Um interlocutor confidenciou-me
que abordando um deputado do Araripe sobre os comentários de que a primeira
dama iria ser referendada nas urnas de Araripina com mais de 18 mil votos
batendo o seu recorde, ele deferiu como sempre o seu soco de fúria e raiva
dizendo que saiu da prefeitura com o ibope lá em cima, as pessoas o tratando
como um deus e “mesmo assim sofri para conseguir 15 mil votos”.
Se ele quiser desmentir-me
dizendo que são somente factoides, vou dizer aquela velha frase popular: “a voz
do povo, é a voz de Deus”. Eu neste instante sou apenas um porta-voz do povo.
Narro os fatos que apenas escuto
de pessoas e sempre fazendo uma caminhada rotineira, sou abordado por elas e as
conversas surgem e fluem naturalmente como em todos os recantos desta cidade, e
o tema como sempre, são as disputas entre as principais candidaturas para uma
vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco. E como sou todo ouvidos e a minha
opinião se dar através deste meio alternativo, façamos agora uma explanação de
dados colhidos do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.
Voltando as eleições de 2006,
quando o então deputado saíra da prefeitura com uma alta taxa de aprovação e
tinha um elo forte em quase todos os municípios da região, vejamos os números:
Em Araripina a sua votação alcançou
15.890 votos. Em Bodocó 3.754 votos. Em Exu apenas 55 votos. Em Ipubi 2.022
votos. Em Moreilândia apenas 05 votos contabilizados. Em Ouricuri 4.503 votos
nominais. Em Santa Cruz 25 votos. Em Santa Filomena 42 votos, e em Trindade 4.095
dos votos válidos.
Seria então difícil a candidata
do PSB bater esses números? Ela atingirá a marca de mais 18 mil votos em
Araripina? Conseguirá o restante faltoso (22 mil votos – menos ou mais me
corrijam por favor) para atingir os votos necessários nos outros municípios dos
quais tem propagado o seu nome?
Ela tem feito uma campanha
demonstrada com indícios de poder da barganha.
Os gastos estão sendo estratosféricos
e demonstra claramente que é uma questão de honra e de compromisso com a
continuação da política dos “Arraes” ter um representante para alavancar o nome
da família e permanecer em evidência para outras empreitadas.
Os Araripinenses que viviam
reclamando de ruas esburacadas e intransitáveis, de saúde carente, falta de
merenda escolar, de transporte para os alunos, no momento a não ser uma parte
oposicionista que ainda cobra por esses serviços, o restante transformou o
prefeito (principalmente depois da morte de Campos), numa espécie de líder que
encarna o perfil do seu primo – o legítimo representante da raça em nosso
município. Ficamos nós aqui estupefatos aguardando o fatídico 05 de outubro,
para depois dar um parecer do que será o futuro de Araripina e da Região do
Araripe, pós-eleição.
Não vou aqui apontar o dedo sem
provas evidentes para criticar uma campanha milionária, mas entristecer-me mais
uma vez para afirmar que um político corrupto não se faz sem a conivência do
eleitor e hoje tem sido a prova de mutualismo essa relação que certamente
tornará o nosso futuro mais incerto. E os números atingidos na votação em 2006 do
deputado hoje em exercício, não serão difíceis de serem batidos, porque estão
claras as evidências dos gastos que estão sendo feitos (do próprio bolso?) e
das aquisições duvidosas que põe em risco a vontade espontânea do eleitor.
Isso nunca vai provar para nós eleitores, quem é mesmo o político bom de urna em Araripina e na Região do Araripe.
Blog do Paixão