniz Falcão e Djalma Marinho Muniz Falcão, foram respectivamente governador de Alagoas (1955-1960) e deputado federal (1982-1986) e senador (1998-1999).

Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas em 1966, se elegeu deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco.[1]

Assumiu o governo de Pernambuco por ser o presidente na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco (ALEPE), após renúncia do então Governador Marco Maciel, que deixou o mandato para concorrer ao senado federal e do seu vice, Roberto Magalhães, candidato ao Governo do Estado de Pernambuco.

Sexta República Brasileira (1985 – presente)

56º. Roberto Magalhães – Partido Democrático Social – PSD


Período do mandato:  15 de março de 1983 a 14 de maio de 1986

Governo eleito em sufrágio universal

Roberto Magalhães Melo (Canguaretama17 de julho de 1933) é um político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO).

Obteve quatro mandatos de deputado federal (1991/1995, 1995/1997, 2003/2007 e 2007/2011). Ele também foi governador do estado de Pernambuco de 1983/1986 e prefeito da cidade do Recife de 1997/2000.

Biografia

Roberto Magalhães é sobrinho de Agamenon Magalhães, que foi deputado estadual e deputado federal por Pernambuco, interventor e governador de Pernambuco, ministro do trabalho e da justiça, e professor catedrático de teoria geral do estado na Faculdade de Direito do Recife. Filho de Odorico de Menezes Melo (29 de abril de 1892 — Recife, 2 de maio de 1979) e Rosa de Godoy Magalhães (c. 1894 - Recife, 11 de março de 1968).

Casado em dezembro de 1965 com Jane Coelho Magalhães Melo, que tem formação jurídica e é pós-graduada em administração e ciência política, o casal possui quatro filhos: Roberto Filho, Rogéria, Carlos André e Renata.

Graduado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutorado em direito privado pela Universidade Federal de Pernambuco.

Cargos públicos

·         Secretária de educação e cultura do estado de Pernambuco (1967/1971)

·         Consultor-geral do estado de Pernambuco (1971)

·         Vice-governador do estado de Pernambuco (1979/1982)

·         Governador do estado de Pernambuco (1983/1986)

·         Deputado federal por Pernambuco (1991/1995)

·         Deputado federal por Pernambuco (1995/1999), renunciou em 1997 para assumir a prefeitura da cidade do Recife

·         Prefeito da cidade do Recife (1997/2000)

·         Deputado federal por Pernambuco (2003/2007)

·         Deputado federal por Pernambuco (2007/2011)

·         Aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Recife, curso de Artilharia (1954)

57º. Gustavo Krause – Partido da Frente Liberal – PFL



Período do mandato:  14 de maio de 1986 a 15 de março de 1987

Vice-governador eleito no cargo de Governador

Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho GOMM (Vitória de Santo Antão19 de junho de 1946) é um advogado e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO). Foi ministro da Fazenda e do Meio Ambiente durante os governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Por Pernambuco, foi governadordeputado federal e secretário da Fazenda, além de prefeito e vereador da capital Recife.

Sua filha, Priscila Krause, é deputada estadual de Pernambuco e foi eleita Vice Governadora de Pernambuco em 2022

Biografia

Em 1979, foi nomeado pelo então governador Marco Maciel, prefeito do Recife, cargo que ocupou até 1982. Na prefeitura, realizou muitas obras estruturadoras, principalmente nas áreas de periferias, como escadarias e muros de arrimos. Mas a maior marca da sua gestão como prefeito foi fixação dos chamados "barracões" da prefeitura, nas áreas pobres do município, que eram "centros de atendimentos social" com médicos, engenheiros e vários servidores que atendiam a comunidade.[3]

Eleito pelo voto direto vice-governador de Pernambuco na chapa encabeçada pelo ex-vice-governador Roberto Magalhães (PDS), assumiu o posto de governador de 1986 a 1987, em decorrência do afastamento de Magalhães, para disputar a eleição de senador. Em 1988, foi eleito vereador de Recife.

Em 1990, foi eleito deputado federal pelo estado de Pernambuco. Assumiu o Ministério da Fazenda do Brasil, durante o governo Itamar Franco. Tomou posse em 2 de outubro e deixou o ministério em 16 de dezembro de 1992, apenas dois meses de cargo.

Em 1994, disputou e perdeu para Miguel Arraes, a eleição de governador de Pernambuco.

No primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995 - 1999), assumiu o Ministério do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente. Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1994 no grau de Comendador especial por Itamar Franco, Krause foi promovido no ano seguinte por FHC ao grau de Grande-Oficial.

Atualmente é conselheiro político do DEM. Foi suplente do senador Marco Maciel, por Pernambuco, de 2003 até 2011. Não mais concorreu a cargos políticos, desde então.

58º. Miguel Arraes – Partido Socialista Brasileiro – PSB



Período do mandato:  15 de março de 1987 a 1º de abril de 1990

Governador eleito em sufrágio universal

Ver descrição completa no 40º Mandato de Arraes

59º. Carlos Wilson Campos – Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB


Período do mandato:  1º de abril de 1990 a 15 de março de 1991

Vice-governador eleito no cargo de Governador

Carlos Wilson Rocha de Queirós Campos (Recife11 de março de 1950 — Recife11 de abril de 2009) foi um político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).  Por Pernambuco, foi governadorsenador e deputado federal por três mandatos.

Carreira

Iniciou sua vida pública em 1972 no Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Em 1974, elegeu-se deputado federal pela ARENA, sendo reeleito em 1978 e, em 1982, pelo PMDB.

Em 1986, foi eleito vice-governador na chapa de Miguel Arraes. No mesmo ano, foi admitido no grau de Grande-Oficial à Ordem do Infante D. Henrique, de Portugal. Assumiu o governo do estado em abril de 1990 para que o então governador pudesse concorrer ao legislativo, ficando no cargo durante onze meses.

Em 1992, assumiu a Secretaria Nacional de Irrigação, a convite do então presidente Itamar Franco.

Em 1994, elegeu-se senador por Pernambuco pelo PSDB, permanecendo no senado até o término de seu mandato em 2003.[4] Em 1996, foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.

Em 1998, se candidata a governador de Pernambuco, ficando em terceiro lugar. No ano 2000 se lança candidato a prefeito do Recife pelo PPS, mas fica em terceiro lugar no primeiro turno. No segundo turno declara apoio ao candidato do PT João Paulo Lima e Silva, que vence as eleições.

Nas eleições de 2002 tenta a reeleição ao senado, mas não consegue se eleger e filia-se ao Partido dos Trabalhadores em 2003, no que foi visto como uma traição a FHC e seu partido.

Foi presidente da Infraero no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Disputou as eleições de outubro de 2006 para a Câmara Federal, sendo eleito deputado federal por Pernambuco pelo PT. Assumiu o novo mandato parlamentar em março de 2007.[6]

É filho e irmão de dois ex-presidentes do Clube Náutico CapibaribeWilson Campos, eleito em 1964, e André Campos, eleito em 2001.

Morreu em sua cidade natal, aos 59 anos, após lutar cinco anos contra um câncer.

60º. Joaquim Francisco Cavalcanti – Partido da Frente Liberal - PFL


Período do mandato:  15 de março de 1991 a 1º de janeiro de 1995

Governador eleito em sufrágio universal

Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti  (Recife14 de abril de 1948 – Recife3 de agosto de 2021), foi um advogado e político brasileiro, ex-membro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Foi ministro do Interior durante o governo Sarney. Por Pernambuco, foi governadordeputado federal por três mandatos e secretário do Trabalho durante o governo de seu tio Moura Cavalcanti, além de prefeito por dois mandatos da capital Recife.

Biografia

Advogado, Procurador do Estado de Pernambuco aposentado, formado pela Universidade Federal de Pernambuco desde 1970, com grande atuação na área política, foi Prefeito da Cidade do Recife por dois mandatos (1983-1985 e 1988-1990), Deputado Federal Constituinte (1988), Ministro do Interior (1989), Governador do Estado de Pernambuco (1990-1994), e  Deputado Federal pelo Estado de Pernambuco (1998-2006), destacando-se como Presidente da Comissão Especial, que discutiu e aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal (2001-2002).

Ressalte-se sua atuação como Consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID – Washington DC, 1995, Membro do Conselho da Reforma do Estado – Brasília, 1996/1997 e Orientação Política e Social (COPES) – FIESP, 1996/1998 e Consultor do Bureau of Reclamation – BID – Banco Mundial. Brasília, 1997. Atualmente é Presidente do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco – ITV/PE e atua como Advogado e Consultor.

Ao longo de sua trajetória política recebeu várias homenagens, como por exemplo: Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho – Grã Cruz – Tribunal Superior do Trabalho, Ordem do Congresso Nacional – Grande Oficial, em 1992, Medalha de Mérito do Ministério Público de Pernambuco – Classe Ouro, concedida em 1995, entre outros.

Participou de várias palestras, cursos, debates, seminários nacionais e internacionais destacando-se cursos de Direito Internacional Público – UFPE, 3° Ciclo de Estudos sobre Segurança e Desenvolvimento – ADESG/PE,Fellow da Kellog Foundation – NAPA – Capacitação em Desenvolvimento Internacional, Seminários em Medellin, Colômbia; Washington DC e Minneapolis EUA; Rio de Janeiro; Mérida, México; Cali, Colômbia. Conferências, Palestras e Debates sobre temas diversos proferidas no Brasil, Estados Unidos, Portugal, Colombia, França, China, Japão, Romênia, Inglaterra e outros vinte e cinco países - 1977 a 2006.

Publicou diversos artigos e livros como: Planejamento Familiar e Trópico, Recife/1983, Idéias e Compromissos, Recife/1984, Uma Constituição Renovadora, Recife/1987, A Lição Ficou, Brasília/1989, A Bandeira do Trabalho, Recife/1992, Reafirmação do Ideal, Recife/1993,Missão e Trajetória, Recife/PE, Modernização do Estado, Washington DC – BID/1995.

Publicações Parlamentares: Planejamento Familiar: uma volta à questão, Brasília / 1999; Coerência Parlamentar, Brasília / 2000; Renovação de Compromisso, Brasília / 2001. Fidelidade a Pernambuco, Brasília / 2002; Turismo, Emprego e Outros Temas, Brasília / 2003; Discursos e Projetos, Brasília / 2004. 

PRINCIPAIS COMENDAS E TÍTULOS

·         Medalha do Mérito Previdenciário – Concedida pelo Ministério da Previdência e Assistência Social

·         Medalha Pernambucana do Mérito – Classe Ouro

·         Medalha da Ordem do Mérito Guararapes – Grau de Grande Oficial

·         Cidadão Honorário de Minneapolis, Minnesota (EUA) – Título concedido em 1983

·         Medalha Pernambucana do Mérito Policial Militar

·         Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado – Classe Ouro – Tribunal de Justiça de Pernambuco

·         Medalha da Ordem Nacional do Mérito – Governo da República da França

·         Medalha da Ordem do Mérito Capibaribe – Grão Mestre – Cidade do Recife

·         Ordem do Rio Branco – Grande Oficial

·         Medalha da Ordem do Mérito do Chile – Grão Oficial

·         Diploma da Grande medalha da Inconfidência – Governo de Minas Gerais

·         Medalha do Mérito Nilo Coelho – Tribunal de Contas de Pernambuco

·         Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho – Grã Cruz – Tribunal Superior do Trabalho

·         Ordem do Congresso Nacional – Grande Oficial

·         Grande Medalha da Inconfidência – Minas Gerais, concedida em 1992

·         Medalha de Mérito do Ministério Público de Pernambuco – Classe Ouro, concedida em 1995

Em 1993, como governador, Francisco foi admitido pelo presidente Itamar Franco à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]

TRAJETÓRIA POLÍTICA

ATIVIDADES, CARGOS E FUNÇÕES

·         Assistente de Administração do Instituto da Previdência dos Servidores do Estado de Pernambuco – IPSEP (Procuradoria Jurídica), 1966

·         Oficial de Gabinete do governador Nilo Coelho do Estado de Pernambuco, 1967/1970

·         Assistente da Presidência do Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA e Assistente Geral da Coordenadoria Regional do INCRA no Nordeste, 1970/1974

·         Coordenador do Grupo de Trabalho PROTERRA-Nordeste, 1972/1974

·         Secretário do Trabalho e Ação Social do Estado de Pernambuco, governo Moura Cavalcanti, 1974/1978

·         Presidente da Comissão de Defesa Civil de Pernambuco, 1974/1978

·         Presidente do Conselho de Administração da Companhia de Habitação de Pernambuco – COHAB/PE, 1979/1981

·         Procurador Judicial da Junta Comercial do Estado de Pernambuco, 1978/1994

·         Diretor Administrativo-Financeiro da Companhia de Alumínio do Nordeste – SUDENE, 1979/1980

·         Fundador e Coordenador do Grupo de Estudos Livres, Recife/1980

·         Prefeito da Cidade do Recife, 1983/1985

·         Deputado Federal Constituinte, 1987

·         Ministro do Interior, 1987

·         Prefeito da Cidade do Recife, 1989/1990

·         Governador do Estado de Pernambuco, 1991/1994

·         Consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID – Washington DC, 1995

·         Membro do Conselho da Reforma do Estado – Brasília, 1996/1997

·         Membro do Superior Conselho de Orientação Política e Social (COPES) – FIESP, 1996/1998

·         Consultor do Bureau of Reclamation – BIRD – Banco Mundial. Brasília, 1997.

·         Deputado Federal – 1998-2006. Foi presidente da Comissão Especial que discutiu e aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal (2001-2002).

·         Advogado e consultor – escritórios de advocacia Recife e Brasilia – 2008-2017

·         Presidente do Instituto Teotônio Vilela de Pernambuco (ITV/PE-PSDB)2016-2017 

61º. Miguel Arraes – Partido Social Brasileiro - PSB


Período do mandato:  1º de janeiro de 1995 a 1º de janeiro de 1999

Governador eleito em sufrágio universal


62º. Jarbas Vasconcelos – Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB

Período do mandato: 1º de janeiro de 1999 a 1º de janeiro de 2003

Período do Mandato: 1º de janeiro de 2003 a 1º de janeiro de 2006

Governador eleito em sufrágio universal que renunciou ao mandato no segundo governo para concorrer uma vaga no senado federal

Jarbas de Andrade Vasconcelos  (Vicência23 de agosto de 1942) é um advogado e político brasileiro. Cofundador do MDB, governou Pernambuco de 1999 a 2006 e o representou no Senado Federal de 2007 a 2015. Nas eleições de 2014 foi eleito deputado federal para o mandato 2015-2019[3]. Em 2018 foi eleito, novamente, como senador por Pernambuco juntamente com Humberto Costa para o mandato 2019-2026[4].

Primeiros anos e início na vida pública

Filho de Carlindo de Moraes Vasconcelos (c. 1908 - Recife, 17 de novembro de 1978) e Áurea de Andrade Vasconcelos, mudou-se para Recife aos sete anos de idade juntamente com seus pais e oito irmãos.

Na capital deu início à sua vida escolar ingressando na Universidade Católica em 1964, após dois anos servindo ao Exército. Uma vez no ambiente acadêmico abraçou a militância política sendo um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no qual ingressou em 1966 e dois anos depois receberia o título de bacharel em Direito conciliando a advocacia e a política. Eleito deputado estadual em 1970 e deputado federal mais votado em 1974, preparou um ousado lance com vistas as eleições de 1978, quando foi candidato a senador, disputando a vaga destinada à eleição pelo voto direto (a outra seria preenchida por meio de eleição indireta conforme emenda constitucional vigente) contra dois representantes da ARENA, Nilo Coelho, ("sublegenda um") e Cid Sampaio ("sublegenda dois"). Em uma eleição marcada por denúncias de irregularidades e cuja apuração se estendeu por quase um mês, o TRE divulgou o resultado dando vitória a Nilo Coelho, segundo o critério da sublegenda já que a sua votação e a de Cid Sampaio excediam a de Jarbas Vasconcelos por quase quarenta mil votos, embora o representante da oposição tenha sido o mais votado em termos individuais. O absurdo proporcionado por uma legislação eleitoral tão casuística repercutiu junto à grande imprensa, a ponto de a Folha de S.Paulo estampar em manchete: "Jarbas, o que perdeu mas ganhou". Extinto o bipartidarismo, Jarbas Vasconcelos ingressou no PMDB sendo eleito deputado federal em 1982.

Na eleição de 1982, a primeira direta para governador após o Golpe Militar de 1964, Jarbas Vasconcelos decide apoiar o senador Marcos Freire. Pela primeira vez contraria o ex-governador Miguel Arraes, que gostaria de disputar o pleito como candidato a governador naquele ano. Miguel Arraes tinha sido o último governador eleito diretamente antes do golpe militar de 1964, tendo sido deposto e cassado depois disso, chegara do exílio em 1979 e ainda apresentava um forte legado popular, principalmente entre os trabalhadores rurais.

Prefeito do Recife

Jarbas Vasconcelos participou ativamente da campanha para as eleições democráticas à presidência da República, as "Diretas Já" em 1984, porém não concordou com as eleições indiretas à presidência, que ocorreu em 1985. No dia das eleições indiretas, não compareceu ao Congresso Nacional, apesar de apoiar o candidato de seu partido, o ex-governador de Minas Gerais Tancredo Neves. Este fato foi explorando intensivamente por seus adversário políticos nas eleições municipais de 1985. Jarbas Vasconcelos foi eleito Prefeito do Recife em 1985, nas primeiras eleições diretas para o cargo desde o fim do Regime Militar de 1964, entretanto seu triunfo foi precedido por um percalço que por pouco não inviabiliza a sua candidatura já que fora derrotado pelo deputado federal Sérgio Murilo na convenção do PMDB e sem espaço na sua legenda buscou abrigo no PSB e formou a "Frente Popular do Recife", uma coligação cujo esteio se baseava tanto em sua figura quanto no apoio da maior parte do PMDB e no apoio de legendas como o PT e o PCdoB. A 26 de novembro de 1987 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal. Vitorioso nas urnas, retornou ao PMDB o mais rápido possível e ocupou a presidência nacional da legenda quando das eleições presidenciais de 1989, logo após findar o seu mandato de prefeito. Militante histórico da legenda, sua ascensão ao posto se deu em razão da candidatura de Ulysses Guimarães ao Palácio do Planalto. Candidato ao governo do estado em 1990, foi derrotado pelo candidato do PFLJoaquim Francisco, o mesmo que o antecedera na prefeitura e que derrotara seu candidato nas eleições municipais de 1988, quando retornou ao cargo pelo voto popular. Após essa eleição rompe politicamente com Miguel Arraes por discordar de seu posicionamento durante o processo eleitoral. A imprensa local especulou à época que Jarbas Vasconcelos queria Arraes candidato a senador em sua chapa, o que fortaleceria sua candidatura ao governo estadual conquistando os votos dos simpatizantes de Miguel Arraes, que preferiu sair candidato à Câmara dos Deputados, para ampliar o número de parlamentares do PSB, partido ao qual se filiara ao deixar o PMDB. Em 1992, Jarbas Vasconcelos foi eleito para o seu segundo mandato como prefeito do Recife, derrotando nomes como os de Eduardo Campos – o neto e herdeiro político de Miguel Arraes – e André de Paula, o candidato oficial do governador Joaquim Francisco.

Em suas duas gestões como prefeito, Jarbas Vasconcelos incentivou um modelo de gestão com ampla participação da população através do programa "prefeituras nos bairros". Muitos consideram esse programa como a base do orçamento participativo que será implementado em muitos municípios do Brasil nas décadas seguintes.

Governador de Pernambuco

Com Miguel Arraes de novo em evidência, as alianças políticas de Jarbas Vasconcelos se voltam para seus antigos adversários pefelistas, formando uma coligação partidária entre o PMDB e o PFL, chamada de "União por Pernambuco". A nova coligação o consultar sobre uma possível candidatura ao governo do estado em 1994, porém o mesmo decide permanecer no cargo de prefeito. Nessa eleição a "União por Pernambuco" lança o ex-governador e deputado federal Gustavo Krause que disputou a eleição pelo PFL, que perde a eleição para o ex-governador e deputado federal Miguel Arraes. Ciente quanto a necessidade de alterar os rumos do jogo político apoia a candidatura do também pefelista Roberto Magalhães à sua sucessão na prefeitura e assim mantém uma aliança com o então PFL (hoje DEM) nas eleições para o governo do estado tanto em 1998 (impedindo a reeleição de Arraes) quanto em 2002 (nesse ano chegou a ser cotado como candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, convite do qual declinou).

Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1995 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no grau de Comendador especial, Jarbas foi promovido pelo mesmo em 2000 ao grau de Grande-Oficial.[5][1]

Disputa a reeleição em 2002 vencendo com mais de 60% dos votos. Após sete anos no comando do estado renunciou ao mandato em 31 de março de 2006 para disputar, com sucesso, uma cadeira no Senado Federal. Jarbas Vasconcelos passou o governo para Mendonça Filho que perdeu a reeleição para o então deputado federal Eduardo Campos no segundo turno. Esse fato, bem como a perda da prefeitura do Recife após as eleições do ano 2000 e a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2006, colocou o grupo político de Jarbas Vasconcelos na oposição aos dirigentes de Recife, do estado de Pernambuco e também em relação à Presidência da República.

Retorno ao Congresso Nacional

Jarbas Vasconcelos assumiu o cargo de senador por Pernambuco no início de 2007 e se colocou no campo da oposição ao Governo Federal. No mesmo ano, se destacou como uma das principais lideranças políticas no senado, inclusive sendo uma das principais vozes a favor da renúncia ou cassação do mandato do presidente do Senado Renan Calheiros, que se envolveu em várias denúncias de corrupção. Mesmo não tendo tido êxito na tentativa de forçar a renúncia ou cassação do presidente, o movimento em prol pelo afastamento de Renan acabou favorecendo positivamente a imagem de Jarbas Vasconcelos na opinião pública nacional.

No início de 2009, aceitou ser entrevistado pela revista Veja e expressou seu desencantamento com o PMDB e os rumos políticos dados pelo Governo do presidente Lula. A entrevista teve grande repercussão política na imprensa nacional, uma vez que o senador acusava seu próprio partido de fazer parte de práticas de corrupção generalizadas com o governo federal. Esse fato político se confirmou no mesmo ano com as denúncias de corrupção envolvendo o presidente do Senado José Sarney, uma das principais lideranças políticas do PMDB e aliado do presidente Lula.

Em 2010, disputou uma nova eleição para o governo de Pernambuco, mas perdeu a eleição ainda no primeiro turno para o governador Eduardo Campos que tentava a reeleição. Na eleição presidencial apoiou o candidato do PSDBJosé Serra, que também perdeu a eleição para a candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff.

Em 2012, entretanto, Jarbas reconcilia-se com o governador Eduardo Campos e ajuda a formar a coligação que apoiou o candidato socialista, Geraldo Júlio, à prefeitura de Recife pelo PSB.

Foi eleito deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019).Votou a favor do Processo de impeachment de Dilma Rousseff. Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos. Em abril de 2017 foi favorável à Reforma Trabalhista.[10] [11] Em agosto de 2017 votou a favor do processo em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer.

Nas Eleições estaduais em Pernambuco em 2018, foi eleito Senador da República, retornando ao Senado Federal após 4 anos.

Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.

63º. Mendonça Filho – Partido da Frente Liberal – PFL


Período do mandato: 31 de março de 2006 a 1º de janeiro de 2007

Vice-governador eleito no cargo de governador

José Mendonça Bezerra Filho  (Recife12 de junho de 1966) é um administrador e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO). Foi ministro da Educação durante o governo Michel Temer. Por Pernambuco, foi governadordeputado federal durante três mandatos e deputado estadual em duas ocasiões.

Consultor na área de educação e gestão pública, atualmente é consultor da Fundação Lemann e da Unesco.

Família e educação

Nasceu no Recife e passou a infância e a adolescência entre a capital e Belo Jardim, terra natal de seus pais e município onde iniciou a carreira política. Filho de Estefânia Maria Nazaré de Moura Bezerra e do ex-deputado federal José Mendonça Bezerra, falecido em 2011,[8] é o segundo filho de uma família de seis irmãos. É Casado com Taciana Vilaça Mendonça, filha do ex-ministro Marcos Vilaça, com quem tem 3 filhos, José, Ilanna e Vinícius.

Estudou na Escola Parque,[10] considerada uma instituição de formação de esquerda. Formou-se em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco e fez o curso de Gestão Pública pela Kennedy School, Escola de Governo da Universidade de Harvard (EUA).

Carreira política

Tem experiência em diversos cargos e funções públicas, tanto no Poder Legislativo, como no Executivo. Foi deputado estadual,[11] secretário de Estado, secretário de Estado,[12] vice-governador do Estado de Pernambuco nas duas gestões do governador Jarbas Vasconcelos (1999-2003/ 2003-2006), governador, deputado federal por três mandatos e ministro da Educação.

Deputado estadual

Começou a vida pública aos 20 anos filiando-se ao PFL e sendo eleito o deputado estadual mais novo nas eleições de 1986. Foi Deputado Constituinte e contribuiu para a elaboração da Constituição de Pernambuco, em 1989.

Secretário de Agricultura

Como secretário de Agricultura, no Governo de Joaquim Francisco (1991/1995), criou o Programa Água Para Todos para construção de adutoras no Estado e o “Terra e Comida”, um programa de reforma agrária feito pelo Governo do Estado com a distribuição de 13.000 títulos de terra para agricultores da zona canavieira em troca de dívida de usineiros.

Deputado federal

Como deputado federal foi reconhecido pela Revista Veja e pelo DIAP como um dos parlamentares mais atuantes do País.[18] Foi autor do projeto que prorrogou o prazo dos benefícios da Lei de Informática até 2029;[19] Coordenador do Comitê Pró impeachment,[20] Mendonça Filho teve atuação destacada no processo que levou ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

Em março de 1995, Mendonça Filho foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]

Na Câmara dos Deputados, participou de várias comissões, destacando-se como presidente da Comissão Especial de Reforma Política e Eleitoral. O seu mandato ficou marcado pela emenda constitucional que recebeu seu nome e permitiu a reeleição para presidente, governadores e prefeitos. O que ocasionou a reeleição de FHC e do vice Marco Maciel, aliados de Mendonça. Em 1998, disputou o governo de Pernambuco como vice na chapa encabeçada por Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Vice-governador

Assumiu como vice-governador em janeiro de 1999, ao lado do governador Jarbas Vasconcelos. Foi o principal executivo do Governo Jarbas/Mendonça tendo coordenado a atração de investimentos como a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, a ampliação e consolidação do Porto de Suape, programas como Águas de Pernambuco, Estradas para o Desenvolvimento, a implantação dos Centros de Ensino Experimental (Escolas em Tempo Integral) e do Porto Digital. Foi secretário-executivo do Pacto 21, um conselho formado por empresários, intelectuais e universidades para discutir projetos estruturadores para impulsionar o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco. Coordenou o processo de privatização da CELPE, iniciado ainda no governo de Miguel Arraes, em que o então Governador Eduardo Campos era o Secretário da Fazenda.

Governador

Em abril de 2006 assumiu o Governo de Pernambuco em substituição a Jarbas Vasconcelos, que deixou o cargo para disputar uma vaga de senador da República. Entre os projetos criados na gestão Mendonça Filho estão o Universidade Democrática, que garantiu gratuitamente o acesso de jovens da rede pública estadual à Universidade de Pernambuco, o Jovem Campeão, com construção de quadras poliesportivas nas escolas da rede estadual e o Ação Integrada pela Segurança, para promover a juventude, estimular a cidadania e aumentar a segurança no Estado com um conjunto de ações de prevenção e repressão policial.

Ministro da Educação

A gestão de Mendonça Filho à frente do Ministério da Educação promoveu um conjunto de mudanças estruturais visando dar um salto de qualidade na educação nos próximos anos, como a reforma do ensino médio,[21] e a homologação da primeira Base Nacional Comum Curricular da educação básica no País.[22] Quando assumiu o MEC, em maio de 2016,[23] o diagnóstico dos especialistas e os indicadores de ensino nacionais como o IDEB[24] e ANA[25] e internacionais como o PISA mostravam uma realidade dura. Os principais gargalos na educação eram alfabetização inadequada, a aprendizagem ruim de nossos jovens e as dificuldades na formação do professor. Mendonça lançou várias ações para enfrentar essa realidade como a política nacional de alfabetização,[26] a política nacional de escolas em tempo integral,[27] a reforma do ensino médio,[28] a política de formação de professores,[29] que teve como carro chefe o programa residência pedagógica.[30] Sua gestão foi marcada por polêmicas como a audiência concedida ao ex-ator pornô Alexandre Frota[31] e a tentativa de censura à disciplina do professor Luis Felipe Miguel intitulada "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil".[32] Ele também juntamente com o CFM, suspendeu a criação de curso de medicina no Brasil por 5 anos, por mais que o Brasil tenha um dos menores índices mundiais de médicos para sua população, mal distribuidos "A taxa das 27 capitais é de 5,07 médicos por mil habitantes. No Interior do País, esse índice é 1,28, ou seja, 3,9 vezes menor" gerando preços exorbitantes em custo deste curso nas faculdades , dados conflitantes do IBGE[36], entre outras consequências: 

A criação de cursos de medicina no país está suspensa por cinco anos, de acordo com portaria assinada hoje (5) durante reunião do presidente Michel Temer com o ministro da Educação, Mendonça Filho, e representantes do Conselho Federal de Medicina e entidades ligadas ao setor. A medida vale para instituições públicas federais, estaduais e municipais e privadas. A ampliação de vagas em cursos de medicina já existentes em instituições federais também fica suspensa pelo mesmo período.

Assumiu a presidência pro tempore do setor educacional do Mercosul (jun a dez 2017), durante a 50ª Reunião de Ministros de Educação do Mercosul (RME), em Buenos Aires, em junho de 2017.[38] O Brasil assumiu o posto – que estava com os argentinos – sugerindo a implementação de um sistema comum de avaliação de indicadores de qualidade para a educação básica.[39] Deixou o ministério em 6 de abril de 2018.[40]

Candidaturas

Disputou a reeleição em 2006 pelo cargo de governador, vencendo o primeiro turno com quase 40% dos votos, porém, perde o 2 turno com a união dos opositores.[41]

Candidatou-se a prefeitura do Recife na eleição municipal de 2008, obtendo o segundo lugar, voltou a ser candidato na eleição municipal de 2012, obtendo o quarto lugar.[42][43]

Nas eleições de 2018, após ter sido cotado como possível candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin para a Presidência da República,[44] foi um dos candidatos ao Senado Federal por Pernambuco, pela coligação oposicionista. Após uma campanha acirrada em que chegou a aparecer como um dos favoritos em pesquisas,[45] ficou em terceiro lugar na disputa com 19,58%, sendo derrotado por Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos, ambos eleitos na ocasião.

Nas eleições municipais de 2020, Mendonça Filho foi candidato a prefeito da coligação "Recife acima de tudo" (PSDB/PTB/PL/DEM), com Priscila Krause como vice. Dentre as principais doações para sua campanha, o Diretório Nacional do Democratas enviou mais de 3,8 milhões de reais e o empresário Salim Mattar Júnior doou 200 mil reais.[47] Ao final, o candidato recebeu 25,11% dos votos válidos no primeiro turno e, em razão de uma diferença inferior a 23 mil votos, não conseguiu ficar entre os dois mais votados (João Campos e Marília Arraes). 

64º. Eduardo Campos – Partido Socialista Brasileiro – PSB



Período do mandato: 1º de janeiro de 2007 a 1º de janeiro de 2011

Período do mandato: 1º de janeiro de 2011 a 1º de janeiro de 2014

Governador reeleito em sufrágio universal que renunciou ao cargo para concorrer a presidência da República

Eduardo Henrique Accioly Campos GOMM (Recife10 de agosto de 1965 – Santos13 de agosto de 2014)[2] foi um economista e político brasileiro. Foi governador de Pernambuco por dois mandatos, presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e candidato à Presidência da República nas eleições presidenciais de 2014.

Neto de Miguel Arraes de Alencar, Eduardo desde cedo conviveu com nomes emblemáticos da política local e nacional. Campos era graduado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aprovado no vestibular desta instituição com 16 anos, concluiu a faculdade aos 20, sendo também orador da turma.

Sua morte ocorreu na manhã de 13 de agosto de 2014, quando o jato em que viajava, do Rio de Janeiro a Guarujá, caiu em um bairro residencial de Santos.[3]

Família e formação

Eduardo, (ao centro), junto de seu pai, Maximiano Campos, sua mãe, Ana Arraes, e o seu irmão, Antonio Campos.

Nascido na capital pernambucana, Eduardo Campos era filho do poeta e cronista Maximiano Accioly Campos (1941–1998) com a ex-deputada federal e atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Lúcia Arraes de Alencar (1947). Era neto de Célia de Sousa Leão (1924-1961) e de Miguel Arraes de Alencar (1916–2005), ex-governador de Pernambuco, sendo considerado seu principal herdeiro político, além de sobrinho de Guel Arraes, cineasta e diretor da Rede Globo de Televisão.[4]

Eduardo Campos se formou em ciências econômicas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1986.[5] Casou-se com a também economista e auditora do Tribunal de Contas de Pernambuco Renata de Andrade Lima (n. 1967), com quem teve cinco filhos: Maria Eduarda (n. 1992), João Campos (n. 1993), Pedro Henrique (n. 1995), José Henrique (n. 2005) e Miguel (n. 2014).[6] Seu filho mais novo, nascido no dia 28 de janeiro de 2014, é portador da síndrome de Down.[7]

Em fevereiro de 2022, sua filha, Maria Eduarda, deu à luz ao primeiro neto de Eduardo Campos. O nome escolhido para a criança foi Eduardo Andrade Lima Campos Alencar. O menino também é neto, pelo lado paterno, do deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE).[8]

Vida política

Eduardo Campos começou na política ainda na universidade, quando foi eleito presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia. Em 1986, trocou a oportunidade de fazer um mestrado nos Estados Unidos pela participação na campanha que elegeu o avô Miguel Arraes como governador de Pernambuco.[9] Com a eleição de Arraes, em 1987, passou a atuar como chefe de gabinete do governador. Neste período, foi o responsável pela criação da primeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE).[10]

Assembleia Legislativa

Campos filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 1990. No mesmo ano, foi eleito deputado estadual e conquistou o Prêmio Leão do Norte concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco aos parlamentares mais atuantes.

Congresso Nacional

Em 1992, Campos disputou sua primeira eleição majoritária, para Prefeitura do Recife, mas ficou em quinto lugar, atrás respectivamente de Jarbas VasconcelosHumberto Costa, André de Paula e Newton Carneiro.

Em 1994, foi eleito deputado federal pelo PSB com 133 mil votos. Porém, pediu licença do cargo para integrar o governo de Miguel Arraes como secretário de Governo e secretário da Fazenda, entre 1995 e 1998. Neste último ano voltou a disputar um novo mandato de Deputado Federal e atingiu o número recorde de 173 657 votos, a maior votação no estado.

Em 2002, pela terceira vez no Congresso Nacional, ganhou destaque e reconhecimento como articulador do governo Lula nas reformas da Previdência e Tributária. Por três anos consecutivos, esteve na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) entre os cem parlamentares mais influentes do Congresso.

No decorrer de sua vida pública no Congresso Nacional, Eduardo Campos participou de várias CPIs, como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (Nike/CBF).[11] Nesta última, atuou como sub-relator, onde denunciou o tráfico de crianças brasileiras para o exterior, fato que teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional.

Como deputado federal, Eduardo foi ainda presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13 de junho de 2000. A Frente tem natureza suprapartidária e representa, em toda a história do Brasil, a primeira intervenção do Parlamento Nacional no setor.

Eduardo também foi autor de vários projetos de lei. Entre eles, o que prevê um diferencial no FPM para as cidades brasileiras que possuam acervo tombado pelo IPHAN; o do uso dos recursos do FGTS para pagamento de curso superior do trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o sequestro-relâmpago como crime no código penal; e o da Responsabilidade Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social, afirmando seu compromisso com os mais carentes.

Ministério da Ciência e Tecnologia

Em 2004, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Campos assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tornando-se o mais jovem dos ministros nomeados.[12] Em sua gestão, o MCT reelaborou o planejamento estratégico, revisou o programa espacial brasileiro e o programa nuclear, atualizando a atuação do órgão de modo a assegurar os interesses do país no contexto global. Em abril do mesmo ano, Eduardo Campos foi admitido por Lula à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]

Como ministro, Eduardo Campos também tomou iniciativas que repercutiram internacionalmente, como a articulação e aprovação do programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa e de transgênicos.[13] Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica[14], resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa.[15] Outra ação importante à frente da pasta foi a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, considerada a maior olimpíada de matemática do mundo em número de participantes.

Presidência do Partido Socialista Brasileiro

Eduardo Campos assumiu a presidência nacional do PSB no ano de 2005. No início de 2006, licenciou-se da presidência do partido para concorrer ao governo de Pernambuco, pela Frente Popular. Em 2011 foi reeleito presidente do partido, com mandato até 2014. Foi reconduzido ao cargo por aclamação e sem concorrentes.[16][17]

Governador de Pernambuco

Campanha de 2006

Eduardo Campos junto com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, 6 de março de 2007.

Em 2006, lançou-se candidato ao governo do estado de Pernambuco, tendo como coordenadores o ex-deputado estadual José Marcos de Lima, também ex-prefeito de São José do Egito. Também contou com o apoio de importantes lideranças do interior do estado, como o deputado federal Inocêncio Oliveira e o então prefeito de PetrolinaFernando Bezerra Coelho.

O primeiro turno apresentou um fato curioso: o presidente Lula manifestou apoio para dois candidatos à sucessão estadual: Eduardo Campos, do PSB, e Humberto Costa, do PT. Tal posicionamento foi encarado pelos críticos políticos como uma estratégia dos partidos de esquerda do estado para quebrar a hegemonia do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que apoiava a reeleição de Mendonça Filho (PFL), governador que assumiu o poder após Jarbas renunciar em abril de 2006, para disputar uma vaga de senador, visando a levar as eleições estaduais para o segundo turno.

Eduardo Campos iniciou a campanha eleitoral, de acordo com as pesquisas eleitorais, na terceira colocação. Mas a coligação que apoiava Mendonça Filho utilizou extensivamente denúncias de corrupção que pesavam sob o candidato Humberto Costa quando ocupou o cargo de Ministro da Saúde, no governo Lula. Os aliados de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos acreditavam que os votos dos potenciais eleitores de Humberto poderiam migrar naturalmente para Mendonça. Afirmavam que, mesmo as eleições sendo levadas para um segundo turno, o candidato Eduardo Campos seria um alvo mais fácil para ser atacado na campanha por causa do seu envolvimento, como secretário da Fazenda, nas operações dos precatórios no último governo de Miguel Arraes, porém ele e o governo do avô foram inocentados sobre o caso na justiça, em última instância.

Humberto Costa, que saiu da campanha do primeiro turno na terceira colocação, manifestou de imediato apoio a Eduardo Campos. O candidato do PSB conseguiu aglutinar em seu palanque quase todas as forças sociais e partidos opositores a Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos. O governador candidato à reeleição, Mendonça Filho, não conseguiu se eleger e Eduardo Campos foi eleito com mais de 60% dos votos válidos para governador no segundo turno.

Reeleição

Com o governo bem avaliado e a popularidade em alta, Eduardo Campos concorreu à reeleição em 2010. Assim como em 2007, contou com o apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Campos foi reeleito, desta vez como o governador mais bem votado do Brasil: mais de 80% dos votos válidos no primeiro turno, derrotando o senador Jarbas Vasconcelos, adversário histórico e principal oponente.

A gestão de Eduardo Campos

Eduardo Campos ocupou o Governo de Pernambuco durante sete anos (2007–2014). Na primeira gestão, destacam-se projetos e obras estruturadoras do governo Federal como a ferrovia Transnordestina, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, a fábrica de hemoderivados Hemobrás e a recuperação da BR-101.

O socialista colocou as contas públicas na internet com o Portal da Transparência do Estado, considerado pela ONG Transparência Brasil o segundo melhor do país, entre os vinte e seis estados da federação e o Distrito Federal. O estado de Pernambuco cresceu acima da média nacional (3,5% em 2009) e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009, contra média histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento Brasil Competitivo.

Na segurança pública, houve redução dos índices de violência com a implantação do programa Pacto pela Vida. O número de homicídios no estado sofreu uma queda 39,10% desde o início do programa. Além disso, 88 municípios pernambucanos chegaram a uma taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) menor que a média nacional, que é de 27,1 por 100 mil habitantes. A redução também ocorreu com crimes como roubos e furtos. Entre 2007 e 2013, houve uma diminuição de 30,3% neste tipo de delito no estado.

Esse prêmio é um reconhecimento muito especial, porque é o maior prêmio de gestão pública do mundo. Vamos recebê-lo com muita alegria em nome de tantos, que no anonimato, diariamente nos ajudam no Pacto Pela Vida. Estamos no caminho certo para transformar Pernambuco no lugar mais seguro do País

— Sobre o prêmio conquistado pelo Pacto pela Vida

Em 2013, Eduardo anunciou o rompimento com o governo Dilma, saindo da base aliada junto com seus correligionários, orientando-os a entregarem os cargos de confiança nos vários escalões. Um ano antes decidiu lançar candidato próprio a prefeitura do Recife, o Geraldo Júlio, que ganhou a disputa municipal, e não apoiar a reeleição do prefeito João da Costa, do PT. No mesmo período, se aproximou do antigo adversário Jarbas Vasconcelos e ampliou o leque de alianças com partidos da centro-direita.

Entre os motivos do rompimento, Campos apontou a manutenção da aliança do governo Dilma com setores políticos tradicionais, entre os quais, com o PMDB, mesmo estando na esfera estadual aliado ao PMDB de Jarbas e de outras forças de centro-direita como o PP (Partido Progressista). Aproximou-se de Marina Silva e a acolheu, com seus aliados, no PSB, chamando o novo movimento de "Nova Política". Este rompimento provocou uma rachadura entre a PSB e os aliados à presidente Dilma Rousseff do PSB do Ceará, com seu líder Ciro Gomes.

Eleição presidencial em 2014

Nota oficial de pêsames da morte de Campos, emitida pelo Governo do Piauí.

Oficialmente confirmada como pré-candidata à reeleição, Dilma Rousseff teve inicialmente entre seus principais adversários Eduardo Campos e o senador do PSDB por Minas GeraisAécio Neves.[24]

Aécio Neves depois confirmou a sua candidatura pelo PSDB, tendo como vice o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Em outubro de 2013, o então governador Eduardo Campos anunciou a aliança programática com Marina Silva e correligionários que formariam posteriormente a Rede Sustentabilidade, cujo pedido de registro do novo partido havia sido negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A aliança foi formalizada em 4 de fevereiro de 2014, no evento que lançou as bases para elaboração do programa de governo do PSB-Rede. Na mesma data, o Partido Popular Socialista (PPS), através do deputado federal Roberto Freire, formalizou a entrada do partido na aliança.

As diretrizes para elaboração do programa de governo foram:

·         Estado e democracia de alta densidade;

·         Economia para o desenvolvimento sustentável;

·         Educação, cultura e inovação;

·         Políticas sociais e qualidade de vida e

·         Novo urbanismo e o Pacto pela Vida.

Eduardo Campos anunciou, em 14 de abril de 2014, em um evento realizado em Brasília, a pré-candidatura à Presidência do Brasil, tendo como vice a líder da Rede Sustentabilidade, Marina Silva.[25][26] Após a morte de Eduardo Campos, Marina Silva assumiu a candidatura à presidência em seu lugar e Beto Albuquerque foi oficializado como vice.

Em 2018, o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que havia proposto um acordo em 2011, durante viagem à Bogotá, para que Eduardo Campos fosse candidato à vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff na eleição de 2014, de modo que na eleição de 2018 o próprio Eduardo fosse o candidato à presidência com o apoio de Lula, Dilma e do conjunto de partidos que davam sustentação ao governo petista.[27]

Morte

Em 13 de agosto de 2014, o então candidato à presidência da República embarcou em um avião modelo Cessna Citation 560XLS+ de prefixo PR-AFA, cujo primeiro voo havia se realizado em 2011. O avião saiu do Aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro, por volta das 9h, com destino ao município de Guarujá, para cumprir agenda de campanha.

Por volta das 10h, o avião caiu sobre uma área residencial do bairro do Boqueirão, no município de Santos, Estado de São Paulo, sem deixar sobreviventes.

Eduardo Campos faleceu no mesmo dia que seu avô Miguel Arraes, morto no ano de 2005. Foi sepultado em 17 de agosto de 2014 no Cemitério de Santo Amaro, no Recife, ao lado do túmulo do avô materno, Miguel Arraes, e do tio Carlos Augusto de Arraes.

Eduardo havia participado na noite anterior à sua morte de uma entrevista ao vivo no Jornal Nacional, da TV Globo, apresentado por William Bonner e Patrícia Poeta. Ao final de sua participação no telejornal, o político disse: "Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde nós vamos criar nossos filhos, é aqui onde nós temos que criar uma sociedade mais justa (...)".

A morte de Eduardo Campos gerou comoção nacional e internacional. O governo dos Estados Unidos lamentou o falecimento do político por meio de nota da então porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden.[33] O então presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)Luis Alberto Moreno, também lamentou o falecimento e disse que se despedia de "um grande político, amigo e ser humano".

Suspeita de corrupção

Polícia Federal, através da Operação Turbulência, investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 600 milhões. O dinheiro teria sido utilizado para abastecer o caixa dois do PSB e assim financiar a campanha de reeleição de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco em 2010 e nas eleições presidenciais de 2014.

Segundo as investigações, parte do dinheiro teria sido empregada na compra da aeronave utilizada por Campos na sua campanha e que caiu no acidente. Segundo o Ministério Público Federal, Eduardo Campos e o senador Fernando Bezerra Coelho teriam recebido propina do dono da aeronave.[35] A construtora Camargo Corrêa teria pago propina a Campos e Coelho referente às obras na Refinaria Abreu e Lima. A empreiteira OAS também estaria envolvida. O esquema de lavagem de dinheiro também estaria ligado com outros esquemas investigados na Operação Lava Jato.

Premiações

·         2009 – considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.

·         2010 – primeiro colocado no ranking de governadores estabelecido pelo Instituto Datafolha de Pesquisas, sendo uma dessas com 80% de aprovação entre os pernambucanos.[38]

·         2011 – apontado pela pesquisa IBOPE/Band como o melhor governador do Brasil e novamente, pela Revista Época, um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.[39][40]

·         2013 – Pacto pela Vida recebe o prêmio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na categoria “Governo Seguro – Boas práticas em prevenção do crime e da violência”.

65º. João Lyra  – Partido Democrático Trabalhista – PDT


Período do mandato: 3 de abril de 2014 a 1º de janeiro de 2015

Vice-governador eleito no cargo de Governador

João Soares Lyra Neto (Caruaru, 24 de janeiro de 1947) é um empresário e político brasileiro, ex-governador de Pernambuco[1] filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Exerceu mandatos de prefeito de Caruaru (de 1989 a 1993 e de 1997 a 2000), deputado estadual (1995-1996), vice-governador (2007-2014), secretário de saúde de Pernambuco (2008-2010), e ainda foi vice-líder do Governo de Miguel Arraes na Assembleia Legislativa de Pernambuco (1994-1996).

Biografia

Formado em Direito e natural de Caruaru, ingressou na militância na década de 60 com o movimento estudantil, quando estudava na Faculdade de Direito do Recife. Voltou a Caruaru logo depois de formado para ajudar a administrar os negócios da família, no setor de transportes.

Na década de 1970, em plena ditadura militar, lutou junto com os mais importantes líderes políticos pela resistência democrática durante todo o período do regime militar. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), chegou a ser presidente do partido em Caruaru. Nos início dos anos 80, começou a participar ativamente de campanhas políticas e fez parte da Coordenação Estadual pela retomada das “Diretas Já” no país.

Trajetória política

Sua trajetória política teve início em 1988, quando, seguindo os passos do pai, João Lyra Filho, foi eleito prefeito de Caruaru, cargo que voltou a assumir em 1997, para um segundo mandato.[1] Foi vice-líder do governo Miguel Arraes na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco durante seu mandato de deputado estadual.

Ao lado de Eduardo Campos, foi eleito vice-governador em 2006.[1] Em 2008, assumiu a Secretaria de Saúde. Comandou o processo de mudança de gestão da pasta em Pernambuco, cuidando particularmente da regionalização da Saúde. João Lyra também coordenou duas outras áreas, Segurança e Educação. Após a renúncia de Campos, em abril de 2014, para concorrer à Presidência da República, João Lyra assumiu o comando do estado. É pai de Raquel Lyra, ex-prefeita de Caruaru[3] e governadora de Pernambuco a partir de janeiro de 2023.


66º. Paulo Câmara – Partido Socialista Brasileiro – PSB


Período do mandato: 1º de janeiro de 2015 a 1º de janeiro de 2019 

Governador eleito em sufrágio universal

Período do mandato: 3 de abril de 2014 a 1º de janeiro de 2015

Governador reeleito em sufrágio universal

Paulo Henrique Saraiva Câmara (Recife8 de agosto de 1972) é um economista e político brasileiro. É o atual governador do estado de Pernambuco.

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco (1994), pós-graduado em Contabilidade e Controladoria Governamental (1997) e mestre em Gestão Pública (2006), todos pela mesma instituição. Foi Secretário de Administração (2007–2010), Secretário de Turismo (2010) e Secretário da Fazenda de Pernambuco (2011–2014) durante a administração do então governador Eduardo Campos.[2][3] Paulo é casado com Ana Luiza Câmara e tem duas filhas. Em 2014, foi eleito governador de Pernambuco no primeiro turno, com 68% dos votos, sendo o candidato a governador mais bem-votado do país naquela eleição. Nas eleições de 2018 foi reeleito a governador no primeiro turno com 50,61% dos votos, derrotando Armando Monteiro.

Carreira profissional

Paulo Câmara sempre foi servidor público. Aos 20 anos foi escriturário concursado do Banco do Brasil, em Ribeirão, na Zona da Mata. Em 1995, foi para o Tribunal de Contas do Estado, onde exerceu o cargo de auditor das contas públicas; foi secretário de Administração do Tribunal de Justiça de Pernambuco (2003), supervisor Parlamentar da Câmara de Vereadores do Recife (2005) e, a partir de 2007, fez parte da gestão do governador Eduardo Campos.

Governo de Pernambuco

Secretaria de Administração

Em 2007, Paulo Câmara assumiu a Secretaria de Administração do Estado (SAD). Em sua gestão à frente da SAD, destaque para os benefícios direcionados para os Servidores do Governo. Dentre outras ações, Paulo Câmara instituiu o Calendário Semestral de Pagamento dos Servidores, a recuperação das perdas salariais dos servidores, com reajustes expressivos para todas as categorias e com ganhos reais acima da inflação e a construção do Centro de Formação do Servidor.

Em 2008, a secretaria criou o Curso Superior Sequencial de Formação Específica em Administração Pública. Trata-se de uma graduação exclusiva para servidores estaduais, ministrada pela Faculdade de Ciências e Administração da UPE, através da Escola de Governo de Pernambuco, com o objetivo de formar gestores públicos.

Secretaria de Turismo

Em 2010, Paulo Câmara assumiu a pasta de Turismo. Durante a sua gestão, desenvolveu alguns projetos focados na especialização dos serviços oferecidos aos turistas, entre eles o programa "Taxista Amigo do Turista", que promovia qualificação em inglês e espanhol para os profissionais. Na sua gestão, também foram realizadas obras de infraestrutura, como o acesso às praias dos Litorais Sul e Norte, e a ampliação do sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto sanitário da Praia dos Carneiros e da cidade de Rio Formoso, no Litoral Sul do Estado.

Secretaria da Fazenda de Pernambuco

Paulo Câmara assumiu a secretaria da Fazenda em 2011. Entre as ações desenvolvidas, destaque para a criação do Fundo Estadual dos Municípios, o FEM, que viabilizou 228 milhões de reais a prefeituras de Pernambuco em 2013.

Eleição ao governo de Pernambuco

Naquela eleição Paulo Câmara era estreante na política, filiado ao PSB desde outubro de 2013 Foi indicado para concorrer à sucessão estadual, que tinha como integrantes da chapa o deputado federal Raul Henry do PMDB, como vice, e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho do PSB, para concorrer ao Senado.  Naquele ano foi o candidato a governador mais bem-votado do país, ele obteve 68% dos votos em Pernambuco, deixando para trás o então candidato do PTBArmando Monteiro, que ficou com um pouco mais de 31% dos votos válidos.

Foi eleito governador de Pernambuco no primeiro turno, com mais de 3.000.000 votos.[18] Carregava o peso de dar continuidade ao governo de seu padrinho político, Eduardo Campos, ex-governador do estado e candidato a presidência do Brasil, que morreu em um acidente aéreo, em 13 de agosto de 2014, no meio da disputa eleitoral daquele ano.

Aliado à comoção que tomou o Estado na tragédia que matou Campos, o forte palanque composto de 21 partidos, resultou na vitória de Marina Silva em Pernambuco.[23][24] Terceira colocada na disputa ao Planalto, ela obteve 48% dos votos no Estado. Em 8 de outubro de 2014, o PSB anunciou seu apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da corrida à Presidência. Contudo o tucano obteve uma votação pouco maior que a de José Serra nas eleições de 2010;[28] Dilma venceu com 70,20% dos votos válidos no estado, contra 29,80% do mineiro - uma diferença de quase dois milhões de votos. Câmara e seu partido decidiram adotar uma postura independente em relação ao governo federal, com vetos a qualquer possibilidade de integrantes da legenda ocuparem cargos durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Governador de Pernambuco

Paulo Câmara foi empossado no cargo de governador em 1º de janeiro de 2015. Em 2016 enquanto estava a frente do executivo estadual entrou em uma polêmica ao nomear os filhos do ex-governador Eduardo Campos, a cargos na prefeitura e governo do estado.[34] João Campos, que tinha então 22 anos, foi indicado como chefe de Gabinete do governador, a mesma função que o pai ocupou no segundo governo de Miguel Arraes (1987-1990). A classe artística do estado organizou protestos contra a indicação, afirmando que Paulo Câmara estava reproduzindo os "padrões antigos da política Nordestina".

Reeleição

Nas eleições de 2018 foi reeleito a governador no primeiro turno com 50,61% dos votos, novamente derrotando Armando Monteiro (PTB), mas agora contando com Luciana Santos (PCdoB) como companheira de chapa.[4] Em maio de 2020, Paulo Câmara e Luciana Santos anunciaram estar com COVID-19

Investigação sobre a Arena Pernambuco

No Supremo Tribunal Federal, Paulo Câmara, o senador Fernando Bezerra, o prefeito de Recife Geraldo Júlio e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB, passaram a ser investigados por supostas irregularidades e superfaturamento de ao menos 42 milhões de reais na construção da Arena Pernambuco, feita pela empreiteira Odebrecht, que também fez doações para a campanha de alguns desses políticos, o que, segundo os investigadores, pode ser propina. As defesas afirmaram que não houve superfaturamento e que a licitação envolvendo o estágio respeitou as leis e foi aprovada pelo TCE-PE

Em 2018, o STJ determinou que as investigações contra Câmara e Geraldo Julio fossem para a Justiça Estadual a partir do novo entendimento do STF que restringe o foro privilegiado. Um pouco antes do caso ser remetido, o órgão que investigaria o caso, a Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos, foi extinto pela Assembleia Legislativa em regime de urgência mediante um projeto enviado pelo governador, o que foi alvo de protestos de entidades como a OAB, que temiam um afrouxamento nas investigações. 

Suposta Improbidade Administrativa

Ministério Público Federal inciou um processo contra Paulo Câmara por improbidade administrativa, que, segundo a denúncia, ocorreu quando recursos repassados à organizações sociais de saúde não foram fiscalizados e corretamente publicizados. Câmara afirmou que as alegações são injustas e que estranha a ação do MPF.  Em 2019, a Justiça Federal de Pernambuco extinguiu o processo alegando que a União não tinha interesse no caso, o que acarretou na ilegitimidade do MPF para a ação. 

67º. Raquel Lyra – Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB


Período do mandato: 1º de janeiro de 2023

Governador eleito em sufrágio universal

Raquel Teixeira Lyra Lucena[1] (Recife2 de dezembro de 1978) é uma advogada e política brasileira, eleita a primeira governadora mulher do estado de Pernambuco e que assumirá em 1 de janeiro de 2023.

Filiada ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), foi prefeita de Caruaru por dois mandatos, sendo eleita em 2016 e reeleita em 2020.[3] Raquel é formada em direito pela Universidade Federal de Pernambuco, com pós-graduação em direito econômico e de empresas.

Biografia

De família política, Raquel Lyra é filha de João Lyra Neto, ex-prefeito de Caruaru e ex-governador de Pernambuco, e Mércia Lyra, neta do ex prefeito de Caruaru, João Lyra Filho, e sobrinha do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra. Raquel é viúva do empresário Fernando Lucena, com quem teve dois filhos: Fernando e João. Seu marido morreu no dia da realização do primeiro turno das eleições de 2022.

Raquel em 2010

Em 2002, assumiu o cargo de delegada da Polícia Federal, onde permaneceu até 2005. Nesse mesmo ano, foi aprovada para a Procuradoria Geral do Estado. De 2007 a 2010, foi chefe da Procuradoria de Apoio Jurídico e Legislativo do governo de Eduardo Campos. Raquel também foi eleita duas vezes deputada estadual de Pernambuco pelo PSB.

Em 2010, Raquel Lyra foi eleita deputada estadual, obtendo a maior votação entre as mulheres de Pernambuco, com 49 610 votos.

Assumiu a Secretaria da Criança e da Juventude, em 2011, e no final do ano seguinte retomou o mandato de deputada na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Em 2014 foi reeleita com 80 mil votos, a terceira maior votação do estado. Também presidiu a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da ALEPE.

Foi a primeira prefeita de Caruaru, eleita em 2016 e reeleita em 2020.

Governadora de Pernambuco

No dia 31 de março de 2022, Raquel Lyra deixou o cargo de prefeita para disputar o governo de Pernambuco pelo PSDB. Ela terminou o primeiro turno das eleições em segundo lugar, com 20,58% dos votos válidos, e disputou o segundo turno com Marília Arraes, do Solidariedade.

Raquel foi eleita governadora de Pernambuco no dia 30 de outubro, após obter 58,70% dos votos válidos no segundo turno e derrotar Marília Arraes, que obteve 41,30% dos votos. Ela foi eleita a primeira mulher governadora do estado de Pernambuco.


Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo Admin.

Publicidade Topo

Publicidade abaixo do anúncio