A Princesa cresceu
E não é mais só uma vila
É uma cidade que oscila
Muito alegre e pujante
Ás vezes tão ignorante
Entre tantos os percalços
Tem lá os seus embaraços
Seus atropelos pra mover
E para desenvolver
Tem os seus altos e baixos
Cresce, mas sofre com a seca
Com o castigo da natureza
A nossa bela princesa
Precisa de mais impulso
E qual seria o custo?
De tantos anos de atraso?
Seria então o descaso?
De quem diz amar essa terra?
Ou a prosa aqui se encerra?
Para não criar mais caso
Aqui a saúde é doente
Segurança nem se fala
E se arrumo as malas
Não é mais para ir embora
Mas é pensando numa hora
Que isso aqui vai melhorar
E nessa terra louvar
O que Deus abençoou
Pois o que aqui se brotou
Vai sempre se celebrar
Quero de volta as praças
Tão belas e coloridas
Pode encher de margarida
Ou de qualquer outra flor
Pois aqui já se plantou
Tudo que tenho saudade
E sempre que tenho vontade
Estou aqui relembrando
Em cada fato contando
A história de minha cidade
Tenho saudade da cultura
Que um dia aqui vigorou
De tudo que se implantou
Pensando em progredir
Um cinema aqui e ali
Tínhamos para escolher
Dava vontade de ver
Aquele filme de amor
A luz como esplendor
Um escurinho de morrer
Era essa Araripina
Antiga mais adorada
Quem lembra da balaustrada?
Hoje toda destruída
Que fora como uma vida
Para muitos dos seus filhos
Que em cada um dos seus trilhos
Fez um retrato de lembrança
Não sabemos se a esperança
Apenas ofusca o seu brilho
Sobraram casas antigas
A antiga prefeitura
Se não existir cultura
O que mais pode existir
O lixo que está aí?
Sendo enfim propagado
E qual é o nosso legado
Pra se guardar na memória
Para se deixar na história
E para enfim ser contado
Blog do Paixão