Os buracos
da Avenida Antonio de Barros Muniz, da Rua José Barreto de Souza Sombra até
chegar ao Bairro Alto da Boa Vista foram todos tapados. Os meios-fios levaram
demão de cal, o mato foi capinado, os ar-condicionados da Escola Técnica Estadual
(ETE) Pedro Muniz Falcão, onde acontecerá o evento estadual “TODOS POR
PERNAMBUCO”, foram todos limpos, segundo fui informado por fonte fidedigna. O dia
“D” – 13 de março, seguindo trajeto por onde passará a comitiva do governador
vai estar uma beleza. Um tapete.
Antes de
prosseguir com a crônica, quero mostrar
para vocês duas consultas de especialistas que fiz, para entender qual a
maneira mais correto de proceder com uma operação tapa-buracos, que não é só um
problema de Araripina, mas de todas as cidades brasileiras, principalmente
daquelas em que o gestor só se preocupa em resolver em casos especiais como o do
dia 13.
A primeira dica de um (engenheiro) é que
não deve ser feito com concreto - “Concreto não dá liga com o asfalto, por isso não
adianta fazer esse serviço. Após seco, o concreto se transforma numa placa e a
falta de aderência ao asfalto faz com que as infiltrações continuem o que faz
aumentar os buracos com o tempo”, diz o especialista.
Ele explica ainda
que para tapar buracos, o melhor “remédio” é
a limpeza do local, que deve receber um banho de emulsão (o conhecido PICHE)
seguido de massa asfáltica. “Em casos de ruas onde o asfalto está esfarelado, a
solução é mesmo o recapeamento”, explica.
Comumente
conhecido como asfalto quente o CBUQ –
Concreto Betuminoso Usinado a Quente é uma mistura asfáltica a quente,
executada em usina apropriada, composta de agregados minerais e cimento
asfáltico de petróleo, que deve ser espalhada e comprimida a quente – disse outro
especialista.
Bem,
explicações à parte, da qual só mesmo os especialistas podem com propriedade
explicitar, vamos então esperar se o trabalho feito pela prefeitura de
Araripina vai surtir o efeito esperado.
Esperamos
que não seja esticado um metro nessas localidades onde realizaram a operação
tapa-buracos, e não sirva de contagem para as estatísticas das obras de
calçamento.
A equipe
do governador certamente não terá conhecimento dos problemas que tem afetado a
população, além de falta de segurança, saúde, infraestrutura. Como o Polo Gesseiro,
com certeza serão temas debatidos e discutidos no encontro, para que o chefe
maior do Estado sai daqui sabendo quais são as prioridades que não podem mais
esperar e que devem entrar na pauta como prática urgente. A população neste
caso poderia também se mobilizar para cobrar e mostrar ao governador o que realmente
precisamos, já que por aqui, costumam dividir quem votou no prefeito e que não
votou. Inclusive, com a derrota de Paulo Câmara tanto aqui, como na região,
existem os “sábios e pensadores” que alegam que devido à derrota do atual
governador num reduto socialista, a barriga pensou pela cabeça.
O tapete
está pronto para a comitiva esperança passar. Enquanto isso, os nossos
problemas são empurrados para debaixo do tapete. A patrulha do prefeito já foi montadas
para esticar a faixa, dando ás boas vindas ao nosso (posso dizer nosso?)
governador e aplaudir bem muito. A Banda Maestro Álvaro Campos se apresentará toda
uniformizada a rigor e podia ali naquele momento pedir cantando, uma sede
adequada para os seus músicos e instrumentos. Os professores do município pode
se manifestar e pedir ao governador que seu companheiro de partido, respeite e
valorize essa classe tão nobre. A eles aposentados e todos os servidores
municipais podiam se juntar, também para pedir mais atenção por parte do gestor
que não tem cumprido a cartilha socialista como “pregava” o seu maior líder –
Eduardo Campos.
Os moradores dos
bairros Vila Santa Maria, Aplausos, Cavalete I e II, Vila Serrânia , também
podiam se juntar a essa causa, para reivindicar mais empenho do poder público
municipal, em resolver os problemas recorrentes dessas localidades, abandonadas
pelo desprezo de uma gestão socialista. Seria impactante. Para os apaniguados
do prefeito, esse problema doméstico não pode ser discutido num momento como
esse. Seria desnecessário e criaria ao invés de soluções transtornos. E que o
governador não teria interesse em se meter em questões domésticas, já que o
estado é grande demais para ele se preocupar.
Tudo bem. Explanação
feita, vamos esperar pelos menos que as discussões avancem e tragam frutos
positivos para a nossa querida Araripina.
Não dar para
comemorar com um gestor que fecha os olhos para os problemas reais, e que
aproveita-se da blindagem partidária para usar como escudo protetor e massacrar
a nossa gente.
AGORA É SÓ ESPERAR
OS RESULTADOS DA SEXTA-FEIRA 13. Sem medos.
Blog do Paixão