Foto: Prefeitura
Essa frase literalmente falando pode ter dois sentidos: aqueles que não têm vínculo empregatício com a prefeitura e aqueles que se sentem ou são autônomos.
O
primeiro (falo de contratados, cargos comissionados) acredita que precisa e
deve ser fiel e obedecer às regras ditadas pelo comandante municipal, e o
segundo acredita ser livre e não depender da prefeitura para manter-se (pagar
as contas) e isso o faz um cidadão livre de amarras e sem compromisso.
Ledo
engano quem diz uma asneira dessas: “NÃO PRECISO DE PREFEITURA”. Vamos a um
exemplo lógico e em seguida elencar os diversos benefícios que uma boa gestão
pode trazer para nós e para um coletivo.
Se
frequentar um restaurante e de repente sente que além de você outras pessoas
tiveram um mal-estar e todos foram parar na emergência do hospital com os
mesmos sintomas?
Depois
de recuperado e ciente de que a comida do estabelecimento estava estragada (e
provavelmente foram todos acometidos por Doenças Transmitidas por Alimentos –
DTA’s), a quem irá recorrer? A Vigilância Sanitária, que é um órgão vinculado a
Prefeitura Municipal.
E
vários exemplos podemos citar, para provar que apesar da independência
financeira todos nós utilizamos e precisamos dos serviços públicos, e daí a
banalidade de achar que Posto de Saúde (do qual você precisa para colocar em
dia o cartão de vacina do filho, levar o pai idoso para se prevenir contra a
gripe, o seu animal para se proteger da raiva, entre outros serviços) é para
atender somente os pobres. Por isso devemos todos unidos, exigir melhorias na
qualidade desses serviços, reivindicação que não fazemos porque acreditamos que
não são ações que diretamente vão nos afetar, daí erramos feio, e o próprio empresário que mantém os empregados assalariados dos quais não consegue manter com um plano de saúde, vai orientá-los a utilizar os serviços públicos. Isso é precisar da prefeitura.
Buracos
em ruas, queimadas urbanas, limpeza pública /coleta de lixo e esgoto, ruas
revestidas de calçamento de paralelepípedo ou asfalto, poluição sonora, cobrança de impostos,
animais soltos, assistência social, amparo ao idoso, comércio pujante, esses e outros serviços são necessários para
haver um equilíbrio e uma ordenação na sociedade, e evidencia a grande
necessidade que o cidadão tem em afirmar categoricamente que precisa de uma instituição
organizadora para que seja possível a civilidade da convivência. Por isso digo:
“EU PRECISO SIM, DA PREFEITURA”.
Agora
com relação ao sentido de viver livre, independente, sem usar da entidade os
benefícios de ama-de-leite, de sustentáculo para enriquecimento ilícito, para
satisfazer suas mordomias como tem acontecido em todas as gestões municipais,
que tem servido como escada para malversação, aí pode-se afirmar a liberdade de
não compactuar com as tramoias que existem e vão sempre existir para que todos
os serviços que deveriam ser prestado pela casa do povo, não atingir a todos e
não trazer o desenvolvimento esperado e nem serviços de qualidade.
Outra:
os que afirmam não precisar da Prefeitura como meio de sobrevivência (em
Araripina tem uma turma que é capacitada e pós-graduada no assunto) são os que
mais usufruem dos seus serviços e dos seus cofres. O método de desmentir a
verdade é somente maquilagem para enganar os tolos.
É preciso além de todo esse entendimento compreender que a maior instituição do município não pode servir aos anseios do partido pelo qual o prefeito fora eleito, o que demonstra que os tentáculos do fisiologismo partidarista tem principalmente em Araripina, criado uma barreira entre o que é servir a uma população e o que é servir aos interesses de um grupo específico.
Difícil será acabar com esse mal que tem por décadas assumida um estigma que impregnou como ousadia e anarquia em todas as gestões e que muitas vezes tende para um sistema que acarreta enormes prejuízos para os cofres públicos, visto que, a farra de um partido não passa a condizer com as necessidades da população.
Por isso, a prefeitura, essa entidade grandiosa da qual todos devem usufruir dos seus serviços, deve sim, ser independente e livre da praga de gafanhotos que não alavanca em sentido nenhum a prosperidade do nosso ou de qualquer outro município.
Essa entidade é nossa, e deve sim, servir a todos e não isoladamente a um grupo partidário.
Blog do Paixão