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Número de cidades de Pernambuco que usam lixões tem queda de 12,3%, aponta TCE


Segundo diagnóstico divulgado nesta quarta (27), 92 municípios fizeram descartes de forma irregular, em 2019. No ano passado, 105 cidades jogavam resíduos em lixões.

Por G1 PE

Das 184 cidades de Pernambuco, 92 utilizam lixões, segundo o TCE — Foto: Reprodução/TV Globo

Noventa e dois dos 184 municípios de Pernambuco usaram lixões ou aterros controlados para descartar os resíduos sólidos, em 2019. Um diagnóstico apresentado pelo Tribunal de Contas do estado (TCE-PE) nesta quarta-feira (27) mostra que esse número teve uma queda de 12,3%, em relação a 2018, quando esse tipo de destinação final era feito por 105 cidades.

O trabalho “Diagnóstico de Resíduos Sólidos em Pernambuco, em 2019”, é uma ação do tribunal, que busca orientar os gestores municipais sobre as boas práticas na destinação final do lixo. O documento, lançado há cinco anos, é elaborado a partir de uma parceria com outros órgãos.

Os dados, segundo o TCE-PE, foram analisados a partir de relatórios da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) referentes ao lixo, em 2018, dados de inspeções do corpo técnico do TCE-PE, este ano, além de informações de 112 processos de Auditoria Especial, abertos para apurar responsabilidades por utilização de lixões.

O TCE aponta que, em 2019, 91 cidades colocavam os resíduos em lixões e uma, em aterro controlado. Os outros 92 municípios usavam aterros sanitários, sendo cinco privados e 13 públicos.
O diagnóstico revela também a queda do número de cidades que usavam lixões, ao longo dos anos, desde 2104. No primeiro trabalho, eram 155 municípios, ou 84,2%%, contando com aqueles que faziam depósitos em aterros controlados.

No ano seguinte, eram 82,6%. Em 2016, o número chegou a 81,6% o número de cidades que usavam lixões e aterros controlados. Em 2017, o índice era de 72,3% e, em 2018, de 57,1%.

“Essa queda aconteceu por causa da intensificação dos trabalhos do tribunal. Em 2018, abrimos 112 auditorias nas cidades que ainda tinham lixões e individualizamos as condutas”, afirmou o auditor de Controle Externo do Núcleo de Engenharia do TCE, Pedro Teixeira.

Além da queda no número de cidades que usam lixões, o TCE-PE constatou o aumento de municípios que passaram a descartar os resíduos em aterros sanitários. Em 2014, eram 15,8%. Este ano, o número chegou a 50%.

Além disso, 32 municípios, ou 17,39%, estão em fase de negociação para cumprir com a deposição correta de seus resíduos sólidos.

“Temos boas notícias, mas ainda é preciso fazer muito. Constatamos que 59 cidades não fizeram nenhum esforço para se adequar ainda. Essa é uma questão de priorização de gestão”, afirmou Teixeira.

Para o TCE-PE, até janeiro de 2020, 68% das cidades do estado devem seguir a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), em vigor desde agosto de 2010.

As prefeituras que permanecerem depositando os resíduos em lixões e não apresentaram plano de ação que contenha a eliminação próxima dos lixões, em até 90 dias, podem sofrer punições. Os prefeitos, informa o TCE-PE, ficarão sujeitos a formalização de processos e multas.

“Já emitimos multas de R$ 5 a R$ 32 mil. Além disso, alertamos todos esses municípios para a questão da responsabilização. Os prefeitos devem ficar conscientes de que podem ser penalizados e até ficar impedidos de concorrer a eleições”, acrescentou Teixeira.

Os gestores que seguirem as normas ambientais para o correto despejo dos resíduos e que estiverem em fase de licenciamento na CPRH serão beneficiados com uma parcela do ICMS Socioambiental. O repasse destes valores ajuda a cobrir as despesas com operação e manutenção desses aterros.




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