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ESTETICISTA DENUNCIADA POR MORTE DE BRASILEIRA APÓS APLICAÇÃO DE HIDROGEL SE APRESENTA À JUSTIÇA DO PARAGUAI

Ministério Público responsabilizou Claudia Raquel Echeguren Chávez por participação em homicídio culposo; já a suposta médica que teria conduzido o procedimento segue foragida

Sheiza Ayala: moradora de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, morreu após procedimento estético Foto: Reprodução

A esteticista Claudia Raquel Echeguren Chávez, denunciada pelo Ministério Público do Paraguai pela morte da brasileira Sheiza Ayala, de 22 anos, se apresentou à Justiça nesta quinta-feira (24). O juiz Edgar Gustavo Ramirez, do Juizado Penal de Garantias, substituiu o pedido de prisão preventiva de Cláudia pelo pagamento de fiança e pela adoção de medidas alternativas e ela vai responder o processo em liberdade. A suposta médica Danilda Victoria Ruíz Diaz Suarez, que teria sido a responsável pela aplicação de hidrogel na jovem, continua foragida.

De acordo como promotor Pablo Ramón Zorrilla, responsável pela investigação, como fiança o juiz estabeleceu a entrega de um caminhão da marca Scania, de cor branca, de 1998. Claudia, que se apresentava como interlocutora entre a médica e a paciente, terá que manter residência fixa, informar à Justiça se mudar de endereço e apresentar-se ao juizado mensalmente ou sempre que for convocada.


Sheiza Ayala: procedimento estético em consultório na cidade de Pedro Juan Caballero Foto: Reprodução

Danilda ainda não se apresentou e tem uma situação mais delicada, pois ela já responde a um processo criminal no Paraguai pelo mesmo crime, após a morte de uma estudante veterinária que também se submeteu ao procedimento em 2019.

Na segunda-feira (21), o promotor Zorrilla e agentes da Polícia Nacional do Paraguai invadiram uma residência alugada em nome de Cláudia e onde supostamente funcionaria a clínica clandestina. Eles não encontraram ninguém na casa, mas encontraram uma maca de uso clínico e alguns medicamentos que foram enviados para análise.

Em entrevista à rádio Império, no Paraguai, o advogado Eutavio Larrea disse que Claudia é inocente e está à disposição da Justiça. “Ela [Claudia] está se colocando à disposição da Justiça. Solicitamos a aplicação da medida alternativa da prisão preventiva. É importante ressaltar que não existe o delito de fuga nem obstrução da justiça por parte dela. O tribunal tem q ser condizente com sua jurisprudência”, disse.

O caso

A estudante Sheiza vivia em Ponta Porã (MS), cidade vizinha do município paraguaio Pedro Juan Caballero. No sábado (12), a jovem atravessou a fronteira entre os dois países na companhia de uma amiga para se submeter à aplicação de hidrogel para aumentar o volume do bumbum. No mesmo dia à tarde, começou a passar mal e relatou as queixas para a intermediadora Cláudia. O tempo todo recebeu da esteticista orientações de tomar analgésicos, coca-cola e café.


Sheiza Ayala: vítima de procedimento em consultório na cidade de Pedro Juan Caballero Foto: Reprodução

Toda a negociação para realizar o procedimento no Paraguai foi feita por meio de mensagens trocadas com Cláudia, que se apresentou para a jovem como obstetra e responsável pelo procedimento. No Paraguai, o título de obstetra é para enfermeiros que atuam em partos e não de médicos. A família de Sheiza acredita que a estudante pode ter sido induzida ao erro, ao achar que estava falando com uma médica.

Na segunda-feira, Sheiza piorou e deu entrada no Hospital Regional de Ponta Porã com falta de ar, tontura e manchas no corpo. Fez uma tomografia que identificou tromboembolismo pulmonar e foi imediatamente encaminhada para a UTI, onde foi entubada. A jovem recebeu várias transfusões de sangue, teve uma parada cardíaca, mas não resistiu.

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