
FOTO: REPRODUÇÃO
Destaquei alguns trechos do discurso de posse do governador Paulo Câmara (PSB) para fazer algumas considerações.
“Milhões de ameaças foram contabilizadas nas redes sociais, apenas no segundo turno. Quase uma centena de pessoas sofreram agressões físicas. Tudo em meio a uma crise de raízes profundas, que parece deixar o País sem rumo”
“É urgente desmontar os palanques, desarmar os espíritos, buscar o mínimo de convergências que nos permitam preservar as conquistas democráticas e avançar”
“Precisamos de paz, porém não a paz do silêncio imposto pela força. Queremos a paz viva, do debate, do contraditório, da liberdade de opinião”
O governador contesta as ameaças nas redes sociais no momento em que vendas os olhos pelos ataques pessoais realizado em nome do Governo do Estado e em notas oficiais, contra membro do Ministério Público Federal, direcionados principalmente a Procuradora Sílvia Regina Pontes Lopes, titular de um dos Ofícios de Combate à Corrupção em Pernambuco, por ter subscrevido uma ação civil pública por atos de improbidade administrativa contra o próprio Governador e o então Secretário de Saúde.
Quando fala em desmontar palanque e desarmar os espíritos, não dar para entender bem a quem a mensagem é transmitida senão, aos próprios aliados do governador, principalmente quando fala em avançar nas conquistas democráticas se o Palácio reduz essas conquistas e, transforma o estado em uma federação dominada de forma hostil pela Frente Popular de Pernambuco, criada por Miguel Arraes, como Paulo Câmara bem frisou. O governador fala com carinho da democracia, mas com uma sinceridade que podemos sim desconfiar.
O governador vai mais além no seu jeito dissimulado de tratar o povo pernambucano que se cansou da Senzala Socialista imposta pelos “Campos Arraes” (não estou falando daqueles que reconduziu ele ao Palácio do Campo das Princesas, estou tratando dos sensatos), quando mente descaradamente que é aberto ao diálogo, ao contraditório e respeita a liberdade de opinião, quando persegue abertamente o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, por denunciar as condições precárias das delegacias no Estado além de outras situações relacionadas a segurança pública, e por fim, determinou que os seus aliados na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) extinguisse a Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP), também retaliando a delegada que estava à frente da unidade, Patrícia Domingos, por investigar os maus feitos do seu governo e dos seus aliados.
É muito desesperançoso para o pernambucano, acreditar em um governo manipulado por uma dama de ferro e envolvido em torrentes de turbulências, em um farinhada de sujeira e que não permite Fair Play para os adversários. O governo ainda disfarçadamente faz uma reforma administrativa e diz que montou um “Quadro Técnico”, convoca dois auditores do Tribunal de Contas do Estado, Milton Coelho para Chefia de Gabinete e José Neto para Administração e, deixa evidências de que tudo agora será controlado pelo Governo, que “sabiamente” usa continuadamente a palavra democracia para tentar esconder o viés ideológico socialista / ditatorial, que atropela todos aqueles que se colocam no caminho dos interesses da Frente Popular.
A "Caixa Preta" desse governo, principalmente a que estava sob o controle da DECASP, pode revelar os segredos que é de causar inveja até mesmo ao trio fluminense (Cabral, Garotinho e Pezão).
Um governo autoritário posando de democrático. Faz-me rir.
Blog do Paixão