Eduardo Bolsonaro disse ainda que hoje o criminoso sabe que a vítima não vai estar armada. Foto: Ed Alves/CB/D.A Press
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
afirmou, nessa quarta-feira (13/), que as armas de fogo fazem tão mal quanto um
carro porque dependem da ação humana. Ele rebateu também o argumento de que os
homicídios diminuiriam com menos armas nas ruas porque, de acordo com ele, o
Estatuto do Desarmamento não reduziu o número de mortes no País.
"A minha crítica é que no Brasil
deveria existir também um estudo sobre o uso defensivo da arma de fogo, e não
apenas o uso agressivo. E a gente sempre vai na argumentação que a arma é um
pedaço de metal. Faz tão mal quanto um carro. Ou seja, para fazer mal, precisa
de uma pessoa por trás dela. Armas não matam ninguém, o que matam são pessoas.
Pode usar pistolas, facas, pedras", disse.
Para Eduardo Bolsonaro, as armas não
servem apenas para matar, mas também para defender. "Quem é do meio
policial sabe, e eu mesmo já passei por uma situação dessas, em que apenas
exibindo uma arma de fogo você evita um roubo ou até algo pior, uma morte. Só
que isso não é registrado em local nenhum. Agora se eu reajo armado a um
assalto e venho a falecer, isso aí entra em estatística, porque é aberto
inquérito, vai para dados oficiais", disse.
O parlamentar apresentou seus
argumentos ao ser questionado sobre o massacre ocorrido, pela manhã, em uma
escola estadual no município de Suzano, na Grande São Paulo. Ao menos dez
morreram, incluindo os dois atiradores.
O deputado disse ainda que hoje o
criminoso sabe que a vítima não vai estar armada. "Enquanto as armas eram
de mais fácil acesso, o número de crimes era menor", defendeu.
Durante a tarde, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a ideia de que se a população pudesse
andar armada, tragédias como essa seriam evitadas. Para ele, a defesa do porte
de arma nestas situações levaria a uma "barbárie" no País. Maia
defendeu ainda que o monopólio da segurança pública seja somente
responsabilidade do poder público.
"É óbvio que num momento desses de
comoção existem pessoas que vão tentar de todo jeito aproveitar as suas bandeiras
contra o armamento. Isso ocorre sempre que isso acontece. Agora, e as outras
62.000 pessoas que foram assassinadas sem a chance de defesa? Será que elas não
têm voz?", rebateu Eduardo. Ele disse ainda que Maia tem "direito de
ter sua opinião".
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