Secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua
apontou que maior parte das 26,3 mil denúncias feitas desde 18 de março é sobre
excesso de pessoas em um mesmo lugar.
Por Clarissa Góes,
TV Globo

Aglomeração
é principal alvo de denúncia durante pandemia em Pernambuco
Lotérica Araripina - Foto: Vigilância Sanitária
Lotérica Araripina - Foto: Vigilância Sanitária
A aglomeração de pessoas é a
maior demanda de fiscalização da polícia durante a pandemia do novo coronavírus em
Pernambuco, segundo o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua. Mais de 26
mil denúncias foram registradas desde o dia 18 de março deste ano. Destas, 12,4
mil eram sobre aglomeração até a quarta (8).
"Aglomeração continua sendo
a maior demanda. Em segundo lugar, é para atendimento a fechamento de comércio
e, em terceiro, o fechamento de bares e restaurantes. [...] Essas ações
resultaram em mais de 150 conduções de pessoas a delegacias por descumprimento
desses decretos [restritivos]", apontou o secretário.
Até a quarta-feira (9), foram
registrados 46 mortes causadas pela
Covid-19, doença transmitida pelo novo vírus, em Pernambuco.
Além disso, houve 49 novos casos confirmados, totalizando 401 ocorrências no
estado.

Está em vigor um decreto que
proíbe a reunião de mais de dez pessoas no estado. Serviços de mototáxi, comércio sem ser de atividades essenciais, obras de
construção civil e aulas também estão suspensos.
As forças de segurança pública
detiveram 158 pessoas em 41 municípios do estado por burlarem os decretos que
estabelecem medidas de prevenção contra o novo coronavírus, entre os dias 23 de
março e 8 de abril.
Entre as regiões, a que
concentrou mais autuações foi o Sertão, onde 83 pessoas tiveram de ser
conduzidas a uma delegacia por crime contra a saúde pública ou desobediência às
ordens dos policiais. A cidade com mais registros foi Arcoverde, onde 20
pessoas foram detidas. Em segundo lugar apareceu Petrolina, com 13, e em
terceiro, Serra Talhada, com 7.
O secretário apontou que o
governo vem acompanhando a circulação das pessoas em todo o estado e, conforme
a necessidade, são endurecidas as medidas restritivas. Inicialmente, lembrou
Pádua, apenas a faixa de areia era proibida às pessoas e, depois,
foi prorrogada e ampliada para os calçadões.
"A gente apela para a
conscientização mesmo das pessoas, que evitem aglomerações. As pessoas
continuam correndo. O que a gente conclama é que as pessoas não se aglomerem.
Essas medidas tomadas para fechamento de praia é para que não frequentem esses
locais", disse Pádua.
Sobre as filas em bancos,
lotéricas e outros locais, o secretário afirmou que é preciso também
colaboração da população para evitar a proximidade. "Temos observado que
existe uma tendência de aumento de pessoas em filas em razão dos eventuais
benefícios que estão disponíveis à população, mas a distância entre usuários
deve ser obedecida", disse Pádua.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) conta ainda com apoio do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) para fiscalização nas lotéricas e agencias bancárias, já que a orientação sobre o cumprimento de regras como filas espaçadas e higienização de ambientes é de responsabilidade dos estabelecimentos.
Como nem toda população tem
obedecido a orientação de distanciamento, a SDS explicou que é preciso reforçar
as medidas de segurança. "Em Pernambuco, temos implementado medidas
restritivas na medida que observamos o aumento de pessoas nas ruas", disse
Pádua.

Orla
da Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, foi bloqueada para impedir
passagem de pessoas durante pandemia — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press
Número de
denúncias registradas pela SDS na quarta-feira (8)
·
Aglomeração de pessoas: 403
·
Funcionamento de comércio: 194
·
Funcionamento de bares e restaurantes: 160
·
Utilização de áreas de lazer: 35
·
Funcionamento de templos religiosos: 24
·
Construção civil: 9
·
Outras ocorrências: 2
·
Eventos públicos ou privados: 1

Dicas
de prevenção contra o coronavírus — Foto: Arte/G1
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