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A delegada Patricia Domingos diz que alma tem uma ferida aberta


Em entrevista ao blog e ao Frente a Frente, que transcrevo abaixo a sua íntegra, a delegada Patrícia Domingos, afastada da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), que investigava políticos e gestores corruptos, extinta pelo governador Paulo Câmara, abre o coração e admite que seu nome é ventilado para disputar a Prefeitura do Recife, decisão que deve amadurecer até o prazo final, em abril.  
Fala de tudo, da incompreensão que sofreu por ter mandado 50 políticos verem o sol nascer quadrado, da sua vinda para o Recife, saindo de uma família pobre do Rio, e até pelas confusões que as pessoas fazem entre o seu trabalho de combate à corrupção com da delegada Gleide Ângelo, em defesa da mulher violentada.  
Centrada, com respostas curtas, inteligentes propositivas, Patrícia fala até de sua beleza física, que chama a atenção de muito macho besta, mas o que deixa fortemente fluir é o desapontamento pela interrupção do seu trabalho investigativo. “Feriram o meu coração de morte. Impedir que eu continuasse um trabalho de combate à corrupção é uma ferida aberta, que nunca vai fechar”, diz, com os olhos marejados. Veja a entrevista:  
Por que a senhora foi afastada de um trabalho com tamanha ressonância no Estado? 
Eis uma pergunta que não é só sua, mas minha e de todo Pernambuco. Desejaria saber o que aconteceu ali. O porquê de, depois de quatro anos de um trabalho exitoso, cerca de 50 políticos presos, R$ 13 milhões recuperados, 15 operações policiais, resolveram fechar uma delegacia que combatia a corrupção no Estado. Essa é a nossa indagação como profissional até hoje. 
A senhora estava pegando no pé dos políticos corruptos? 
Estávamos no caminho, inclusive conseguimos banir muitas trelas de alguns presos, outros afastados, outros com bens bloqueados. A gente conseguiu interromper a vida criminosa de diversos políticos em Pernambuco. 
Fechar uma delegacia, do ponto de vista profissional, foi a maior brutalidade que poderiam ter feito com a senhora?  
Foi algo muito impactante. Alguns policiais estavam atuando comigo há onze anos. A delegacia mais produtiva de Pernambuco teve seu trabalho precocemente encerrado e até hoje a sociedade não tem resposta para tamanha brutalidade. Fiquei muito triste e abatida. O golpe não foi em mim, foi na sociedade, que perdeu um grande instrumento de combate à corrupção.  
Investigar políticos corruptos e gestores com práticas não republicanas caiu no seu colo por acaso?  
Eu fui convidada em função da minha trajetória alicerçada num trabalho árduo. Quem trabalhou comigo descobriu que não tenho medo de cara feia. Não tenho medo de desafios que batem à porta nos convocando para o bom combate eclesiástico. As pessoas sabem que eu carrego o piano, com garra, determinação, elevado espírito público, com o traço da minha honestidade. Além de não ser de Pernambuco e não ter vínculos, eu era a pessoa mais adequada para estar dentro daquela função, para cumprir aquela missão, naquele exato momento. 
Muita gente diz que a senhora centrou as investigações em nomes de gente de peso do PSB, esquecendo outros partidos... 
Nós investigamos políticos de diversos partidos, inclusive de oposição. Agora, a maioria acaba resvalando nesse partido mencionado (PSB), mas a gente nunca olhou para lados da política. Lamentavelmente, alguns partidos têm mais políticos criminosos do que outros. Então, infelizmente, as investigações resvalaram em pessoas de qualquer ideologia partidária, desde que tenham cometidos crimes contra a população. 
A senhora chegou a perder o sono diante de tanta pressão para parar as investigações?  
Eu perdi o sono depois do fechamento da delegacia. Eu me perguntava como o combate à corrupção iria ser tocado após esse fato. Eu me ofertei para trabalhar no novo departamento e não quiseram. Acabei sendo realocada numa delegacia de homicídios. Então, ficam muitas perguntas sem respostas. 
Como se davam essas pressões? 
Ao longo do meu trabalho houve políticos que cogitaram perpetrar atos contra a minha vida ou pedidos de transferência. Podemos falar hoje, pois são processos que não têm sigilo de justiça. Político corrupto usa toda sua teia de influência para destruir um profissional. 
Chegou a alguma fase nas investigações que a senhora alertou: "Se acontecer algo comigo, vocês já sabem quem são os responsáveis"?  
Chegou. Houve momentos muito difíceis nas investigações que acertaram núcleos de poder até então inatingíveis, nos verdadeiros coronéis que insistem em manter seu poderio em Pernambuco e não conseguem enxergar que a impunidade é uma página virada, está acabando, felizmente, no País. E já aconteceu, sim, de a gente deixar escritos nossos, para caso de acontecer alguma coisa, haver uma linha de investigação. 
De que fonte a senhora tirou tanta coragem? 
Eu tenho uma base familiar muito forte, fui criada acreditando que poderia construir um mundo mais justo. Eu levo muito a sério meu sonho de menina de mudar o mundo. Dentro das nossas possibilidades, se empenhar para causar a maior mudança possível. Só que a mudança exige coragem. Ninguém combate a corrupção impunemente. Mas a gente continua nessa luta. 
Quem olha para a senhora, a princípio, pode achar que vem de uma família rica do Rio de Janeiro. Já lhe disseram isso?  
Pois é. Quem olha para mim vê com cara de aristocrata, mas não percebe a proletária que eu sempre fui. Venho de uma família que teve dificuldade até de ausência de comida na mesa. E essas dificuldades forjaram os cidadãos de bem que somos hoje. Meu primeiro concurso para delegado aqui em Pernambuco foi um tremendo sacrifício. Saindo do Rio, peguei 36 horas de ônibus e não tinha onde ficar hospedada. É por isso que tenho coragem de enfrentar o mundo, pois o enfrento desde muito jovem. Nada veio fácil, nada caiu no meu colo de graça. Tenho orgulho da minha história. 
A senhora começou a trabalhar aos nove anos? 
Sim, eu e meus irmãos. Mas meu primeiro emprego formal apareceu depois que me submeti a um concurso público aos 17 anos, na Prefeitura do Rio de Janeiro. Fui empossada, me emancipei e estou trabalhando desde então.  
E por qual razão escolheu Pernambuco para atuar como delegada?  
Na verdade, se tivesse me habilitado em concurso para policial no Rio de Janeiro, tendo como base o trabalho que fiz aqui, já não estava mais viva, entende? Eu sabia que para ser policial teria que estar em outro local, e escolhi Pernambuco por afinidade com o Nordeste. Acabei escolhendo Pernambuco para viver. 
A senhora nunca tinha vindo a Pernambuco? 
Nunca. Eu só conhecia o estado, Recife especialmente, pela Internet. Mas tenho uma gratidão por Pernambuco por tudo que o povo tem feito para me defender até hoje. Sou apaixonada pelo estado, faço propaganda e sempre achei as pessoas daqui muito receptivas comigo. No momento de maior dificuldade, no maior drama profissional que vivi em minha vida, quem teve do meu lado foi o povo. Isso é muito gratificante, uma energia que me abastece, que me dá a certeza de que posso fazer muito mais.  
E o coração também já foi roubado por um pernambucano? 
Não, ainda não. O coração pertence a mim, 100%. Já fui noiva de pernambucano, hoje é um grande amigo. Não casei, passei perto. 
A senhora gosta de política? 
Gosto muito e acho que todo brasileiro de bem deveria se interessar. A gente costuma dizer que a política dá ao brasileiro a exata proporção do que ela recebe dos cidadãos: pouca importância. 
Como assim? 
O brasileiro precisa se interessar mais por política, para que possa interferir na vida nacional, na vida do seu estado, do seu município. É verdade que o brasileiro está cansado, eu também estou de ver político corrupto preso e depois solto. É o País da impunidade! Mas quando a gente passa a olhar para o Brasil como uma propriedade nossa, como uma empresa, vira sócio e tem que dar a sua contribuição à sociedade. Quando a gente abandona o cenário político, os políticos pintam e bordam, fazem o que querem com a gente. Quando a população vai às ruas e se manifesta, como tivemos o exemplo do impeachment do prefeito de Camaragibe, a gente vê a importância de a população conhecer bem os políticos. Enquanto o brasileiro não se importar, certamente será vítima desse processo.  
Seu afastamento da delegacia e, consequentemente, a extinção dela (Decasp) jogou seu nome na mídia. A senhora é candidata à prefeita do Recife?  
Muita gente tem feito essa pergunta. A gente observa um clamor social das pessoas para que a gente interfira no cenário político de maneira mais incisiva, na qualidade de jogadora. Só que eu sempre digo que não é uma transição fácil. Na delegacia, é como se eu fosse um árbitro de futebol, dando cartão para os dois lados do time, independente do partido. Hoje, eu estou na posição de treinadora. A gente está treinando novas lideranças para participar das eleições em 2020. Tornar-me uma "jogadora" não é algo que eu descarte, mas eu tenho pensado com carinho, justamente porque a população clama por alguém novo. Mas nesse momento, não é algo que eu articule. 
Indo na sua linha, você seria "jogadora" de um processo majoritário ou proporcional? 
Na verdade, primeiro eu preciso decidir se eu vou jogar, não é? A partir daí, a gente escolhe o esporte que vai praticar. 
A senhora teria propostas diferenciadas para o Recife? 
Tenho ideias como cidadã. Sou moradora de Recife e observo as dificuldades da cidade. Temos algumas ideias na área de segurança, mobilidade e turismo. Dá para perceber, facilmente, que Recife está deficitária nesses aspectos e são coisas que eu desejo. Seja quem venha a governar a cidade tem que ter um olhar mais atento para essas questões. 
Os pré-candidatos que estão no jogo têm projetos para o Recife? 
Eu aguardo que os pré-candidatos apresentem projetos, porque o que eu vejo nas eleições desde que sou criança, é políticos se atacando e ninguém apresentando projeto. Na minha infância, eu assistia horário político obrigatório e via um político falando mal do outro, da vida pessoal, de uma questão familiar ou profissional e ninguém apresentando nada. Há muito anos, me pergunto: onde estão guardados os projetos para a cidade?  
A senhora está no Recife há 12 anos. De lá para cá, a cidade melhorou ou piorou? 
Em termos de mobilidade, piorou muito. A gente tem um trânsito cada vez mais caótico e Recife está na nona posição de extensão em ciclo faixas. No turismo, vemos que não há um grande investimento nessa área e estamos ficamos para trás de outras capitais, mesmo tendo potencial para estar em primeiro lugar no Nordeste. Em questão de segurança, digo, como moradora, que não me sinto segura em Recife. A gente precisa de mais câmeras. Já tentaram me assaltar uma vez e era num local que não tinha câmera, com má iluminação. Problemas relativamente simples de se resolver, numa cidade que tem um orçamento bilionário, e a gente se sente carente dessas políticas públicas que possam dar a segurança ao cidadão. O cidadão de Recife não merece andar na rua com medo.  
Vivemos numa região muito machista, com preconceitos arraigados. A senhora já sofreu com isso quando estava investigando cabra com cabelo na venta?  
Nós sentimos um preconceito natural e cultural, mas é bom pontuar que Pernambuco é uma terra de mulheres de coragem. A gente teve aqui Maria Bonita e tantas outras que viraram ícones, independentemente se as atitudes foram corretas ou não. Hoje, a gente se coloca nessa posição, enfrentamos o preconceito, a ponto de a mulher ter que fazer um trabalho melhor do que o homem para ser alçada a uma condição equiparada ao homem. Você tem que ser melhor para ser vista como igual. É algo que precisa ser mudado e há políticas públicas que podem ajudar nessa esfera. Mas acho que o pernambucano melhorou muito. Do que eu ouvia falar quando vim morar no Nordeste, para o que eu observo, há uma evolução muito grande. 
Por que repercutiu tanto a entrevista de João Carlos Paes Mendonça? 
Porque João Carlos Paes Mendonça teve um olhar não empresário, mas de cidadão. Ele não só vive, mas gosta da terra. E ele vê Pernambuco abandonado em alguns aspectos. Ele pontuou tudo aquilo que o recifense tem vontade de falar. Por que temos uma riqueza tão grande de possibilidades no turismo e não há o investimento? Por que a gente vai se colocar hoje numa posição atrás de Fortaleza e Salvador? Nós temos potencial para crescer muito mais. 
A senhora tem até abril para decidir sobre o registro de sua filiação e pensar num projeto para o Recife, como prefeita. Vai esperar esse prazo até o fim ou pode tomar uma decisão antes? 
Magno, é como lhe falei: não descarto essa possibilidade, porque as circunstâncias da vida mudam. Se há um ano alguém me dissesse que a minha delegacia estaria fechada e eu estaria no gozo de uma licença-prêmio estudando para concurso, eu diria que era um pesadelo. Só que o pesadelo se tornou real. Então, o que eu posso dizer é que se as circunstâncias mudarem, não é um caminho que descarte, mas é algo a ser trabalhado. Eu ainda não sei se vou seguir por esse caminho. Mas tenho, na condição de cidadã, várias ideias para melhorar Recife. 
A política se dá por grupos. O PSB tem uma aliança enorme e os outros partidos têm história e tempo de televisão. Se lançando como candidata a senhora viria sozinha com o discurso da cidadania, em nome de uma coisa nova ou conversaria também com outros partidos? 
Política é como paquera: a gente não comenta as conversas. O que eu posso lhe dizer é que sou a favor das candidaturas avulsas. Mas, hoje, não tenho nada alinhavado. Não sou filiada a nenhum partido, mas tenho meus projetos pessoais, de coisas que eu gostaria de ver na cidade. Tenho como pilares, ideias para a segurança pública, mobilidade e turismo. 
O estado diz que reduziu a violência com o "Pacto pela Vida". Isso é real? 
Sim, é real. Só que essa redução não é em Pernambuco, é nacional. Quando a gente vai olhar os números, dentro do último ano, eles reduziram no Brasil como um todo. Então, o "Pacto pela Vida" tem funcionado, mas o Brasil inteiro tem batalhado. Quando a gente fala de homicídio, a maioria está ligada ao tráfico e uma minoria ligada a latrocínio e questão pessoais. Onde o cidadão se sente mais desprotegido? O cidadão quer andar na rua sem ser assaltado, quer andar mexendo no celular sem que alguém roube, quer passar por uma rua com iluminação para que a mulher não seja estuprada. É isso que falta ao cidadão.  
A senhora ficou como vítima no processo de afastamento da Decasp. Acha que o eleitor pode lhe dar uma "carta de crédito" para continuar trabalhando pelo Recife em outra missão?  
O que a população tenta fazer conosco é nos dar uma credencial para continuar trabalhando mais. As pessoas me veem como um ícone de uma servidora que batalhou contra o sistema. Combater a corrupção é uma missão muito árdua, um jogo contra uma capilaridade de poder gigantesca. Não é uma missão para pessoas que não têm coragem. Talvez por isso, o pernambucano tenha vontade de dar essa credencial de olhar para gente e dizer: "Você vai continuar seu trabalho pelas pessoas que querem você lá". A vontade do povo pode se tornar soberana dessa forma, já que os protestos da população para manter a delegacia aberta não conseguiram êxito. 
A senhora tem coragem de enfrentar os poderosos? 
Coragem é o meu sobrenome desde criança. Vivi com dificuldades, trabalhei desde criança para botar o pão dentro de casa. É muito difícil você intimidar uma pessoa que é movida por bons valores e por altruísmo. Sou uma otimista incorrigível e acredito muito no poder da mudança e na força que a população tem de implementá-las. Como cidadã, não abro nem para um trem. Quem conhece minha trajetória, sabe disso.  
Qual o partido que a senhora teria simpatia para se filiar? 
O meu partido. Meu "time" é Patrícia Domingos. Eu jogo por mim.  
Mas a senhora vai ter que se filiar... 
Sim. Se eu realmente decidir por esse caminho, a escolha do partido vai ser crucial. Eu teria que visualizar os partidos que têm pautas que se assemelham às pautas defendidas por mim, que tenham bons valores e que tenham uma boa estrutura moral e de planejamento para desenvolver um bom projeto para a cidade. 
Já chegaram a confundir a senhora com a delegada Gleide Ângelo por ser delegada também? 
Só por sermos delegadas. Mas a gente atuava em setores muito distintos. Gleide atuava mais na questão do direito da mulher e na violência e eu mais no combate à corrupção. Mas por sermos delegadas, as pessoas associam. 
Gleide Ângelo está na base do Governo, no PSB. Seria uma boa jogada de marketing sair nessa candidatura junto com ela? 
Olhe, Magno, eu vou lhe ser muito sincera. Foi o próprio PSB que propôs o projeto para fechar a Decasp. Então, se eu puder descartar algum partido seria o PSB.  
Mas descartar o apoio dela (Gleide) também? 
Também, por ela fazer parte desse partido. É uma profissional que admiro, enquanto delegada eu acompanhei sua trajetória, mas em termos de ideologia seria inviável. 
Ela tem distâncias ideológicas das suas? 
Não, pelo contrário. Gleide é uma boa profissional, tem feito o seu mandato na Assembleia com retidão, mas seria mais uma questão de bandeira partidária. O fechamento da delegacia foi algo que custou muito a mim, pessoalmente. Foi um baque muito forte, uma ferida aberta e a população sofreu e sangrou junto com a gente. É algo que vou levar comigo, como uma história para a vida. E a minha felicidade é que quando eu olho para o futuro, a história vai cobrar a conta de todos nós. E eu vou ter muito orgulho, daqui a alguns anos, poder olhar para trás e dizer que estava do lado certo da história. 
O que a senhora acha do Governo Bolsonaro? 
É um governo que tem um ano de existência e temos visto que a condução na área da economia tem sido bem feita. Paulo Guedes é uma pessoa que tem projetos e boas ideias e as executa bem. Vejo que o Brasil tem tido um crescimento, mas a gente não pode esperar que um país que foi saqueado durante 16 anos por uma gestão corrupta se reerga como se fosse um milagre. É como você esperar que alguém que ficou em coma por 16 anos saia falando e correndo ali na praça. Temos um país adoecido deliberadamente por pessoas que saquearam a nossa nação e hoje estamos numa fase de recuperação. Por tudo que já foi feito no nosso país até então, a gente vem se recuperando bem. 
Beleza dá voto? 
Eu não votaria em ninguém por beleza, não (risos). Mas eu não descarto que muitas pessoas votem e tenham esse parâmetro. De repente ver na tela da sua TV uma figura mais agradável, não é?  
Depois do carnaval, Recife pode ter uma sinalização da sua candidatura? 
Caso decida por esse caminho, tenho até abril. Muitas águas vão rolar.  
Mas a senhora já vai brincar carnaval com pinta de candidata, não? 
Será? (risos) 
Eu estou perguntando. (risos) 
Deixa essa dúvida no ar, Magno.   

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