s histórias, as belas histórias, sempre surgem dos boêmios inveterados e saudosistas, dos “baladeiros”, festeiros ou “nostalgistas”, e em nenhuma dessas definições me encaixo tão bem, a não ser pela nostalgia de tentar trazer o passado para o conhecimento das gerações futuras.
Sempre fui uma pessoa retraída, e reservada, portanto, como “Contador de Histórias”, as fontes ou acontecimentos são a inspiração para as minhas dissertações, já que a minha vida não foi muito badalada. Muitos podem até dizer que tenho hipertimesia (apego as coisas do passado e condição em que o indivíduo apresenta memória biográfica, ou incapacidade de viver o presente uma vez que está sempre a pensar no passado), mas acredito cegamente na necessidade urgente de trazer para os nossos dias , o espelho do nosso passado para a construção do presente e do futuro. Sem isso, a nossa árvore genealógica morre à míngua e a nossa história não tem um elo para que as conexões (desculpem a redundância) das gerações que fundaram e continuam avançando para a construção de um futuro, tomara que promissor.
Aproveitando registros (fotos) e parte do relato do Blogueiro e Comerciante (segue abaixo) , Ronaldo Lacerda, postada em um dos site mais visto da Região do Araripe – o AFNEWSS (antigo Araripina em Foco) em que aparece figuras do nosso cotidiano, a exemplo do também comerciante Malan, o último dos remanescentes proprietário do “Bar Recanto”, fiz um Tour pelo “Google Maps” e inspirado pelos boêmios e nostálgicos desta cidade, resolvi também fazer um despedida de um dos “Point” mais importantes e mais famosos da sociedade araripinense, que agora como outros empreendimentos da nossa arquitetura antiga, dará espaço para o empreendedorismo moderno.
"Registro aqui com estranha melancolia a ÚLTIMA DOSE DE CUBA LIBRE tomada no Bar Recanto, que deixará de existir. Não sou mais da ‘farra’, mas fui curtir um pouquinho da noite chuvosa de Araripina no mais famoso reduto boêmio do meu tempo. O bar Recanto some da história sem festa de despedida. Fui atendido pessoalmente pelo amigo Malan, o proprietário, que agora vai cuidar do Balneário ‘Seu Valério’, homenagem a seu pai de saudosa memória e amigo de todos que estudaram no CERU nos anos 70 e 80. É seu novo negócio.
"Registo que as Casas Bahia chegarão à cidade e esta chegada ‘move pedras’. Talvez o Recanto abrigue algo do ramo de culinária.
Registo ao fundo a velha Figueira e torcemos para que se torne ‘Patrimônio de Araripina’, para uma vez protegida por Lei, protegida fique também do mercado imobiliário, e assim possa ser zelada e sempre imponente.
Foi só uma dose. Mas o suficiente para recordar que ali vivi os dias mais descontraídos da minha vida; que ali ‘me preparei’ com os amigos para as festas grandiosas do Clube Arca e também para as festas nas cidades vizinhas. Era o ponto de partida em dias de festa no Clube e o ponto preferido nos dias normais na cidade".
Ronaldo Lacerda
Fonte e Fotos: Blog Afnewss
Fotos: Google Maps
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