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Estadão Conteúdo
A reprovação ao governo do presidente da República,
Jair Bolsonaro, atingiu 42% em abril, depois de alcançar 36% em março, de
acordo com edição extra da “Pesquisa XP com a População”, realizada pela
instituição em parceria com o instituto Ipespe. É o maior nível de avaliações
ruins ou péssimas desde o início do mandato, mas ainda estável no limite da
margem de erro da pesquisa, de 3,2 pontos porcentuais.
A proporção da população que avalia o governo como
“ótimo ou bom” caiu de 30% para 28% no período, também estável dentro da
margem.
Nominalmente, é a primeira vez que a taxa fica
abaixo do nível dos 30%.
A pesquisa incluiu um questionário especial sobre a
pandemia do coronavírus no País. A atuação de Bolsonaro no combate ao vírus foi
considerada “ruim ou péssima” por 44% da população, enquanto 29% enxergaram o
desempenho do presidente como “ótimo ou bom” e 21%, como “regular”.
Ele tem a avaliação mais negativa entre todos os
atores pesquisados. A aprovação da atuação do presidente está empatada na
margem de erro com a do Congresso (30%), da população (34%), e do Supremo
Tribunal Federal (29%), mas bem abaixo da do ministro da Saúde, Henrique
Mandetta (68%), dos governadores (59%), do ministro da Economia, Paulo Guedes
(37%) e dos profissionais da saúde (87%).
A pesquisa também captou deterioração nas
expectativas para o restante do mandato de Bolsonaro.
A proporção da população que espera que o governo
dele seja “ruim ou péssimo” avançou de 33% para 37%, enquanto a avaliação
“ótima ou boa” recuou de 38% para 34%.
“O que estamos vendo é que Bolsonaro mantém esse
núcleo de apoio em torno de 30% e isso é o que ele precisa para chegar até
2022. Não esperamos mudança no comportamento dele”, disse o head de Macro Sales
e Análise Política da XP, Richard Back, em webinário de divulgação da pesquisa.
Ao mesmo tempo, a avaliação dos governadores
disparou e a proporção que considera os governos dos chefes de Estados como positiva
subiu de 26% para 44%, enquanto a avaliação negativa derreteu de 27% para 15%.
A pesquisa ouviu 1.000 pessoas, por telefone, entre
os dias 30 de março e primeiro de abril.
Blog do Paixão