Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Anac abriu investigação.
Por G1 SP

Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea.
A agência abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo feito.
" A aeronave de matrícula PT-HPG, acidentada hoje, em São Paulo, era operada e pertencia à empresa RQ Serviços Aéreos Especializados LTDA. A empresa possui autorização da ANAC para prestar Serviços Aéreos Especializados (SAE), que incluem aerofotografia, aeroreportagem, aerofilmagem, entre outros do mesmo ramo. A aeronave acidentada também estava certificada na categoria SAE. Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada. Tendo em vista essas informações, a ANAC abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente", diz a nota.
Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, também abriram investigação sobre a queda.
Depois de apresentar jornal na Band News FM, na capital paulista, Boechat seguiu para um evento organizado para uma indústria farmacêutica, em um hotel em Campinas, no interior de São Paulo.
O helicóptero saiu de Campinas às 11h45, no interior do estado, onde Boechat participou nesta manhã de um evento, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul . A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, próximo ao Rodoanel: a aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via. Segundo testemunhas, o piloto tentava fazer um pouso de emergência.
"De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade válido, bem como a Inspeção Anual de Manutenção, ou seja, em situação regular", diz nota da Anac.
A RQ Serviços Aéreos foi contratada pela Zum Brasil, que por sua vez foi contratada pela farmacêutica Libbs pra organizar o evento em Campinas.
Em nota, a Libbs fala sobre o convite ao jornalista.
"Todos nós da empresa estamos profundamente consternados com o falecimento do querido Ricardo Boechat, ícone e referência internacional do jornalismo. Ele foi convidado para participar de nossa convenção, em Campinas, neste dia 11, e, como é comum em suas aparições, abrilhantou e fortaleceu a relevância do nosso encontro. Durante 40 minutos ele esteve conosco em um bate-papo no qual imprimiu seu estilo, sempre autêntico e verdadeiro. Lamentamos igualmente o falecimento do piloto Ronaldo Quattrucci e estamos inteiramente solidários à dor das famílias. Todas as atividades do dia foram canceladas. Estamos aguardando informações oficiais sobre o ocorrido e seguimos à disposição para cooperar com mais informações", diz a nota.
Mapa mostra local onde helicóptero caiu na Rodovia Anhanguera — Foto: Wagner Magalhães/G1
Modelo do helicóptero
A aeronave era um Bell Helicopter fabricada em 1975. Com capacidade para cinco pessoas, sendo um piloto e quatro passageiros, esse modelo de helicóptero é considerado seguro. O proprietário do helicóptero é a empresa RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda, do piloto, que morreu na queda.
Segundo o site da empresa proprietária, a aeronave tem um alcance de 500 km e velocidade de 170 km por hora. De acordo com o site da Anac, o peso máximo de decolagem é de 1.247 quilos.
Perfil
Filho de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. O pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores na Argentina.
Boechat era recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se – e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV).
Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado. Ele lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua história” (DBA).
O jornalista deixa a mulher, Veruska, e seis filhos.
Ricardo
Boechat, jornalista, morre aos 66 anos em queda de helicóptero em SP

Ricardo Boechat, em foto de março de 2006 — Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo/Arquivo
Jornalista era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM. Aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela Rodovia Anhanguera.
Por
G1 SP
O jornalista, apresentador e radialista Ricardo Eugênio
Boechat morreu no início da tarde desta segunda-feira (11), aos 66 anos, em São
Paulo.
O
jornalista estava em um helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera, em São
Paulo, e bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via. O
piloto Ronaldo Quattrucci também morreu no acidente.
Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio
BandNews FM e colunista da revista "IstoÉ". Ele trabalhou nos jornais
“O Globo”, “O Dia”, “O Estado de S. Paulo” e “Jornal do Brasil”.
Na década de 1990, teve uma coluna diária no "Bom
Dia Brasil", na TV Globo, e trabalhou no "Jornal da Globo". Foi
ainda diretor de jornalismo da Band e teve passagem pelo SBT.
A morte do jornalista causou
comoção entre políticos, personalidades e jornalistas.
Perfil
Filho de diplomata, Ricardo Eugênio
Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. O pai estava a serviço
do Ministério das Relações Exteriores na Argentina.
Boechat era recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se
– e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio, Colunista
de Notícia e Âncora de TV).
Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que
listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais
admirado. Ele lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua
história” (DBA).
O jornalista deixa a mulher, Veruska, e seis filhos.
Começo da carreira
Boechat começou a trabalhar assim que
deixou a escola, na virada de 1969 para 1970, após um período de militância em
que fez parte do quadro de base do Partido Comunista em Niterói (RJ).
O pai de uma amiga, diretor comercial do "Diário de
Notícias", foi quem o convidou.
"Note que eu mal batia à máquina, não tinha noção de
rigorosamente nada. Tinha morado a vida inteira em Niterói. O Rio de Janeiro
para mim era o exterior", comentou ao site Memória
Globo (leia o depoimento completo).
Um de seus primeiros textos foi uma nota exclusiva sobre
Pelé, que lhe garantiu mais espaço no jornal.
Depois, Boechat passou a escrever na coluna de Ibrahim
Sued (1924-1995), no mesmo "Diário de Notícias". Ele considerava o
período de 14 anos em que trabalhou com Sued como decisivo para sua
"formação como repórter".
"Eu pude ter uma escola na qual a doutrina era
procurar informações, e por trás de mim o primeiro e maior dos pitbulls que eu
já conheci, que era ele, rosnando no meu ouvido 24 horas por dia."

Ricardo
Boechat em foto de arquivo da TV Globo — Foto: Acervo TV Globo
Boechat saiu em 1983, quando a coluna já era publicada em
"O Globo", após uma briga com o titular. Mudou-se, então, para o
"Jornal do Brasil", a convite do concorrente Zózimo Barroso do
Amaral, tendo retornado a "O Globo" pouco depois, na coluna
"Swann".
Em uma segunda passagem pelo jornal, que durou até 2001,
foi titular de uma coluna que levava o seu nome.
Boechat deu uma palestra a representantes da indústria
farmacêutica em Campinas, no interior do estado, na manhã desta segunda e
retornava a São Paulo por volta das 12h. Ele deveria pousar no heliponto da
Band, no Morumbi, Zona Sul da capital paulista.

O
jornalista Ricardo Boechat em imagem de 2013 em Curitiba, no PR — Foto: Rodolfo
Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Anúncio na Band
José Luiz Datena, apresentador da TV
Band, anunciou a morte do colega às 13h51 durante programação da emissora.
"Com profundo pesar, desses quase 50 anos de
jornalismo, cabe a mim informar a vocês que o jornalista, amigo, pai de
família, companheiro, que na última quarta, que eu vim aqui apresentar o
jornal, me deu um beijo no rosto, fingido que ia cochichar alguma coisa, e, no
fim, brincalhão como ele era, falou: 'É, bocão, eu só queria te dar um beijo'.
Queria informar aos senhores que o maior âncora da televisão brasileira, o
Ricardo Boechat, morreu hoje num acidente de helicóptero, no Rodoanel, aqui em
São Paulo".

Reprodução
da coluna de Ricardo Boechat de agosto de 2000 — Foto: Reprodução
Piloto de helicóptero morto em acidente com Boechat era dono da
empresa proprietária da aeronave

O piloto Ronaldo Quattrucci morreu no acidente que também matou o jornalista Ricardo Boechat — Foto: Reprodução/Redes sociais
Ronaldo Quattrucci tinha 56 anos e deixa dois filhos. Segundo associação de pilotos, ele 'seguiu à risca as doutrinas de segurança até o último momento'.
Por G1 SP
Ronaldo Quattrucci, o piloto morto
no acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat na
tarde desta segunda-feira (11), era dono da empresa proprietária do
helicóptero, a RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda. Ronaldo tinha 56 anos e
deixa dois filhos.
Segundo a Associação
Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), Quattrucci "seguiu à risca
as doutrinas de segurança até o último momento, na tentativa de preservar a
vida da tripulação a bordo do helicóptero".
"Importante
destacar, ainda, a experiência de quase duas décadas do comandante, as licenças
regulares, bem como as características e potencial da aeronave que
comandava", diz a nota.

Ronaldo Quattrucci, piloto morto em acidente com Boechat — Foto:
Reprodução/Facebook
O helicóptero saiu de
Campinas, no interior do estado, onde Boechat participou nesta manhã de um
evento, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul
. A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, junto ao Rodoanel: a aeronave bateu na
parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.
Segundo a Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, um Bell Helicopter prefixo
PT-HPG, estava em situação regular, mas a empresa não tinha autorização para fazer táxi aéreo.

Investigadores
chegam ao local do acidente em que caiu o helicóptero de Ricardo Boechat
"De
acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava com o
Certificado de Aeronavegabilidade válido, bem como a Inspeção Anual de
Manutenção, ou seja, em situação regular", diz nota da Anac.
Segundo o site da RQ
Serviços Aéreos , a aeronave tem um alcance de 500 km e velocidade de 170 km
por hora. A frota da empresa ainda tem mais duas aeronaves, um Robinson R44 e
um R22.
Mulher de Boechat posta foto em homenagem ao marido: 'Pior dia
da minha vida'
Âncora da BandNews FM e do Jornal da Band morreu aos 66 anos após queda de helicóptero em São Paulo nesta segunda-feira (11).
Por G1 SP
'Pior dia da minha vida', escreveu a esposa de Boechat, Veruska Seibel, no Instagram — Foto: Reprodução/Instagram
"Pior dia da
minha vida", escreveu Veruska Seibel, esposa do jornalista Ricardo
Boechat, morto nesta segunda-feira (11) na queda de um helicóptero em São
Paulo. Em sua conta no Instagram, Veruska postou uma foto do dia
do casamento com Boechat.
O apresentador e
radialista Ricardo Eugênio Boechat morreu aos 66 anos. Ele
estava em um helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, e bateu
na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via. O piloto Ronaldo
Quattrucci também morreu no acidente.
Boechat
era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e colunista da
revista "IstoÉ". Ele trabalhou nos jornais “O Globo”, “O Dia”, “O
Estado de S. Paulo” e “Jornal do Brasil”.
Na década de 1990,
teve uma coluna diária no "Bom Dia Brasil", na TV Globo, e trabalhou
no "Jornal da Globo". Foi ainda diretor de jornalismo da Band e teve
passagem pelo SBT.
Ele ganhou três vezes
o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo brasileiro.
A morte do jornalista
causou comoção entre políticos, personalidades e jornalistas.
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