Partido divulgou uma nota oficial se posicionando contra a punição aplicada ao senador mineiro do PSDB
Cerca de 24 horas depois da decisão do STF sobre o afastamento de Aécio Neves do Senado e da proibição do mesmo de exercer qualquer cargo público, o PT divulgou uma nota oficial se posicionando contra a punição aplicada ao senador mineiro do PSDB.
"Foi uma condenação esdrúxula, sem previsão constitucional, que não pode ser aceita por um poder soberano como é o Senado Federal", diz o texto assinado pela executiva nacional do Partido dos Trabalhadores - que prossegue: "Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação judicial. A decisão de ontem é mais um sintoma da hipertrofia do Judiciário, que vem se estabelecendo como um poder acima dos demais e, em alguns casos, até mesmo acima da Constituição".
Apesar de defender a continuidade do mandato de Aécio, a nota oficial traz críticas à atuação do senador nos recentes episódios que marcaram a política nacional: "Aécio Neves é um dos maiores responsáveis pela crise política e econômica do país e pela desestabilização da democracia brasileira.
Derrotado nas urnas, insurgiu-se contra a soberania popular e liderou o PSDB e as forças mais reacionárias da política e da mídia numa campanha de ódio e mentiras, que levou ao golpe do impeachment e à instalação de uma quadrilha no governo. Para consumar seus objetivos políticos, rasgaram a Constituição e estimularam a ação político-partidária ilegal de setores do Judiciário e do Ministério Público".
O conteúdo da nota vai no mesmo caminho das declarações do líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT/PE): "Imagina se nós do Senado decidimos pelo afastamento de alguém do Supremo? Se algum ministro praticar algum crime, pode ser alvo de processo de impeachment no Senado. Do mesmo modo, se um senador cometer um equívoco, ele responderá por isso, mas a lei não fala em afastamento do mandato" afirmou o senador pernambucano.
Blog do Paixão