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Com 73%, Miguel Coelho ratifica decisão do PT sobre o Recife

Por Renata Bezerra de Melo / Folha-PE



Quando o PSB ainda tentava apoio do PT ao projeto majoritário da sigla no Recife, Petrolina chegou a ser considerada como moeda de troca nas articulações. Leia-se: ali, o PSB ainda tinha no páreo a pré-candidatura de Lucas Ramos e falava-se, então, na possibilidade de os socialistas retirarem essa candidatura e apoiarem Odacy Amorim naquela cidade, caso o PT recuasse da candidatura de Marília Arraes no Recife. Na ala do PT pró-Marília já se dizia, nos bastidores, que o PSB jogava com essa hipótese de Petrolina, ciente de que, lá, nem o PSB, nem o PT seriam competitivos diante do potencial eleitoral do prefeito Miguel Coelho. O que se falava em conversas reservadas, aparece, agora, confirmado na segunda rodada da pesquisa Folha/Ipespe: Miguel Coelho lidera a corrida em Petrolina com 73% (tinha 71%) das intenções de voto, chegando a 80% dos votos válidos. Atrás de Miguel vem, exatamente, Odacy Amorim, do PT, que registra 9% (tinha 10%) e alcança 10% na conta dos votos válidos.

O petista concorre, mas não com o apoio do PSB, que retirou Lucas Ramos do páreo, mas, em reação à manutenção de Marília na Capital, evitou se alinhar ao PT e declarou apoio a Júlio Lossio Filho, do PSD. Júlio Lóssio Filho aparece na terceira colocação, contabilizando 6% (tinha 5%) de citações e o mesmo índice na conta dos votos válidos. Herdeiro do ex-prefeito da cidade, Julio Lossio, ele tem a rejeição mais alta, de 53%, enquanto Miguel é o menos rejeitado, com 13%. A pesquisa parece ratificar a lógica do PT, que evitou misturar Petrolina e o Recife na negociação, ciente de que a troca não seria viável, dada a situação confortável do prefeito Miguel Coelho, que concorre à reeleição e conta com apoio amplo do Governo Federal, do qual seu pai, Fernando Bezerra Coelho, é líder no Senado. Além de Miguel, Odacy e Julio Filho, a corrida na cidade tem Gabriel Menezes, com 3% e esse mesmo percentual nos votos válidos, Dr. Marcos com 1% e o mesmo nos válidos e Deomiro Santos, que não pontuou.

Ninho vazio
Em seu primeiro mandato como prefeito, Miguel Coelho foi eleito pelo PSB. Em meio a rusgas nas hostes socialistas, migrou para o MDB. Na travessia, levou junto três vereadores: o presidente da Câmara Municipal, Osório Siqueira, Zenildo do Alto do Cocar e o líder do governo, Aerolande Cruz. Resultado: o PSB, a despeito de ter eleito o prefeito, não tem, hoje, um vereador na cidade.

Mala pronta > O PSB também não tem candidatos a vereador em Petrolina. Nas hostes socialistas, o que se diz é que os 28 nomes que concorreriam pelo PSB atravessaram para o Podemos. Motivo: risco de ter que apoiar o PT lá. "Nenhum dos candidatos queria apoiar Odacy. Por conta disso,  foram todos para o Podemos", pontua uma fonte que acompanha as movimentações.

Nem lá, nem cá > No Recife, onde o Podemos tem a delegada Patrícia Domingos encabeçando uma chapa, o senador Fernando Bezerra Coelho, pai de Miguel, apoia Mendonça Filho. Em função disso, o que se diz, nas coxias, é que o Podemos se sentiu desobrigado de apoiar Miguel Coelho em Petrolina.

Foi quase > Miguel Coelho pode resolver a eleição em Petrolina no 1º turno num ano em que a cidade poderia ter, pela primeira vez, 2º turno. Ela está entre os três municípios do País que, de 2016 para cá, segundo o TSE, alacançaram mais de 200 mil eleitores.

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