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Áreas periféricas de Fortaleza passam a ter risco maior de disseminação do coronavírus, afirma especialista

Regiões mais vulneráveis têm grande concentração de habitantes e tendem a não cumprir o isolamento social. 


Por G1 CE 


Grande Pirambu é uma das regiões que preocupam pelo adensamento populacional. — Foto: José Leomar 

Depois de se espalhar por bairros centrais de Fortaleza, o novo coronavírus ameaça agora bairros da periferia da capital, onde há maior adensamento populacional. É o que alerta Antonio Lima, coordenador da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e professor do Curso de Medicina da Universidade de Fortaleza. 

Até a manhã desta sexta (10), a cidade registrou 1.313 casos confirmados e 45 óbitos de Covid-19. Em todo o Ceará, são 1.478 casos e 58 óbitos, conforme atualização do IntegraSUS das 9 horas. 

Lima descreve que a infecção viral começou por bairros de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como Meireles e Aldeota, “vinculada a casos importados que vieram de outros estados e países”. Porém, com o avanço da Covid-19, mais de 90 bairros já apresentaram registros de pelo menos um caso. 

“Esse momento é de propagação para outras áreas e mais preocupante no Grande Pirambu e no Grande Vicente Pinzón, porque temos observado casos graves e óbitos suspeitos nesses bairros”, explica o coordenador. O motivo da preocupação é claro: o grande adensamento populacional nessas áreas. 


Feira no Bairro Planalto Ayrton Senna na manhã desta sexta-feira (10) — Foto: Paulo Alberto 

A plataforma Fortaleza em Mapas, do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), mostra que entre 26 mil e 61 mil pessoas vivem por quilômetro quadrado no Grande Pirambu. Já no Vicente Pinzón, a medição varia de 24 mil a 49 mil habitantes por km². 

“Estamos falando de áreas vulneráveis, com muitos habitantes por domicílio e onde o isolamento é mais difícil. Por isso, a gente tenta bloquear o aumento de casos”, diz Antonio Lima, reforçando o isolamento social como medida importante de prevenção, ainda que alguns bairros tenham aderido mais que outros. 

Segundo o especialista, quando um caso grave ou uma morte é registrada num bairro, “significa que você está vendo só o topo do iceberg”, uma vez que o número de casos graves representa de 5% a 10% dos casos totais. 

Antonio Lima reforça que, sem o isolamento social, Fortaleza poderia ter até cinco vezes mais casos que os contabilizados até agora. Ele afirma ainda que a capital tem realizado um número de testes “bem elevado”, variando de 250 a 400 exames por dia. 

Avanço da doença no Ceará 



Pelo menos 19 cidades do Ceará determinaram o bloqueio de seus acessos para pessoas que não moram nos municípios. A medida adotada pelas prefeituras prevê o aumento de fluxo de pessoas nas cidades durante a Semana Santa, o que possibilita o risco de transmissão da Covid-19, doença com crescimento exponencial de casos em todo o Ceará

Na quarta-feira (8), a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou o estado de calamidade pública em 102 municípios cearenses. A votação aconteceu em regime de urgência, durante sessão virtual, com a presença de 35 parlamentares.


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