Para compor este artigo busquei a inspiração num texto de uma internauta nas redes sociais que agradecia uma obrigação de um político, como se fosse uma dívida que teria que pagar pelo resto da vida. Ela faz parte de uma maioria inculta fácil de enganar. Tem um discernimento limitado por não compreender que além do seu mundinho particular, existe outro mundo bem maior cheio de necessidades.
Cultuar pessoas importantes da nossa política local, creditar a eles a pujança fictícia da nossa terra, manter-se preso com o compromisso de sempre depositar a nossa confiança neles através do voto, ou confiar em que eles determinassem, como se fôssemos os seus fiéis escravos e servilizados, era essa a prática costumeira.
Não existem mais nesta cidade homens de fé, idôneos, probos, com caráter, verdadeiros, de confiança, de respeito, coragem, pois todos se tornaram também servos que se renderam ao poder, aos privilégios e foram engolidos e consumidos pelas suas vaidades e pelas facilidades que o poder oferece. Alguns deles até esboçam discursos que transparecem bondade, preocupação com o povo que aqui mora, “interesse” em desenvolver a nossa amada e destruída Araripina, mas tudo não passa de maquiavelismo, mentiras, falsidade e vontade de colocar os pés no topo do poder.
Eles podem até achar que além do desabafo aqui externado com muita sinceridade, eu me permito sem respaldo algum, acinzentar a imagem e honra desses que dizem fazer parte do nosso progresso, da nossa história e desenvolvimento.
Então eu me pergunto? A imagem de quem? Dos homens e políticos de respeito desta terra? Onde estão? Onde procurar? Nos palanques?
Ah! São homens de famílias, respeitados, trabalhadores e não merecem ser achincalhados desta forma deselegante.
Um momento para respiração...
... A maioria vive de usurpar o dinheiro que é também nosso, do trabalhador, que também são homens de respeito e merecem que os recursos sejam gastos com saúde (todos nós sabemos como ela anda por aqui), educação (que tem sido uma fachada nas suas estatísticas), infraestrutura (nossas ruas já dizem tudo), enfim, para eles os homens do poder, que mandam, que comandam, gerenciam, para serem respeitados, precisam primeiro de motivos. Esses nós não temos.
Onde está o desenvolvimento desta terra?
Nas extensas tarefas de terras que são de propriedades dos que sempre dominaram o poder e as transformaram e transformam em lotes para vender?
Ou nos vintes anos de gestões irresponsáveis que tirou de nós o Título de “Princesa do Araripe”?
Porque os nossos homens políticos não sofrem de Transtorno de Personalidade Narcisista?
Aí quem sabe, se preocupariam mais com a maneira com que o povo iria lhes enxergar, e também cuidariam mais da imagem, para garantir assim o poder, prestígio e vaidade.
Os nossos homens (e mulheres) públicos de importância, de prestígio, cultuado e celebrado por nós por tanto tempo, como OS "JOSÉS", OS "PEDROS" OS "MANUÉIS", OS "JOÕES", são hoje o resquício do que a política atual transformou em uma mistura que envolve em um mesmo enredo - a política dos sem escrúpulos, que antes eles abominavam, mas que hoje levantam a mesma bandeira e divide o mesmo palanque, e tudo isso em troca de poder que antes acreditávamos ser algo de desapego desses nomes. Alguns até parece querer sair do túmulo para comungar do mesmo ideal.
Triste, não?
Ainda existe esperança? Ou caminharemos para um mundo onde ser honesto passará a ser sinônimo de idiota?
Não existem nada de novo na nossa política velha do século XX, meus caros amigos e leitores. Aqui cada um quer assumir uma cadeira das benesses que o poder oferece. Tias, sobrinhos, irmãos, primos e outros parentes, também formam essa cadeia que transforma “o caráter e a virtude” em força, status e muita falta de vergonha. Nem para isso eles se incomodam. Quem reclama para eles são os recalcados, os oposicionistas fracassados. É um verdadeiro desfile de personalidade sem personalidade, sem decoro, que passou verniz em suas ideologias e que tem transformado os nossos homens públicos em seres abjetos.
O Prontuário Político dos nossos homens públicos que tanto admirávamos, foi manchado pelo enriquecimento dos conchavos e das alianças sórdidas que mancharam as suas biografias.
Eles agora ascendem à custa de espertezas, pois eram os decrépitos que estavam sendo esquecidos e resolveram partilhar dos velhos acordos que no passado desprezavam e andam hoje na contramão do bom senso.
E a nova geração de políticos desta terra, em quem confiar?
Luciano Capitão, Valmir Filho, Leonardo Farias, Bringel Filho, Evilásio Mateus, Maria Augusta, Dra Socorro?
Eles podem até estar separados por forças de ideologias partidárias, mas unidos no mesmo objetivo: "TER EM SUAS MÃOS O PODER".
Uma minoria que pensa uma maioria que dorme. Uma minoria que cobra um país mais justo, menos corrupto. Uma maioria que aceita, se engana, corrompe e é corrompida e que passa com um rolo compressor em cima da minoria.
De certo, o nosso sonho é sempre ter liberdade financeira, liberdade expressão para então sair de vez do "Curral" em que fomos presos, marcados e tangidos como gados.
E tenho dito
Blog do Paixão