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Trump: Ataque não foi para começar, mas para acabar com uma guerra

"O mundo é um lugar mais seguro sem esses monstros", afirmou o presidente americano


Por Da Redação




O presidente dos EUA, Donald Trump, após determinar envio de mais de 3.000 soldados ao Oriente Médio - 03/01/2020 Tom Brenner/Reuters

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 3, que a ação aérea no Iraque  perpetrada para matar o principal estrategista militar do Irã, o general Qasem Soleiman, não teve o intuito de iniciar uma guerra, mas, sim, de pôr fim a ela.
“Nós atuamos para parar uma guerra, não para começar uma guerra”, afirmou à imprensa no seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, depois de ter determinado o envio de mais 3.500 soldados ao Oriente Médio. 
Soleimani era general das forças Quds, o braço de elite da Guarda Revolucionária Iraniana (GRI), e foi atacado por um drone americano na noite de quinta-feira 2.  Segundo Trump, o assassinato de Soleimani deveria ter sido feito ‘há muito tempo’. “O mundo é um lugar mais seguro sem esses monstros”, afirmou. “Soleimani perpetuou atos de terror para desestabilizar o Oriente Médio”, completou.
De acordo com Trump, o governo iraniano promove a repressão de protestos e a tortura de milhares de civis. Sua preocupação como líder americano, insistiu ele, é com povo do Irã, que classificou como ‘incrível’. “O futuro pertence ao povo do Irã”, disse Trump.
No pronunciamento, o presidente lembrou a atuação das forças americanas para matar o então líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, em outubro passado. Segundo o presidente, os Estados Unidos têm o Exército mais poderoso do mundo que, aliado ao setor de inteligência do governo americano, estaria preparado para identificar possíveis ataques e reprimi-los.
Soleimani era considerado a segunda figura mais poderosa do Irã, depois  do Líder Supremo, aiatolá Ali Khamenei. Em comunicado, o governo iraniano prometeu “vingança severa” aos “criminosos” que o mataram. A morte do general vai dobrar a motivação da resistência do Irã contra os Estados Unidos e Israel, disse o aiatolá. Em comunicado divulgado pela televisão estatal, ele pediu três dias de luto nacional.
A escalada de tensões entre os Estados Unidos e o Irã ocorre desde a saída unilateral americana do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), mais conhecido como Acordo Nuclear, em março de 2018 e com o restabelecimento de sanções econômicas na sequência. Desde então, vários episódios quase levaram os dois países à guerra, como o abate de um drone americano e o ataque contra as refinarias de petróleo da Aramco, empresa estatal da Arábia Saudita. Teerã acusa os Estados Unidos de “terrorismo econômico”, por asfixiar sua economia por meio das restrições econômicas. 

Ataque dos EUA ao Irã gera tensão entre líderes mundiais

General iraniano foi morto em ataque dos Estados Unidos no Iraque

Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil  Brasília

O ataque dos Estados Unidos que resultou na morte, no Iraque, de um militar de alta patente do Irã, o general Qassem Soleimani, e a tensão disparada com o ato repercutiram entre líderes mundiais. O tema ganhou visibilidade hoje (3) devido aos riscos da escalada do conflito entre as duas nações.
Diante da repercussão do episódio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou justificar o ato. Em sua conta no Twitter, declarou que Soleimani matou ou feriu “milhares de americanos por um período estendido de tempo e planejava matar muito mais” e acusou-o de participar da morte de manifestantes iranianos em seu país.
“Embora o Irã não admitisse isso, Soleimani era odiado e temido em seu país. Eles não estão tristes como seus líderes querem fazer o mundo crer”. Trump acrescentou que as pessoas do Iraque “não querem ser dominadas e controladas pelo Irã”.
Também pelo Twitter, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, postou que o país vai “honrar a memória do Major Soleimani” e declarou três dias de luto. O presidente da República Islâmica do Irã, Hassan Rouhani, acrescentou que a “resistência contra os excessos dos Estados Unidos vai continuar” e que “o Irã vai se vingar deste crime hediondo”.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zariff, afirmou que o “ato de terrorismo internacional” dos Estados Unidos, a força mais efetiva de luta contra o Estado Islâmico, é “extremamente perigoso e uma escalada tola”. O chanceler completou que os EUA são responsáveis pelo seu comportamento “aventureiro”.
O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul Mahdi, condenou o ataque, classificando-o de uma “agressão ao Iraque, ao Estado, ao governo e ao seu povo”, bem como uma violação da condição das forças dos Estados Unidos no país.
Outros países
Representantes do governo russo criticaram o ato e manifestaram apoio ao Irã. O diretor do Conselho da Europa para Relações Exteriores, Carl Bildt, apontou que a situação enfraquece o Iraque e faz o país mais propenso à atuação de grupos terroristas, como o Estado Islâmico.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou preocupação com a situação e advogou pela redução do aprofundamento dos conflitos no Golfo. “Este é um momento em que líderes devem exercitar sua cautela. O mundo não pode permitir uma nova guerra no Golfo”, pontuou.
O ministro das Relações Exteriores do Canadá, François-Phillipe Champagne, divulgou nota em tom semelhante na qual convoca os governantes dos países envolvidos “de todos os lados” para não permitirem a escalada do conflito. “Nosso objetivo continua sendo um Iraque estável e unido”, continuou, acrescentando que o país possuía preocupação com a atuação do general iraniano na região.

Saída do Iraque

A Embaixada dos Estados Unidos no Iraque emitiu um alerta de segurança recomendando que os cidadãos deixem o país em razão dos riscos de retaliação em razão do ataque. O órgão informou que as atividades estão suspensas e pediu que os cidadãos estadunidenses não se aproximem da sede.
No dia 31 de dezembro, a embaixada foi atacada por manifestantes na capital, Bagdá. Trump acusou o Irã de responsabilidade pelo ato. O governo iraniano, contudo, negou qualquer participação na iniciativa.

Entenda o caso

Comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani foi morto ontem (2) nos arredores do aeroporto de Bagdá. Soleimani era o comandante da unidade de elite Força Quds, uma brigada de forças especiais responsável por operações militares extraterritoriais do Irã que faz parte da Guarda Revolucionária Islâmica.
O governo dos Estados Unidos justificou a ação afirmando que as Forças Armadas do país “agiram defensivamente de forma decisiva, matando Qassem Soleimani para proteger os indivíduos americanos no exterior".
O presidente Donald Trump ordenou a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, general Qassem Soleimani, anunciou o Pentágono em um comunicado. Na nota, o Pentágono disse que Soleimani estava "ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região".
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, respondeu que o país preparará uma “retaliação severa” pelo ataque.
Quem era o general iraniano morto em ataque dos Estados Unidos

Qasem Soleimani era conhecido como um dos homens de maior poder no cenário do Irã
Por Veja


O general Qassem Soleimani, em foto de 2016: alianças também no norte da África Office of the Iranian Supreme Leader/AP

Qasem Soleimani, general morto em um ataque aéreo americano em Bagdá na noite de quinta (2), era conhecido como um dos homens de maior poder no cenário iraniano. O homem de 62 anos, de baixa estatura e comportamento silencioso, chefiava a unidade Quds, da Guarda Revolucionária, e era apontado como o mentor das estratégias militares do país.

Soleimani era próximo do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Ele sobreviveu a várias tentativas de assassinato nas últimas décadas. Sua morte deve aumentar ainda mais a tensão entre Irã, Iraque e Estados Unidos. Ao estender o alcance militar do país, em conflitos como os da Síria e do Iraque, passou a ser idolatrado por partidários iranianos. Para especialistas na região, ele tinha mais influência diplomática que o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif. 

Na terça-feira, militantes pró-Irã invadiram uma parte da embaixada americana em Bagdá em represália a ataques aéreos dos EUA que deixaram 25 integrantes das milícias paramilitares mortos. 

Em abril de 2019, os Estados Unidos designaram a Guarda Revolucionária do Irã como uma organização terrorista. Foi a primeira vez que Washington rotulou formalmente uma unidade militar de outro país como terrorista. 

A Guarda Revolucionária Iraniana é uma organização criada após a Revolução Islâmica de 1979. 

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