PERNAMBUCO: “Paulo quer se amarrar com Lula e soltar Dilma”

O candidato faz a consideração depois de Câmara apontar erro da petista

Júlio Lóssio na Rádio FolhaFoto: Rafael Furtado

Pré-candidato a governador de Pernambuco pela Rede, Júlio Lóssio realça a relação “muito boa” que nutria com a ex-presidente Dilma Rousseff, por ela ter sido “muito solidária“ com ele. Ele sublinha: “Inclusive, gosto mais dela do que do presidente Lula, com quem eu não tive relação”. O ex-prefeito de Petrolina prossegue: “Diferente dos outros que ficam dizendo que amam Lula, eu tenho uma relação muito melhor com a Dilma, porque foi com ela que eu me relacionei. Ela esteve em Petrolina, me ajudou em programas importantes”. Lóssio fez a consideração, ontem, em sabatina na Rádio Folha FM 96,7, um dia depois de Paulo Câmara ter admitido, em entrevista à emissora, que o ex-ministro Joaquim Levy, prestou um “desserviço” ao País e que Dilma “errou” ao retirar a autonomia do Porto de Suape. Nas palavras de Paulo, “(Dilma) errou quando tirou a autonomia e mais errado ainda está o (Michel) Temer”. Lóssio provoca: “Paulo quer se amarrar com Lula e soltar Dilma. Estranho, né?! Porque Dilma e Lula são quase univitelinos nas relações pessoais”. O candidato da Rede arremata: “Dilma foi uma criação de Lula”. Lóssio mantinha boa relação com o, então, vice-presidente Michel Temer, hoje no comando do Planalto e alvo de duras críticas em Pernambuco. Lóssio explica: “Eu tinha, como prefeito, uma relação republicana com ele. Ninguém tem acesso direto a vice-presidente da República, sendo prefeito. Quem tinha essa relação direta com Temer era Dorany Sampaio (ex-presidente do MDB, partido no qual Lóssio militava). Dorany era minha ponte. Então, sempre que eu ia ao Palácio, na vice-presidência, Dorany abria essa ponte”. Lóssio, no entanto, registra ter se afastado de Temer, quando ele “entrou no processo de cassação da presidente Dilma”. Hoje, Júlio Lóssio encabeça, em Pernambuco, o palanque da presidenciável Marina Silva, que guarda cicatrizes do que chama de “campanha desleal” do PT em 2014 contra ela.