Foto: RafaelDiniz
O
presidente da Câmara de Vereadores – Luciano Capitão (PSB), na sessão de
quarta-feira (09) disse que virou motivo de chacota dos assessores e
radialistas do prefeito (que deviam
servir ao povo), porque alguns funcionários da Casa Joaquim Pereira Lima,
expuseram faixas parabenizando a mesa diretora pelo o compromisso com os salários
dos servidores.
No mínimo
hilário, não?
O
presidente em resposta ao poder executivo (do qual ele serviu por três anos),
disse repudiar a atitude de quem critica mais mantém de forma vergonhosa os
pagamentos de professores temporários e outros servidores em mais de cinco
meses de atraso e que coloca em risco seriíssimo de não pagar 13º salário,
completou o vereador.
Isso aí
não é hilário, é vergonhoso.
O
vereador ainda lamentou por fazer parte de um partido que tem causado muitos
constrangimento para quem pertence a uma agremiação partidária como ele, deixando no ar dúvidas se
permanece ou não na sigla, e foi pragmático em afirmar que os recursos que
entraram na conta da prefeitura até agora em 2015, não são inferiores aos do
mesmo período de 2014. Discordou do colega João Dias (que estava ausente) que
garantiu que houve uma perda de 40% nos repasses ao Município, e que ele (o
presidente) apostaria com o vereador da bancada de situação o seu salário, como
não aconteceu essa retração.
Por anos
calado sem defender o servidor municipal, o vereador Capitão agora virou o
porta-voz dos aposentados e pensionistas, dos temporários, e dos servidores em
geral que tem sido as vítimas da atual gestão.
Lembrou
que convocaram o presidente da ARARIPREV por três vezes e ele não compareceu; a
secretária de saúde por duas vezes e ela também não deu as caras, e que todos
da casa precisam elaborar um documento e cobrar junto ao Ministério Público. Para
ele, só se resolve dessa maneira. O editor deste, não acredita e sabe muito bem
o porquê.
Um aparte
do vereador Evilásio Mateus, que teceu críticas ao não comparecimento dessas
autoridades municipais quando convocadas, sempre alegando problemas de saúde
que tem sido sempre a justificativa implausível. Quanto ao Coordenador de
Endemias Mateus deixou claro que o seu comparecimento seria apenas para servir
de norte para como seriam os procedimentos e o planejamento elaborado para
tratar do grande problema que hoje afeta o nosso Estado, e tem deixado em
alerta todos o seus municípios, para o surto de microcefalia. Alertou mais
ainda para um futuro de uma geração microcéfala, que é preocupante, e que irá
acarretar mais problemas na saúde pública que precisa se equipar de todo um parâmetro
para lidar com essa nova situação. Mateus enfatizou que o Município teve dois
casos descobertos, diagnosticado identificados numa consulta médica e prontamente
encaminhados para Recife.
Não
posso parabenizar nenhum dos senhores que usaram da tribuna para cobrar do
gestor municipal os compromissos que não estão sendo cumpridos, mas insisto em alertá-los
para o desastre futuro que está sendo preparado agora no presente por quem
insiste em acreditar que “não está sozinho” e se acha no dever de fazer o que
bem entende.
O
rombo no ARARIPREV, os desvios de recursos para outras finalidades; o uso indevido
de repasses constitucionais; os contratos vultosos com fornecedores que estão
estampados no Portal Tome Conta do TCE-PE; os atrasos constantes de salários
dos servidores contratados e efetivos; o descumprimento na entrega das obras da
UPA, da Academia da Saúde, da Hemodíalise (ufa), não seriam suficientes para
preparar um novo dossiê, além do que já consta no inquérito policial elaborado
pela Operação Paradise, que parou no tempo e fez com o Delegado Federal
descumprisse (que seria mostrar segundo ele "que são os rabos sujos de Araripina") o que falou para todos nós araripinenses em entrevista, para um
nova ação diretamente no Ministério Público Federal?
O que é
que emperra essa decisão? As amizades nutridas no bastidor sombrio da política?
O faz-de-conta que em oitivas com populares tem sido a máxima da Casa do Povo?
O
Legislativo Municipal precisa transparecer em verdade, do que é discutido nas
sessões, não é apenas teatro combinado em cada sala no bastidor que acomoda cada
legislador, e sim demonstrar que os "aguerridos" defensores do povo, não são uma
farsa.