
“Não vamos desistir do Brasil”, foi o mote de campanha do ex-governador e presidenciável Eduardo Campos, quando em plena campanha em 2014, foi vítima de um acidente aéreo. Um trágico acidente de avião encerra precocemente a trajetória do pernambucano, candidato à Presidência da República que queria dar cara nova à cena política brasileira.
Já dentro do avião pronto para decolar, Eduardo Campos Henrique Accioly Campos (Eduardo Campos), candidato do PSB à Presidência, era só empolgação, pois, na noite anterior, em sua avaliação, vencera os outros concorrentes nos quinze minutos de entrevista ao vivo no Jornal Nacional. “Fui lá e fiz um gol”, disse animado e transbordando alegria. No começo da manhã, ele acreditava que sua chance estava ao alcance da mão. Às 9h17, cinto afivelado, ainda ligou para o coordenador de comunicação de sua campanha, Alon Feurwerker, com quem conversou sobre a entrevista e o horário eleitoral. Às 9h21, desligou o celular e o Cessna decolou. Às 10h da manhã chuvosa, um estrondo. O jatinho despencou sobre um quarteirão movimentado em Santos, no litoral paulista. Era o fim do sonho. Campos tinha 49 anos e estava com todo vigor físico e intelectual para disputar à Presidência da República com chances de vencer.
Luís Eduardo Maron de Magalhães, filho do á época Senador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães (in memoriam) também desfrutava da juventude física e intelectual, e era uma grande promessa política para disputar à Presidência em 2002, já que a “luz própria” de político reformador, agressivo, sem a marca fisiológica de nascença pefelista e de parlamentar respeitado no congresso que havia conseguido dentro do cenário político nacional, lhe cacifava poderes para juntos aos nomes fortes do PFL como, Inocêncio Oliveira, Marco Maciel e Jorge Bornhausen, pavimentar um caminho sólido na corrida ao Palácio do Planalto. Magalhães era líder do governo FHC na Câmara Federal.
Se não morresse tão jovem, seria eleito governador da Bahia, cargo para o qual os prognósticos confirmavam e, era um passo largo para garantir sua ascensão política e pavimentar sua candidatura à Presidência da República. Na terça-feira, 21 de abril de 1998, morreu aos 43 anos, de infarto fulminante. Fumante de três maços de cigarros por dia, amante do copo e da mesa, nós últimos anos diminui a quantidade de cigarros, tinha perdido 10 quilos e fazia caminhadas diárias, mas o esforço não foi suficiente.
Luís Eduardo construiu sua biografia política em vinte anos. Foi duas vezes deputado na Bahia, exercia seu terceiro mandato de deputado em Brasília e chegou a presidente da Câmara dos Deputados, entre 1995 e 1997.
Eduardo Campos deu os primeiros passos como chefe de gabinete (aos 22 anos, recém-formado em economia) e, depois como secretário da Fazenda. Nós últimos doze anos, período em que exerceu o terceiro mandato de deputado federal e foi governador de Pernambuco por duas vezes, empenhou-se em segurar sua bandeira autônoma e seguir trilhando os caminhos que o levaria certamente à Presidência da República.
O que então resumindo, tinham em comum o ex-governador Eduardo Campos e o ex-deputado Luiz Eduardo Magalhães, é que “ERAM JOVENS DEMAIS PARA MORRER”.
Na próxima história política, vamos contar sobre o tema “BIOGRAFIA AMEAÇADA”
Ainda: As Oligarquias Ferreira Gomes, no Ceará, e Campos Arraes, em Pernambuco
Blog do Paixão