REPRODUÇÃO: INTERNET
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cho que todos nós já nos
cansamos de reclamar da falta de segurança em Araripina, no Pernambuco e no
Brasil, porque parece que estamos perdendo a guerra para a criminalidade que
expõe todas as debilidades gerenciais e constitucionais no que diz respeito a
proteção do povo brasileiro. As leis são as mais débeis e cheias de brechas
para inclusive dar proteção ao menor que assalta, mata, tortura –e, é protegido
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, e acredito também, que
precisamos urgentemente de um Estatuto em Defesa do Cidadão Vítimas dos Menores
Infratores, o EDCVMI, ou qualquer sigla pontual, sei lá.
Não estou afirmando que
todos que assaltam, cometem crimes hediondos, praticam latrocínios, são
menores, mas podem buscar nas estatísticas que em sua maioria são praticados
por esses “anjos criminosos” que muitos acreditam serem as vítimas do fracasso
social implantado no Brasil.
Ontem, quatro vítimas
menores, uma delas minha filha, estiveram na mira de bandidos armados que
levaram todos os seus objetos (celular, documentos pessoais), e pude conviver
com o trauma de quem é assaltado e fica impossibilitado de qualquer reação,
porque roubar celular em Araripina (segunda vez que a assaltam, com o mesmo
ritual) ou em outra cidade do Estado, é tão banal quanto soltar menor ou colocá-lo
em casa de ressocialização para ensiná-lo a virar bandido profissional.
O interessante é de que
os menores assaltados parecem que não estão incluídos nos direitos da ECA,
apesar do Art. 7º do Estatuto se
referir a essa extensão – “A criança e o
adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde”. Nesse caso, os
nossos filhos menores continuam expostos, sem a tal proteção à vida porque os
bandidos de todas as espécies estão afrontando as leis, a sociedade, e o
direito de ir e vir.
Vi também o relato de uma amiga em rede social (reproduzido abaixo) falando dos momentos terríveis de um assalto
que sofrera e da violência praticada pelos meliantes, que não satisfeitos com a
abordagem violenta, agrediram-na para subtrair os seus pertences. Ela conta que
sentiu aflição, angústia, e chorou copiosamente, o que posso afirmar e
confirmar que a minha filha sentiu as mesmas reações, inclusive tivemos que dormir
ao seu lado porque logo na madrugada ela acordou sobressaltada devido ao
pesadelo, resquício do assalto que sofrera. Um dos seus colegas que foi também
assaltado, um menor, porque estavam todos juntos às 20h deste sábado (29) defronte
à minha casa, estava espantado e sem acreditar que ficou também na mira de uma
arma que podia ser disparada em sua direção. Uma das jovens também relatou que
fora assaltada e que ligou para polícia e que não adiantou nada. Mas mesmo
assim, o fizemos porque a Rua da Canastra, Demóstenes e seu entorno, tem sido
alvo de constantes eventos desse tipo. A polícia não apareceu. Isso sempre acontece de fato e faço aqui uma crítica construtiva, porque geralmente quando assaltam policiais, parentes, enfim, os bandidos são capturados e presos, parecendo que estamos vivendo um momento de corporativismo e individualismo, em detrimento de um coletivismo. Fazer o quê?
Acho que todos os meus artigos de Opinião (veja abaixo) com relação à Segurança Pública em Araripina
especialmente, nos deixa exaustos de tanto repetir a mesma cantilena, a mesma
história, os mesmos fatos, e nada acontecer de substancial para minorar a
situação e fazer com que nós nos sintamos tranquilos para ao menos conversar
com os vizinhos nas calçadas.
Com relação ao alerta do uso do celular indiscriminado, em pontos que
demonstram insegurança (como aqui no nosso trecho) fora feito por incrível que
pareça há dois minutos antes de minha filha ser assaltada, e ressaltei os
motivos da preocupação de ficar desligada dos acontecimentos, com tantos
assaltos que já estamos fartos de saber dos perigos iminente que eles podem
ocultar.
Reprodução / Facebook
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