sábado, abril 30, 2016

GIRO VEJA: TEMER MONTA SEU GOVERNO / LIRA DIZ QUE DENÚNCIA CONTRA DILMA NÃO DEVE SER AMPLIADA / DIA D DE MOBILIZAÇÃO CONTRA A GRIPE

Temer monta seu governo: “Quero entrar para a história”

Às vésperas da votação do impeachment, o vice arregaça as mangas e toma as primeiras decisões: vai demitir todos os ministros de Dilma, caso não peçam demissão, promete reduzir o número de ministérios, monta um pacote de privatizações e escala Meirelles e 
Serra para atrair o capital externo

Por: Robson Bonin e Daniel Pereira
ALIANÇAS: O vice-presidente já escolheu os nomes que comandarão os principais ministérios
ALIANÇAS: O vice-presidente já escolheu os nomes que comandarão os principais ministérios(Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Eram 13 horas da quinta-­feira passada quando o vice-presidente da República, Michel Temer, cortou um pedaço do queijo branco sobre a mesa de reuniões da antessala de seu gabinete no Anexo II do Palácio do Planalto. Prestes a se tornar presidente da República, o peemedebista mal tem tempo para se alimentar e já perdeu 2 quilos e meio. Enfrenta uma maratona diária de reuniões com políticos, conselheiros, antigos aliados e candidatos a novos amigos, todos dispostos a ocupar um lugar de destaque em seu governo. A pauta dessa roda-viva é a montagem do ministério, uma equação complicada diante da quantidade de partidos a atender e dos interesses em jogo.
Temer não externa angústia nem entusiasmo ao traçar cenários, ainda tem muitas dúvidas e uma ambição certeira. Diz o vice: "Eu quero entrar para a história". Ele acha que conquistará um lugar no panteão da República se encerrar o ciclo de recessão, viabilizar os investimentos privados e estimular a geração de empregos. É a sua grande aposta. É a sua grande largada.

Advogado constitucionalista que escreve poemas, Temer admite conhecer pouco de economia. Por isso, a raposa política com décadas de experiência na vida pública delegará o comando dessa área a um nome testado e aprovado pelos meios políticos, financeiros e empresariais: Henrique Meirelles, presidente do Banco Central no governo Lula. Esnobado por Dilma, que se recusou a nomeá-lo para chefiar sua equipe econômica, Meirelles assumirá o Ministério da Fazenda no eventual governo Temer com carta branca para escolher o presidente do Banco Central e ressuscitar o PIB. Na semana passada, o vice fez questão de deixar escapar a preferência por Meirelles para avaliar a receptividade ao nome. Considerou positiva a reação do mercado e deu ao futuro subordinado um dever de casa: analisar um documento entregue por Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp. O documento propõe um monumental corte de despesas e a venda de parte das estatais para reforçar o caixa. Temer e Skaf se reuniram no Palácio do Jaburu, no domingo 24. O convidado soou como sinfonia de Bach aos ouvidos do anfitrião.

Skaf disse a Temer que é possível reduzir "a zero" o déficit do governo em 2016, estimado em 96,6 bilhões de reais pelo governo Dilma Rousseff, sem contar os gastos com o pagamento de juros da dívida. Skaf também garantiu a Temer que é possível zerar o déficit mesmo sem ressuscitar a CPMF, o imposto do cheque. O vice encarregou Meirelles de ver quanto pode aproveitar das sugestões da Fiesp. Quer que o futuro ministro feche uma proposta econômica que enterre de vez a CPMF e reduza drasticamente o déficit projetado.

A ideia de Temer é levar a nova meta fiscal ao Congresso no seu primeiro dia como presidente da República. Será seu ato inaugural. Um ato de compromisso com o reequilíbrio das contas públicas e de afago aos contribuintes. "Li o plano e gostei. Zerar o déficit sem recorrer a aumento de impostos me agrada", diz Temer. "Eu preciso mudar a meta fiscal de 2016 até para não começar meu mandato cometendo pedaladas fiscais", acrescenta, referindo-se à acusação que embasou o impeachment contra Dilma.

Denúncia contra Dilma não deve ser ampliada, diz Lira

O presidente da comissão do impeachment no Senado afirmou que fatos novos, como as investigações da Operação Lava Jato, não devem ser analisados no processo contra a petista





O presidente da comissão, senador Raimundo Lira, durante defesa da presidente Dilma Rousseff na Comissão do Impeachment no Senado - 29/04/2016(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente da comissão especial do impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), afirmou nesta sexta-feira que a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff não deve ser ampliada com fatos novos - como as investigações da Lava Jato - durante a tramitação do processo na Casa.

"Nessa primeira fase de funcionamento, a comissão já decidiu que a denúncia será exclusivamente sobre os dois itens que são contidos na denúncia da Câmara: os seis decretos e aquilo que ficou conhecido como pedaladas fiscais", disse.

Questionado se isso se manteria na segunda fase, que inicia se os senadores admitirem a abertura do processo contra Dilma, ele disse acreditar que sim, mas afirmou que os senadores poderão discutir novamente a ampliação da denúncia.

As declarações de Lira foram dadas após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que será o responsável por conduzir a segunda fase do processo, que decidirá se a presidente deve ou não ser afastada definitivamente do cargo. Lewandowski orientou o senador a seguir o rito que já foi estabelecido pela Corte em dezembro quando houver dúvidas sobre que caminhos tomar durante os trabalhos da comissão.

Oposição - Apesar das declarações de Lira, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse nesta sexta que iria solicitar que os fatos referentes à Lava Jato fossem acrescentados ao processo de impeachment. Já o relator da comissão, Antonio Anastasia (PSDB-MG), afirmou, sem dar maiores detalhes, que o tema Lava Jato "vai ser abordado" em seu parecer.

(Com Estadão Conteúdo)

Ministério da Saúde faz Dia D de mobilização contra a gripe e inicia a campanha de vacinação


Pessoas são vacinadas contra a gripe H1N1, em uma unidade básica de saúde na cidade de Franca, no interior de São Paulo (Igor do Vale/Estadão Conteúdo)

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe começa oficialmente hoje, dia 30, com a realização, pelo Ministério da Saúde, do Dia D de mobilização. Devem receber a dose crianças com idade entre 6 meses e 5 anos, gestantes, idosos, mulheres com até 45 dias após o parto, pessoas com doenças crônicas e profissionais de saúde. Povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional também serão imunizados.

A meta do ministério é vacinar pelo menos 80% de um total de 49,8 milhões de pessoas. A escolha dos grupos prioritários, segundo a pasta, segue recomendação da Organização Mundial da Saúde e é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. "São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias", informa a organização.

O envio das doses pelo governo federal começou no dia 1º de abril e pelo menos 22 estados decidiram antecipar o início da vacinação. Nas quatro primeiras remessas (até o dia 22 de abril), os estados receberam 30,7 milhões de doses - 57% do total a ser enviado para a campanha deste ano. O ministério informou que mais duas remessas contendo o restante do quantitativo devem ser enviadas nas próximas semanas.

A previsão é de que, até o dia 6 de maio, 100% das doses tenham sido entregues em todo o país. Serão distribuídas, ao todo, 54 milhões de doses que protegem contra três subtipos do vírus da gripe - A (H1N1), A (H3N2) e influenza B. Em todo o país, 65 mil postos de vacinação vão funcionar durante a campanha, que segue até o dia 20 de maio e conta com a participação de 240 mil profissionais de saúde.

Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Brasil em Pauta, o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi, disse que não há risco de faltar dose para os grupos que fazem parte do público-alvo. Ele lembrou que muitos estados e municípios optaram por antecipar o início da distribuição das doses e, por essa razão, em algumas localidades onde foi registrado alto índice de cobertura vacinal, os postos de saúde não vão funcionar hoje.

Balanço divulgado ontem pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo aponta que o município até já atingiu a meta. Mais de 2,1 milhões de pessoas já foram vacinadas - incluindo 82,7% do público-alvo, que destaca gestantes, bebês, idosos e pessoas com doenças crônicas. Em 2015, a cobertura na campanha anual foi inferior - de 81,7%.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)


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