Montagem: Everaldo
Em sua fala inicial o prefeito disse que nesse período eleitoral as pessoas confundem muito as coisas.
Isso para quem se mete em “política” e não se acostuma com esse fato tão marcante principalmente em cidades como a nossa, melhor desistir. Até porque o quadro que o prefeito visualiza como confusão, não passa de falta de sensibilidade política em absorver as críticas que todo governo republicano fica exposto, o que torna um perigo para atitudes autoritárias e arbitrárias.
Ai entra o velho conselho de Aristóteles: “alguns poucos cidadãos adquirem o poder de fazer políticas públicas, todos, porém, têm o direito de criticá-las”.
Sobre o Matadouro Público o prefeito falou que nada fora investido no passado e a estrutura era precária e fora dos parâmetros legal que se preconiza para o abate de animais e aí nós resolvemos cuidar em reformar o nosso matadouro público. Cuidando da nossa cidade e o matadouro não podia ser diferente.
Vamos só rememorar para entender esse emaranhado de quem não faz nada, e quem diz que faz tudo. Quando o matadouro fora construído ele ficava localizado em área considerada rural, certo?
Hoje ele encontra-se praticamente localizado no perímetro urbano, certo?
Lula Sampaio investiu se não me engano R$ 300 mil reais na primeira reforma. Alexandre Arraes fez a segunda reforma e gastou mais R$ 400 mil. Agora o orçamento deve passar de R$ 500 mil reais. (não são números exatos).
Então vamos ao raciocínio: A meta é não prejudicar os trabalhadores, os magarefes, os feirantes, os donos dos quiosques próximos, e interditar ou fechar o abatedouro público se torna inviável e uma perda enorme para economia local, certo?
Segundo raciocínio: Boa parte da comunidade da Vila Santa Maria, e das cercanias que incluem o SESI, as Faculdade de Ciências Sociais e Parte do Bairro Bela Vista, são obrigadas a conviver com a fedentina, o incômodo, as doenças causadas pelo ciclo de proliferação daquela aberração cercada por urbanização, gostaria que aquele monstro que vomita toda espécie de volume fedegoso, fosse mesmo fechado e transformado em quem sabe uma área que nem lembrasse o mal que fez e faz aquela gente. Teve quem comemorasse a decisão da justiça que logo em seguida na continuidade da entrevista do prefeito deixou claro um acordo entre ambos de que ele voltasse a funcionar ali mesmo.
Terceiro raciocínio: Nesse caso com o retorno das atividades do matadouro quebra-se aquela regra de que “lei não se discute, se cumpre”.
Vamos então finalizar esse raciocínio: se na primeira reforma gastou-se R$ 300 mil, com mais R$ 400 mil da segunda reforma e uns R$ 600 mil da terceira, somaria R$ 1.300.00 (um milhão e trezentos mil).
Daria para comprar um terreno em uma área rural e iniciar uma obra aos moldes da envergadura do município? Ou não tem como esperar tanto tempo para investir numa obra alçada em mais de dois milhões, já que as atividades não podem parar?
Algumas coisas ou não dar para entender ou é uma faca de dois gumes.
Então que tal convidar as famílias de algumas autoridades do município para fazer um tour por uma semana e com local fixo para acampamento na Vila Santa Maria, próximo ao Matadouro Público, e de preferência com as instalações hidráulicas escoando em céu aberto.
O prefeito em sua entrevista continuou a exemplificar e a pautar o que será feito no Matadouro. Falou em modernização tanto na área de abate de bois, de caprinos e suínos, e aí nos perguntamos: e por que não fez da outra vez? E por que segundo relatórios da ADAGRO e do próprio Ministério Público a situação era mais feia do que depois da reforma? Será se mais uma vez vai prevalecer a esperteza?
Falou também que “a gente parou o matadouro em acordo com o Ministério Público” e que as atividades logo serão retomadas na quinta-feira, que ninguém pode trocar as rodas do carro com ele andando, explicou. Disse que está reformando o matadouro com todas as regras que preconiza a lei. E que as pessoas que passaram ao longo do tempo, não tiveram a coragem de enfrentar o problema. Reconheceu que ele está localizado em local impróprio, que ele é uma grande sujeira, mas que vai dar agora ao povo de Araripina um matadouro um matadouro de qualidade.
Bem só botando um pouco de pimenta na conversa. Se em Araripina adianta alguma coisa, já que vergonha é um artigo raro, e se caso encontrar esse artigo ilustre, venda, por favor, a peso de ouro.
Como pudemos entender o prefeito de forma bem explicitada entrou em contato direto com o Ministério Público de Pernambuco e em parceria com o mesmo decidiu por conta própria pedir a interdição do Matadouro Público. Muitos até praguejavam com a oposição por ter sido a causa do evento que tinha prejudicado as atividades do comércio varejista de carnes. Agora está explicado. Eu acreditava veementemente que era uma decisão da justiça por entender que não era mais admissível um monstro daqueles soltando fezes pelas bocas ainda em volta a uma civilização.
Tudo bem, quem somos nós para dizer que a justiça está equivocada ao autorizar uma nova reforma (se foi ela que autorizou, já que acreditamos que desde o dia da interdição um batalhão de advogados entrou em ação para anular a decisão) e novos gastos que mais tarde entrarão no rol das obras faraônicas em nosso Município?
Em 2010, como fiscal sanitário disse que seria um gasto desnecessário e continuo afirmando que é mais dinheiro ou jogado pelo ralo ou desviado para outras finalidades, numa obra que a cada dia se faz apenas remendos.
Apenas lamentamos o fato.
O prefeito disse estar preparado para fazer tudo abertamente e com muita transparência, dizendo ser a marca do seu governo que é falar a verdade para o povo.
Eu entendo fazendo uma criticidade genuína e sem rodeios que realmente o gestor público municipal tem enganado bem a sua horda laranja e que até hoje está entalado os gastos com os festejos juninos que de forma escandalosa teve o aval do TCE.
Falando sobre o prêmio “Brasil Saudável 2014”, em que a Secretaria de Saúde foi premiada entre as 100 melhores do Brasil o que para mim é um grande piada e de mau gosto, e que contribuiu para o crescimento do IDH-M de longevidade no Município (segundo as pesquisas realizadas por vários institutos brasileiros entre eles IBGE, ANS, SIM, CNES), o prefeito enalteceu sua gestão dizendo ser uma mostra clara de que a saúde de Araripina avança.
É difícil de acreditar nesse prêmio, e não é fácil entender ou compreender os critérios de pesquisa desses institutos (o IBGE comprovou que comete erros e enganos grosseiros). Um município em que as gestantes não são tratadas e bem cuidadas para quando chegar no dia do parto tudo acontecer dentro do preconizado pelo Ministério da Saúde, e muitos casos de natimortos têm sido comprovados pela falta de assistência médica, não pode ser laureado com um prêmio que só impulsiona a falsa ideia de que tudo está sendo feito para e em prol do povo. Os hipertensos, os pacientes de diabetes, de doença mental entre outros a não ser nos procedimentos e atendimentos precários nas Unidades de Saúde da Família, não podem ser assistidos de maneira digna quando necessita de uma urgência principalmente em finais de semana.
Exames que precisam de pressa em seus diagnósticos são marcados para sessenta, noventa dias, isso sabendo do fura fila que existe facilitado para beneficiários ligados á gestão, e que muitas vezes são patrocinados por vereadores da situação que fazem uso dos procedimentos do SUS para agradar os seus eleitores.
Ouvimos pessoas que confirmaram o fato e portanto não podemos afirmar oficialmente porque não entramos em contato com a Secretaria de Saúde para informar os dados concretos e até porque não fazemos jornalismo investigativo e temos a certeza de que não seríamos atendidos pelo órgão. Isso é fato.
E muito mais poderíamos citar aqui, demonstrando que um Prêmio desses, não retrata a realidade.
O prefeito falou de alguns sindicalistas que insuflaram os agricultores com a mentira de que ele não estava cumprindo com o seguro safra.
Eu preciso saber naqueles que acreditam naqueles que fazem a velha política, naqueles que vivem prejudicando a imagem da administração. São exatamente as pessoas do passado que não construíram nada ou se as pessoas acreditam naquilo que é verdade, naquilo que está materializado.
Eu acho que não se faz política dessa forma. Se você não pode fazer o bem, criticar para o bem, também não faça críticas infundadas.
A velha retórica dudista, prova de que o prefeito não sabe lidar com a crítica e só eles fazem a nova política. Basta ver em seus aliados que a política dele não é tão nova assim, por sinal é arcaica, coronelista e arbitrária e que a imagem da administração não vem sendo maculada pela oposição, mas pela forma antiga de gerir a coisa pública.
A gente vem aqui não é fazer promessas pras pessoas não, as coisas vão chegar em Araripina porque a gente trabalha. O nosso saúde no campo completou 10 mil atendimentos. Araripina passou muito tempo parada. Qualquer um que não fizer o trabalho em Araripina que tem que fazer eu tiro.
Nesse caso entra no rol das críticas do prefeito os seus aliados de palanque (Bringel e Valdeir Batista), que segundo o nosso entendimento estagnou o Município e que só ele (Alexandre) é a solução para a guinada que ainda não deu a partida.
Quanto a não atender os pré-requisitos básicos, que tem falhado no compromisso de atingir metas e que o prefeito de acordo com o que disse com relação a não prestar um trabalho a contento à população, então ele começaria demitindo o secretário de infraestrutura. Seria um desafio para ele.
Não adianta as pessoas quererem ganhar na política errado (quem vai dizer são as urnas). Em Araripina agora tem comando, transparência.
Araripina precisa ter emenda parlamentar (começou a fazer campanha para a esposa). E a gente não tem. Meu governo não recebeu nem uma emenda parlamentar. Nós não temos deputados que atuem em Araripina. Me mostra uma emenda parlamentar aqui em Araripina.
O entrevistador aproveitou para insuflar : não tem nem uma nesguinha. O prefeito disse nem um esparadrapo – em tom de sarcasmo.
Ficou nítido a quem o prefeito estava se referindo em tom de deboche. Aí nos perguntamos: o que além de um discurso sem regras pontuadas, sem um projeto na manga, a não ser um que trouxe lá de Salgueiro e que não deu certo por aqui, a primeira dama nesse período de campanha que está se encerrando, apresentou para o povo da Região do Araripe?
Isso quem vai dizer (são as urnas) e faço também um desafio: publique na imprensa controladas por vocês os projetos que serão defendidos na ALEPE pela primeira dama.
O discurso de que Araripina progrediu pelos investimentos feitos pelo governo estadual nas próximas eleições não funcionarão mais. A recuperação da perimetral, a estrada que liga Araripina a Bom Jardim do Araripe e a que liga Araripina a Nascente, além de outras obras realizadas com caixa da federação, terão que ser supridas com obras municipais, como o asfaltamento de algumas ruas prometidas pelo prefeito em entrevista anterior, que até agora não passou de conversa fiada.
Enquanto isso, essa cidade, esse município, que se expande de forma espetacular, é administrada pelo um visionário que tudo enxerga onde tudo ainda falta fazer, aliás, onde ainda falta o prefeito assumir por total e cumprir as promessas de campanhas e as propagandas de uma ARARIPINA DE UM NOVO TEMPO . A segurança (que é gerida pelo Estado, mas por um aliado do prefeito), a iluminação (da qual pagamos um taxa municipal), os buracos, o lixo, a saúde (que foi premiada, e que falta medicamentos básicos para PA, diabetes e outros), a educação (que em algumas escolas faltam a merenda escolar), o transporte escolar (que não atende a demanda), a infraestrutura precária, os altos impostos cobrados dos comerciantes, o resíduos sólidos dos serviços de saúde que não estão sendo mais coletados como manda a legislação, o Aterro Sanitário que virou lixão, enfim, uma porção de coisa que só quem enxerga são aqueles que fazem a política pequena, a velha política.
Falso aqui afirmar que nada fora realizado, seria desleal da minha parte, mas dizer que estamos no rumo certo e que todos os erros do passado estão sendo corrigidos, é se gabar de desvendar uma terra onde muita gente também contribui mesmo de forma desorganizada, para o seu desenvolvimento.
Transformar novamente essa terrinha na Princesa do Araripe é preciso ter aquilo roxo.
Só um lembrete: Se algum aliado do prefeito ou especificamente secretários que se sentirem ofendidos, quiserem publicar nota justificando e solicitando um espaço para explicações que sejam reais e fundamentadas, estamos abrindo esse espaço democrático para os devidos esclarecimentos. Só não aceitamos as atitudes insanas de quem não sabe e nunca vai aprender a lidar com a liberdade de imprensa. Esses cidadãos sofrem metamorfose e sempre defendem os políticos de turno, eles jamais poderiam ser amparados por gente de bem.
ENTREVISTA DO PREFEITO CONCEDIDA NO DIA 24 DE SETEMBRO DE 2014, À RÁDIO ARARI FM, NO PROGRAMA CANAL ABERTO.
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