André Rosemberg, dono do Bar Central, reconhece que está fora dos padrões do Coscip, mas explica que tenta solucionar a questão há dois anos
Por: Thatiana Pimentel
O Corpo de Bombeiros realizou neste fim de semana, no Recife, a Operação Bar Seguro, que conta com apoio das Polícias Militar e Civil na prevenção de acidentes envolvendo fogo. Como resultado, houve interdição dos bares que operam na rua Mamede Simões, conhecida como a rua do Central, ao lado do Parque 13 de maio, no bairro da Boa Vista. De acordo com a assessoria dos bombeiros, os bares foram fechados por estarem em desacordo com o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (Coscip). Foram fechados ainda o Frontal, Acauã, Puxinanã, Besta Fera e Boi Neon.
A operação teve início em janeiro deste ano e já passou no Sertão e Litoral Sul de Pernambuco. O número de bares fechados, o nome e as irregularidades não foram detalhadas pelos órgão envolvidos e devem ser esclarecidas nesta segunda-feira. A repercussão do caso ganhou expressão nas redes sociais na manhã deste domingo pelo fechamento dos bares no meio da madrugada de sábado, momento em que a via estava lotada.
André Rosemberg, dono do Bar Central, reconhece que está fora dos padrões do Coscip, mas explica que tenta solucionar a questão há dois anos. “Funcionamos de 2004 a 2015 sem problemas, mas em 2016, nossos projetos começaram a não ser aceitos pelo Corpo de Bombeiros de Pernambuco. Já enviei três projetos diferentes em relação a criação de uma central de gás aqui, mas tenho limitações de engenharia quanto ao imóvel. Gostaria muito que, em vez de vir apenas para fechar, o órgão abrisse um canal de dialogo com os empresários da rua para encontrarmos uma solução para o problema, que parece afetar a todos”, ressalta. Segundo ele, a direção do Central irá ao Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira tentar liberar o funcionamento do mesmo.
Leonardo Lamartine, um dos conselheiros da Associação de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel-PE), concorda que a fiscalização deve ser feita e os estabelecimentos notificados, mas é contra a forma como a operação está sendo realizada. "Interdição à noite, durante o funcionamento do sábado, na frente dos clientes? Por que não fizeram durante a semana de manhã, na abertura das casas?", questiona.
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