Já que amanhã, dia 1º
de janeiro de 2023, se encerra um ciclo socialista de 16 anos no poder com o
fim do governo Paulo Câmara e inicia o Governo de Raquel Lyra (PSDB) com um
prenúncio de que Pernambuco precisa tomar um outro rumo, que não seja o de uma
herança política que tinha um projeto de permanência no poder e havia
controlado o nosso estado como uma Capitania Hereditária comandada pela
Dinastia Campos/Arraes, manobrando e tornando ao seu bel-prazer os seus
interesses, do partido socialista, dos aliados, das instituições públicas uma
arma para subjugar os pernambucanos.
O ciclo que se inicia
precisa apontar Pernambuco para um novo norte, distanciado das velhas práticas
que em todas as áreas, desde as áreas sociais e de segurança pública já não
davam mais as respostas que só as estatísticas apontavam como forma de que tudo
precisaria de uma mudança drástica.
Mas a síntese acima é
apenas para dar o tom do sentido do que queremos mostrar no quadro dos nossos
governantes que se daqui pra frente nada mudar, os clãs políticos, como da
própria Governadora eleita, estarão sempre no controle do governo e sem
mudanças significativas.
Primeira República Brasileira (1889-1930)
1º. José Cerqueira de Aguiar – Partido Republicano
Brasileiro - PRB
Período do mandato: 16 de novembro de
1889 a 12 de dezembro de 1889
Governo provisório até as eleições
José Cerqueira de Aguiar Lima (Salvador, 6 de março de 1828 — Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 1898)
foi um militar e político brasileiro.
Após a Proclamação
da República, o coronel Aguiar Lima foi a primeira pessoa a
governar Pernambuco, ficando no
cargo provisoriamente em 1889, deixando-o ainda no mesmo
ano, após as eleições que elegeram o brigadeiro José Simeão de
Oliveira para o governo do estado.
Foi um dos
signatários do Manifesto dos 13
generais contra Floriano Peixoto.
2º. José Simeão de Oliveira – Partido Republicano Federal – PRF
Período do mandato: 12 de dezembro de 1889 a 25 de abril de 1890
Primeiro Governador
eleito no período republicano
O Marechal José Simeão de Oliveira (Rio Grande, 26 de setembro de 1838 – Nova Iorque, 20 de junho de 1893)
foi um militar, engenheiro, veterano da Guerra do Paraguai,
líder republicano, político, governador, senador, constituinte, Ministro da
Guerra e estadista brasileiro.
Vida militar
Ingressou na vida militar em 1855 no 1º. Regimento de
Artilharia a Cavalo sob o comando do então Major Emílio Luiz Mallet,
futuro patrono da artilharia. Essa unidade do Exército foi a primeira de artilharia de campanha do
país e havia sido instalada originalmente em sua cidade natal, no ano de 1831
(atualmente denominado 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado –
3º G A C Ap ou, popularmente, Regimento Mallet – está sediado
em Santa
Maria-RS).
No posto de Alferes atuou na guerra contra Aguirre,
a Guerra do Uruguai,
conflito ocorrido em 1864 e 1865, entre o Brasil e o Uruguai, na função de encarregado do registro
histórico das operações.
Chegou a 2º Cadete em 1857, 2º Tenente e a 1º Tenente em 1862, Capitão em 1867 e assim sucessivamente até
alcançar, na ativa, ao último posto da carreira, promovido a Marechal Graduado em 1892 e a ocupar o
mais alto cargo das Forças Armadas da República, nomeado Ministro da
Guerra.
Foi aluno da Escola Militar da Província do Rio
Grande do Sul, de Porto Alegre, sendo
posteriormente Comandante dessa mesma Escola Militar de 1880 a 1886 (atual Colégio
Militar de Porto Alegre - CMPA). A Escola Militar, na época,
funcionava na Chácara da Baronesa (de Gravataí), local hoje ocupado por uma
unidade da Brigada
Militar do Rio Grande do Sul e mais tarde foi transferida para
o Casarão da Várzea.
Lutou na Guerra do Paraguai,
a guerra da Tríplice
Aliança contra o Paraguai que perdurou de 1865 a 1870, o
segundo conflito mais sangrento da história das Américas. Atuou na batalha de Cerro Corá,
a última ao final da Campanha da
Cordilheira. Com a patente de major,
participou ativamente do episódio da morte do presidente paraguaio Francisco Solano Lopez,
em 1 de março de 1870, integrando a tropa do General José Antônio
Correia da Câmara, e trouxe do Paraguai a espada de Lopez a qual foi
por ele entregue nas mãos do Imperador Dom Pedro II,
em 1870.
Engenheiro
Simeão foi aluno da Escola Militar da Praia
Vermelha, no Rio de Janeiro (atual Instituto
Militar de Engenharia - IME), que na época era a única escola
de engenharia no país. Graduou-se bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas e formou-se Engenheiro. Foi,
então, Comandante da 3ª Cia. do Batalhão de Engenheiros e membro da Comissão de
Engenheiros do 1º Corpo de Exército.
Esteve em trabalhos de exploração e construção
da Estrada de Ferro
D. Pedro II, a primeira do Brasil, em 1873. Foi ajudante interino
da Fortaleza
de Lage, na entrada na da Baía de Guanabara,
no Rio de Janeiro.
Atuou como assistente do Deputado Ajudante General junto ao Comando da 2ª
Divisão da Cavalaria. Foi Comandante da Fábrica de Pólvora da Estrela em
Magé-RJ e comandante da Escola de Tiro de Campo Grande, no Rio de Janeiro.
Com a patente de coronel foi fundador e primeiro
secretário do Clube Militar em
1887, juntamente com o Marechal Manoel Deodoro da
Fonseca, o Almirante Custódio José de Melo e
outros militares. O Clube Militar, sediado no Rio de Janeiro, teve uma
importante participação na Proclamação
da República.
Política
José Simeão de Oliveira- Ministro do Superior
Tribunal Militar - 1890
Simeão foi um líder republicano tendo destaque
no movimento que culminou com a Proclamação da República e no período inicial
de consolidação da Republica dos Estados Unidos do Brasil.
Imediatamente após a Proclamação da República o
general José Simeão e o tenente-coronel João
Nepomuceno de Medeiros Mallet foram enviados, pelos membros
do Governo Provisório,
no meio da madrugada ao encontro de D. Pedro II e
da família imperial para acordá-los com a missão de convencê-los a embarcar
imediatamente a caminho do exílio na Europa. Exigiram que a família imperial
embarcasse no meio da noite, o que provocou protestos de Dom Pedro II, que
pretendia assistir à missa pela manhã antes de partir: "Não sou negro
fugido. Não embarco a essa hora!", mas de nada adiantou. O Major Sólon
Ribeiro evacuou o Paço Imperial que estava cheio de populares
e a família imperial foi obrigada a embarcar em plena madrugada.
Simeão foi militar muito ativo na política da
Primeira República Brasileira, a República Velha posterior
à Proclamação de 15 de novembro de 1889, sendo um dos primeiros oposicionistas
em ação já na primeira eleição da República.
Foi na casa do general José Simeão de Oliveira
que, em 1890, se reuniram o marechal Floriano Peixoto, o almirante Custódio de Mello,
o republicano paulista Campos Salles e, lá, definiram uma chapa de
oposição ao marechal Deodoro, na futura eleição presidencial. Os candidatos
seriam: Prudente de Moraes para
presidente e Floriano Peixoto para vice. Mas Floriano sairia candidato à
presidência por outra chapa, sendo que não conseguiu se eleger presidente, mas,
com 153 votos contra 57, chegou à vice-Presidência, derrotando o vice-almirante Eduardo Wandenkolk,
o candidato de Deodoro (os cargos da presidência e vice-presidência eram,
separadamente, definidos pelas urnas). Floriano Peixoto foi primeiro vice-presidente
do Brasil (como vice de Deodoro da Fonseca) e o segundo presidente do Brasil,
após a renúncia de Deodoro que governou por apenas nove meses. Presidiu de 23
de novembro de 1891 a 15 de novembro de 1894.
Marechal José Simeão de Oliveira
Fundador da Sociedade Cooperativa Militar, em
10/11/1890, juntamente com o contra-almirante Custodio José de Mello e outros
militares.
Foi Deputado
Federal.
O Marechal-de-Campo José Simeão de Oliveira foi
o primeiro governador (presidente
era a denominação da época) eleito de Pernambuco. Governou de 12 de dezembro de
1889 a 25 de abril de 1890.
Foi Senador de Pernambuco em 1890 a 1891 e
constituinte. Em 15 de novembro de 1890 instalou-se, no antigo Paço da Boa
Vista, a Assembleia Constituinte da República tendo por presidente Prudente de Morais e
forte influência de Ruy Barbosa. O senador Simeão elaborou e foi signatário da
Primeira Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 24/02/1891,
a qual instituiu: o fim do regime monárquico e o início do sistema de governo
presidencialista; o Poder Executivo chefiado pelo presidente da República;
Poder Legislativo formado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados; o mandato
eletivo de quatro anos; a impossibilidade de reeleição; o fim do cargo
vitalício para os senadores; e o voto aberto, direto e restrito a homens
alfabetizados maiores de 21 anos. O catolicismo deixou de ser a religião
oficial do Brasil. As províncias passaram a ser estados da Federação, cada qual
com seu presidente eleito pelo voto direto. O primeiro presidente da República
brasileira, Deodoro da Fonseca, é eleito pela Assembleia Constituinte; seu vice
é Floriano Peixoto.
Foi Presidente da Comissão brasileira para a World's Columbian Exposition (Exposição Universal de Chicago) de 1893, comemorativa dos 400 anos de Descobrimento das Américas por Cristóvão Colombo e nessa atividade nos Estados Unidos, devido a constantes imprevistos e atrasos das obras e instalações da sede brasileira, aborreceu-se muito e faleceu no Hotel Savoy, ao chegar já adoentado de Chicago, buscando por socorro médico.
General José Simeão de Oliveira, Ministro da Guerra.
Casado com Marietta de Souza Oliveira criou como
filha adotiva sua sobrinha Marietinha (Marietta Monteiro), filha de sua irmã
Josefina (Josephina De Oliveira Monteiro e Eptacio José Monteiro Sobrinho).
Sepultado no Cemitério do Catumbi, Rio de Janeiro.
O Marechal Simeão, apesar de pouco conhecido
fora do âmbito da atividade militar, foi homenageado e é nome de ruas no Rio de
Janeiro (R. Mal. Simeão - Realengo, Rio de Janeiro - RJ, 21735-270) e em Porto
Alegre (R. Mal. Simeão - Passo da Areia, Porto Alegre - RS, 90520-290).
Foi nomeado presidente de Pernambuco, exercendo o cargo de 12 de dezembro
de 1889 a 25 de abril de 1890.
Foi Ministro
da Guerra de 23 de novembro de 1891 a 2 de fevereiro de 1892,
durante o governo Floriano Peixoto. Para
Ministro da Marinha foi escolhido o contra-almirante Custódio José de Mello,
sendo que ambos, Simeão e Custódio, haviam liderado a conspiração contra
Deodoro.
Foi, ainda, Ministro do Superior Tribunal
Militar (STM), a mais alta corte militar (antigamente
denominado Conselho Supremo Militar de Justiça) de 28 de junho de 1890 até seu
falecimento em 20 de junho de 1893.
3º. Albino Gonçalves Meira – Partido Republicano Federal - PRF
Período do mandato: 25 de abril de 1890 a 21 de junho de 1890
Governador nomeado
Albino Gonçalves Meira (Pilar, 10 de março de 1850 — Recife, 10 de junho de 1908)
foi um político e escritor brasileiro.[1] Foi nomeado presidente de Pernambuco em 1890,
teve uma passagem breve pelo governo, deixando-o ainda no mesmo ano que assumiu
o cargo, assim como seu sucessor, Ambrósio
Machado da Cunha Cavalcanti.
Iniciou o
curso primário na Escola do professor Demétrio Toledo, em Pilar, e concluiu
no Colégio de Itabaiana. Fez
o secundário no Liceu Paraibano e
bacharelou-se em Direito pela Faculdade
do Recife, em 1875.
4º. Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti – Partido Republicano Federal - PRF
Período do mandato: 21 de junho de 1890 a 4 de agosto de 1890
Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti (Alagoas, 7 de novembro de 1830 — Pernambuco, 4 de abril de 1897)
foi um político brasileiro.
Teve duas
passagens pelo governo de Pernambuco. Em 1890,
foi nomeado, porém, deixou o cargo no mesmo ano que o assumiu, assim como seu
antecessor, Albino Gonçalves.
Sua segunda passagem pelo governo pernambucano foi mais longa. Vice-presidente,
assumiu o mandato em 1892 e permaneceu à frente
do estado até 1896.
5º. Henrique Pereira de Lucena – Partido Republicano
Federal - PRF
Período do mandato: 4 de agosto de 1890 a
23 de outubro de 1890
Governador Nomeado
Henrique Pereira de Lucena, primeiro e
único barão de Lucena (Bom Jardim, 27 de maio de 1835 — Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1913),
foi um político e magistrado brasileiro.Começou sua carreira como delegado no
Recife. Durante 50 anos foi uma pessoa pública, trabalhou em funções
administrativas e políticas relevantes como: presidente das províncias de Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul; ministro de Estado;
desembargador; juiz do Supremo Tribunal Federal; deputado, ainda exerceu a
presidência da Câmara dos Deputados durante a aprovação da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888.
Biografia
Lucena
nasceu em terras dos engenhos Fortaleza e Boa Esperança, na antiga comarca
de Limoeiro,
atual município de Bom Jardim. Filho do coronel Henrique Pereira de Lucena, um
dos heróis da Revolução Praieira com
Antônia Barbosa da Silva. Casou-se em Pernambuco, no dia 25 de abril de 1869 com Zélia
Sofia Carneiro Campelo, filha de José Carneiro Campelo e de Arcelina
Xavier.
Estudou
humanidades no Colégio Pedro II,
no Rio de Janeiro,
de 1846 a 1853, recebendo o diploma de bacharel em letras. Formou-se em ciências
jurídicas e sociais na Faculdade de
Direito do Recife, em 1858.
Era tio
do 11º presidente do Brasil, Epitácio Pessoa, e
foi quem o criou devido ao fato de que Epitácio ficou órfão aos sete anos de
idade.[5]
Faleceu na
sua residência situada na rua São Clemente, nº 158, no Rio de Janeiro.[6]
Carreira política
Começou sua
carreira como delegado no Recife. Foi:
·
presidente das províncias de Pernambuco (1872-1875), Bahia (1877-1878),[8] Rio
Grande do Norte (1872) e Rio
Grande do Sul (1885-1886);
·
ministro de Estado;
·
desembargador;
·
juiz do Supremo Tribunal
Federal;
·
deputado eleito por mais de uma
legislatura; e
·
Maçom proeminente, tendo a honra de ser
presidente da Câmara dos
Deputados que discutiu, votou e aprovou a Lei Áurea, de 13 de maio de 1888.
Durante o
seu primeiro governo em Pernambuco, no período de 5 de novembro de 1872 a 10 de
maio de 1875, realizou uma grande administração, que pode ser comparada
com a do Conde da Boa Vista.
Entre as
suas obras podem ser destacadas: a reforma do Farol de Olinda e do Campo das
Princesas, atual Praça da República, onde se localiza o Palácio do
Governo; a construção do Mercado de São José;
a conclusão das obras do Teatro de Santa Isabel,
que havia sido destruído por um incêndio, em 1869; a construção e conservação
de estradas no interior do estado; a construção de açudes, pontes; o calçamento
e alargamento de ruas; o lançamento da pedra fundamental do Hospício da
Tamarineira.[9]
Realizações
Preocupado
com os serviços de comunicação, implantou um sistema de telégrafo submarino
entre o Recife e a Europa, o Rio de Janeiro, a Bahia e
o Pará.
Entre as
suas obras podem ser destacadas: a reforma do Farol de Olinda e do Campo das
Princesas, atual Praça da República, onde se localiza o Palácio do Governo; a
construção do Mercado de São José; a conclusão das obras do Teatro Santa Isabel,
que havia sido destruído por um incêndio, em 1869; a construção e conservação
de estradas no interior do estado; a construção de açudes, pontes; o calçamento
e alargamento de ruas; o lançamento da pedra fundamental do Hospício da
Tamarineira, ainda hoje em funcionamento.
Criou
a Escola Normal para
expandir o ensino para mulheres, estabelecimento educacional que viria a
competir com o conceituado Ginásio Pernambucano.
Contratou
vários engenheiros e geólogos europeus para realizar estudos detalhados
de mineralogia e geologia no interior e na área do porto do Recife, visando seu melhoramento.
Traçou uma
política de incentivo e apoio para a modernização do parque açucareiro de
Pernambuco.
Como juiz,
criou a Comarca de Vila Bela, atual Serra Talhada, e se preocupou com a organização
judiciária de Pernambuco.
Lucena
enfrentou vários problemas políticos e fez muitos inimigos. Depois que deixou a
administração de Pernambuco foi presidente das províncias da Bahia e
do Rio Grande do Sul.
Convidado
pelo então presidente da República, Deodoro da Fonseca,
participou do seu ministério até quando este entregou o poder ao
vice-presidente Floriano Peixoto.
Em 1890
exerceu pela segunda vez o governo de Pernambuco.
Lucena
pensou em ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal, para o qual havia sido
nomeado por Deodoro, porém Floriano Peixoto o aposentou, acabando praticamente
com sua carreira política.
Recolheu-se
à vida privada, mas durante algum tempo ainda exerceu grande influência na
política pernambucana e nacional, caindo depois no ostracismo político.
Em 1910
apoiou Dantas Barreto contra Rosa e Silva, mas apesar da vitória do primeiro,
Lucena já estava muito velho e doente, não tendo mais condições de atuar
politicamente. Morreu de arteriosclerose, no dia 10 de dezembro de 1913,
no Rio de Janeiro.
6º. José Antônio Correia da Silva – Partido Republicano
Federal - PRF
Período do mandato: 26 de outubro de 1890
a 27 de novembro de 1891
Governador Nomeado
José Antônio Correia da Silva foi um magistrado e político brasileiro.[1]
Nomeado
presidente de Pernambuco no fim
de 1890, teve uma passagem breve pelo governo,
deixando-o no ano de 1891.
7º. José Maria de Albuquerque Melo - Partido Republicano Federal
– PRF
Período do mandato: 27 de novembro de
1891 a 30 de novembro de 1891.
Presidente da
Assembleia Legislativa
José Maria de Albuquerque Melo foi um político brasileiro. Governou Pernambuco interinamente em 1891, como presidente da Assembléia Estadual em novembro
de 1891. Foi sucedido poucos dias depois por Antônio Epaminondas de Barros Correia.
8º. Antônio Epaminondas de Barros Correia – Partido Republicano - PR
Período do mandato: 30 de novembro de 1891 a 7 de abril de 1892
Governador nomeado
Antônio Epaminondas de Barros Correia, primeiro e único Barão de Contendas, (Altinho, 1839 — Amaraji, 20 de abril de 1905)
foi um político brasileiro. Foi presidente de Pernambuco entre 1891 e 1892. Recebeu o
título de barão pouco antes do fim do Império, em 20 de julho de 1889. Há quem
pense que esse título foi lhe dado em homenagem ao povoado de Contendas, sito
no Município de Caruaru, mas foi uma homenagem prestada ao Engenho de Contendas
de propriedade do mesmo, situado no município de Amaragi.
Antônio Epaminondas de Barros Correia
nasceu no distrito de Altinho, na época
pertencente a Caruaru, no dia três de
junho de 1839. Era filho do capitão Francisco Joaquim de Barros Correia que
também era professor, homenageado ao receber seu nome na atual Escola de
Referencia do Estado na cidade de Altinho, mais conhecida como EREM Barros Correia.
Bacharelou-se em direito pela Faculdade
de Recife em novembro de 1864. Depois de formado, ocupou os cargos de promotor
público de Caruaru e juiz municipal de Brejo da Madre de Deus.
Deixou o cargo de juiz, para dedicar-se a advocacia na comarca de Caruaru.
Entrou na política e ingressou no
partido liberal. Foi eleito, em diversas legislaturas, deputado provincial. Foi
vice-presidente da antiga província de
Pernambuco e assumiu o cargo de presidente por três vezes. Ao
final de sua terceira administração, o governo do império o fez comendador
da Ordem da Rosa.
Mais tarde, foi agraciado com o título de barão de Contendas em 26 de junho de
1889, meses antes da proclamação
da República em 15 de novembro.
Assumiu o governo do estado de
Pernambuco, em um momento da história pernambucana caracterizado por Robert
Levine como “uma sucessão de administrações repressivas, de vida curta,
impostas do Rio de Janeiro literalmente para restabelecer a ordem e pôr cobro
ao caos político”. Depois da renúncia do governador José Antônio
Correia da Silva, decorrente da crise política na esfera federal
provocada pela dissolução do Congresso Nacional em 3 de novembro de 1891, e
pela renúncia do presidente marechal Deodoro da Fonseca seguida
da posse de Floriano Peixoto em
23 do mesmo mês, assumiu o governo do estado, no dia 27 de novembro, José Maria
de Albuquerque Melo, presidente da Assembleia Legislativa.
Antônio Epaminondas de Barros Correia,
que era vice-governador do estado, substituiu-o em 30 de novembro. Contudo, por
não ser um aliado do presidente Floriano Peixoto, líderes políticos
pernambucanos articularam sua saída do governo, fato que se concretizou em 7 de
abril de 1892, quando foi deposto e substituído por uma junta de governo
formada por Ambrósio
Machado da Cunha Cavalcanti, José Vicente Meira de Vasconcelos e
Joaquim Mendes Ouriques Jaques. Eleito então vice-governador, Ambrósio Machado
da Cunha Cavalcanti exerceu o governo até 20 de abril, quando Alexandre José
Barbosa Lima, governador eleito, tomou posse.
Também ocupou a presidência da
Sociedade Protetora da Agricultura e, posteriormente, fez parte de seu
conselho. Em 1890, quando a vila São José da Boa Esperança emancipou-se de
Escada e passou a se chamar Amaragi, ele fez parte da intendência do novo
município.
Antônio Epaminondas de Barros Correia
casou-se, em 1872, com dona Maria José Alves de Araújo, filha de Antônio Alves da Silva e
Antônia Alves de Araújo, os barões de Amaraji. D. Maria José, a futura Baronesa
de Contendas, faleceu em 1940, aos 85 anos e era também sobrinha-neta do Barão de
Buíque e prima de segundo grau do Barão de
Caxangá.
O casal teve 11 filhos:
Antônio Epaminondas de Barros Correia
Jr, casado com Ana Pontual, que foi advogado e deputado estadual no Espírito Santo ,
com sucessão; Maria Gentil de Barros Dias, casada com Pedro dos Santos Dias,
com sucessão ( entre seus filhos o pintor Cícero Dias); Eutíquio de Barros
Correia, agricultor, casado com Julia de Barros Correia, com sucessão; Cícero
de Barros Correia, médico, falecido solteiro,residente em Manaus; Generosa de Barros Correia, casada com
José Hermínio Pontual, com sucessão; Joaquim de Barros Correia, formado em
direito, foi promotor de Monteiro na Paraíba,
casado com sucessão; ; Melânio de Barros Correia, casado com Irene
Pereira de Araújo, com sucessão; Solon de Barros Correia, casado com Feliciana
Pontual Correia, com sucessão; Angelina de Barros Correia, casada com Pedro
Nolasco de Gusmão, com sucessão; Naide de Barros Correia, falecida solteira;
Erasmo de Barros Correia, advogado, casado com Maria Philomena da Silveira, com
sucessão.
O barão adoeceu no dia 16 de abril de 1905 e veio a falecer no dia
20 do mesmo mês, em sua residência no engenho Contendas, localizado à margem da
estrada de ferro de São Francisco no município de Amaraji.
9º. Ambrósio Machado da Cunha Cavalcante – Partido Republicano - PR
Período do mandato: 7 de abril de 1892 a 20 de abril de 1892
Vice-governador da
Província
Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti (Alagoas, 7 de novembro de 1830 — Pernambuco, 4 de abril de 1897)
foi um político brasileiro.
Teve duas
passagens pelo governo de Pernambuco. Em 1890,
foi nomeado, porém, deixou o cargo no mesmo ano que o assumiu, assim como seu
antecessor, Albino Gonçalves.
Sua segunda passagem pelo governo pernambucano foi mais longa. Vice-presidente,
assumiu o mandato em 1892 e permaneceu à frente
do estado até 1896.
10º. Alexandre José Barbosa Lima – Partido Republicano
- PR
Período do mandato: 20 de abril de 1892 a
7 de abril de 1896
Governador eleito em
sufrágio universal
Filho do
desembargador Joaquim Barbosa Lima e de Rita Cintra, concluiu o curso de humanidades em Minas Gerais. Em 1879, matriculou-se na Escola
Politécnica do Rio de Janeiro, sendo transferido para a Escola
Militar do Rio de Janeiro em seguida, de onde saiu como alferes
aluno. Concluiu a graduação como engenheiro militar e obteve um bacharelado em
matemática e ciências psíquicas e naturais, passando a atuar como docente na
Escola Militar do Ceará em 1889. Reformou-se do Exército em 1912 no cargo de
coronel, graduado em general de brigada.
Apoiador
da proclamação
da República, Lima elegeu-se deputado para o Congresso Constituinte
pelo Ceará. De 1892 a 1896, foi governador de Pernambuco. De 1896 a 1899 foi deputado por
Pernambuco, passando a representar o Rio Grande do Sul na câmara baixa de 1900 a
1905 e a Capital Federal de 1906 a 1911 e de 1915 a 1917. Elegeu-se senador
por Amazonas em 1923.
Em 1919, foi
designado diretor do Lloyd Brasileiro.
Defensor de
idéias abolicionistas, no período republicano destacou-se durante o governo
de Floriano Peixoto,
de quem se tornou pessoa de confiança durante a Revolta da Armada e a Revolução Federalista,
havendo sido por ele designado para disputar as eleições para o governo de
Pernambuco.
Participou
ainda da revolta contra a vacina obrigatória que tumultuou o Rio de Janeiro durante
o governo de Rodrigues Alves.
Durante seu governo, Barbosa Lima criou escolas em vários municípios do Estado,
inclusive, a Escola de Engenharia, incorporada, hoje, pela Universidade
Federal de Pernambuco.
11º. Joaquim Correia de Araújo – Partido Republicano - PR
Período do mandato: 7 de abril de 1896 a 7 de abril de 1899
Governador eleito em
sufrágio universal
Formou-se pela Faculdade de
Direito do Recife em 1864,
defendendo tese e recebendo o título de doutor em 25 de julho de 1868.
Em virtude de concurso, foi nomeado lente da mesma faculdade.
No regime monárquico, ocupou cargo de secretário da
presidência da província de Pernambuco no governo do Conde de Baependi, sendo eleito deputado à Assembleia Geral
Legislativa em 1875. Já no regime republicano,
foi eleito senador
federal em 1895.
Em 1896,
assumiu o governo do Estado de Pernambuco, renunciando a este cargo dois anos e
meses depois, sendo substituído pelo desembargador Sigismundo
Antônio Gonçalves, que completou o quatriênio. Foi novamente eleito
senador federal em 1900, mandato ao qual também
renunciou, cerca de dois anos depois.
Ocupou por muitos anos o cargo de
provedor da Santa
Casa de Misericórdia do Recife, tendo renunciado ao mesmo ao assumir
o governo estadual, em 1896, e retornando em 1922,
tendo falecido o comendador José
Maria de Andrade, e nele permaneceu até sua morte.
Casou-se duas vezes: a primeira,
em 1873, com sua sobrinha Ana dos Anjos Correia de
Araújo, falecida em Paris, França, em 20 de março de 1895,
e a segunda, em 8 de setembro de 1900,
no Recife, com Gasparina Amabília dos Santos, viúva de Pedro Francisco Correia
de Araújo, seu sobrinho e irmão de Ana dos Anjos. Não houve descendência de
nenhum matrimônio.
Foi agraciado com o título de conde pela Santa Sé.
Faleceu aos 81 anos em sua casa, sita à rua Marquês de Tamandaré, n.º 59, no bairro Poço da Panela. Seu corpo foi sepultado no Cemitério de Santo Amaro.
12º. Sigismundo Antônio Gonçalves – Partido Republicano - PR
Período do mandato: 4 de abril de 1899 a 7 de abril de 1900
Sigismundo Antônio Gonçalves (Barras, 29 de setembro de 1845 — 21 de maio de 1915)
foi um jornalista, magistrado e político brasileiro.
Durante o
regime republicano, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal de
Justiça. Foi chefe de polícia, deputado provincial de 1868 a 1869 e deputado geral por duas legislaturas (1878 - 1881 e fevereiro - setembro de 1885).
Foi presidente da província de Pernambuco, de 14 a 15 de novembro de 1889.
Também governou o estado de Pernambuco por duas vezes, em 1899 - 1900 e de 7 de
abril de 1904 a 7 de abril de 1908, sendo, também, senador pelo
estado por duas vezes, no período 1900 - 1903 e 1908 - 1915.
Notabilizou-se, entre outras coisas, por ter mandado a polícia de Pernambuco atear, deliberadamente, fogo
ao Derby,
um moderno centro comercial no Recife, no dia 2 de janeiro de 1900, por
orientação de seu mentor político o Conselheiro Rosa e Silva, destruindo aquele
empreendimento pioneiro recém criado por Delmiro
Gouveia, de quem era inimigo político, com o objetivo de levá-lo à
falência. O jornal do Recife A Província publicou, em 4 de
janeiro de 1900, um telegrama atribuído ao então governador Sigismundo
Gonçalves para o Conselheiro Rosa e Silva: "Mercado
incendiado. Delmiro preso. Saudações, Sigismundo Gonçalves".
13º. Antônio Gonçalves Ferreira – Partido Republicano
- PR
Período do mandato: 7 de abril de 1900 a 7 de abril de 1904
Antônio Gonçalves Ferreira (Recife, 26 de setembro de 1846 — Rio de Janeiro, 11 de agosto de 1931)
foi um professor, advogado e político brasileiro.
Nasceu em
Recife, Pernambuco, em 26 de setembro de 1846. Filho de Antônio Gonçalves
Ferreira Cascão e Maria Josefa Vianna. Seu avô paterno Manoel Gonçalves Cascão
era português, nascido na freguesia de Santa Eulália de Beiriz, no interior do
Porto.
Atuou como
delegado de polícia, curador de órfãos, promotor público e chefe de seção da
Secretaria do Governo. Na política, foi deputado geral (1881), deputado
provincial (1883, 1885 e 1887) e presidente da província de Minas Gerais
(1888).
Já no
período republicano, elegeu-se deputado federal (1891) e foi convidado por
Prudente de Morais a assumir o cargo de ministro da Justiça e Negócios
Interiores (1894-1896). Foi ainda senador por Pernambuco (1897), governador do
mesmo estado (1900), novamente senador (1904), e deputado federal (1925).
Morreu no Rio de Janeiro em 11 de agosto de 1931.
Foi casado
com Benevenuta Marinho Cavalcanti de Albuquerque Mello, filha do fazendeiro
Francisco Marinho Cavalcanti de Albuquerque Mello e de Josefa Francisca Pessoa
de Melo, sendo a mesma, descendente de famílias tradicionais pernambucanas como
os Rêgo Barros e os Cavalcanti de Albuquerque.
Seu genro
Joaquim Ferreira de Salles foi também deputado federal de 1915 a 1930.
Faleceu
no Rio de Janeiro em
sua casa de angioesclerose generalizada e está enterrado no Cemitério de São
João Batista no bairro de Botafogo.
14º. Sigismundo Antônio Gonçalves – Partido Republicano - PR
Período do mandato: 7 de abril de 1904 a 7 de abril de 1908
15º. Herculano Bandeira de Melo – Partido Republicano
– Conservador - PRC
Período do mandato: abril de 1908 a
setembro de 1911
Herculano Bandeira de Melo (Nazaré da Mata, 23 de março de 1850 — Recife, 19 de março de 1916)
foi um magistrado e político brasileiro.
Foi deputado
provincial e vereador ainda durante o período imperial. Após a Proclamação
da República foi deputado federal durante três legislaturas
e senador de 1901 a 1908.
16º. Estácio Coimbra – Partido Republicano – Conservador - PRC
Período do mandato: 6 de setembro de 1911 a 13 de dezembro de 1911
Presidente do Senado
Estadual
Filho de
João Coimbra, membro de uma família modesta de lavradores portugueses que vieram morar no Brasil[2], e Francisca de Albuquerque Belo
Coimbra, estudou na Faculdade de Direito do Recife onde
se graduou em 1892. De volta à sua cidade natal passou a exercer a advocacia em
paralelo à sua atividade política. Fundador do Partido Republicano de
Barreiros, foi eleito prefeito do município
em 1894, deputado estadual em
1895, e deputado federal em
1899, quando já estava ligado politicamente a Rosa e Silva,
vice-presidente da República durante o mandato de Campos Sales entre
1898 e 1902. Sua trajetória assinala um fato curioso, o de que, em 1907,
Estácio Coimbra acumula os mandatos de deputado federal e deputado estadual.
Na qualidade
de presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco, assume o governo do estado
entre 6 de setembro e 13 de dezembro de 1911 enquanto se processam novas
eleições em razão da renúncia do governador e da recusa do vice-governador em
sucedê-lo. Novos embates, contudo, o levam também a deixar o governo. Retornou
à política como deputado federal nos anos de 1915, 1918 e 1921, foi
vice-presidente da República na presidência de Artur Bernardes, como Presidente do Senado
Federal, assumiu o cargo em substituição ao vice-presidente eleito, Urbano dos
Santos, falecido antes de ser empossado[3], exercendo o mandato entre 1922 e 1926
cumulando o cargo com a função de presidente do Senado Federal. Retornou ao
governo de Pernambuco onde permaneceu de 1926 a 1930 sendo destituído com o
irromper da Revolução de 1930,
cujo êxito o faz deixar o país às pressas. Embarcou na praia de Tamandaré com
destino ao exílio na Europa em companhia
de Gilberto Freyre,
então seu secretário particular. Retornou ao país em 1934, já anistiado, mas se
manteve afastado da política.
17º. João da Costa Bezerra de Carvalho – Partido Republicano – Conservador - PRC
Período do mandato: 13 de dezembro de
1911 a 19 de dezembro de 1911
Padre João da Costa Bezerra de
Carvalho foi um político pernambucano. Teve uma passagem breve pelo governo de
Pernambuco como vice-presidente do senado estadual, em 1911.
18º. Emídio Dantas Barreto – Partido Republicano – Conservador - PRC
Período do mandato: 19 de dezembro de 1911 a 19 de dezembro de 1915
Governador eleito
Emygdio Dantas Barreto (Bom Conselho, 22 de março de 1850 — Rio de Janeiro, 8 de março de 1931)
foi um militar e político brasileiro.
Nascido na cidade pernambucana de Bom Conselho, é filho de Manoel Joaquim Moura Barreto e sua esposa, Dona Antônia Dantas Barreto. Na escrita de sua época, seu nome era grafado como "Emygdio", porém atualmente, após sua morte, seu nome começou a ser grafado incorretamente como "Emídio".
Muito jovem,
assentou-se praça no exército, durante os eventos militares da Guerra do Paraguai,
serviu desde 3 de Setembro de 1866 até os idos de 1870. Durante a Batalha de Itororó,
sendo na época um alferes, foi condecorado por sua bravura e por sua
efetividade na batalha com o mérito militar e o hábito da Rosa.
Após a
guerra, foi convocado para o 3º Batalhão de Infantaria e partiu para o Rio
Grande do Sul.
Em 1897,
participou da Guerra de Canudos,
no posto de tenente-coronel. Registrou suas experiências da guerra no
livro Última
Expedição a Canudos, lançado no ano seguinte, sendo um dos
primeiros a publicar um livro sobre esta campanha. Em 1905 publicou um
segundo livro sobre a mesma guerra, intitulado Acidentes
da Guerra.
Emygdio Dantas Barreto, general e presidente
de Pernambuco
Em 1906
comandou uma expedição a Mato Grosso para resgatar o presidente do
estado, Antônio
Pais de Barros, que estava em conflito armado com a oposição. Quando
chegou a Corumbá, embarcado em navios
da Marinha,
descobriu que as comunicações telegráficas estavam cortadas, os navios
eram grandes demais para prosseguir a viagem e todos os navios menores já
haviam sido confiscados pela oposição. Quando enfim chegou a Cuiabá, em 17 de julho, Pais de Barros estava
morto e a vitória da oposição era fato consumado.
Durante o
governo de Hermes da Fonseca,
exerceu o cargo de ministro da
Guerra, no período de 15 de novembro de 1910 a 12 de setembro de
1911.
Durante sua
gestão ocorreram graves perturbações na ordem militar e civil: primeiro, a
chamada Revolta da Chibata,
quando os marinheiros das principais embarcações promoveram o motim,
contra os castigos físicos ainda aplicados na Marinha, já no começo do governo (1910), quando
a própria capital do país, então o Rio de Janeiro, foi ameaçada de bombardeio.
Estas
questões resolveu o governo anistiando os envolvidos. Entretanto, a dezembro
deste mesmo ano, nova revolta eclode entre os fuzileiros lotados na Ilha das
Cobras, desta feita promovendo o general uma punição excessivamente
severa.
Durante a
sua administração também ocorre o levante do Contestado, uma região disputada pelos estados
do Paraná e Santa Catarina, onde João Maria, a
exemplo do Antônio Conselheiro em Canudos, desafia o poder Federal. Diversas
expedições são para lá enviadas, não logrando sucesso algum, que ocorreu com a
expedição de Fernando
Setembrino de Carvalho no governo seguinte de Venceslau Brás.
Foi
presidente de Pernambuco, de 19 de
dezembro de 1911 a 18 de dezembro de 1915, e senador da República.
Além da
carreira militar e política, Dantas Barreto redigiu obras científicas, estudos
militares e romances históricos, deixando extensas informações sobre campanhas
militares do seu período.
Imigrou,
para a então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, onde viveria até o final de
sua vida. Nesta época, já havia sido promovido para o posto de Marechal de Exército.
Faleceu em sua residência às quatro horas da tarde na rua Copacabana, número
649, aos 81 anos de idade, no qual seu atestado de óbito foi firmado pelo
Doutor Annibal Pereira, dando como causa mortis uma hipertrofia na próstata e
pielonefrite aguda. Deixou viúva sua esposa Demétria Dantas Barreto. Foi
sepultado no Cemitério São João Baptista na mesma cidade.
19º. Manoel Antônio Pereira Borba – Partido Republicano
– Conservador - PRC
Período do mandato: 18 de dezembro de
1915 a 19 de dezembro de 1919
Manoel Antônio Pereira Borba (Timbaúba, 19 de março de 1864 – Recife, 11 de agosto de 1928)
foi um advogado e político brasileiro.
Foi prefeito
de Goiana, deputado federal, senador da República e
presidente de Pernambuco (equivalente
ao cargo de governador, atualmente)
de 18 de dezembro de 1915 a
18 de dezembro de 1919. Enquanto governador, criou a Imprensa
Oficial, construiu estradas e pontes, principalmente.
Morreu em 11
de agosto de 1928. Depois de engolir um osso de galinha, teve que passar por uma cirurgia e sendo diabético não resistiu. Morreu aos 64 anos
no Hospital
Português.
20º. José
Henrique Carneiro da Cunha - Partido Republicano – Conservador - PRC
Período do mandato: 18 de dezembro de
1919 a 24 de dezembro de 1919
Foi governador de Pernambuco por um curto período em 1919, além de senador de 1921 a 1929. Anteriormente, havia sido senador
estadual, em 1915.
21º. José Rufino Bezerra Cavalcanti – Partido Republicano
– Conservador - PRC
Período do mandato: 24 de dezembro de
1919 a 20 de outubro de 1920
Filho de
proprietários rurais ligados à produção açucareira, foi usineiro no município
do Cabo de Santo
Agostinho e senhor de engenho em Vitória de Santo Antão.
Aluno da tradicional Faculdade de
Direito do Recife, concluiu seus estudos com 21 anos de idade.
Eleito governador em 1919,
desenvolveu uma política de conciliação entre as classes produtoras,
aproximando os usineiros e os comerciantes.[1] Acometido de doença incurável,
foi obrigado a se afastar do cargo.[1] Além do governo estadual, José
Bezerra exerceu mandatos de deputado federal e senador, além de ter sido
Ministro da Agricultura do governo Venceslau Brás.[1]
Jose Bezerra
era o maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco,
empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma
estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros. Seu patrimônio
incluía os engenhos Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof,
Mataparipe, São Pedro e um terço do Santo Inácio.
Era casado
com Hercília Pereira de Araújo,[1] que teve onze filhos dos quais
sete sobreviventes, um deles, José Bezerra Filho que nasceu em 22 de Fevereiro
de 1890 em Vitória de Santo Antão, PE, deputado estadual (PE) em 1920, prefeito
do Cabo de 1923 a 1926, em 1940 foi presidente do Departamento Administrativo
de PE, faleceu no Rio de Janeiro, RJ em 19 de Março de 1959.
Um dos 7
filhos de José Rufino, era Hercília (Cilú), que veio a casar-se com Alfredo
Bandeira de Melo, filho do também Governador, Herculano Bandeira de Mello, que
curiosamente, além de ser amigo pessoal de Rosa e Silva, fazia parte dos
Rosistas. Criando assim, a união entre duas das mais tradicionais famílias
usineiras estado de Pernambuco.
A escolha de
Jose Bezerra para o Ministerio da Agricultura é um fato curioso na historia do
Pais. Em 1915, na época da aliança Minas-São Paulo, mais conhecida como
politica do café com leite, Jose Bezerra disputou uma vaga para o senado com o
conselheiro Rosa e Silva. Ele venceu a eleição mas quem assumiu foi o candidato
perdedor, por interferência do senador gaúcho Pinheiro Machado por não ter
conseguido suceder o marechal Hermes da Fonseca, na Presidência da Republica.
Jose Bezerra
Neto destaca na vida politica do avo o empréstimo patriótico, em parceria com o
ex-prefeito do Recife, Lima Castro, os dois governantes pediram dinheiro à
população para fazer o calçamento de varias ruas do Recife: Hospício,
Riachuelo, Aurora, Concordia, Conde da Boa Vista e Cais Jose Mariano. Jose
Bezerra assinou um decreto tornando o Estado fiador do empréstimo patriótico. A
Prefeitura teve um prazo de 25 anos para devolver o dinheiro aos moradores, com
juros de 7% ao ano.
22º. Otávio Hamilton Tavares Barreto – Partido Republicano – Conservador –
PRC
Período do mandato: 28 de outubro de 1920
a 3 de junho de 1921
Nasceu numa
família influente de Pernambuco, filho que era
de Margarida de Gouveia Tavares Barreto e do advogado e político Joaquim
Tavares de Melo Barreto.
Formado em
Direito pela Faculdade de
Recife, em 1893, exerceu o Ministério Público no Rio Grande do Norte e
em Pernambuco, tendo ainda ocupado, neste último estado, o cargo de procurador
seccional da república. Em 1908, ingressou no corpo
docente da Faculdade de Direito de Recife, onde lecionou durante 30 anos.
Também
exerceu profícua atividade política. Exerceu o mandato de deputado estadual de 1892 a 1894.
Voltou à Assembleia Estadual na legislatura de 1910-1912, interrompendo suas
atividades políticas para reatá-las em 1919,
quando eleito novamente.[1] Entre 1919 e 1923, foi presidente
da Assembleia Legislativa estadual e, como tal, substituiu, entre 28 de outubro de 1920 e 3 de junho de 1921,
o governador José Rufino
Bezerra Cavalcanti, que, enfermo, retirara-se para o Rio de Janeiro. Sucedeu-o no cargo Severino Marques de Queirós Pinheiro, até a
posse do governador eleito Sérgio
Teixeira Lins de Barros Loreto, em 18 de outubro de 1922.
Em 1924,
foi eleito deputado federal por
Pernambuco. Assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro,
então distrito federal, em maio desse ano e exerceu o mandato até dezembro
de 1926. Em 1927,
foi reeleito, permanecendo na Câmara até o fim da legislatura, em 1929.[2] Afastou-se da política depois
do Golpe de 1930,
dedicando-se inteiramente ao ensino. Foi jubilado em 1939.
Tavares
faleceu dois anos depois, aos 70 anos. Foi casado com Maria Amália Gomes
Tavares, deixando desse casamento uma única filha, Alina Tavares Barreto. Seus
restos mortais foram sepultados no Cemitério
de Santo Amaro, em Recife.
23º. Severino
Marques de Queirós Pinheiro - Partido Republicano – Conservador – PRC
Período do mandato: 3 de junho de 1921 a
18 de outubro de 1922
24º. Sérgio Teixeira Lins de Barreto Loreto – Partido Republicano – Conservador - PRC
Período do mandato: 18 de outubro de 1922 a 18 de outubro de 1926
Governador eleito em
sufrágio universal
Eleito presidente de Pernambuco, em 1922,
centrou forças no combate às epidemias da gripe espanhola e da febre amarela que assolaram a região,[2] e enfrentou diversos problemas
como a difusão do cangaço no sertão e
a Coluna Prestes, que
vinda do Ceará atravessou o estado por duas vezes.
Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto,
nasceu Águas Belas (PE), em 9 de setembro de 1870, filho do professor Galdino
Eleutério Teixeira de Barros Loreto e Luiza Lins de Albuquerque Barros.
Nascido em família modesta, trabalhou
como funcionário dos Correios, emprego obtido por concurso público.[2] Concluiu o curso secundário
(1887) e estudou também no Liceu de Artes e Ofícios, onde foi professor de Aritmética.
Trabalhando e estudando, terminou o curso de Bacharelado em Direito, pela
Faculdade de Direito do Recife, em junho de 1892.
Renunciando ao emprego dos Correios,
transferiu-se para Santa Leopoldina,
no Espírito Santo,
onde foi promotor público e, em 1897, chefe de Polícia daquele Estado.[2] Na época já casado com Virgínia
de Moraes Freitas Barbosa, de conhecida família pernambucana, com a qual teve
dois filhos, Sérgio Loreto Filho e Aspásia.
Sendo demitido por problemas políticos,
transferiu-se do Espírito Santo para o Rio de Janeiro, onde advogou de 1901 a
1904, quando venceu um concurso para juiz federal, no Espírito Santo, voltando
então para Vitória, capital do Estado.[2] Em 1905, voltou para o Recife
para exercer o cargo de juiz federal em Pernambuco.
Governador de Pernambuco de outubro de
1922 a outubro de 1926. Durante sua administração realizou várias obras no
Recife e também no interior do Estado, entre as quais a conclusão do Quartel e
da praça do Derby; a construção da Avenida Beira-Mar (atual Avenida Boa
Viagem); a dragagem do porto do Recife e ampliação de alguns cais e armazéns
para permitir a entrada e acostamento de grande navios; a construção do segunda
linha adutora do Gurjaú, para ampliar o abastecimento d água da cidade.
Construiu estradas entre Floresta, Cabrobó, Boa Vista e entre Floresta,
Salgueiro. Leopoldina, Ouricuri; restaurou prédios escolares e deu especial
atenção à formação de professores. Foi ele quem instituiu o Hino da Cidade do
Recife, através da Lei nº 108, de 10 de julho de 1924, com letra de Manoel
Aarão e música de Nelson Ferreira.
Na área da higiene e saúde públicas,
cujo secretário era o seu genro, o médico Amaury de Medeiros, criou setores
especializados para combater a malária, a tuberculose, a sífilis e para tratar
as doenças mentais. Abriu uma rede de hospitais que atendia aos municípios de
Goiana, Cabo, Bonito, Canhotinho, Olinda, Nazaré da Mata, Ribeirão, além de 26
postos de saúde no interior do Estado. Reformou o Hospital Santa Águeda, hoje
chamado Oswaldo Cruz, criou serviços de visitadores e educação sanitária,
conseguindo erradicar a varíola, a febre amarela e diminuir significativamente
o índice de mortalidade de crianças e adultos (vide Amaury de Medeiros).
Quando deixou o governo, em outubro de
1926, foi eleito deputado federal por Pernambuco e, em 1930, Sérgio Loreto
abandonou a política.
Sergio Loreto faleceu em 6 de março de
1937.[2] Seu nome continua lembrado
através da Praça Sérgio Loreto e da Escola Sérgio Loreto, anexa àquela praça,
no bairro de São José, no Recife.
1. Reforma do Palácio do Governo (Palacio do Campo das Princesas), incluindo o
parque posterior, os três edifícios laterais, o cais e a balaustrada.
2. Remodelação da Praça da República, incluindo o passeio marginal, calçamento,
pavimentação do passeio com asfalto e paralelepípedo e calçamento da ponte
Santa Isabel.
3. Aquisição da antiga Campina do Derby à Prefeitura do Recife, com o aterro e
a drenagem e construção do canal e do parque, calçamento com asfalto e
paralelepipedo.
4. Construção do Edificio do Quartel Central da Força Publica do Estado (Quartel
General da Policia Militar de Pernambuco), na Campina do Derby.
5. Construção da Ponte Buarque de Macedo, com 281,90m.
6. Construção da Ponte da Torre, com 99,80m.
7. Construção do Edificio do Departamento de Saude Pública e Assistencia
Social, na Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista.
8. Construção do Edificio do Palácio da Justiça (Tribunal de Justiça de
Pernambuco), na Praça da Republica, obra não concluida.
9. Construção da Adutora do Gurjau, com aquisição do Engenho São Salvador, da
construção da Vila Operaria de Gurjau, das pontes dos Carvalhos, em cimento e
do pontilhão do Guerra, para passagem da linha.
10. Construção da Avenida Saturnino de Brito, em asfalto para acesso a usina de
esgoto (Cabanga) e oficinas do Estado.
11. Reforço da Ponte do Pina, em concreto, para passagem de bondes e veiculos
de alta velocidade.
12. Construção da Avenida Herculano Bandeira, no Pina, com 898 metros em
asfalto para acesso a estação balnearia de Boa Viagem.
13. Construção da Avenida Beira Mar, em asfalto (hoje Avenida Boa Viagem), com
cinco quilometros.
15. Reforma radical (reconstrução) do antigo Hospital Santa Agueda (hoje
Hospital Universitário Osvaldo Cruz), com construção de pavilhões para
observação de doentes contagiosos, administração e laboratórios, isolamento e
necrotério e melhoramento no Hospital de Tuberculosos.
16. Instalação completa dos serviços do Hospital Centenário.
25º. Júlio
de Melo - Partido Republicano – Conservador - PRC
Período do mandato: 18 de outubro de 1926
a 12 de dezembro de 1926
Presidente da
Assembleia Legislativa
26º. Estácio Coimbra – Partido Republicano – Conservador - PRC
Período do mandato: 12 de dezembro de 1926 a 28 de maio de 1930
Governador eleito em
sufrágio universal
Estácio de Albuquerque Coimbra (Rio Formoso, 22 de outubro de 1872 — Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1937) foi um advogado e político brasileiro, que serviu como o 10.º Vice-presidente da República entre 1922 e 1926. Foi também o 16.º e 26.º governador do Estado de
Pernambuco de 1926 a 1930.
27º. Júlio
de Melo - Partido Republicano – Conservador - PRC
Período do mandato: 17 de novembro de
1927 a 6 de janeiro de 1928
Presidente da
Assembleia Legislativa
28º. Julio Celso de Albuquerque Belo – Partido Republicano
– Conservador - PRC
Período do mandato: 6 de janeiro de 1928
a 18 de maio de 1929
Presidente da
Assembleia Legislativa
29º. Julio Celso de Albuquerque Belo – Partido Republicano
– Conservador - PRC
Período do mandato: 28 de maio de 1930 a
6 de outubro de 1930
Presidente da
Assembleia Legislativa
Segunda e Terceira
Repúblicas Brasileiras (1930-1945)
30º. Carlos de Lima Cavalcanti – Aliança Liberal –
AL
Período do mandato: 6 de outubro de 1930
a 12 de outubro de 1935
Interventor Federal
Carlos de Lima Cavalcanti (Amaraji, 7 de julho de 1892 – Rio de Janeiro, 19 de setembro de 1967)[1] foi um político brasileiro.
Concluído o curso de Direito em São Paulo,
retornou para Pernambuco com o
intuito de dirigir a usina da família, porém,
não chegou a abandonar as atividades políticas. Em 1930,
participou dos acontecimentos revolucionários, sendo escolhido interventor
revolucionário de Pernambuco, fato estranho porque os demais interventores eram
jovens tenentes.
Proprietário dos jornais recifenses
Diário da Manhã e Jornal da Tarde, foi deputado estadual e governou Pernambuco
entre 1930 e 1935,
como interventor e,
como governador eleito pela Assembleia
Legislativa do Estado, de 1935 a 1937,
quando foi deposto e retirou-se para o exterior.
Em 1945 foi
eleito deputado constituinte,
permanecendo na Câmara até 1959.
Início da
Trajetória
Os pais do político são Artur de
Siqueira Cavalcanti, que foi proprietário rural, e Elvira Clélia de Matos Lima.
Ele descendeu de uma família pernambucana que tinha figuras brasileiras de
destaque, como o arcebispo do Rio de Janeiro dos anos de 1897 a 1905, dom
Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti; Pedro Ernesto Batista, que atuou
como prefeito entre 1935 e 1936 do Distrito Federal e foi inventor também e
ainda Pedro de Araújo Lima, que foi marquês de Olinda (PE) e também regente do
Império de 1837 a 1840.
Ele cursou o ensino fundamental e médio
no Colégio Aires Gama, em Recife. Lá, estudou na mesma época em que Gilberto
Amado e Assis Chateaubriand, um jornalista e outro político brasileiros
respectivamente.
No ano de 1910 conseguiu ingressar na
Faculdade de Direito, onde permaneceu até o segundo ano da graduação.
Vinculou-se ao Partido Republicano Federal de Pernambuco e se dedicou à uma
campanha civil que estava sendo desenvolvida no estado de Pernambuco para
apoiar a candidatura de Francisco de Assis Rosa e Silva, que representava e
defendia as oligarquias açucareiras para a presidência do estado. O
movimento de apoio foi desenvolvido por Estácio Coimbra, no ano de 1911.
31º. Antônio Vicente de Andrade
Bezerra - Aliança Liberal – AL
Período do mandato: 6 de dezembro de 1935
a 10 de novembro de 1937
Presidente da
Assembleia Legislativa
32º. Carlos de Lima Cavalcanti
- Aliança Liberal – AL
Período do mandato: 12 de outubro de 1935
a 6 de dezembro de 1935
Governador eleito
pela Assembleia Legislativa
Carlos de Lima Cavalcanti (Amaraji, 7 de julho de 1892 – Rio de Janeiro, 19 de setembro de 1967)[1] foi um político brasileiro.
Concluído o
curso de Direito em São Paulo,
retornou para Pernambuco com o
intuito de dirigir a usina da família, porém,
não chegou a abandonar as atividades políticas. Em 1930,
participou dos acontecimentos revolucionários, sendo escolhido interventor
revolucionário de Pernambuco, fato estranho porque os demais interventores eram
jovens tenentes.
Proprietário
dos jornais recifenses Diário da Manhã e Jornal da Tarde, foi deputado estadual e governou Pernambuco
entre 1930 e 1935,
como interventor e,
como governador eleito pela Assembleia
Legislativa do Estado, de 1935 a 1937,
quando foi deposto e retirou-se para o exterior.
Em 1945 foi
eleito deputado constituinte,
permanecendo na Câmara até 1959.
33º. Amaro de Azambuja Vila
Nova - Aliança Liberal – AL
Período do mandato: 10 de novembro de
1937 a 3 de dezembro de 1937
Interventor Federal
Amaro de Azambuja Villanova (Rio Grande do Sul, 18 de abril de 1879)
foi um militar e político brasileiro.
Foi casado
com Maria Augusta de Moura e Cunha Villanova. Pai de Antonio Carlos Villanova
(co-fundador da Polícia Técnica Federal) e Maria Helena Villanova. Amigo íntimo
de Getulio Vargas, foi
o primeiro general de quatro estrelas do Brasil.
Bacharel
em matemática e ciências físicas,
fez também os cursos de estado-maior, de engenharia e de revisão.
Em 10 de
novembro de 1937, com a implantação do Estado Novo,
foi designado interventor federal em Pernambuco. Em 15 de novembro foi promovido
a general-de-brigada.
Exerceu o comando do Executivo pernambucano apenas até dezembro de 1937, quando
transferiu o cargo para Agamenon Magalhães.
Em abril de
1940 foi promovido a general-de-divisão e
transferido para a reserva. Em maio de 1951 tornou-se general-de-exército.
34º. Agamenon Magalhães - Aliança Liberal – AL
Período do mandato: 3 de dezembro de 1937 a 20 de fevereiro de 1945
Interventor Federal
Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães (Serra Talhada, 5 de novembro de 1893 — Recife, 24 de agosto de 1952)
foi um promotor de direito, geógrafo, professor (de Geografia) e político brasileiro; deputado estadual (1918), federal (1924, 1928, 1932, 1945),
governador de estado (1937, 1950) e ministro (Trabalho e Justiça).
Formação
acadêmica e política
Tetraneto de Agostinho Nunes
de Magalhães, e filho do juiz e deputado estadual Sérgio Nunes
Magalhães, tornou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Recife (1916), em
Recife, sendo em seguida nomeado para a promotoria da comarca de São Lourenço da Mata.
No ano seguinte, casou-se com Antonieta Bezerra Cavalcanti e retornou a Recife,
onde fixou residência.
Em 1918 foi eleito deputado estadual
com apoio da agremiação governista estadual (Partido Republicano Democrata) e,
em 1924, tornou-se deputado federal, reeleito quatro anos depois. Contudo, em
1930, rompendo com os governos estadual e federal, aderiu à Aliança Liberal formada
em torno da candidatura de Getúlio Vargas. Após a revolução,
apoiou o interventor Carlos de Lima
Cavalcanti e ajudou a articular no estado o Partido Social
Democrata (de sustentação ao Governo Provisório), pelo qual elegeu-se deputado
constituinte em 1932.
Aliado
fiel de Vargas
A atuação de Agamenon Magalhães na
Constituinte de 1933 foi pautada na defesa do regime parlamentarista, na qual não teve apoio nem do
governo nem dos demais parlamentares. Apesar disso, em 1934, foi convidado pelo
presidente Getúlio Vargas para a pasta do Trabalho, Indústria e Comércio.
Nesse período, deu apoio à criação da
Justiça do Trabalho, ampliou a rede de apoio aos trabalhadores urbanos, e
utilizou a arregimentação sindical para combater a infiltração comunista no
movimento operário, principalmente após a Intentona Comunista de
1935. Para isso, defendeu a intensificação do controle sobre os sindicatos e o
aceno com novas leis sociais para os trabalhadores. Em 1937, após a demissão
de Vicente Rao, passou a acumular também as funções
da pasta da Justiça.
Aliado fiel de Vargas, Agamenon
Magalhães entrou em choque com o interventor Lima Cavalcanti, que tendia a
apoiar a candidatura oposicionista de Armando de Sales
Oliveira para a sucessão presidencial de 1938. Por este motivo,
em novembro de 1937, após a decretação do Estado Novo,
Agamenon Magalhães foi nomeado interventor federal em Pernambuco, substituindo seu antigo aliado e
opositor. A interventoria de Agamenon Magalhães coincidiu ainda com os anos da
presença militar norte-americana no Recife, em virtude das alianças em torno da
Segunda Guerra. Este período foi marcado por transformações não apenas no
cenário político, mas também no plano cultural.
O
"Agamenonismo"
Ao voltar ao estado natal, Agamenon
Magalhães anunciou que trazia consigo a "emoção do Estado Novo".
Misto de populismo social com centralização política, o estilo de governo de
Agamenon (por ele chamado de "ruralização") foi marcado pela busca da
unidade social e política, apoiada na personalidade pública do interventor.
O governo estadual procurou envolver-se
em todos os setores da vida cotidiana, seguindo um ideário tradicionista,
autoritário e fortemente católico, que procurou apoiar-se tanto na censura
oficial do DIP,
quanto na utilização do jornal oficioso, o Diário da Manhã.
Segundo Michel Zaidan:
A obra administrativa de Magalhães pode
ser dividida, primeiro, pela busca desenfreada do "consenso máximo"
na sociedade pernambucana, a partir de uma falsa imagem de paz e harmonia
social no Estado. Objetivo perseguido através de uma feroz repressão aos
adversários, críticos, comunistas, prostitutas, afro-brasileiros, vadios e
homossexuais.
O governo Agamenon também combateu
o cangaço e realizou obras contra a seca. Seu
programa de erradicação dos mocambos (habitações insalubres) teve forte
impacto entre as populações pobres, apesar das críticas de Gilberto Freyre e Manuel Bandeira, seus adversários na
intelectualidade.
A
"Lei Malaia"
Em janeiro de 1945, Agamenon Magalhães
foi novamente chamado por Getúlio Vargas para a pasta da Justiça. Mas desta
vez, Getúlio não preparava o fechamento das instituições (como em 1937), e sim
a sua democratização.
Como titular da pasta, Agamenon aprovou
o novo Código Eleitoral (Lei Agamenon) e convocou as primeiras eleições livres
do Brasil, com a autorização para o funcionamento dos partidos políticos e o
pleito direto para a presidência da
República. No entanto, a tentativa de aprovar uma lei antitruste
(chamada de "lei malaia" por seu opositor Assis Chateaubriand,
fazendo assim menção ao seu apelido pernambucano, "China gordo")
aumentou as pressões de setores empresariais e militares contra o governo
Vargas. Em outubro de 1945, Getúlio Vargas acabou sendo deposto, e com ele
Agamenon deixou o ministério. O sucessor de Vargas, José Linhares, anunciou o veto à "lei
malaia" como uma de suas primeiras medidas.
Líder do
PSD
Apesar da deposição de Vargas, Agamenon
conseguiu ser eleito para a Câmara dos
deputados e permanecer como uma das principais lideranças
nacionais do Partido
Social Democrático (PSD), ao qual se filiara. Na Constituinte
de 1946, alinhou-se entre os defensores da intervenção estatal na economia.
Mesmo residindo no Rio de Janeiro, Agamenon Magalhães manteve-se
como líder inconteste do PSD pernambucano, apesar de sua crescente oposição ao
governo do presidente Eurico Gaspar Dutra,
que era do mesmo partido. A cisão deu-se quando Agamenon lançou a candidatura
de Barbosa Lima Sobrinho ao
governo de Pernambuco. Dutra, por sua vez, apoiou o candidato da UDN,
um usineiro apoiado por setores agrários e conservadores. A disputa eleitoral,
vencida pelo PSD por pequena margem de votos em janeiro de 1947, foi violenta e
contestada vários anos na justiça.
A máquina eleitoral de apoio ao PSD era
garantida por uma extensa rede de apoiadores locais, utilizando-se do sistema
do coronelismo. Essa rede possibilitou ao partido
obter sucessivas vitórias em Pernambuco até 1958 (exceto na capital),
derrotando todos os seus adversários. Em 1950, Agamenon lançou sua própria
candidatura ao governo de Pernambuco, para suceder a Barbosa Lima Sobrinho.
Desta vez, porém, Agamenon Magalhães
não seguiu a orientação de Getúlio Vargas (que naquele ano foi lançado
candidato a presidente pelo PTB).
Reconciliando-se com Dutra, apoiou o candidato oficial do PSD, Cristiano Machado, enquanto Vargas se aliou
a João Cleofas,
candidato da UDN (e que depois seria seu ministro da Agricultura).
O eleitorado do interior (onde se
concentrava a máquina do PSD) foi essencial para a nova vitória de Agamenon,
eleito governador por 196 mil votos, contra 186 mil de seu adversário.
O legado
No entanto, a eleição popular de
Agamenon Magalhães não significou o pleno retorno do "agamenonismo"
ao governo de Pernambuco: seu governo teve fim com sua morte súbita, em 24 de
agosto de 1952.
O nacionalismo econômico e a visão
social de Agamenon Magalhães marcaram a transição de uma visão agrária e
oligárquica para a aliança com setores urbanos e operários (que marcou o
conluio PSD/PTB em nível nacional). No entanto, em Pernambuco, o próprio PSD
não conseguiu romper com sua formação conservadora. Com Etelvino Lins (sucessor de Agamenon), o
partido obteve uma nova vitória nas eleições de 1954 (elegendo o general Osvaldo Cordeiro
de Farias), mas foi finalmente derrotado em 1958.
Agamenon Magalhães foi irmão do
deputado federal Sérgio Magalhães Junior,
líder da Frente Parlamentar Nacionalista, e tio do
governador Roberto
Magalhães Melo, é sogro do ex-ministro da agricultura pecuária e
abastecimento Armando Monteiro Filho,
do empresário Jarbas Monteiro e do ministro do TCU José Múcio Monteiro é
ainda avô do Senador e Ministro do Desenvolvimento Indústria e comércio
exterior Armando Monteiro Neto.
35º. Etelvino Lins Albuquerque – Aliança Social Democrática – ASD
Período do mandato: 20 de fevereiro de 1945 a 5 de novembro de 1945
Interventor Federal
Etelvino Lins de Albuquerque GCC (Sertânia, 20 de novembro de 1908 — Rio de Janeiro, 18 de outubro de 1980) foi um promotor público e político brasileiro.
Filho do
político Ulisses Lins de Albuquerque e de Rosa Bezerra Lins de
Albuquerque. No Recife, estudou nos Colégios Oswaldo Cruz e Diocesano
Pernambucano. Foi aprovado em concurso para trabalhar como telegrafista nos
Correios no período de 1927 a 1929, quando ainda era aluno do curso de Ciências
Jurídicas e Sociais da Faculdade de
Direito do Recife, concluído em 1930. Foi líder estudantil e
combateu o governo de Estácio Coimbra. Após formar-se em Direito,
deixou o trabalho nos Correios e exerceu a função de promotor público das
Comarcas de Goiana (1931-1932) e de Caruaru e, nesta última cidade, foi
professor do Ginásio local.
Em 1933, foi
nomeado para a 2ª Delegacia do Recife, onde combateu rebeliões contrárias a
Vargas, especialmente as lideradas pelo Tenente Lamartine Coutinho e pelo
Sargento Gregório Bezerra. Na época do Estado Novo, chegou a ser Secretário Estadual
de Governo (1937) e Secretário de Segurança Pública de Pernambuco (1937-1945).
Em 1945, com a indicação de Agamenon Magalhães para o Ministério da Justiça e
Negócios Interiores, Etelvino foi nomeado para governar o Estado de Pernambuco.
Governou o
estado de Pernambuco em duas ocasiões: a primeira em 1945, na qualidade de
interventor federal; e a segunda, como governador eleito (1952/55). Durante seu primeiro
mandato, houve o assassinato policial do estudante Demócrito de Souza Filho. Exerceu o cargo de
Senador da República entre 1946 e 1952.
Ainda no
campo político, foi senador constituinte (1946) e deputado federal (1959/63 e 1970/75), além de ministro
do Tribunal de Contas da União (1955/59).
A 5 de
Fevereiro de 1954 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.
Juscelino Kubitschek conta que foi chamado
para uma reunião em setembro de 1955 na casa de Nereu Ramos,
onde se encontrava o governador de Pernambuco,
Etelvino Lins. Etelvino propôs a JK que as eleições fossem adiadas, pois
"não havia possibilidade para as eleições, por causa da agitação que havia
no país, dos traumas que o país tinha passado." Na União Democrática Nacional, todos estavam
de acordo. JK respondeu que não poderia transigir com aquilo.
Casou-se com
Djanira Falcão em 1933 e teve 8 filhos: Iná, Roberto, Maria Christina, Rosa,
Rogério, Maria da Conceição, Maria Regina e Rodrigo. Morreu em 18 de outubro de
1980, no Rio de Janeiro, vítima de um aneurisma cerebral.
Quarta República Brasileira
(1945-1964)
36º. José Neves Filho – Aliança
Social Democrática – ASD
Período do mandato: 5 de novembro de 1945
a 7 de fevereiro de 1946
Interventor Federal
José Neves Filho foi um político brasileiro. Assumiu o governo de Pernambuco em 1945,
na qualidade de interventor federal, deixando o cargo em 1946,
com a indicação de José Domingues da
Silva, também como interventor.
Na sua breve
gestão criou o Arquivo Público Estadual (APE)[2] que, a partir da década de 1970, ficou conhecido como Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje),
em homenagem ao seu primeiro diretor.[2] O objetivo do arquivo público foi
o dar um basta à destruição dos documentos do governo e abrir um espaço para
todos os indivíduos que desejassem consultá-los.
37º. José Domingues da Silva – Aliança
Social Democrática – ASD
Período do mandato: 7 de fevereiro de
1946 a 7 de agosto de 1946
Interventor Federal
José Domingues da Silva Filho governou Pernambuco, na qualidade de interventor federal, em 1946. Também foi bacharel em Direito, Deputado à
Câmara Estadual, e Procurador Fiscal da Fazenda Nacional.
38º. Demerval Peixoto – Partido
Democrata Cristão - PDC
Período do mandato: 7 de agosto de 1946 a
8 de março de 1947
Dermeval Peixoto (São Fidélis, 11 de dezembro de 1884 — Rio de Janeiro, 23 de setembro de 1962)
foi um militar e político brasileiro.
Governou Pernambuco, na qualidade de interventor federal,
em 1946/47.
Faleceu na
cidade do Rio de Janeiro em 1962.
Segue em 30 com
amaro...
39º. Amaro Gomes Pedrosa– Partido
Democrata Cristão - PDC
Período do mandato: 8 de março de 1947 a
1º de julho de 1947
Amaro Gomes Pedrosa (Bonito, 13 de maio de 1866 — Recife, 24 de agosto de 1954)
foi um político brasileiro.
Exerceu o
cargo de interventor federal em Pernambuco em 1947.
40º. Otávio Correio de Araújo – Partido de
Representação Popular - PRP
Período do mandato: 1º de julho de 1947 a
14 de fevereiro de 1948
Presidente da
Assembleia Legislativa
Era filho de Tranquilino Corrêa de
Araújo e de Severina Cavalcanti de Araújo. Cursou o Ginásio Pernambucano e
bacharelou-se pela Faculdade de
Direito de Recife, em 1928.
Em 1930 foi nomeado prefeito de Vertentes, em Pernambuco. Após o fim do Estado Novo (1937-1945),
elegeu-se deputado estadual constituinte
em Pernambuco, no pleito de janeiro de 1947, pelo Partido
Social Democrático (PSD). Presidiu a Assembléia pernambucana
durante os trabalhos constituintes e, nessa condição, após a promulgação da
nova Carta em julho de 1947, assumiu o governo de Pernambuco em substituição ao
interventor Amaro Gomes Pedrosa.[2] Transmitiu o cargo em fevereiro
do ano seguinte a Alexandre
José Barbosa Lima Sobrinho, que fora eleito governador em janeiro de
1947 e cuja posse fora retardada em consequência de recursos interpostos por
seus adversários na Justiça Eleitoral
do Brasil. Reassumiu interinamente o governo pernambucano em junho
de 1949.
No pleito de outubro de 1950
elegeu-se deputado federal por
Pernambuco, na legenda da Coligação Democrática Pernambucana, formada
pela União Democrática
Nacional (UDN), o Partido
Republicano (PR), o Partido de
Representação Popular (PRP), o Partido
Democrata Cristão (PDC), o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Libertador (PL).[2] Iniciou o mandato em fevereiro do
ano seguinte, licenciando-se de dezembro de 1952 a julho de 1954 para ocupar a
Secretaria do Interior e Justiça de Pernambuco durante o governo de Etelvino Lins (1952-1954).
Em 1954 elegeu-se novamente deputado
estadual, na legenda da Aliança Social
Democrática, constituída pelo Partido
Social Progressista (PSP) e o Partido Libertador (PL).[2] Deixou a Câmara dos Deputados em
janeiro de 1955, para assumir no mês seguinte o mandato no Legislativo
pernambucano. Em 1957 foi eleito pela Assembléia Legislativa, por votação
indireta, para o cargo de vice-governador.[2] Em outubro de 1958 reelegeu-se
deputado estadual, na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),
exercendo o mandato até o final da legislatura.
Com a cassação dos mandatos de alguns
deputados, em razão do Ato Institucional
Número Um (AI-1), de abril de 1964, baixado pelos militares
após a deposição do presidente João Goulart, veio a assumir uma vaga na Assembléia
Legislativa pernambucana.[2] Em 1966, foi candidato a suplente
de senador pela legenda do Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime
militar, mas não foi eleito.
Aposentou-se em 1970, quando ocupava o cargo de assessor jurídico do Ministério da Agricultura.
41º. Alexandre Barbosa Lima Sobrinho – Partido Social Democrático - PSD
Período do mandato: 14 de fevereiro de 1948 a 31 de janeiro de 1951
Governador eleito em
sufrágio universal
Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho (Recife, 22 de janeiro de 1897 — Rio de Janeiro, 16 de julho de 2000)
foi um advogado, escritor, historiador, ensaísta, jornalista e político brasileiro.
Biografia
Filho de Francisco Cintra Lima e de
Joana de Jesus Cintra Barbosa Lima. Seu tio, Alexandre José Barbosa Lima governou Pernambuco entre 1892 e 1896. Estudou o
curso primário em Recife. Na mesma cidade,
iniciou o secundário no Colégio Salesiano, terminando-o no Instituto Ginasial
Pernambucano. Em 1913, matriculou-se na Faculdade de
Direito do Recife, onde colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas
e Sociais em 1917. Foi adjunto de promotor do Recife, em 1917, e advogado no
período imediato ao de sua formatura. Colaborou na imprensa pernambucana,
no Diário de Pernambuco,
no Jornal Pequeno e,
principalmente, no Jornal do Recife,
onde escreveu a crônica dos domingos, de outubro de 1919 a abril de 1921.
Colaborou ainda na Revista Americana, Revista de Direito, Jornal do Commercio,
do Rio de Janeiro,
no Correio do Povo,
de Porto Alegre, e
na Gazeta, de São Paulo.
Mudando-se para o Rio de Janeiro, dedicou-se ao jornalismo. Trabalhou no Jornal do Brasil a partir de abril de
1921, a princípio como noticiarista, mais tarde como redator político e, a partir de 1924, como
redator principal. Escreveu, até a data de sua morte, em julho de 2000, um
artigo semanal, nesse jornal.
Na Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), exerceu a presidência nos
períodos de 1926 a 1927; 1930 a 1932; a presidência do Conselho Administrativo
de 1974 a 1977; e novamente a presidência de 1978 a 2000. Foi proclamado
Jornalista Emérito pelo Sindicato da categoria de São Paulo. Quando assumiu
pela primeira vez a Presidência da ABI, Barbosa Lima Sobrinho já revelava seu
dinamismo: convocou uma assembleia-geral para reformar os estatutos,
regulamentou a concessão da carteira de jornalista e título de sócio e
estabeleceu intercâmbio com as associações de imprensa dos estados,
proporcionando a integração dos jornalistas em todo o país.
Eleito deputado federal por Pernambuco para o triênio 1935-37, foi
escolhido líder de sua bancada, membro da Comissão de Finanças e relator do
Orçamento do Interior e Justiça.
Foi presidente do Instituto do
Açúcar e do Álcool, de 1938 a 1945, quando tomou posse da cadeira de
deputado federal por Pernambuco, na Assembleia
Constituinte de 1946. Na Câmara dos Deputados,
em 1946, foi membro da Comissão de Finanças e designado relator do orçamento do
Ministério da Guerra. Renunciou à cadeira de deputado em 1948, para assumir, a
14 de fevereiro do mesmo ano, o cargo de governador de
Pernambuco, exercendo o mandato até 31 de janeiro de 1951.
Foi procurador da prefeitura do
então Distrito
Federal e professor de ensino superior nos cursos de Ciências
sociais e econômicas. Como professor, regeu a cadeira de Política Financeira e,
mais tarde, a de História Econômica, na Faculdade de Ciências Econômicas Amaro
Cavalcanti, do antigo estado da Guanabara. Mais uma vez deputado federal por
Pernambuco para a legislatura 1959-1963, integrou a Comissão de Justiça.
Foi sócio benemérito do IHGB e
do Instituto dos Advogados Brasileiros, com sede no Rio de Janeiro; benemérito
da Associação Brasileira de Imprensa e sócio correspondente do Instituto
Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e do Instituto de Advogados
de São Paulo; sócio efetivo da Sociedade de Geografia; sócio honorário do
Instituto Histórico de Goiana (PE); presidente
de honra do XIV Congresso Nacional de Estudantes; professor honorário da
Faculdade de Filosofia da Universidade do Recife; presidente do Pen Clube do
Brasil em 1954; membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa;
membro do Instituto de Direito Público e da Fundação Getúlio
Vargas.
Recebeu a Medalha Quadragésimo
Aniversário da PUC-RJ (1981); o título de Doutor Honoris
Causa pela Universidade
Federal de Pernambuco e o Prêmio Imprensa e Liberdade,
conferido pelo Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade (1984); o Prêmio
Governo do Estado do Rio de Janeiro e o título de Cidadão Benemérito da Cidade
do Rio de Janeiro (1987); o Prêmio Juca Pato, conferido pela União Brasileira
de Escritores; o Prêmio San Tiago Dantas (1989); e a Medalha Tiradentes (1992),
conferida pela Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Recebeu também a Medalha
Chico Mendes de Resistência do Grupo Tortura Nunca
Mais em 1992.[6] em 1995 recebeu a medalha Rui
Barbosa mais alta condecoração concedida pela OAB.
Em 1973, candidatou-se a
vice-presidente da República na chapa encabeçada por Ulisses Guimarães pelo MDB.
Participou da Campanha pela anistia ampla, geral e irrestrita, que teve
sucesso em 1979.
Em 1992, foi o primeiro signatário do
pedido de impeachment do
presidente Fernando Collor de Mello.
A partir de 1994, participou de
manifestações contrárias às privatizações de empresas públicas, política
iniciada no governo Collor e ampliada no governo Fernando Henrique
Cardoso.[12]
Em 1998, foi contrário à revisão
constitucional que permitia a reeleição dos ocupantes de cargos executivos, por
considerar prejudicial aos interesses do Brasil.
De Villas-Bôas Corrêa,
que o conheceu em 1948, quando iniciava a carreira, mereceu as seguintes
palavras num artigo: “Barbosa Lima Sobrinho foi uma das maiores figuras do
século que não pôde ver terminar. Mais de 50 anos de relações cordiais e
espaçadas, a admiração crescente, a reverência da estima não cabe neste pequeno
registro emocionado, um ramo de cravos depositado no caixão do grande
brasileiro, do patriota insuperável, a lenda eterna na gratidão nacional.”
Recebeu homenagem da escola de
samba União da
Ilha do Governador, sendo enredo do desfile de 1999.
Barbosa Lima Sobrinho faleceu no Rio de
Janeiro, aos 103 anos de idade.
Academia Brasileira
de Letras
Em 28 de abril de 1937 foi eleito para
a cadeira 6 da Academia
Brasileira de Letras, sucedendo ao literato Goulart de
Andrade. Lá atuou também como secretário-geral em 1952, presidente
em 1953 e 1954, diretor da Revista da Academia em 1955 e 1956, diretor da
biblioteca de 1957 a 1978 e tesoureiro de 1978 a 1993.
Clube
Náutico Capibaribe
Barbosa Lima Sobrinho foi presidente
por um mandato do Clube Náutico
Capibaribe
42º. Agamenon Magalhães – Partido Social Democrático - PSD
Agamenon coversando com Getúlio Vargas
Período do mandato: 1º de julho de 1947 a
14 de fevereiro de 1948
Governador eleito em
sufrágio universal
Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães (Serra Talhada, 5 de novembro de 1893 — Recife, 24 de agosto de 1952) foi um promotor de direito, geógrafo, professor (de Geografia) e político brasileiro; deputado estadual (1918), federal (1924, 1928, 1932, 1945), governador de
estado (1937, 1950) e ministro (Trabalho e Justiça).
43º. Antônio Torres Galvão – Partido Social Democrático - PSD
Período do mandato: 24 de agosto de 1952 a 12 de dezembro de 1952
Presidente da
Assembleia Legislativa
Antônio Torres Galvão (Goianinha, 13 de junho de 1905 — Recife, 1954)
foi um político brasileiro, havendo interinamente governado o
estado de Pernambuco, de 24 de agosto a 12 de dezembro de 1952.
Biografia
Partiu ainda muito jovem para a cidade
de Paulista,
em Pernambuco, a fim de trabalhar nas fábricas ali
instaladas.
Autodidata, na cidade confrontou a
poderosa família Lundgren, proprietária das Casas Pernambucanas e principal
força do lugar, fundando e presidindo o Sindicato dos Trabalhadores em Fiação e
Tecelagem de Paulista.
As suas qualidades pessoais, na
oratória e nas relações interpessoais, e capacidade intelectual, levaram-no às
funções de pastor da Assembleia de Deus e
juiz vogal do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco.
Autor de uma obra intitulada: Direito e
deveres dos trabalhadores (1949), ressaltou na apresentação a
"oportunidade de entrar em contato com a legislação social trabalhista
instituída no Brasil após a Revolução de 1930, que, inegavelmente, abriu novas
perspectivas às massas trabalhadoras até então relegadas ao esquecimento pelos
nossos homens de governo."
Posteriormente foi escolhido pelo Partido
Social Democrático (PSD) como candidato a deputado estadual, em
virtude da liderança exercida na classe operária, obteve a vitória nas duas
eleições que disputou, ocupando uma cadeira na Assembleia Legislativa de
Pernambuco nos períodos de 1947/1951 e 1951/1955. No primeiro mandato
participou da Assembleia Constituinte e integrou a Mesa Constituinte e,
posteriormente a Mesa Diretora, na condição de 2º vice-presidente, até quando,
no 2º mandato, foi eleito presidente da Assembleia em 1952, após ter sido o
deputado mais votado no estado; no plano religioso os evangélicos então
consideraram sua eleição uma resposta divina às perseguições que sofriam no
estado.
A morte do governador Agamenon Magalhães,
em 24 de agosto de 1952, alçou-o à chefia do Poder Executivo, onde permaneceu
até a eleição do novo governador.
No seu discurso de posse, referindo-se
ao governador falecido, afirmou: "Governador Agamenon Magalhães:
tombaste como o carvalho partido por fulminante raio no meio da floresta.
Caíste como a águia nas montanhas rochosas, em pleno voo ascensional, quando a
pátria te acenava para os mais altos remígios. Mas a tua queda elevou mais alto
o teu nome nas lides do Brasil e a tua memória ficará indelével no coração da
pátria estremecida."
O coroamento da representação popular
ocorreu com o projeto, convertido em lei, de desapropriação de cinquenta
hectares nas terras da Companhia de Tecidos Paulista, que se transformou na
primeira área realmente livre da cidade, posteriormente denominada de Vila
Torres Galvão.
É considerado o primeiro e único
operário a governar o estado de Pernambuco. Faleceu de infarto, pouco antes de concluir seu segundo
mandato legislativo.
44º. Etelvino Lins de Albuquerque – Partido Social Democrático - PSD
Período do mandato: 12 de dezembro de 1952 a 31 de janeiro de 1955
Governador eleito em
sufrágio universal
Etelvino Lins de Albuquerque GCC (Sertânia, 20 de novembro de 1908 — Rio de Janeiro, 18 de outubro de 1980) foi um promotor público e político brasileiro.
45º. Osvaldo Cordeiro de Farias – Partido Social Democrático - PSD
Período do mandato: 31 de janeiro de 1955 a 14 de novembro de 1958
Governador eleito em
sufrágio universal
Oswaldo Cordeiro de Farias GCA (Jaguarão, 16 de agosto de 1901 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1981)[1] foi um militar, revolucionário e político brasileiro. Foi interventor federal (governador)
do Rio Grande do Sul e
governador eleito de Pernambuco. No governo do
presidente Castelo
Branco assumiu o Ministério Extraordinário para a Coordenação
dos Organismos Regionais, depois transformado em Ministério do Interior. Esteve
presente em todos os acontecimentos políticos do Brasil a partir de 1922 até
1966, quando se retirou da vida pública.
Início de
carreira
Filho de Joaquim Barbosa Cordeiro de
Farias, militar que foi transferido para o Rio Grande do Sul para trabalhar na
pacificação da Revolução Federalista e
que lá permaneceu por alguns anos, e de Corina Padilha Cordeiro de Farias. Em
1906 com a transferência de seu pai para o Rio de Janeiro, foi lá matriculado
no Colégio Militar, onde realizou todos seus
estudos. Sentou praça aos 16 anos na 4a Companhia de Infantaria no Rio.
Em 1917 ingressou na Escola Militar do
Realengo, sendo, dois anos depois, declarado oficial de artilharia. Seria ainda promovido, em sua
carreira militar, segundo-tenente (1920), primeiro-tenente (1921), capitão
(1930), major (1931), tenente-coronel (1933), coronel (1939) e general-de-brigada
(1942). Cordeiro de Farias fez curso de observador aéreo na Escola de Aviação
Militar, aperfeiçoamento de oficiais (1º lugar) na Escola de Armas, cursou a
Escola Superior de Guerra; e estagiou na Escola do Estado Maior do Exército
Americano.
Cordeiro de Farias participou das
conspirações que precederam a deflagração do levante armado de julho de 1922
contra o governo federal, que deu início ao ciclo de revoltas tenentistas. Fazia curso de observador
aéreo na Escola de Aviação Militar e foi incumbido de fabricar bombas caseiras
a serem atiradas dos aviões. Apesar de não ter participado diretamente dos
combates, acabou sendo preso por três meses na Fortaleza São João no Rio de
Janeiro. Em seguida, no mesmo ano, foi transferido sucessivamente para Santa Maria, Rio Pardo e São Gabriel.[2]
Tenentismo
Em outubro de 1924, participou do
levante tenentista deflagrado em Uruguaiana, liderado por Honório Lemes. No mês seguinte, derrotado pelas
forças de Flores da Cunha,
recuou com 30 homens em direção à fronteira com a Argentina, onde acabou por se exilar. Lá
conheceu outros tenentes revolucionários, João Alberto e Antônio de
Siqueira Campos. Juntos se dirigem para o Rio de Janeiro, em seguida
descendo ao Rio Grande do Sul, onde se juntou aos demais contingentes rebeldes
do estado, reunidos sob a liderança de Luís Carlos Prestes e Miguel Costa.
Os rebeldes gaúchos acabariam se
retirando para o estado do Paraná, onde se juntaram aos remanescentes
do levante paulistano deflagrado
no mês de julho. Da unificação desses dois grupos nasceu a Coluna Prestes, exército rebelde que, sob o
comando do militar gaúcho que lhe deu o nome, promoveu, nos dois anos
seguintes, uma guerra de movimento pelo interior do país contra as tropas fiéis
ao governo federal. O movimento chegou a transpor as fronteiras do Paraguai, após voltando a adentrar o território
brasileiro. Cordeiro de Farias teve atuação destacada na Coluna, comandando um
dos quatro destacamentos que a compunham.
Em fevereiro de 1927, já desgastados
pela longa campanha e sem perspectivas de vitória, os líderes da Coluna
resolveram encerrar aquela fase da luta e abandonaram o território brasileiro,
internando-se na Bolívia. No ano seguinte,
Cordeiro retornou ao Brasil clandestinamente e deu prosseguimento às atividades
conspiratórias, tendo sido, então, preso. Por um erro da denúncia seu processo
não foi enviado à São Gabriel, onde havia servido, mas sim à Uruguaiana, onde
lutou com Honório Lemes, mas onde também não existia nenhuma acusação contra
ele. Foi, portanto, absolvido pelo então Supremo Tribunal
Militar. Regularizada sua situação, retornou ao Exército,
ingressando no curso de engenharia do Instituto Geográfico Militar, sem deixar,
contudo, de conspirar contra o governo.[2]
Era Vargas
General Cordeiro de Farias com o Estado-Maior da Artilharia Divisionária, durante a II Guerra
Mundial.
Em 1930, participou do golpe militar
que extinguiu a República Velha. O
movimento conhecido como Revolução de 1930,
depôs o presidente Washington Luís e
impediu a posse do presidente eleito, Júlio Prestes. Integrou, nessa ocasião, o comando
da insurreição em Minas Gerais. Com a
vitória do movimento e a posse do novo governo liderado por Getúlio Vargas, foi lotado no gabinete do
ministro da Guerra, general José Fernandes
Leite de Castro. Em maio de 1931, foi transferido para São Paulo,
assumindo a chefia de polícia daquele estado. Permaneceu no cargo até junho do
ano seguinte, um mês antes da deflagração do movimento constitucionalista pelas
forças políticas tradicionais de São Paulo, que exigiam a
reconstitucionalizaçào do país e a recuperação da autonomia estadual, com o
afastamento dos tenentes que vinham exercendo influência na política paulista.
Colaborou então no combate à insurreição e, no ano seguinte, voltou a ocupar a
chefia de polícia do estado. No Estado Novo,
foi, ainda, chefe do Estado-Maior da 5ª Região Militar, sediada em Curitiba.
Em 1935, de volta ao Rio de Janeiro,
deu combate a Intentona Comunista,
levante militar deflagrado por elementos de esquerda ligados à Aliança Nacional
Libertadora e liderado pelo antigo comandante de Cordeiro de
Farias, Prestes. Em 1937, foi transferido para o Rio Grande do Sul, onde assumiu a chefia do
estado-maior da 3ª Região Militar, sediada em Porto Alegre, sob o comando do general Manuel de
Cerqueira Daltro Filho. Participou, então, da campanha movida por
Vargas para afastar o governador José Antônio
Flores da Cunha, que acabou sendo substituído pelo comandante da 3ª
Região Militar. Após a morte de Daltro Filho, Vargas nomeou Cordeiro de Farias
como interventor federal no Rio Grande do Sul. Por estar no Rio de Janeiro,
o cargo foi assumido interinamente por dois meses por Maurício Cardoso,
tendo Cordeiro de Farias assumido em 4 de março de 1938. Em sua administração,
devido às tensões da Segunda Guerra Mundial,
determinou que todas as escolas alemãs do estado se nacionalizassem.
Em 1942, chegou ao generalato. Em
setembro do ano seguinte, deixou a interventoria gaúcha para integrar-se
na Força
Expedicionária Brasileira (FEB). Em setembro de 1944, viajou
para a Itália,
onde participou da Campanha como
comandante das unidades da Artilharia Divisionária da FEB.
A volta ao Brasil ocorreu em 1945,
seguida de novas articulações políticas. Seu nome chegou, então, a ser cogitado
como candidato a presidente da República. Em outubro daquele ano, participou de
novo golpe militar, que desta feita afastou Vargas do poder encerrando o Estado
Novo.
Período
entre ditaduras
Participou do Governo do general eleito
presidente Eurico Gaspar Dutra,
como adido militar à Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Em 1949, foi nomeado comandante da
recém-criada Escola Superior de
Guerra (ESG).[3] Em maio de 1950, foi derrotado
nas eleições para a diretoria do Clube Militar, em disputa marcada por forte
conteúdo ideológico. Cordeiro representava a corrente que defendia a
participação do capital estrangeiro na exploração do petróleo brasileiro, enquanto que a chapa
vitoriosa, liderada por Newton Estillac Leal,
representava os setores nacionalistas das Forças Armadas.
Deixou a ESG em agosto de 1952 para
assumir o comando da Zona Militar Norte, sediada em Recife. Em 1954, foi apresentado como candidato
de consenso ao Governo de Pernambuco, na coligação que envolvia PSD, PDC e PL. Fez um
governo voltado para a assistência ao Sertão, para a construção de açudes e estradas.
Ocupou o cargo entre 1955 e 1958, renunciando ao mandato um mês antes de sua
conclusão para assumir a presidência da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos,
que exerceu durante dois anos.
A 17 de Maio de 1958 foi agraciado com
a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis de Portugal.
Foi chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de 10 de
fevereiro de até 8 de setembro de 1961, durante o Governo Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio,
envolveu-se na conspiração que visava impedir a posse do vice-presidente, João Goulart, então em viagem à China.
Jango tomou posse devido ao apoio da população e a Campanha da Legalidade,
comandada em Porto Alegre por Leonel Brizola. Na ocasião, foi nomeado
comandante do III Exército pelo
Ministro da Guerra, Odílio Denys, em substituição ao General José Machado Lopes,
que havia aderido à causa legalista. Não chegou a assumir este cargo.
Regime
militar e final da vida
Participou ativamente do Golpe Militar
que, em 1964, depôs o presidente João Goulart. Novamente foi cogitado para
presidente, o que não se concretizou. No governo do general Castelo
Branco assumiu o Ministério Extraordinário para a Coordenação
dos Organismos Regionais, depois transformado em Ministério do Interior.
Desempenhou esta função até junho de 1966, quando se retirou da vida pública.
Assumiu, então, a direção executiva do grupo empresarial pernambucano João
Santos. Faleceu em 1981.
Alguns anos antes de falecer, contou sua versão dos fatos que participou para a cientista política Aspásia Camargo, da Fundação Getúlio Vargas, o que resultou no livro "Diálogo com Cordeiro de Farias: Meio Século de Combate". A obra foi lançada pela editora Nova Fronteira em 1981 e reeditada pela Editora Biblioteca do Exército por ocasião do centenário do Marechal em 2001.
46º. Otávio Correia de Araújo – Partido
Social Democrático - PSD
Período do mandato: 14 de novembro de
1958 a 31 de janeiro de 1959
Vice-governador
eleito no cargo de Governador
Otávio Corrêa de Araújo (Cabaceiras (PB), 27 de outubro de 1900 — Recife, 24 de maio de 1993)
foi um político brasileiro.[1]
Assumiu o
governo de Pernambuco em duas
oportunidades: a primeira na qualidade de presidente da Assembleia
Legislativa de Pernambuco (1947/1948); a segunda, como
vice-governador (1958/1959).[
Ver descrição completa no 31º Mandato de
Otávio Correia
47º. Constantino Carneiro de Albuquerque Maranhão – Partido Social
Democrático – PSD
Período do mandato: 31 de janeiro de 1959
a 31 de março de 1959
Presidente da Assembleia
Legislativa
Constantino Carneiro de Albuquerque
Maranhão - foi um político brasileiro, ex-deputado estadual por Pernambuco e pai do ex-senador Ney Maranhão. Foi governador de seu estado por
um mês, de dezembro de 1958 a janeiro de 1959,
entre a renúncia de Cordeiro de Farias,
que deixou o cargo ao aceitar o convite para assumir uma representação do
governo federal nos Estados Unidos e a
posse do recém-eleito Cid Feijó Sampaio.
Biografia
Era líder político do município
de Moreno, na Região
Metropolitana do Recife, e foi deputado estadual por diversas
legislaturas, chegando à vice-presidência da Assembléia
Legislativa do Estado de Pernambuco onde, diante da renúncia do
governador Cordeiro de Farias,
chegou a assumir interinamente o governo do estado, e transmiti-lo ao
governador eleito Cid Feijó Sampaio.
Sua atuação parlamentar foi marcada
pelo anticomunismo ferrenho
e pela defesa do interesse das classes produtoras, que representava na
Assembleia.
Era chamado de "O Rei da Carne
Verde", por ser proprietário do Matadouro de Peixinhos, em Olinda, que fornecia quase a totalidade da
carne in natura consumida no estado de Pernambuco na metade
do século XX.
Era pai do ex-senador e quatro vezes deputado federal por Pernambuco Ney de
Albuquerque Maranhão.
48º. Cid Sampaio – União Democrática Nacional - UDN
Período do mandato: 31 de março de 1959 a 31 de janeiro de 1963
Governador eleito em sufrágio
universal
Cid Feijó Sampaio (Recife, 7 de dezembro de 1910 —
Recife, 30 de setembro de 2010)
foi um usineiro, industrial e político brasileiro. Foi governador do estado de Pernambuco.
Formou-se em Química no Recife e em Engenharia civil
no Rio de Janeiro.
Usineiro e industrial, foi o primeiro
presidente do Centro das Indústrias de Pernambuco.
Governador
Eleito em 3 de outubro de 1958 governador
de Pernambuco, assumiu o cargo em 31 de janeiro de 1959,
entregando-o a Miguel Arraes em 1963.
Sob seu governo, construiu a Companhia
Pernambucana de Borracha Sintética (COPERBO),[2] fábrica de borracha sintética,
com o dinheiro do Imposto de Circulação de Mercadorias (ICM), que teve
arrecadação estimulada com a emissão de selos entregues por ocasião da compra
de mercadorias, os chamados Bônus BS
Em 1994 concorreu
novamente ao cargo de governador de Pernambuco, ficando em terceiro lugar.
Deputado
federal
Cid opôs-se à Ditadura
Militar de 1964, porém filiou-se à Arena, partido situacionista, e
foi eleito, em 1966, deputado federal.
Senador
Em 1978, Cid Sampaio disputou as
eleições para o senado em uma sublegenda da ARENA tendo
como adversários os candidatos Jarbas Vasconcelos (do Movimento
Democrático Brasileiro, MDB) e Nilo Coelho, este também da ARENA mas apoiado
pelo então governador Moura Cavalcanti. Nilo saiu vitorioso devido à
soma dos votos das duas sublegendas da ARENA, e, ficando Cid Sampaio seu
suplente. Com o falecimento de Nilo Coelho em 1983,
Cid veio a ocupar o cargo de Senador até o ano de 1987.
Homenagem
Em 2002,
a Assembléia Legislativa de Pernambuco o agraciou com o título "Expoente
de Pernambuco".
49º. Miguel Arraes – Partido Social Trabalhista - PST
Período do mandato: 31 de janeiro de 1963
a 2 de abril de 1964
Governador eleito em
sufrágio universal, deposto pelo Golpe Militar de 1964
Miguel Arraes de Alencar GCIH • GOMM (Araripe, 15 de dezembro de 1916 — Recife, 13 de agosto de 2005)
foi um advogado, economista e político brasileiro filiado ao Partido
Socialista Brasileiro (PSB). De Pernambuco, foi governador por
dois mandatos, além de por deputado
federal e estadual por
três e dois mandatos, respectivamente. Foi também prefeito da
capital Recife.
Foi o
homenageado na Unidos de Vila Isabel no
Carnaval de 2016. Considerado defensor intransigente dos pobres, o nome do
ex-governador de Pernambuco, exilado durante a Ditadura Militar,
foi incluído no Livro dos Heróis
da Pátria no dia 25 de setembro de 2018.
Origem e família
Nasceu no
município de Araripe, extremo sul
do Ceará, na divisa com os municípios pernambucanos
de Ipubi e Bodocó. Primogênito e único filho homem dos
produtores rurais Maria Benigna Arraes e José Almino de Alencar e Silva, era
tetraneto de Inácia Pereira de Alencar, irmã de Bárbara de Alencar,
heroína da Revolução Pernambucana e
da Confederação do
Equador.
Arraes
casou-se pela primeira vez com Célia de Sousa Leão, de tradicional família
pernambucana, descendente do Barão de Vila Bela,
com quem teve oito filhos: José Almino de Alencar e Silva Neto (n. 1946), Ana Lúcia Arraes de Alencar (n. 1947),
Carlos Augusto Arraes de Alencar (n. 1950), Miguel Arraes de Alencar Filho (n. 1953),
Marcos Arraes de Alencar (n. 1956), Maurício Arraes de Alencar (n. 1956),
Carmen Sílvia Arraes de Alencar (n. 1957) e Luís Cláudio Arraes de Alencar (n.
1959).
Sua primeira
esposa morreu em 1961. Casou-se novamente com Maria Magdalena Fiúza Arraes de
Alencar, com quem teve mais dois filhos Mariana Arraes de Alencar (n. 1963) e
Pedro Arraes de Alencar (n. 1966).
Entre seus
inúmeros netos, destacam-se Eduardo Campos, também governador de Pernambuco e que foi candidato à
Presidência da República, morto em um acidente aéreo em 13 de agosto de
2014), Antônio
Campos (advogado, escritor e membro da Academia
Pernambucana de Letras), João Henrique Campos,
atual prefeito de Recife, Marília Arraes (Deputada Federal-PE)
e Luisa Arraes (atriz).
Juventude
Durante a
juventude Arraes mudou-se para a cidade do Crato, no sul do Ceará, com o objetivo de
concluir o ginásio (segunda etapa do atual ensino fundamental). Nesses anos, um
fato marcou muito a sua personalidade: flagrou um curral com três flagelados
presos simplesmente por tentarem fugir da seca para Fortaleza. A
respeito, afirmou: "É uma lembrança que guardo para sempre. Era um
horror difícil de compreender e marcou meu jeito de ver as coisas".
Em 1932,
aos dezessete anos, foi aprovado no vestibular da Faculdade
de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ).
Simultaneamente, também foi aprovado no concurso público de escriturário
do Instituto do
Açúcar e do Álcool (IAA), sendo enviado ao Recife. Após a posse no cargo, conseguiu a
transferência para a Faculdade de
Direito do Recife (incorporada posteriormente à UFPE).
Formou-se em 1937. No ano seguinte, foi promovido a
assistente do diretor de Fiscalização, cargo no qual permaneceu até 1941,
quando passou a ser chefe de Secretaria. Em 1943 ascendeu
a delegado regional.
Carreira política até o golpe de 1964
Deixou essa
ocupação em 1948,[1] ao assumir a Secretaria de
Fazenda do Estado de Pernambuco, por indicação de Barbosa Lima Sobrinho,
que havia sido eleito governador do estado naquele ano e com quem havia
trabalhado no IAA.
Em 1959, de
novo secretário da Fazenda no governo Cid Sampaio, foi também eleito prefeito do
Recife, ocupando o cargo de 1960 até 1962.
Elegeu-se
governador em 1962, com 47,98% dos votos, pelo Partido
Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido
Comunista Brasileiro (PCB) e setores do Partido
Social Democrático (PSD), derrotando João Cleofas (UDN) - representante das
oligarquias canavieiras de Pernambuco. Seu governo foi considerado de esquerda,
pois forçou usineiros e donos de engenho da Zona da Mata do Estado a estenderem
o pagamento do salário mínimo aos
trabalhadores rurais (o Acordo do
campo) e deu forte apoio à criação de sindicatos, associações comunitárias e às ligas camponesas.
Miguel Arraes, então governador, discursa no Teatro Nacional em
Brasília, poucos meses antes do golpe de 1964. Arquivo Nacional.
Com o golpe
militar de 1964, tropas
do IV Exército cercaram o Palácio das Princesas (sede
do governo estadual). Foi-lhe proposto que renunciasse ao cargo para evitar a
prisão, o que prontamente recusou para, em suas palavras, "não
trair a vontade dos que o elegeram". Em consequência, foi preso na
tarde do dia 1º de abril.
Deposto, foi
encarcerado em uma pequena cela do 14º Regimento de
Infantaria do Recife, sendo posteriormente levado para a ilha
de Fernando de Noronha,
onde permaneceu por onze meses. Posteriormente, foi encaminhado para as prisões
da Companhia da
Guarda e do Corpo de Bombeiros, no Recife, e da Fortaleza de
Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
Seu pedido
de habeas corpus (HC)
no Supremo Tribunal
Federal foi protocolado em 19 de abril, sob o número 42 108.
Foi concedido, por unanimidade, fundamentado em questões processuais (foro
privativo de governadores e necessidade de autorização da Assembleia
Legislativa). A exceção foi o voto do ministro Luís Galloti, que concedeu o HC em função do
flagrante excesso de prazo da prisão. O então procurador-geral da
República, Oswaldo
Trigueiro, opinou pela manutenção de sua prisão. Libertado em 25 de
maio de 1965, exilou-se na Argélia.
O exílio
Concedido
o habeas corpus, Arraes foi orientado por seu advogado, Sobral Pinto, a exilar-se, devido ao risco
iminente de uma nova prisão. Várias embaixadas estavam sitiadas pelos
militares, restando apenas poucas opções de locais para pedir asilo político.
Sendo assim, o próprio Arraes escolheu a Argélia.
No
continente africano, Arraes atuou como importante articulador dos movimentos de
esquerda brasileiros e, até mesmo, em favor da libertações das colônias
portuguesas.
Foi a partir
de sua iniciativa que foi criado o Boletim da Frente Brasileira de Informação,
uma publicação na qual figuras como Paulo Freire e Celso Furtado contribuíram,
e que denunciava os desmandos da ditadura brasileira, recebendo forte apoio de
países europeus
Durante o
exílio, foi condenado à revelia, no dia 2 de março de 1967, pelo Conselho
Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar. A pena, de 23 anos de prisão,
pelo crime de "subversão".
Carreira política após a anistia
Em 1979,
com a anistia, aconteceu o retorno de Miguel Arraes ao Brasil. Cerca de 50 mil
pessoas estiveram presentes no bairro de Santo Amaro para
o comício de boas-vindas.[6] É recepcionado por várias
lideranças de esquerda que permaneceram no Brasil, inclusive Jarbas Vasconcelos,
aliado que se tornaria a partir da década de 1990 seu principal adversário
político.
Elegeu-se
deputado federal em 1982, pelo PMDB.
Em 1986 vence as eleições para governador de
Pernambuco, ainda pelo PMDB, derrotando o candidato
do PFL e do governo, José Múcio Monteiro.
Seu governo foi caracterizado por programas voltados ao pequeno agricultor, como
o Vaca na corda, que financiava a compra de uma vaca e o Chapéu
de palha, que empregava canavieiros, no período de entressafra, na
construção de pequenas obras públicas. Outro ponto central foi a eletrificação
rural.
A 26 de
Novembro de 1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante
D. Henrique de Portugal.
Em 1990,
filia-se ao Partido
Socialista Brasileiro (PSB). É eleito mais uma vez governador
em 1994, aos 78 anos, sendo um dos principais
opositores ao governo do presidente Fernando Henrique
Cardoso - posição esta que lhe custou caro, politicamente.
Ainda assim, foi admitido por FHC à Ordem do Mérito
Militar no grau de Grande-Oficial especial.
Seu último
governo é marcado pela grave crise financeira do estado e pela greve das
polícias civil e militar. Perde a reeleição em 1998 para
seu ex-aliado e ex-prefeito do Recife, Jarbas Vasconcelos,
que obteve mais de 64% dos votos válidos.
Em 2002,
com 86 anos, vence sua última eleição, elegendo-se o quarto deputado federal mais votado do Estado de Pernambuco, mas desta vez apoia como
candidato à presidência o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, que fica na terceira
colocação na eleição presidencial do primeiro turno. Uma candidatura própria à
Presidência da República foi de grande importância para o crescimento do
partido do qual era cacique (PSB). No segundo turno apoia o candidato a
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, aliado seu nas outras eleições presidenciais.
Neste seu
último mandato como deputado federal fez parte, junto com os integrantes de seu
partido, o PSB, da base aliada do governo do presidente Lula, sendo responsável
pela indicação de ministros que iriam ocupar o Ministério
da Ciência e Tecnologia no primeira gestão de Lula,
destacando-se na função seu neto e herdeiro político Eduardo Campos, também pelo PSB.
Internação e morte
Arraes foi
internado no dia 16 de junho de 2005,
com uma suspeita de dengue. Sua saúde piorou no
dia 19, quando, vitimado por uma arritmia e a consequente queda de pressão, foi
entubado e passou a respirar por aparelhos. Também foi detectada uma infecção
pulmonar.
Teve uma
ligeira melhora nos dias seguintes. Foi submetido a hemodiálises e no dia 2 de julho todos os aparelhos foram
retirados. Arraes conversava com parentes e amigos e assistia à TV, opinando
sobre a situação caótica em que se encontrava a política. Nos dias seguintes,
foi diagnosticada uma pneumonia. No dia 20,
recebeu a visita do presidente Lula.
Em 29 de
julho, uma artéria do pulmão esquerdo se rompeu, provocando uma hemorragia e
ocasionando uma cirurgia de emergência. Apesar da sobrevida, os rins e
o fígado apresentaram falhas e novamente
precisou ser submetido a sessões de hemodiálise, diariamente.
Ainda assim,
deu sinais de recuperação, mantendo a consciência. No dia 12 de agosto, foi anunciado que deixaria a unidade de
tratamento intensivo. Porém, durante a madrugada do dia 13, piorou e
o quadro era o de uma infecção generalizada, pela terceira vez. No fim da manhã
daquele dia, faleceu depois de 59 dias de internação na UTI do
Hospital Esperança, no Recife. A causa mortis foi um choque séptico
causado por infecção respiratória, agravada por insuficiência renal.
Seu corpo
foi velado no Palácio do
Campo das Princesas, sede do governo estadual, a partir do início da
noite do dia 13 de agosto. O cortejo fúnebre saiu no final da tarde do dia 14
de agosto em direção ao Cemitério
de Santo Amaro no Recife, onde foi sepultado, seguido por milhares
de pessoas que cantavam antigos jingles das suas campanhas políticas.
Na ocasião o
presidente Lula divulgou a seguinte nota, após decretar luto oficial por três
dias:
"A morte do deputado federal e ex-governador Miguel Arraes é uma
enorme perda para o povo brasileiro. Arraes foi, sem dúvida, uma das maiores
lideranças das lutas populares que marcaram a segunda metade do século 20 no
Brasil. Por isso, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer
manifestar não só seu pesar pessoal pela perda de um amigo, mas também grande
tristeza pela ausência de um companheiro que com sua experiência, sabedoria e
capacidade de resistência fará muita falta no trabalho em favor da justiça
social em nosso país".
Pouco mais
de um ano após sua morte, no dia 15 de dezembro de 2006, data que se
comemoraria os 90 anos de seu nascimento, a jornalista pernambucana Teresa
Rozowykwiat lançou na Livraria Cultura do Recife o livro Arraes,
a primeira biografia autorizada sobre a vida do ex-governador. A autora contou
com informações exclusivas repassadas pela viúva, Magdalena
Arraes, principalmente sobre o período em que viveu no exílio após o
golpe militar de 1964. O livro aborda fatos que apenas a família tinha
conhecimento e detalhes sobre sua personalidade, que só os mais íntimos
conheciam.
No final de
2008, a viúva, Magdalena Arraes, criou o Instituto
Miguel Arraes com o objetivo de preservar a memória do
ex-governador. Nessa ocasião o jornalista e chargista do jornal Diário de Pernambuco, Lailson
de Holanda, selecionou mais de 500 charges feitas por ele durante
mais de 30 anos sobre o governador Miguel Arraes, representando-o em diferentes
momentos da história política recente de Pernambuco, desde da sua chegado do exílio
político. O mesmo jornalista também lançou um livro com a coleção de suas
melhores charges sobre o ex-governador, chamado de Arraestaqui.
Futuramente
a viúva do ex-governador também pretende disponibilizar para o público, através
do novo instituto, cartas, fotografias e anotações feitas por Arraes.
Em fevereiro
de 2016, Miguel Arraes foi homenageado no carnaval
do Rio de Janeiro, pela escola de samba Unidos de Vila Isabel.
Breve cronologia
·
1916 –
Miguel Arraes de Alencar nasce em Araripe, no Ceará.
·
1932 –
Conclui o curso secundário em Crato. Muda-se para o Rio de Janeiro para
estudar direito.
·
1937 –
Gradua-se em direito pela
Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
·
1948 –
É designado para a Secretaria da Fazenda de Pernambuco.
·
1950 a 1954 – Deputado estadual pelo Partido
Social Democrático (PSD), em Pernambuco.
·
1954 a 1958 –
Deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), em Pernambuco.
·
1959 –
Assume novamente a Secretaria da Fazenda.
·
1959 a 1962 – Prefeito do
Recife, Pernambuco, pelo PSD.
·
1963 a 1964 – Governador do Pernambuco, pelo PST,
com apoio do PCB.
·
1964 –
Cassado pelo Governo Militar, fugiu para Argélia.
·
1983 a 1987 – Deputado federal, pelo PMDB.
·
1987 a 1990 –
Governador do Pernambuco, pelo PMDB
·
1991 a 1995 –
Deputado federal (Congresso Revisor), pelo PSB
(Renunciou ao mandato para assumir o Governo de Pernambuco)
·
1995 a 1998 –
Governador do Pernambuco, pelo PSB
·
2003 a 2005 –
Deputado federal, pelo PSB.
·
2005 -
Morre no dia 13 de agosto no Recife.
Ditadura Militar (1964-1985)
50º. Paulo Pessoa Guerra– Aliança Renovadora Nacional - ARENA
Paulo Guerra com a família no Palácio do Campo das Princesas
Período do mandato: 2 de abril de 1964 a 31 de janeiro de
1967
Vice-governador
eleito no cargo de Governador
Paulo Pessoa Guerra (Nazaré da Mata, 10 de dezembro de 1916 — Recife, 9 de julho de 1977)
foi um político brasileiro que foi governador
de Pernambuco, estado que também representou no Congresso
Nacional.
Era pai do também político Joaquim Pessoa Guerra.
Estreia na
vida pública
Filho de João Pessoa Guerra e de Maria
Gaião Pessoa Guerra, ingressou na Faculdade de
Direito do Recife em 1935,
bacharelando-se em 1939. Ligado ao interventor Agamenon Magalhães, foi
nomeado prefeito de Orobó e, a seguir, de Bezerros durante o Estado Novo.
Por indicação de seu padrinho político, foi nomeado delegado do Departamento
Estadual de Imprensa e Propaganda (1941) e, depois, da
Penitenciária Agrícola de Itamaracá, cargo que exerceu por três anos (1942-1945).
Mandatos
eletivos
Deposto Getúlio Vargas em 29 de outubro de 1945,
foram convocadas eleições para
Presidente da República e para a Assembleia
Nacional Constituinte que elaborou a Constituição
de 1946 e nesse pleito Paulo Guerra foi eleito deputado federal pelo PSD e reeleito em 1950.
De volta a Pernambuco, foi
eleito deputado estadual em 1954 e 1958 e,
por ocasião da renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961,
era presidente da Assembleia Legislativa.
Governador
de Pernambuco
Em 1962 foi
eleito vice-governador na
chapa de Miguel Arraes,
tomando posse em 31 de janeiro de 1963.
Ao longo do governo entrou em divergência com Arraes e, com a deposição deste
pelo Regime
Militar de 1964, assumiu o governo do estado.
Durante seu governo estimulou a
eletrificação rural, a industrialização do estado e investiu em infraestrutura.
Criou a Fundação do Ensino Superior de Pernambuco (hoje Universidade de
Pernambuco) e construiu o Hospital da
Restauração, que substituiu o antigo Hospital de Pronto Socorro.
Criou também o Colégio
da Polícia Militar de Pernambuco (CPM) em 1966.
Em 27 de outubro de 1965 o Ato
Institucional Número Dois instituiu o bipartidarismo e, em razão disso, Paulo
Guerra ingressou na ARENA.
Dedicou-se à pecuária após deixar o Palácio do
Campo das Princesas. Retornou à política em 1970,
quando foi eleito senador,
chegando ao posto de vice-líder do governo Ernesto Geisel. Em 1977 o
governo outorgou o Pacote de Abril, que visava a garantir a
maioria governista em 1978 e
nesse ínterim Paulo Guerra aceitou renovar seu mandato por via indireta, contudo faleceu três meses
depois. Seu lugar no senado ficou nas mãos de Murilo Paraíso e a vaga de
"senador biônico" coube a Aderbal Jurema.
51º. Nilo Coelho– Aliança Renovadora Nacional - ARENA
Período do mandato: 31 de janeiro de 1967 a 15 de março de 1971
Governador eleito
pela Assembleia Legislativa
Biografia
Filho do
coronel Clementino de Souza Coelho e Josefa Coelho. Estudou o secundário no
Colégio da Bahia e Ingressou no superior na Faculdade de Medicina de Salvador. Em 1947,
foi eleito deputado estadual pelo Partido
Social Democrático, para o mandato de 1947 a 1950.
Foi eleito deputado federal em 1951.
Foi
secretário da Fazenda do Estado de Pernambuco de 1952 a 1954 e
nomeado governador biônico de
Pernambuco pelo presidente Castelo Branco, para o quatriênio 1967/1971.
Em 1971, Nilo Coelho concedeu a Frei Damião a Medalha Pernambucana do
Mérito.
A 10 de
Junho de 1974 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique
de Portugal.
Em 1978,
foi eleito senador pela ARENA-I com a ajuda dos votos
do candidato Cid Sampaio, da
ARENA-II.
Foi
Presidente do Senado no ano de 1983, representante do Estado de Pernambuco,
tendo exercido o mandato de senador no período de 1979 a 1987. Faleceu no
exercício da presidência do Senado em 9 de novembro de 1983, assumindo em seu
lugar o senador Moacir Dalla em
11 de novembro de 1983. O cálculo dos votos era feito através da soma das
sub-legendas e deu a vitória a Nilo, mesmo este tendo menos votos que o
candidato da oposição, Jarbas Vasconcelos (MDB).
Quando presidiu o PDS disse sua mais famosa frase - "Não sou presidente do
Congresso do PDS; sou presidente do Congresso do Brasil".
Dá nome à
medalha concedida pela Prefeitura do Município de Petrolina a personalidades
políticas e culturais da região.
Mandatos
·
Deputado estadual: 1947 - 1950
·
Deputado federal: 1951 - 1955
·
Deputado federal: 1955 - 1959
·
Deputado federal: 1959
·
Deputado federal: 1963 - 1967
52º. Eraldo Gueiros– Aliança
Renovadora Nacional - ARENA
Período do mandato: 15 de março de 1971 a 15 de março de
1975
Governador eleito
pela Assembleia Legislativa
Eraldo Gueiros Leite (Canhotinho, 18 de janeiro de 1912 — Recife, 5 de março de 1983)
foi magistrado e político brasileiro.
Biografia
Filho do fazendeiro José Ferreira Leite
e de Amélia Gueiros Leite, fez o curso primário na sua cidade natal, e o
secundário no Ginásio Pernambucano.[1] Em 1935 formou-se
em Direito, tornando-se, em seguida, consultor
jurídico do executor do estado de sítio em Pernambuco, o general Aurélio
de Souza Ferreira.
Dedicou-se à advocacia e ao exercício
do cargo na procuradoria da Justiça Militar.[1] Foi advogado da Pernambuco Tramways,
empresa prestadora de serviços de luz e força no Recife, palco de inúmeras
greves operárias.
Foi integrante do Superior Tribunal
Militar após concurso, no governo do general Eurico Gaspar Dutra em 1957.[1][2] Após a instauração do regime de
exceção no Brasil, transferiu-se para o Rio de Janeiro em
setembro de 1964, para assumir a Procuradoria Geral da Justiça Militar, durante o
governo de Humberto
de Alencar Castelo Branco.[2] Em março de 1969,
foi empossado como ministro do Superior Tribunal
Militar, no governo Costa e Silva.
Através de eleições indiretas, tomou
posse em março de 1971 na condição de governador biônico do Estado de Pernambuco.
53º. Francisco Moura Cavalcanti – Aliança Renovadora Nacional - ARENA
Período do mandato: 15 de março de 1975 a 15 de março de 1979
Governador eleito
pela Assembleia Legislativa
José Francisco de Moura Cavalcanti (São Vicente
Férrer, 20 de outubro de 1925 — Recife, 28 de novembro de 1994)
foi um advogado e político brasileiro que foi indicado governador
do Amapá em 1961 e
de Pernambuco em 1974.[1][2]
Biografia
Em 1970.
Aos vinte anos foi prefeito da cidade de Macaparana tendo ido ao Recife após deixar o cargo para
estudar Direito (1950-1954). Envolvido com a
advocacia chegou a ser procurador em Pernambuco e teve como mentor político a
figura de Osvaldo Cordeiro
de Farias. Nomeado governador do Território Federal do Amapá pelo
presidente Jânio Quadros foi
destituído do cargo após a renúncia deste em agosto de 1961. De volta ao seu
estado foi representante de Pernambuco no conselho deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, Secretário
da Administração e da Coordenação Política durante o governo de Paulo Guerra e
Superintendente de Desenvolvimento do Vale do Serigi durante o governo Nilo Coelho.
José Francisco Moura Cavalcanti
ascendeu ao plano federal em 1970 no governo Médici que
o nomeou presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
e a seguir ocupou o Ministério da Agricultura entre 9 de maio
de 1973 e 15 de março de 1974. Três meses após deixar o ministério foi
indicado governador de
Pernambuco (ARENA)
pelo então presidente Ernesto Geisel. e confirmado pela Assembléia
Legislativa do Estado. Audacioso e empreendedor, formou uma equipe de jovens
auxiliares destinados a revolucionar a história de Pernambuco, dentre
eles José Jorge de
Vasconcelos, Joaquim Francisco de Freitas, Antonio
Morais, Gustavo Krause Sobrinho dentre
outros pernambucanos que marcaram época e fizeram história. Ao fim de sua
gestão, já acometido de grave enfermidade, havia lançado a pedra fundamental
do Porto de Suape, construído
o Centro de Convenções de Pernambuco, e iniciado o TIP - Terminal Integrado de Passageiros que só
foi concluído anos depois pelo então governador Gustavo Krause Sobrinho
livrando o centro do Recife já saturado de uma estrutura antiquada que servia
de terminal rodoviário intermunicipal sem as mínimas condições. Migrou para
o PDS após
o retorno do pluripartidarismo.
Foi casado com D. Suçu, tendo falecido
em decorrência de uma parada cardíaca, após longa enfermidade que o tirou
precocemente dos palanques mas não da vida política, sempre influente e
respeitado até os seus últimos dias de vida.
54º. Marco Maciel – Partido Democrático Social – PSD
Período do mandato: 15 de março de 1979 a 15 de maio de
1982
Governador eleito
pela Assembleia Legislativa
Marco Antônio de Oliveira Maciel GCC • GCIC • GCMM (Recife, 21 de julho de 1940 — Brasília, 12 de junho de 2021) foi um professor, advogado e político brasileiro filiado
ao Democratas (DEM). Foi vice-presidente do
Brasil e presidente da Câmara dos Deputados, além de ministro da Educação e
da Casa Civil durante
o governo Sarney. Por Pernambuco,
foi governador, senador por três mandatos, deputado federal por dois e deputado estadual.
Exerceu o
cargo de senador de 2003 até 2011. Professor de Direito Internacional Público
da Universidade Católica de Pernambuco (licenciado).
Presidente da Câmara dos Deputados (1977–1979). Ministro de Estado da Educação
e Cultura (1985–1986). Ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da
República (1986–1987), quando assumiu o mandato de senador. Foi eleito
Presidente do PFL em 1987. Em 1990 se reelegeu como senador, e em 1994 foi
eleito vice-presidente da República Federativa do Brasil. Retornou ao senado,
eleito em 2002. Assumiu, em 2007, a presidência da Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania. Após 44 anos na política, nas eleições de 2010 não conseguiu se
eleger para um novo mandato no Senado, ficando em terceiro lugar na votação.
Biografia
Filho
de José do Rego Maciel e Carmen Sílvia
Cavalcanti de Oliveira formou-se em direito pela Universidade Federal de Pernambuco atuando
depois como advogado. Quando nos bancos universitários iniciou sua vida pública
ao ser eleito presidente da União Metropolitana dos Estudantes de
Pernambuco, em 1963, realizando uma gestão que o levaria a romper com a cúpula
da União Nacional dos Estudantes. A eleição
para a UME contou com o apoio financeiro do IPES - Instituto de Pesquisas e Estudos
Sociais, organização de direita criada no fim de 1961. Nos anos
vindouros, Marco Maciel se filiaria a ARENA, partido que apoiava o regime de
ditadura militar então instaurado, e passaria a atuar na política partidária na
qual estreou em 1966 ao se eleger deputado estadual e a seguir deputado federal
nos anos de 1970 e 1974.
No decurso
de seu segundo mandato foi eleito presidente da Câmara dos Deputados em março
de 1977, para o biênio 1977—1979 e em sua gestão, o presidente Ernesto Geisel decretou
o recesso do Congresso Nacional, através do Ato Complementar 102 em
1º de abril de 1977, com o intuito de aprovar a reforma judiciária que fora
rejeitada pelo parlamento que seria reaberto em 14 de abril, após a outorga de
duas emendas constitucionais e de seis decretos-leis regulamentando a reforma
do judiciário e a reforma política, esta última caracterizada pela instituição
dos chamados senadores biônicos. Apesar de contrário à supressão das
prerrogativas do Congresso Nacional, Marco Maciel acatou a decisão presidencial
mas não tomou parte nas cerimônias que marcaram a vigência das medidas baixadas
pelo Poder Executivo. Não polemizou no entanto a respeito do assunto e, em
sinal de reconhecimento por sua postura, foi indicado governador biônico de
Pernambuco pelo próprio Geisel em 1978.
Ao longo de
sua gestão montou uma equipe de técnicos e políticos que cerraram fileiras nas
eleições de 1982, quando o PDS pernambucano obteve um apertado triunfo, contra
os oposicionistas do PMDB, tendo à frente o
senador Marcos Freire, então candidato a governador. Eleito senador
naquele ano, Maciel teve seu nome lembrado como uma das alternativas civis à
sucessão do presidente João Figueiredo, em face, sobretudo, de sua
grande capacidade de articulação.
Frente Liberal
À medida que
os debates sobre a sucessão presidencial tomavam forma as lideranças do PDS viam surgir diversos nomes que
tencionavam a indicação oficial do partido, dentre os quais, Marco Maciel.
Entretanto a contenda derradeira aconteceu em 11 de agosto de 1984, quando o
deputado federal paulista Paulo Maluf derrotou
o Ministro do Interior, Mário Andreazza, na convenção nacional do PDS
por 493 votos a 350, fato esse que serviu como senha para que os dissidentes da
legenda se agrupassem na chamada Frente Liberal (embrião do
PFL, o atual Democratas) e a seguir hipotecassem o seu apoio à candidatura
de Tancredo Neves, o candidato das forças de
oposição ao Regime Militar de 1964. Para a
oficialização do acordo os partidários de Tancredo deveriam escolher um dos
quadros da dissidência governista como candidato a vice-presidente e a escolha
recaiu sobre o senador maranhense José Sarney,
embora o próprio ungido tenha sugerido, sem sucesso, o nome de Marco Maciel.
Hábil na costura dos acordos políticos que asseguraram a vitória oposicionista
no Colégio Eleitoral, logo o nome de Marco Maciel foi confirmado como o novo
Ministro da Educação sendo o titular dessa pasta de 15 de março de 1985 até 14
de fevereiro de 1986 quando o presidente José Sarney (efetivado após a morte de
Tancredo Neves) o remanejou para a chefia da Casa Civil onde Maciel permaneceu
até 30 de abril de 1987.
No Plebiscito de 1993, Marco Maciel foi parte
da Frente Presidencialista Republicana
Vice-presidente
De volta ao
Senado Federal manteve seu apoio ao governo Sarney o que não o impediu de ser
um dos entusiastas do apoio do PFL à Fernando Collor de
Mello nas eleições presidenciais de 1989, mesmo diante da
candidatura pefelista de Aureliano Chaves.
Com a vitória de Collor em segundo turno sobre Luiz Inácio Lula da Silva o Partido
da Frente Liberal passa a ocupar a base política do novo presidente. Reeleito
senador em 1990 Marco Maciel passou à condição de líder do governo Collor no
Senado, função da qual declinou quando o processo de impeachment do
presidente se apresentou irreversível. Em agosto de 1994 foi escolhido pelo PFL
como o novo candidato a vice-presidente da
República em substituição ao senador alagoano Guilherme Palmeira em virtude de denúncias
de irregularidades na destinação de emendas orçamentárias que pesavam sobre
esse último, sendo eleito e reeleito como companheiro de chapa de Fernando Henrique Cardoso em 1994 e
1998, respectivamente. Em março de 1995 exerceu a presidência da república do
Brasil pela primeira vez conforme ordenava a constituição da época, recebeu em
seu gabinete da Vice-Presidência da Republica, no Palácio do Planalto, o Título
de Professor Visitante da UniverCidade/RJ, do jornalista e Reitor Paulo Alonso.
Sua postura discreta permaneceu inalterada, mesmo diante dos episódios que
levaram ao rompimento do PFL com o governo federal às vésperas das eleições de
2002, nas quais Marco Maciel conquistou seu terceiro mandato como senador pelo
estado de Pernambuco.
Grã-Cruz
da Ordem Militar de Cristo desde 1987 pelo
presidente português Mário Soares,
Maciel foi admitido em 1997 pelo mesmo à Ordem do Infante D. Henrique, no mesmo
grau.[1] Em
1995, foi condecorado por Fernando Henrique Cardoso com a Ordem do Mérito Militar no grau de
Grã-Cruz especial.
Morte
Marco morreu
em 12 de junho de 2021, aos oitenta anos de idade, em um hospital particular
do Distrito Federal.[5] Seu
corpo foi velado no Salão Negro do Senado Federal, sendo sepultado na Ala dos
Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.
Imortal
·
Em 1991, foi eleito para a cadeira 22
da Academia Pernambucana de Letras, antes
ocupada pelo Monsenhor Severino Nogueira Leite,
tomando posse em 27 de julho de 1992.
·
Em 2003, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira
do antecessor Roberto Marinho, tomando posse em 18 de outubro
de 2003.
Obras
É autor de três livros:
·
Idéias Liberais e Realidade Brasileira
(1984)
·
Educação e Liberalismo (1987)
·
Liberalismo e Justiça Social (1987)
55º. José Muniz Ramos – Partido Democrático Social – PSD
Período do mandato: 15 de maio de 1982 a 15 de março de
1983
Presidente da
Assembleia Legislativa
José Muniz Ramos (Araripina, 22 de setembro de 1939)
é um político brasileiro. Foi deputado estadual e governador
do estado de Pernambuco. É filho
do ex-prefeito de Araripina Manoel Ramos de Barros e
neto do, também, ex-prefeito de Araripina Francisco da
Rosa Muniz
Biografia
Filho de Manuel Ramos de Barros e de
Maria de Lurdes Muniz Ramos. O pai, do Partido Social Democrático (PSD), foi
duas vezes prefeito de Araripina (1948-1952 e 1958-1962). Os tios, Sebastião
Marinho Muniz Falcão e Djalma Marinho
Muniz Falcão, foram respectivamente governador de Alagoas
(1955-1960) e deputado federal (1982-1986) e senador (1998-1999).
Bacharel em ciências jurídicas e
sociais pela Faculdade de Direito da Universidade
Federal de Alagoas em 1966,
se elegeu deputado estadual e presidente da Assembléia
Legislativa de Pernambuco.[1]
Assumiu o governo de Pernambuco por ser o presidente na
Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco (ALEPE), após renúncia do então
Governador Marco Maciel, que
deixou o mandato para concorrer ao senado federal e
do seu vice, Roberto
Magalhães, candidato ao Governo do Estado de Pernambuco.
Sexta República
Brasileira (1985 – presente)
56º. Roberto Magalhães – Partido Democrático Social – PSD
Período do mandato: 15 de março de 1983 a 14 de maio de
1986
Governo eleito em
sufrágio universal
Roberto Magalhães Melo (Canguaretama, 17 de julho de 1933) é um político brasileiro filiado
ao União Brasil (UNIÃO).
Obteve
quatro mandatos de deputado federal (1991/1995, 1995/1997,
2003/2007 e 2007/2011). Ele também foi governador do
estado de Pernambuco de 1983/1986 e prefeito da
cidade do Recife de
1997/2000.
Biografia
Roberto
Magalhães é sobrinho de Agamenon Magalhães, que foi deputado estadual e
deputado federal por Pernambuco, interventor e governador de
Pernambuco, ministro do trabalho e da justiça, e professor
catedrático de teoria geral do estado na Faculdade de Direito do Recife. Filho de
Odorico de Menezes Melo (29 de abril de 1892 — Recife, 2 de maio de 1979) e
Rosa de Godoy Magalhães (c. 1894 - Recife, 11 de março de 1968).
Casado em
dezembro de 1965 com Jane Coelho Magalhães Melo, que tem formação jurídica e é
pós-graduada em administração e ciência política, o casal possui quatro filhos:
Roberto Filho, Rogéria, Carlos André e Renata.
Graduado em
direito pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro, doutorado em direito privado pela Universidade Federal de Pernambuco.
Cargos públicos
·
Secretária de educação e cultura do
estado de Pernambuco (1967/1971)
·
Consultor-geral do estado de Pernambuco
(1971)
·
Vice-governador do estado de Pernambuco
(1979/1982)
·
Governador do estado de Pernambuco (1983/1986)
·
Deputado federal por Pernambuco (1991/1995)
·
Deputado federal por Pernambuco (1995/1999), renunciou em 1997 para assumir a
prefeitura da cidade do Recife
·
Prefeito da cidade do Recife (1997/2000)
·
Deputado federal por Pernambuco (2003/2007)
·
Deputado federal por Pernambuco (2007/2011)
·
Aluno do Centro de Preparação de
Oficiais da Reserva de Recife, curso de Artilharia (1954)
57º. Gustavo Krause – Partido da Frente Liberal – PFL
Período do mandato: 14 de maio de 1986 a 15 de março de
1987
Vice-governador
eleito no cargo de Governador
Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho GOMM (Vitória de Santo Antão, 19 de junho de 1946)
é um advogado e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO). Foi ministro
da Fazenda e do Meio
Ambiente durante os governos Itamar Franco e Fernando
Henrique Cardoso. Por Pernambuco, foi governador, deputado
federal e secretário da Fazenda, além de prefeito e vereador da
capital Recife.
Sua filha, Priscila Krause, é deputada estadual de
Pernambuco e foi eleita Vice Governadora de Pernambuco em 2022
Biografia
Em 1979, foi nomeado pelo então
governador Marco Maciel,
prefeito do Recife, cargo que ocupou até 1982. Na prefeitura, realizou muitas
obras estruturadoras, principalmente nas áreas de periferias, como escadarias e
muros de arrimos. Mas a maior marca da sua gestão como prefeito foi fixação dos
chamados "barracões" da prefeitura, nas áreas pobres do município,
que eram "centros de atendimentos social" com médicos, engenheiros e
vários servidores que atendiam a comunidade.[3]
Eleito pelo voto direto vice-governador
de Pernambuco na chapa encabeçada pelo ex-vice-governador Roberto
Magalhães (PDS), assumiu o posto de governador de 1986 a 1987,
em decorrência do afastamento de Magalhães, para disputar a eleição de senador. Em 1988, foi eleito vereador de Recife.
Em 1990, foi eleito deputado federal pelo estado de Pernambuco.
Assumiu o Ministério da
Fazenda do Brasil, durante o
governo Itamar Franco. Tomou
posse em 2 de outubro e deixou o ministério em 16 de dezembro de 1992, apenas
dois meses de cargo.
Em 1994, disputou e perdeu para Miguel Arraes, a eleição de governador de
Pernambuco.
No primeiro mandato do presidente Fernando Henrique
Cardoso (1995 - 1999), assumiu o Ministério
do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente. Admitido à Ordem do Mérito
Militar em 1994 no grau de Comendador especial por Itamar
Franco, Krause foi promovido no ano seguinte por FHC ao grau de Grande-Oficial.
Atualmente é conselheiro político
do DEM. Foi
suplente do senador Marco Maciel,
por Pernambuco, de 2003 até 2011. Não mais concorreu
a cargos políticos, desde então.
58º. Miguel Arraes – Partido Socialista Brasileiro – PSB
Período do mandato: 15 de março de 1987 a 1º de abril de
1990
Governador eleito em
sufrágio universal
Ver descrição completa no 40º Mandato de Arraes
59º. Carlos Wilson Campos – Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB
Período do mandato: 1º de abril de 1990 a 15 de março de
1991
Vice-governador
eleito no cargo de Governador
Carlos Wilson Rocha de Queirós Campos (Recife, 11 de março de 1950 — Recife, 11 de abril de 2009)
foi um político brasileiro filiado ao Partido dos
Trabalhadores (PT).
Por Pernambuco, foi governador, senador e deputado
federal por três mandatos.
Carreira
Iniciou sua vida pública em 1972 no
Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Em 1974,
elegeu-se deputado federal pela ARENA,
sendo reeleito em 1978 e, em 1982,
pelo PMDB.
Em 1986,
foi eleito vice-governador na
chapa de Miguel Arraes. No
mesmo ano, foi admitido no grau de Grande-Oficial à Ordem do Infante
D. Henrique, de Portugal. Assumiu o
governo do estado em abril de 1990 para que o então
governador pudesse concorrer ao legislativo, ficando no cargo durante onze
meses.
Em 1992,
assumiu a Secretaria Nacional de Irrigação, a convite do então presidente Itamar Franco.
Em 1994,
elegeu-se senador por Pernambuco pelo PSDB,
permanecendo no senado até o término de seu mandato em 2003.[4] Em 1996, foi admitido pelo
presidente Fernando Henrique
Cardoso à Ordem do Mérito
Militar no grau de Comendador especial.
Em 1998,
se candidata a governador de Pernambuco, ficando em terceiro lugar. No
ano 2000 se lança candidato a prefeito do
Recife pelo PPS,
mas fica em terceiro lugar no primeiro turno. No segundo turno declara apoio ao
candidato do PT João Paulo Lima e
Silva, que vence as eleições.
Nas eleições de 2002 tenta
a reeleição ao senado, mas não consegue se eleger e filia-se ao Partido dos
Trabalhadores em 2003,
no que foi visto como uma traição a FHC e seu partido.
Foi presidente da Infraero no primeiro governo do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Disputou as eleições de outubro de 2006
para a Câmara Federal, sendo eleito deputado federal por Pernambuco pelo PT.
Assumiu o novo mandato parlamentar em março de 2007.[6]
É filho e irmão de dois ex-presidentes
do Clube Náutico
Capibaribe, Wilson Campos,
eleito em 1964, e André Campos, eleito em 2001.
Morreu em sua cidade natal, aos 59
anos, após lutar cinco anos contra um câncer.
60º. Joaquim Francisco Cavalcanti – Partido da Frente Liberal - PFL
Período do mandato: 15 de março de 1991 a 1º de janeiro de
1995
Governador eleito em
sufrágio universal
Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti (Recife, 14 de abril de 1948 – Recife, 3 de agosto de 2021), foi um advogado e político brasileiro,
ex-membro do Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB). Foi ministro do Interior durante
o governo Sarney. Por Pernambuco,
foi governador, deputado federal por três mandatos e
secretário do Trabalho durante o governo de seu tio Moura Cavalcanti,
além de prefeito por dois mandatos da
capital Recife.
Biografia
Advogado,
Procurador do Estado de Pernambuco aposentado, formado pela Universidade
Federal de Pernambuco desde 1970, com grande atuação na área política, foi
Prefeito da Cidade do Recife por dois mandatos (1983-1985 e 1988-1990),
Deputado Federal Constituinte (1988), Ministro do Interior (1989), Governador
do Estado de Pernambuco (1990-1994), e Deputado Federal pelo Estado de
Pernambuco (1998-2006), destacando-se como Presidente da Comissão Especial,
que discutiu e aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal (2001-2002).
Ressalte-se
sua atuação como Consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID –
Washington DC, 1995, Membro do Conselho da Reforma do Estado – Brasília,
1996/1997 e Orientação Política e Social (COPES) – FIESP, 1996/1998 e Consultor
do Bureau of Reclamation – BID – Banco Mundial. Brasília, 1997. Atualmente é
Presidente do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco – ITV/PE e atua como
Advogado e Consultor.
Ao longo de
sua trajetória política recebeu várias homenagens, como por exemplo: Ordem do
Mérito Judiciário do Trabalho – Grã Cruz – Tribunal Superior do Trabalho, Ordem
do Congresso Nacional – Grande Oficial, em 1992, Medalha de Mérito do
Ministério Público de Pernambuco – Classe Ouro, concedida em 1995, entre
outros.
Participou
de várias palestras, cursos, debates, seminários nacionais e internacionais
destacando-se cursos de Direito Internacional Público – UFPE, 3° Ciclo de
Estudos sobre Segurança e Desenvolvimento – ADESG/PE,Fellow da Kellog
Foundation – NAPA – Capacitação em Desenvolvimento Internacional, Seminários em
Medellin, Colômbia; Washington DC e Minneapolis EUA; Rio de Janeiro; Mérida,
México; Cali, Colômbia. Conferências, Palestras e Debates sobre temas diversos
proferidas no Brasil, Estados Unidos, Portugal, Colombia, França, China, Japão,
Romênia, Inglaterra e outros vinte e cinco países - 1977 a 2006.
Publicou
diversos artigos e livros como: Planejamento Familiar e Trópico, Recife/1983,
Idéias e Compromissos, Recife/1984, Uma Constituição Renovadora, Recife/1987, A
Lição Ficou, Brasília/1989, A Bandeira do Trabalho, Recife/1992, Reafirmação do
Ideal, Recife/1993,Missão e Trajetória, Recife/PE, Modernização do Estado,
Washington DC – BID/1995.
Publicações
Parlamentares: Planejamento Familiar: uma volta à questão, Brasília / 1999;
Coerência Parlamentar, Brasília / 2000; Renovação de Compromisso, Brasília /
2001. Fidelidade a Pernambuco, Brasília / 2002; Turismo, Emprego e Outros
Temas, Brasília / 2003; Discursos e Projetos, Brasília / 2004.
PRINCIPAIS COMENDAS E TÍTULOS
·
Medalha do Mérito Previdenciário – Concedida pelo Ministério da Previdência e Assistência Social
·
Medalha Pernambucana do
Mérito – Classe Ouro
·
Medalha da Ordem do Mérito
Guararapes – Grau de Grande Oficial
·
Cidadão Honorário de Minneapolis,
Minnesota (EUA) – Título concedido em 1983
·
Medalha Pernambucana do Mérito
Policial Militar
·
Medalha do Mérito Judiciário
Desembargador Joaquim Nunes Machado –
Classe Ouro – Tribunal de Justiça de Pernambuco
·
Medalha da Ordem Nacional do
Mérito – Governo da República da França
·
Medalha da Ordem do Mérito
Capibaribe – Grão Mestre – Cidade do Recife
·
Ordem do Rio Branco – Grande Oficial
·
Medalha da Ordem do Mérito do
Chile – Grão Oficial
·
Diploma da Grande medalha da
Inconfidência – Governo de Minas Gerais
·
Medalha do Mérito Nilo Coelho – Tribunal de Contas de Pernambuco
·
Ordem do Mérito Judiciário do
Trabalho – Grã Cruz – Tribunal Superior do
Trabalho
·
Ordem do Congresso Nacional – Grande Oficial
·
Grande Medalha da Inconfidência – Minas Gerais, concedida em 1992
·
Medalha de Mérito do Ministério
Público de Pernambuco – Classe Ouro, concedida em 1995
Em 1993,
como governador, Francisco foi admitido pelo presidente Itamar Franco à Ordem do Mérito Militar no grau de
Grande-Oficial especial.[1]
TRAJETÓRIA POLÍTICA
ATIVIDADES, CARGOS E FUNÇÕES
·
Assistente de Administração do
Instituto da Previdência dos Servidores do Estado de Pernambuco – IPSEP
(Procuradoria Jurídica), 1966
·
Oficial de Gabinete do governador Nilo
Coelho do Estado de Pernambuco, 1967/1970
·
Assistente da Presidência do Instituto
de Colonização e Reforma Agrária – INCRA e Assistente Geral da Coordenadoria
Regional do INCRA no Nordeste, 1970/1974
·
Coordenador do Grupo de Trabalho
PROTERRA-Nordeste, 1972/1974
·
Secretário do Trabalho e Ação Social do
Estado de Pernambuco, governo Moura Cavalcanti, 1974/1978
·
Presidente da Comissão de Defesa Civil
de Pernambuco, 1974/1978
·
Presidente do Conselho de Administração
da Companhia de Habitação de Pernambuco – COHAB/PE, 1979/1981
·
Procurador Judicial da Junta Comercial
do Estado de Pernambuco, 1978/1994
·
Diretor Administrativo-Financeiro da
Companhia de Alumínio do Nordeste – SUDENE, 1979/1980
·
Fundador e Coordenador do Grupo
de Estudos Livres, Recife/1980
·
Prefeito da Cidade do Recife, 1983/1985
·
Deputado Federal Constituinte, 1987
·
Ministro do Interior, 1987
·
Prefeito da Cidade do Recife, 1989/1990
·
Governador do Estado de Pernambuco,
1991/1994
·
Consultor do Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID – Washington DC, 1995
·
Membro do Conselho da Reforma do Estado
– Brasília, 1996/1997
·
Membro do Superior Conselho de
Orientação Política e Social (COPES) – FIESP, 1996/1998
·
Consultor do Bureau of Reclamation –
BIRD – Banco Mundial. Brasília, 1997.
·
Deputado Federal – 1998-2006. Foi
presidente da Comissão Especial que discutiu e aprovou a Lei de
Responsabilidade Fiscal (2001-2002).
·
Advogado e consultor – escritórios de
advocacia Recife e Brasilia – 2008-2017
· Presidente do Instituto Teotônio Vilela de Pernambuco (ITV/PE-PSDB)2016-2017.
61º. Miguel Arraes – Partido Social Brasileiro - PSB
Período do mandato: 1º de janeiro de 1995 a 1º de janeiro
de 1999
Governador eleito em
sufrágio universal
62º. Jarbas Vasconcelos – Partido do
Movimento Democrático Brasileiro - PMDB
Período do mandato: 1º de janeiro de 1999
a 1º de janeiro de 2003
Período do Mandato: 1º de janeiro de 2003
a 1º de janeiro de 2006
Governador eleito em
sufrágio universal que renunciou ao mandato no segundo governo para concorrer
uma vaga no senado federal
Jarbas de Andrade Vasconcelos (Vicência, 23 de agosto de 1942)
é um advogado e político brasileiro. Cofundador do MDB,
governou Pernambuco de 1999 a
2006 e o representou no Senado Federal de 2007 a 2015. Nas eleições de 2014 foi
eleito deputado federal para o mandato 2015-2019[3]. Em 2018 foi
eleito, novamente, como senador por Pernambuco juntamente com Humberto Costa para o mandato 2019-2026[4].
Primeiros
anos e início na vida pública
Filho de Carlindo de Moraes Vasconcelos
(c. 1908 - Recife, 17 de novembro de 1978) e Áurea de Andrade Vasconcelos,
mudou-se para Recife aos sete anos de idade juntamente
com seus pais e oito irmãos.
Na capital deu início à sua vida
escolar ingressando na Universidade
Católica em 1964, após dois anos servindo ao Exército. Uma
vez no ambiente acadêmico abraçou a militância política sendo um dos fundadores
do Movimento
Democrático Brasileiro (MDB) no qual ingressou em 1966 e dois
anos depois receberia o título de bacharel em Direito conciliando a advocacia e a
política. Eleito deputado estadual em 1970 e
deputado federal mais votado em 1974,
preparou um ousado lance com vistas as eleições de 1978,
quando foi candidato a senador, disputando a vaga destinada à eleição pelo voto
direto (a outra seria preenchida por meio de eleição indireta conforme emenda
constitucional vigente) contra dois representantes da ARENA, Nilo Coelho, ("sublegenda um") e Cid Sampaio ("sublegenda dois").
Em uma eleição marcada por denúncias de irregularidades e cuja apuração se
estendeu por quase um mês, o TRE divulgou o resultado dando vitória a Nilo
Coelho, segundo o critério da sublegenda já que a sua votação e a de Cid
Sampaio excediam a de Jarbas Vasconcelos por quase quarenta mil votos, embora o
representante da oposição tenha sido o mais votado em termos individuais. O
absurdo proporcionado por uma legislação eleitoral tão casuística repercutiu
junto à grande imprensa, a ponto de a Folha de S.Paulo estampar em
manchete: "Jarbas, o que perdeu mas ganhou". Extinto o
bipartidarismo, Jarbas Vasconcelos ingressou no PMDB sendo
eleito deputado federal em 1982.
Na eleição de 1982, a primeira direta
para governador após o Golpe Militar de 1964, Jarbas Vasconcelos decide apoiar
o senador Marcos Freire. Pela
primeira vez contraria o ex-governador Miguel Arraes, que gostaria de disputar o pleito
como candidato a governador naquele ano. Miguel Arraes tinha sido o último
governador eleito diretamente antes do golpe militar de 1964, tendo sido
deposto e cassado depois disso, chegara do exílio em 1979 e ainda apresentava
um forte legado popular, principalmente entre os trabalhadores rurais.
Prefeito
do Recife
Jarbas Vasconcelos participou
ativamente da campanha para as eleições democráticas à presidência da
República, as "Diretas Já" em 1984, porém não concordou com as
eleições indiretas à presidência, que ocorreu em 1985. No dia das eleições
indiretas, não compareceu ao Congresso Nacional, apesar de apoiar o candidato
de seu partido, o ex-governador de Minas Gerais Tancredo Neves. Este fato foi explorando
intensivamente por seus adversário políticos nas eleições municipais de 1985.
Jarbas Vasconcelos foi eleito Prefeito do Recife em 1985, nas primeiras
eleições diretas para o cargo desde o fim do Regime Militar de
1964, entretanto seu triunfo foi precedido por um percalço que por
pouco não inviabiliza a sua candidatura já que fora derrotado pelo deputado
federal Sérgio
Murilo na convenção do PMDB e sem espaço na sua legenda buscou
abrigo no PSB e formou a "Frente Popular do Recife", uma
coligação cujo esteio se baseava tanto em sua figura quanto no apoio da maior
parte do PMDB e no apoio de legendas como o PT e o PCdoB. A 26 de novembro de
1987 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante
D. Henrique de Portugal. Vitorioso nas urnas, retornou ao PMDB
o mais rápido possível e ocupou a presidência nacional da legenda quando das
eleições presidenciais de 1989, logo após findar o seu mandato de prefeito.
Militante histórico da legenda, sua ascensão ao posto se deu em razão da
candidatura de Ulysses Guimarães ao
Palácio do Planalto. Candidato ao governo do estado em 1990,
foi derrotado pelo candidato do PFL, Joaquim Francisco, o mesmo que o antecedera na
prefeitura e que derrotara seu candidato nas eleições municipais de 1988,
quando retornou ao cargo pelo voto popular. Após essa eleição rompe
politicamente com Miguel Arraes por discordar de seu posicionamento durante o
processo eleitoral. A imprensa local especulou à época que Jarbas Vasconcelos
queria Arraes candidato a senador em sua chapa, o que fortaleceria sua
candidatura ao governo estadual conquistando os votos dos simpatizantes de
Miguel Arraes, que preferiu sair candidato à Câmara dos
Deputados, para ampliar o número de parlamentares do PSB,
partido ao qual se filiara ao deixar o PMDB.
Em 1992, Jarbas Vasconcelos foi eleito para o seu segundo mandato como prefeito
do Recife, derrotando nomes como os de Eduardo Campos – o neto e herdeiro político
de Miguel Arraes – e André de Paula, o candidato oficial do
governador Joaquim Francisco.
Em suas duas gestões como prefeito,
Jarbas Vasconcelos incentivou um modelo de gestão com ampla participação da
população através do programa "prefeituras nos bairros". Muitos
consideram esse programa como a base do orçamento participativo que será
implementado em muitos municípios do Brasil nas décadas seguintes.
Governador
de Pernambuco
Com Miguel Arraes de novo em evidência,
as alianças políticas de Jarbas Vasconcelos se voltam para seus antigos
adversários pefelistas, formando uma coligação partidária entre o PMDB e
o PFL, chamada
de "União por Pernambuco". A nova coligação o consultar sobre uma
possível candidatura ao governo do estado em 1994,
porém o mesmo decide permanecer no cargo de prefeito. Nessa eleição a
"União por Pernambuco" lança o ex-governador e deputado federal Gustavo Krause que disputou a eleição pelo
PFL, que perde a eleição para o ex-governador e deputado federal Miguel Arraes. Ciente quanto a necessidade de
alterar os rumos do jogo político apoia a candidatura do também pefelista Roberto
Magalhães à sua sucessão na prefeitura e assim mantém uma
aliança com o então PFL (hoje DEM) nas eleições para o governo do estado tanto
em 1998 (impedindo
a reeleição de Arraes) quanto em 2002 (nesse
ano chegou a ser cotado como candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, convite do qual declinou).
Admitido à Ordem do Mérito
Militar em 1995 pelo presidente Fernando Henrique
Cardoso no grau de Comendador especial, Jarbas foi promovido
pelo mesmo em 2000 ao grau de Grande-Oficial.[5][1]
Disputa a reeleição em 2002 vencendo
com mais de 60% dos votos. Após sete anos no comando do estado renunciou ao
mandato em 31 de março de 2006 para disputar, com sucesso, uma cadeira no
Senado Federal. Jarbas Vasconcelos passou o governo para Mendonça Filho que
perdeu a reeleição para o então deputado federal Eduardo Campos no segundo turno. Esse fato,
bem como a perda da prefeitura do Recife após as eleições do ano 2000 e a
reeleição de Luiz Inácio Lula da
Silva em outubro de 2006, colocou o grupo político de Jarbas
Vasconcelos na oposição aos dirigentes de Recife, do estado de Pernambuco e
também em relação à Presidência da República.
Retorno ao
Congresso Nacional
Jarbas Vasconcelos assumiu o cargo de
senador por Pernambuco no início de 2007 e se colocou no campo da oposição ao
Governo Federal. No mesmo ano, se destacou como uma das principais lideranças
políticas no senado, inclusive sendo uma das principais vozes a favor da
renúncia ou cassação do mandato do presidente do Senado Renan Calheiros, que se envolveu em várias
denúncias de corrupção. Mesmo não tendo tido êxito na tentativa de forçar a
renúncia ou cassação do presidente, o movimento em prol pelo afastamento de
Renan acabou favorecendo positivamente a imagem de Jarbas Vasconcelos na
opinião pública nacional.
No início de 2009, aceitou ser
entrevistado pela revista Veja e expressou seu
desencantamento com o PMDB e
os rumos políticos dados pelo Governo do presidente Lula. A
entrevista teve grande repercussão política na imprensa nacional, uma vez que o
senador acusava seu próprio partido de fazer parte de práticas de corrupção
generalizadas com o governo federal. Esse fato político se confirmou no mesmo
ano com as denúncias de corrupção envolvendo o presidente do Senado José
Sarney, uma das principais lideranças políticas do PMDB e aliado do presidente
Lula.
Em 2010,
disputou uma nova eleição para o governo de Pernambuco, mas perdeu a eleição ainda no
primeiro turno para o governador Eduardo Campos que tentava a reeleição. Na
eleição presidencial apoiou o candidato do PSDB, José Serra, que também perdeu a eleição para a
candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff.
Em 2012, entretanto, Jarbas
reconcilia-se com o governador Eduardo Campos e ajuda a formar a coligação
que apoiou o candidato socialista, Geraldo Júlio, à prefeitura de Recife pelo PSB.
Foi eleito deputado federal em 2014,
para a 55.ª legislatura (2015-2019).Votou a favor
do Processo de
impeachment de Dilma Rousseff. Já durante o Governo Michel Temer,
votou a favor da PEC do Teto
dos Gastos Públicos. Em abril de 2017 foi favorável à Reforma
Trabalhista.[10] [11] Em agosto de 2017 votou a favor
do processo em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer.
Nas Eleições
estaduais em Pernambuco em 2018, foi eleito Senador da República,
retornando ao Senado Federal após
4 anos.
Em junho de 2019, votou contra o
Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.
63º. Mendonça Filho – Partido da Frente Liberal – PFL
Período do mandato: 31 de março de 2006 a
1º de janeiro de 2007
Vice-governador
eleito no cargo de governador
José Mendonça Bezerra Filho (Recife, 12 de junho de 1966)
é um administrador e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO). Foi ministro da
Educação durante o governo Michel Temer.
Por Pernambuco, foi governador, deputado
federal durante três mandatos e deputado
estadual em duas ocasiões.
Consultor na área de educação e gestão
pública, atualmente é consultor da Fundação Lemann e da Unesco.
Família e educação
Nasceu no Recife e passou a infância e a adolescência
entre a capital e Belo Jardim, terra
natal de seus pais e município onde iniciou a carreira política. Filho de
Estefânia Maria Nazaré de Moura Bezerra e do ex-deputado federal José Mendonça Bezerra,
falecido em 2011,[8] é o segundo filho de uma família
de seis irmãos. É Casado com Taciana Vilaça Mendonça, filha do ex-ministro Marcos Vilaça, com quem tem 3 filhos, José,
Ilanna e Vinícius.
Estudou na Escola Parque,[10] considerada uma instituição de
formação de esquerda. Formou-se em Administração de Empresas pela Universidade de
Pernambuco e fez o curso de Gestão Pública pela Kennedy School,
Escola de Governo da Universidade de
Harvard (EUA).
Carreira política
Tem experiência em diversos cargos e funções
públicas, tanto no Poder Legislativo, como no Executivo. Foi deputado estadual,[11] secretário de Estado,
secretário de Estado,[12] vice-governador do Estado de Pernambuco nas
duas gestões do governador Jarbas Vasconcelos (1999-2003/
2003-2006), governador, deputado federal por três mandatos e ministro da
Educação.
Deputado estadual
Começou a vida pública aos 20 anos
filiando-se ao PFL e
sendo eleito o deputado estadual mais
novo nas eleições de 1986. Foi Deputado Constituinte e contribuiu para a
elaboração da Constituição de Pernambuco, em 1989.
Secretário de Agricultura
Como secretário de Agricultura, no
Governo de Joaquim Francisco (1991/1995), criou o Programa Água Para Todos
para construção de adutoras no Estado e o “Terra e Comida”, um programa de
reforma agrária feito pelo Governo do Estado com a distribuição de 13.000
títulos de terra para agricultores da zona canavieira em troca de dívida de
usineiros.
Deputado federal
Como deputado federal foi reconhecido pela
Revista Veja e pelo DIAP como um dos parlamentares mais atuantes do País.[18] Foi autor do projeto que
prorrogou o prazo dos benefícios da Lei de Informática até 2029;[19] Coordenador do Comitê Pró
impeachment,[20] Mendonça Filho teve atuação
destacada no processo que levou ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
Em março de 1995, Mendonça Filho foi
admitido pelo presidente Fernando Henrique
Cardoso à Ordem do Mérito
Militar no grau de Comendador especial.[1]
Na Câmara dos Deputados, participou de
várias comissões, destacando-se como presidente da Comissão Especial de Reforma
Política e Eleitoral. O seu mandato ficou marcado pela emenda constitucional
que recebeu seu nome e permitiu a reeleição para presidente, governadores e prefeitos. O que
ocasionou a reeleição de FHC e do vice Marco Maciel, aliados de Mendonça. Em 1998,
disputou o governo de Pernambuco como vice na chapa encabeçada por Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Vice-governador
Assumiu como vice-governador em janeiro
de 1999, ao lado do governador Jarbas Vasconcelos. Foi o principal executivo do
Governo Jarbas/Mendonça tendo coordenado a atração de investimentos como a
Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, a ampliação e consolidação
do Porto de Suape, programas como Águas de Pernambuco, Estradas para o
Desenvolvimento, a implantação dos Centros de Ensino Experimental (Escolas em
Tempo Integral) e do Porto Digital. Foi secretário-executivo do Pacto 21, um
conselho formado por empresários, intelectuais e universidades para discutir
projetos estruturadores para impulsionar o desenvolvimento econômico e social
de Pernambuco. Coordenou o processo de privatização da CELPE, iniciado ainda no
governo de Miguel Arraes, em
que o então Governador Eduardo Campos era o Secretário da Fazenda.
Governador
Em abril de 2006 assumiu o Governo de
Pernambuco em substituição a Jarbas Vasconcelos,
que deixou o cargo para disputar uma vaga de senador da República. Entre os projetos criados na gestão
Mendonça Filho estão o Universidade Democrática, que garantiu gratuitamente o
acesso de jovens da rede pública estadual à Universidade de Pernambuco, o Jovem
Campeão, com construção de quadras poliesportivas nas escolas da rede estadual
e o Ação Integrada pela Segurança, para promover a juventude, estimular a
cidadania e aumentar a segurança no Estado com um conjunto de ações de
prevenção e repressão policial.
Ministro da Educação
A gestão de Mendonça Filho à frente do
Ministério da Educação promoveu um conjunto de mudanças estruturais visando dar
um salto de qualidade na educação nos próximos anos, como a reforma do ensino
médio,[21] e a homologação da primeira Base
Nacional Comum Curricular da educação básica no País.[22] Quando assumiu o MEC, em maio de
2016,[23] o diagnóstico dos especialistas
e os indicadores de ensino nacionais como o IDEB[24] e ANA[25] e internacionais como o PISA
mostravam uma realidade dura. Os principais gargalos na educação eram
alfabetização inadequada, a aprendizagem ruim de nossos jovens e as
dificuldades na formação do professor. Mendonça lançou várias ações para
enfrentar essa realidade como a política nacional de alfabetização,[26] a política nacional de escolas
em tempo integral,[27] a reforma do ensino médio,[28] a política de formação de
professores,[29] que teve como carro chefe o
programa residência pedagógica.[30] Sua gestão foi marcada por
polêmicas como a audiência concedida ao ex-ator pornô Alexandre Frota[31] e a tentativa de censura à
disciplina do professor Luis Felipe Miguel intitulada
"O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil".[32] Ele também juntamente com o CFM,
suspendeu a criação de curso de medicina no Brasil por 5 anos, por mais que o
Brasil tenha um dos menores índices mundiais de médicos para sua população, mal
distribuidos "A taxa das 27 capitais é de 5,07 médicos por mil habitantes.
No Interior do País, esse índice é 1,28, ou seja, 3,9 vezes menor" gerando
preços exorbitantes em custo deste curso nas faculdades , dados
conflitantes do IBGE[36], entre outras consequências:
A criação de cursos de medicina no país está suspensa por cinco
anos, de acordo com portaria assinada hoje (5) durante reunião do presidente
Michel Temer com o ministro da Educação, Mendonça Filho, e representantes do
Conselho Federal de Medicina e entidades ligadas ao setor. A medida vale para
instituições públicas federais, estaduais e municipais e privadas. A ampliação
de vagas em cursos de medicina já existentes em instituições federais também
fica suspensa pelo mesmo período.
Assumiu a presidência pro tempore do
setor educacional do Mercosul (jun a dez 2017), durante a 50ª Reunião de
Ministros de Educação do Mercosul (RME), em Buenos Aires, em junho de 2017.[38] O Brasil assumiu o posto – que
estava com os argentinos – sugerindo a implementação de um sistema comum de
avaliação de indicadores de qualidade para a educação básica.[39] Deixou o ministério em 6 de
abril de 2018.[40]
Candidaturas
Disputou a reeleição em 2006 pelo cargo
de governador, vencendo o primeiro turno com quase 40% dos votos, porém, perde
o 2 turno com a união dos opositores.[41]
Candidatou-se a prefeitura do Recife na
eleição municipal de 2008, obtendo o segundo lugar, voltou a ser candidato
na eleição
municipal de 2012, obtendo o quarto lugar.[42][43]
Nas eleições de
2018, após ter sido cotado como possível candidato a vice na chapa
de Geraldo Alckmin para
a Presidência da República,[44] foi um dos candidatos ao Senado
Federal por Pernambuco, pela coligação oposicionista. Após uma campanha
acirrada em que chegou a aparecer como um dos favoritos em pesquisas,[45] ficou em terceiro lugar na
disputa com 19,58%, sendo derrotado por Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos,
ambos eleitos na ocasião.
Nas eleições municipais de 2020, Mendonça Filho foi candidato a prefeito da coligação "Recife acima de tudo" (PSDB/PTB/PL/DEM), com Priscila Krause como vice. Dentre as principais doações para sua campanha, o Diretório Nacional do Democratas enviou mais de 3,8 milhões de reais e o empresário Salim Mattar Júnior doou 200 mil reais.[47] Ao final, o candidato recebeu 25,11% dos votos válidos no primeiro turno e, em razão de uma diferença inferior a 23 mil votos, não conseguiu ficar entre os dois mais votados (João Campos e Marília Arraes).
64º. Eduardo Campos – Partido Socialista Brasileiro – PSB
Período do mandato: 1º de janeiro de 2007
a 1º de janeiro de 2011
Período do mandato: 1º de janeiro de 2011
a 1º de janeiro de 2014
Governador reeleito
em sufrágio universal que renunciou ao cargo para concorrer a presidência da
República
Eduardo Henrique Accioly Campos GOMM (Recife, 10 de agosto de 1965 – Santos, 13 de agosto de 2014)[2] foi um economista e político brasileiro. Foi governador de Pernambuco por dois mandatos, presidente
do Partido
Socialista Brasileiro (PSB) e candidato à Presidência da
República nas eleições
presidenciais de 2014.
Neto de Miguel Arraes de Alencar, Eduardo desde cedo
conviveu com nomes emblemáticos da política local e nacional. Campos era
graduado em Economia pela Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE). Aprovado no vestibular desta
instituição com 16 anos, concluiu a faculdade aos 20, sendo também orador da
turma.
Sua morte ocorreu na manhã de 13 de
agosto de 2014, quando o jato em que viajava, do Rio de Janeiro a Guarujá, caiu em um bairro residencial de Santos.[3]
Família e
formação
Eduardo, (ao centro), junto de seu pai, Maximiano Campos, sua mãe, Ana Arraes, e o seu irmão, Antonio Campos.
Nascido na capital pernambucana,
Eduardo Campos era filho do poeta e cronista Maximiano Accioly Campos (1941–1998) com a
ex-deputada federal e atual ministra do Tribunal de
Contas da União Ana Lúcia Arraes de Alencar (1947). Era
neto de Célia de Sousa Leão (1924-1961) e de Miguel Arraes de Alencar (1916–2005),
ex-governador de Pernambuco, sendo considerado seu principal herdeiro político,
além de sobrinho de Guel Arraes, cineasta
e diretor da Rede Globo de Televisão.[4]
Eduardo Campos se formou em ciências econômicas na Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) em 1986.[5] Casou-se com a também economista
e auditora do Tribunal de
Contas de Pernambuco Renata de Andrade Lima (n. 1967), com quem
teve cinco filhos: Maria Eduarda (n. 1992), João Campos (n.
1993), Pedro Henrique (n. 1995), José Henrique (n. 2005) e Miguel (n. 2014).[6] Seu filho mais novo, nascido no
dia 28 de janeiro de 2014, é portador da síndrome de Down.[7]
Em fevereiro de 2022, sua filha, Maria
Eduarda, deu à luz ao primeiro neto de Eduardo Campos. O nome escolhido para a
criança foi Eduardo Andrade Lima Campos Alencar. O menino também é neto, pelo
lado paterno, do deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE).[8]
Vida
política
Eduardo Campos começou na política
ainda na universidade, quando foi eleito presidente do Diretório Acadêmico da
Faculdade de Economia. Em 1986, trocou a oportunidade de fazer um mestrado nos
Estados Unidos pela participação na campanha que elegeu o avô Miguel Arraes
como governador de Pernambuco.[9] Com a eleição de Arraes, em 1987,
passou a atuar como chefe de gabinete do governador. Neste período, foi o
responsável pela criação da primeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do
Nordeste e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE).[10]
Assembleia Legislativa
Campos filiou-se ao Partido
Socialista Brasileiro (PSB) em 1990. No mesmo ano, foi eleito
deputado estadual e conquistou o Prêmio Leão do Norte concedido pela Assembleia
Legislativa de Pernambuco aos parlamentares mais atuantes.
Congresso Nacional
Em 1992, Campos disputou sua primeira
eleição majoritária, para Prefeitura do Recife, mas ficou em quinto lugar,
atrás respectivamente de Jarbas Vasconcelos, Humberto Costa, André de Paula e Newton
Carneiro.
Em 1994, foi eleito deputado federal
pelo PSB com 133 mil votos. Porém, pediu licença do cargo para integrar o
governo de Miguel Arraes como secretário de Governo e secretário da Fazenda,
entre 1995 e 1998. Neste último ano voltou a disputar um novo mandato de Deputado
Federal e atingiu o número recorde de 173 657 votos, a maior votação no estado.
Em 2002, pela terceira vez no Congresso
Nacional, ganhou destaque e reconhecimento como articulador do governo Lula nas reformas da Previdência e
Tributária. Por três anos consecutivos, esteve na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP)
entre os cem parlamentares mais influentes do Congresso.
No decorrer de sua vida pública
no Congresso
Nacional, Eduardo Campos participou de várias CPIs,
como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (Nike/CBF).[11] Nesta última, atuou como
sub-relator, onde denunciou o tráfico de crianças brasileiras
para o exterior, fato que teve ampla repercussão na imprensa nacional e
internacional.
Como deputado federal, Eduardo foi ainda presidente
da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural
Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13 de junho de 2000. A Frente tem
natureza suprapartidária e representa, em toda a história do Brasil, a primeira
intervenção do Parlamento Nacional
no setor.
Eduardo também foi autor de
vários projetos de lei.
Entre eles, o que prevê um diferencial no FPM para
as cidades brasileiras que possuam acervo tombado pelo IPHAN; o do uso dos recursos do FGTS para
pagamento de curso superior do
trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o sequestro-relâmpago como
crime no código penal; e o
da Responsabilidade
Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social,
afirmando seu compromisso com os mais carentes.
Ministério da Ciência e Tecnologia
Em 2004, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, Eduardo Campos assumiu o Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT), tornando-se o mais jovem dos
ministros nomeados.[12] Em sua gestão, o MCT reelaborou
o planejamento estratégico, revisou o programa
espacial brasileiro e o programa nuclear,
atualizando a atuação do órgão de modo a assegurar os interesses do país no
contexto global. Em abril do mesmo ano, Eduardo Campos foi admitido por Lula à Ordem do Mérito
Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]
Como ministro, Eduardo Campos também
tomou iniciativas que repercutiram internacionalmente, como a articulação e
aprovação do programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de
pesquisa e de transgênicos.[13] Também conseguiu unanimidade no
Congresso para aprovar a Lei de Inovação
Tecnológica[14], resultando no marco regulatório
entre empresas, universidades e instituições de pesquisa.[15] Outra ação importante à frente
da pasta foi a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas,
considerada a maior olimpíada de matemática do mundo em número de
participantes.
Presidência do Partido Socialista
Brasileiro
Eduardo Campos assumiu a presidência
nacional do PSB no ano de 2005. No início de 2006, licenciou-se da presidência
do partido para concorrer ao governo de Pernambuco, pela Frente Popular. Em 2011 foi reeleito presidente
do partido, com mandato até 2014. Foi reconduzido ao cargo por aclamação e sem
concorrentes.[16][17]
Governador de
Pernambuco
Campanha de 2006
Eduardo Campos junto com os governadores dos 26 estados e do
Distrito Federal, 6 de março de 2007.
Em 2006, lançou-se candidato ao governo
do estado de Pernambuco, tendo como coordenadores o ex-deputado estadual José
Marcos de Lima, também ex-prefeito de São José do Egito.
Também contou com o apoio de importantes lideranças do interior do estado, como
o deputado federal Inocêncio Oliveira e
o então prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra
Coelho.
O primeiro turno apresentou um fato
curioso: o presidente Lula manifestou apoio para dois candidatos à sucessão
estadual: Eduardo Campos, do PSB, e Humberto Costa, do PT. Tal
posicionamento foi encarado pelos críticos políticos como uma estratégia dos
partidos de esquerda do estado para quebrar a hegemonia do ex-governador Jarbas
Vasconcelos (PMDB), que apoiava a reeleição de Mendonça Filho (PFL),
governador que assumiu o poder após Jarbas renunciar em abril de 2006, para
disputar uma vaga de senador, visando a levar as
eleições estaduais para o segundo turno.
Eduardo Campos iniciou a campanha
eleitoral, de acordo com as pesquisas eleitorais, na terceira colocação. Mas a
coligação que apoiava Mendonça Filho utilizou extensivamente denúncias de corrupção que pesavam sob o candidato
Humberto Costa quando ocupou o cargo de Ministro da
Saúde, no governo Lula. Os aliados de Mendonça Filho e Jarbas
Vasconcelos acreditavam que os votos dos potenciais eleitores de Humberto
poderiam migrar naturalmente para Mendonça. Afirmavam que, mesmo as eleições
sendo levadas para um segundo turno, o candidato Eduardo Campos seria um alvo
mais fácil para ser atacado na campanha por causa do seu envolvimento, como
secretário da Fazenda, nas operações dos precatórios no último governo de
Miguel Arraes, porém ele e o governo do avô foram inocentados sobre o caso na
justiça, em última instância.
Humberto Costa, que saiu da campanha do
primeiro turno na terceira colocação, manifestou de imediato apoio a Eduardo
Campos. O candidato do PSB conseguiu aglutinar em seu palanque quase todas as
forças sociais e partidos opositores a Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos. O
governador candidato à reeleição, Mendonça Filho, não conseguiu se eleger e
Eduardo Campos foi eleito com mais de 60% dos votos válidos para governador no
segundo turno.
Reeleição
Com o governo bem avaliado e a
popularidade em alta, Eduardo Campos concorreu à reeleição em 2010. Assim como
em 2007, contou com o apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Campos foi reeleito, desta vez como o governador mais bem votado do Brasil:
mais de 80% dos votos válidos no primeiro turno, derrotando o senador Jarbas
Vasconcelos, adversário histórico e principal oponente.
A gestão de Eduardo Campos
Eduardo Campos ocupou o Governo de
Pernambuco durante sete anos (2007–2014). Na primeira gestão, destacam-se
projetos e obras estruturadoras do governo Federal como a ferrovia Transnordestina, a Refinaria de Petróleo
Abreu e Lima, a fábrica de hemoderivados Hemobrás e a recuperação da BR-101.
O socialista colocou as contas públicas
na internet com o Portal da Transparência do Estado, considerado pela ONG Transparência Brasil o
segundo melhor do país, entre os vinte e seis estados da federação e o Distrito
Federal. O estado de Pernambuco cresceu acima da média nacional (3,5% em 2009)
e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009, contra média
histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento
Brasil Competitivo.
Na segurança pública, houve redução dos
índices de violência com a implantação do programa Pacto pela Vida. O número de
homicídios no estado sofreu uma queda 39,10% desde o início do programa. Além
disso, 88 municípios pernambucanos chegaram a uma taxa de Crimes Violentos
Letais Intencionais (CVLI) menor que a média nacional, que é de 27,1 por 100
mil habitantes. A redução também ocorreu com crimes como roubos e furtos. Entre
2007 e 2013, houve uma diminuição de 30,3% neste tipo de delito no estado.
Esse prêmio é um reconhecimento muito especial, porque é o maior
prêmio de gestão pública do mundo. Vamos recebê-lo com muita alegria em nome de
tantos, que no anonimato, diariamente nos ajudam no Pacto Pela Vida. Estamos no
caminho certo para transformar Pernambuco no lugar mais seguro do País
— Sobre o prêmio conquistado pelo Pacto
pela Vida
Em 2013, Eduardo anunciou o rompimento
com o governo Dilma,
saindo da base aliada junto com seus correligionários, orientando-os a
entregarem os cargos de confiança nos vários escalões. Um ano antes decidiu
lançar candidato próprio a prefeitura do Recife, o Geraldo Júlio, que ganhou a
disputa municipal, e não apoiar a reeleição do prefeito João da Costa, do PT.
No mesmo período, se aproximou do antigo adversário Jarbas Vasconcelos e
ampliou o leque de alianças com partidos da centro-direita.
Entre os motivos do rompimento, Campos
apontou a manutenção da aliança do governo Dilma com setores políticos
tradicionais, entre os quais, com o PMDB, mesmo estando na esfera estadual
aliado ao PMDB de Jarbas e de outras forças de centro-direita como o PP
(Partido Progressista). Aproximou-se de Marina Silva e a acolheu, com seus aliados,
no PSB, chamando o novo movimento de "Nova Política". Este rompimento
provocou uma rachadura entre a PSB e os aliados à presidente Dilma Rousseff do
PSB do Ceará, com seu líder Ciro Gomes.
Eleição
presidencial em 2014
Nota oficial de pêsames da morte de Campos, emitida pelo Governo
do Piauí.
Oficialmente confirmada como
pré-candidata à reeleição, Dilma Rousseff teve inicialmente entre seus
principais adversários Eduardo Campos e o senador do PSDB por Minas Gerais, Aécio Neves.[24]
Aécio Neves depois confirmou a sua
candidatura pelo PSDB, tendo como vice o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Em outubro de 2013, o então governador
Eduardo Campos anunciou a aliança programática com Marina Silva e correligionários que
formariam posteriormente a Rede Sustentabilidade, cujo pedido de registro do
novo partido havia sido negado pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). A aliança foi formalizada em 4 de fevereiro de
2014, no evento que lançou as bases para elaboração do programa de governo do
PSB-Rede. Na mesma data, o Partido Popular
Socialista (PPS), através do deputado federal Roberto Freire,
formalizou a entrada do partido na aliança.
As diretrizes para elaboração do
programa de governo foram:
·
Estado e democracia de alta densidade;
·
Economia para o desenvolvimento
sustentável;
·
Educação, cultura e inovação;
·
Políticas sociais e qualidade de vida e
·
Novo urbanismo e o Pacto pela Vida.
Eduardo Campos anunciou, em 14 de abril
de 2014, em um evento realizado em Brasília, a pré-candidatura à Presidência do
Brasil, tendo como vice a líder da Rede Sustentabilidade, Marina Silva.[25][26] Após a morte de Eduardo Campos,
Marina Silva assumiu a candidatura à presidência em seu lugar e Beto Albuquerque foi oficializado como
vice.
Em 2018, o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva revelou que havia proposto um acordo em 2011, durante
viagem à Bogotá, para que Eduardo Campos fosse candidato
à vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff na eleição de 2014, de modo
que na eleição de 2018 o próprio Eduardo fosse o candidato à presidência com o
apoio de Lula, Dilma e do conjunto de partidos que davam sustentação ao governo
petista.[27]
Morte
Em 13 de agosto de 2014, o então
candidato à presidência da República embarcou
em um avião modelo Cessna Citation 560XLS+ de
prefixo PR-AFA, cujo primeiro voo havia se realizado em 2011. O avião saiu
do Aeroporto
Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro, por volta das 9h, com destino ao
município de Guarujá, para cumprir agenda
de campanha.
Por volta das 10h, o avião caiu sobre
uma área residencial do bairro do Boqueirão, no
município de Santos, Estado de São Paulo, sem deixar sobreviventes.
Eduardo Campos faleceu no mesmo dia que
seu avô Miguel Arraes, morto no ano de 2005. Foi sepultado em 17 de agosto
de 2014 no Cemitério de
Santo Amaro, no Recife, ao lado do túmulo do
avô materno, Miguel Arraes, e do tio Carlos Augusto de Arraes.
Eduardo havia participado na noite
anterior à sua morte de uma entrevista ao vivo no Jornal Nacional, da TV Globo, apresentado por William Bonner e Patrícia Poeta. Ao final de sua participação no
telejornal, o político disse: "Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde
nós vamos criar nossos filhos, é aqui onde nós temos que criar uma sociedade
mais justa (...)".
A morte de Eduardo Campos gerou comoção
nacional e internacional. O governo dos Estados Unidos lamentou o falecimento
do político por meio de nota da então porta-voz do Conselho de Segurança
Nacional da Casa Branca, Caitlin
Hayden.[33] O então presidente do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno,
também lamentou o falecimento e disse que se despedia de "um grande
político, amigo e ser humano".
Suspeita
de corrupção
A Polícia Federal,
através da Operação Turbulência, investiga um esquema de lavagem de dinheiro que
teria movimentado mais de R$ 600 milhões. O dinheiro teria sido utilizado para
abastecer o caixa dois do PSB
e assim financiar a campanha de reeleição de Eduardo Campos ao governo de
Pernambuco em 2010 e nas eleições presidenciais de 2014.
Segundo as investigações, parte do
dinheiro teria sido empregada na compra da aeronave utilizada por Campos na sua
campanha e que caiu no acidente. Segundo o Ministério Público
Federal, Eduardo Campos e o senador Fernando Bezerra
Coelho teriam recebido propina do dono da aeronave.[35] A construtora Camargo Corrêa teria
pago propina a Campos e Coelho referente às obras na Refinaria Abreu e Lima.
A empreiteira OAS também estaria
envolvida. O esquema de lavagem de dinheiro também estaria ligado com outros
esquemas investigados na Operação Lava Jato.
Premiações
·
2009 – considerado pela Revista Época um
dos 100 brasileiros mais influentes do ano.
·
2010 – primeiro colocado no ranking de
governadores estabelecido pelo Instituto Datafolha de Pesquisas, sendo uma
dessas com 80% de aprovação entre os pernambucanos.[38]
·
2011 – apontado pela pesquisa IBOPE/Band como o melhor governador do Brasil e
novamente, pela Revista Época, um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.[39][40]
·
2013 – Pacto pela Vida recebe o prêmio
do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na categoria “Governo Seguro –
Boas práticas em prevenção do crime e da violência”.
65º. João Lyra – Partido Democrático Trabalhista – PDT
Período do mandato: 3 de abril de 2014 a
1º de janeiro de 2015
Vice-governador
eleito no cargo de Governador
João Soares
Lyra Neto (Caruaru, 24 de janeiro de 1947)
é um empresário e político brasileiro, ex-governador de
Pernambuco[1] filiado ao Partido
da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Exerceu
mandatos de prefeito de Caruaru (de
1989 a 1993 e de 1997 a 2000), deputado estadual (1995-1996), vice-governador (2007-2014), secretário
de saúde de Pernambuco (2008-2010), e ainda foi vice-líder
do Governo de Miguel Arraes na Assembleia
Legislativa de Pernambuco (1994-1996).
Biografia
Formado em
Direito e natural de Caruaru, ingressou na militância na década de 60 com o
movimento estudantil, quando estudava na Faculdade de
Direito do Recife. Voltou a Caruaru logo depois de formado para
ajudar a administrar os negócios da família, no setor de transportes.
Na década de 1970, em plena ditadura militar, lutou
junto com os mais importantes líderes políticos pela resistência democrática
durante todo o período do regime militar. Filiado ao Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), chegou a ser presidente do
partido em Caruaru. Nos início dos anos 80, começou a participar ativamente de
campanhas políticas e fez parte da Coordenação Estadual pela retomada das “Diretas Já” no país.
Trajetória política
Sua
trajetória política teve início em 1988, quando, seguindo os passos do pai,
João Lyra Filho, foi eleito prefeito de Caruaru, cargo que voltou a assumir em
1997, para um segundo mandato.[1] Foi vice-líder do governo Miguel Arraes na Assembleia
Legislativa do Estado de Pernambuco durante seu mandato de
deputado estadual.
Ao lado
de Eduardo Campos, foi
eleito vice-governador em 2006.[1] Em 2008, assumiu a Secretaria de
Saúde. Comandou o processo de mudança de gestão da pasta em Pernambuco,
cuidando particularmente da regionalização da Saúde. João Lyra também coordenou
duas outras áreas, Segurança e Educação. Após a renúncia de Campos, em abril de
2014, para concorrer à Presidência da República, João Lyra assumiu o comando do
estado. É pai de Raquel Lyra,
ex-prefeita de Caruaru[3] e governadora
de Pernambuco a partir de janeiro de 2023.
66º. Paulo Câmara – Partido Socialista Brasileiro – PSB
Período do mandato: 1º de janeiro de 2015
a 1º de janeiro de 2019
Governador eleito em
sufrágio universal
Período do mandato: 3 de abril de 2014 a
1º de janeiro de 2015
Governador reeleito
em sufrágio universal
Paulo
Henrique Saraiva Câmara (Recife, 8 de agosto de 1972)
é um economista e político brasileiro. É o atual governador do estado de Pernambuco.
Formado em
Ciências Econômicas pela Universidade
Federal de Pernambuco (1994), pós-graduado em Contabilidade e
Controladoria Governamental (1997) e mestre em Gestão Pública (2006), todos
pela mesma instituição. Foi Secretário de Administração (2007–2010), Secretário
de Turismo (2010) e Secretário da Fazenda de Pernambuco (2011–2014) durante a
administração do então governador Eduardo Campos.[2][3] Paulo é casado com Ana Luiza
Câmara e tem duas filhas. Em 2014, foi eleito governador
de Pernambuco no primeiro turno, com 68% dos votos, sendo o
candidato a governador mais bem-votado do país naquela eleição. Nas eleições de
2018 foi reeleito a governador no primeiro turno com 50,61% dos votos,
derrotando Armando Monteiro.
Carreira profissional
Paulo
Câmara sempre foi servidor público. Aos 20 anos foi escriturário concursado do
Banco do Brasil, em Ribeirão,
na Zona da Mata. Em
1995, foi para o Tribunal de
Contas do Estado, onde exerceu o cargo de auditor das contas
públicas; foi secretário de Administração do Tribunal de Justiça de Pernambuco (2003),
supervisor Parlamentar da Câmara de
Vereadores do Recife (2005) e, a partir de 2007, fez parte da
gestão do governador Eduardo Campos.
Governo de Pernambuco
Secretaria de
Administração
Em 2007,
Paulo Câmara assumiu a Secretaria de Administração do
Estado (SAD). Em sua gestão à frente da SAD, destaque para os benefícios
direcionados para os Servidores do Governo. Dentre outras ações, Paulo Câmara
instituiu o Calendário Semestral de Pagamento dos Servidores, a recuperação das perdas salariais
dos servidores, com reajustes expressivos para todas as categorias e com ganhos
reais acima da inflação e a
construção do Centro de Formação do Servidor.
Em 2008, a
secretaria criou o Curso Superior Sequencial de Formação Específica em
Administração Pública. Trata-se de uma graduação exclusiva para servidores
estaduais, ministrada pela Faculdade de Ciências e Administração da UPE,
através da Escola de Governo de Pernambuco, com o objetivo de formar gestores
públicos.
Secretaria de Turismo
Em 2010,
Paulo Câmara assumiu a pasta de Turismo. Durante a sua gestão, desenvolveu
alguns projetos focados na especialização dos serviços oferecidos aos turistas,
entre eles o programa "Taxista Amigo do Turista", que promovia
qualificação em inglês e espanhol para
os profissionais. Na sua gestão, também foram realizadas obras de infraestrutura, como o acesso às praias dos
Litorais Sul e Norte, e a ampliação do sistema de abastecimento de água e
tratamento de esgoto sanitário da Praia dos Carneiros e
da cidade de Rio Formoso, no
Litoral Sul do Estado.
Secretaria da Fazenda
de Pernambuco
Paulo
Câmara assumiu a secretaria da Fazenda em 2011. Entre as ações desenvolvidas,
destaque para a criação do Fundo Estadual dos Municípios, o FEM, que viabilizou
228 milhões de reais a prefeituras de
Pernambuco em 2013.
Eleição ao governo de Pernambuco
Naquela
eleição Paulo Câmara era estreante na política, filiado ao PSB desde
outubro de 2013 Foi indicado para concorrer à sucessão estadual, que tinha
como integrantes da chapa o deputado federal Raul Henry do PMDB,
como vice, e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra
Coelho do PSB, para concorrer ao Senado. Naquele ano foi o candidato a
governador mais bem-votado do país, ele obteve 68% dos votos em Pernambuco,
deixando para trás o então candidato do PTB, Armando Monteiro,
que ficou com um pouco mais de 31% dos votos válidos.
Foi
eleito governador
de Pernambuco no primeiro turno, com mais de 3.000.000 votos.[18] Carregava o peso de dar
continuidade ao governo de seu padrinho político, Eduardo Campos, ex-governador do estado e candidato
a presidência do Brasil, que morreu em um acidente
aéreo, em 13 de agosto de 2014,
no meio da disputa eleitoral daquele ano.
Aliado à
comoção que tomou o Estado na tragédia que matou Campos, o forte palanque
composto de 21 partidos, resultou na vitória de Marina Silva em Pernambuco.[23][24] Terceira colocada na disputa
ao Planalto, ela obteve 48% dos votos no Estado. Em 8 de outubro de
2014, o PSB anunciou seu apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB)
no segundo turno da corrida à Presidência. Contudo o tucano obteve uma
votação pouco maior que a de José Serra nas eleições de 2010;[28] Dilma venceu com 70,20% dos votos válidos
no estado, contra 29,80% do mineiro - uma diferença de quase dois
milhões de votos. Câmara e seu partido decidiram adotar uma postura
independente em relação ao governo federal, com vetos a qualquer possibilidade
de integrantes da legenda ocuparem cargos durante o segundo mandato da
presidente Dilma Rousseff.
Governador de Pernambuco
Paulo
Câmara foi empossado no cargo de governador em 1º de janeiro de 2015. Em 2016 enquanto
estava a frente do executivo estadual entrou em uma polêmica ao nomear os filhos do
ex-governador Eduardo Campos, a cargos na prefeitura e governo do estado.[34] João Campos,
que tinha então 22 anos, foi indicado como chefe de Gabinete do governador, a
mesma função que o pai ocupou no
segundo governo de Miguel Arraes (1987-1990).
A classe artística do estado organizou
protestos contra a indicação, afirmando que Paulo Câmara estava reproduzindo os
"padrões antigos da política
Nordestina".
Reeleição
Nas
eleições de 2018 foi reeleito a governador no primeiro turno com 50,61% dos
votos, novamente derrotando Armando Monteiro (PTB),
mas agora contando com Luciana Santos (PCdoB)
como companheira de chapa.[4] Em maio de 2020, Paulo Câmara e
Luciana Santos anunciaram estar com COVID-19.
Investigação sobre a
Arena Pernambuco
No Supremo Tribunal
Federal, Paulo Câmara, o senador Fernando Bezerra, o prefeito de Recife Geraldo Júlio e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB,
passaram a ser investigados por supostas irregularidades e superfaturamento de ao menos 42 milhões de
reais na construção da Arena Pernambuco,
feita pela empreiteira Odebrecht,
que também fez doações para a campanha de alguns desses políticos, o que,
segundo os investigadores, pode ser propina. As defesas afirmaram que não houve
superfaturamento e que a licitação envolvendo o estágio respeitou as leis e foi
aprovada pelo TCE-PE.
Em 2018,
o STJ determinou
que as investigações contra Câmara e Geraldo Julio fossem para a Justiça
Estadual a partir do novo entendimento do STF que
restringe o foro
privilegiado. Um pouco antes do caso ser remetido, o órgão que
investigaria o caso, a Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços
Públicos, foi extinto pela Assembleia
Legislativa em regime de urgência mediante um projeto enviado
pelo governador, o que foi alvo de protestos de entidades como a OAB,
que temiam um afrouxamento nas investigações.
Suposta Improbidade
Administrativa
O Ministério Público
Federal inciou um processo contra Paulo Câmara por improbidade
administrativa, que, segundo a denúncia, ocorreu quando recursos
repassados à organizações sociais de saúde não foram fiscalizados e
corretamente publicizados. Câmara afirmou que as alegações são injustas e que
estranha a ação do MPF. Em 2019, a Justiça Federal de Pernambuco
extinguiu o processo alegando que a União não tinha interesse no caso, o que
acarretou na ilegitimidade do MPF para a ação.
67º. Raquel Lyra – Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB
Período do mandato: 1º de janeiro de 2023
Governador eleito em
sufrágio universal
Raquel
Teixeira Lyra Lucena[1] (Recife, 2 de dezembro de 1978)
é uma advogada e política brasileira, eleita a primeira governadora mulher do estado de Pernambuco e que assumirá em 1 de janeiro
de 2023.
Filiada
ao Partido
da Social Democracia Brasileira (PSDB), foi prefeita de Caruaru por dois mandatos, sendo eleita
em 2016 e
reeleita em 2020.[3] Raquel é formada em direito pela Universidade
Federal de Pernambuco, com pós-graduação em direito econômico e
de empresas.
Biografia
De família
política, Raquel Lyra é filha de João Lyra Neto, ex-prefeito de Caruaru e ex-governador de Pernambuco, e
Mércia Lyra, neta do ex prefeito de
Caruaru, João Lyra Filho, e
sobrinha do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra. Raquel é viúva do empresário
Fernando Lucena, com quem teve dois filhos: Fernando e João. Seu marido morreu
no dia da realização do primeiro turno das eleições de
2022.
Raquel em
2010
Em 2002,
assumiu o cargo de delegada da Polícia Federal,
onde permaneceu até 2005. Nesse mesmo ano, foi aprovada para a Procuradoria
Geral do Estado. De 2007 a 2010, foi chefe da Procuradoria de Apoio Jurídico e
Legislativo do governo de Eduardo Campos. Raquel também foi eleita duas
vezes deputada estadual de Pernambuco pelo PSB.
Em 2010,
Raquel Lyra foi eleita deputada estadual, obtendo a maior votação entre as
mulheres de Pernambuco, com 49 610 votos.
Assumiu a
Secretaria da Criança e da Juventude, em 2011, e no final do ano seguinte
retomou o mandato de deputada na Assembleia
Legislativa de Pernambuco. Em 2014 foi reeleita com 80 mil
votos, a terceira maior votação do estado. Também presidiu a Comissão de
Constituição, Legislação e Justiça da ALEPE.
Foi a
primeira prefeita de Caruaru, eleita em 2016 e reeleita em 2020.
Governadora de
Pernambuco
No dia 31
de março de 2022, Raquel Lyra deixou o cargo de prefeita para disputar o governo de Pernambuco pelo PSDB. Ela
terminou o primeiro turno das eleições em
segundo lugar, com 20,58% dos votos válidos, e disputou o segundo turno
com Marília Arraes,
do Solidariedade.
Raquel foi
eleita governadora
de Pernambuco no dia 30 de outubro, após obter 58,70% dos votos
válidos no segundo turno e derrotar Marília Arraes, que obteve 41,30% dos
votos. Ela foi eleita a primeira mulher governadora do estado de Pernambuco.
Blog do Paixão