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Justiça Eleitoral proíbe prefeito Geraldo Julio e agentes públicos de convocar funcionários para atos

Juiz determinou aplicação de multa de R$ 100 mil, caso atos voltem a ser praticados. Denúncia cita vídeo em que chefe do setor de terceirizados da prefeitura pede votos para o candidato, em uma reunião.

Por G1 PE

Vista aérea do edifício-sede da prefeitura do Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

A Justiça Eleitoral determinou que o prefeito Geraldo Julio (PSB) e outros agentes públicos se abstenham de convocar servidores municipais, inclusive terceirizados, para atos de campanha em favor de João Campos (PSB), que disputa com Marília Arraes (PT) o segundo turno à prefeitura. Uma multa de R$ 100 mil foi arbitrada aos investigados, caso a decisão seja descumprida.

A determinação foi proferida pelo juiz Sérgio Paulo Ribeiro da Silva, com base numa denúncia feita pela coligação de Marília Arraes, sobre abuso de poder econômico. Em nota, a prefeitura afirmou que “não existe qualquer tipo de pressão ou influência para a participação de servidores em qualquer ato relativo às eleições municipais”.

Na denúncia, a campanha da petista afirma que trabalhadores estariam sendo pressionados a votar em João Campos e que estariam sendo coagidos a trabalhar em prol da campanha do PSB.

Foi anexado à denúncia um vídeo em que um chefe do setor de terceirizados da prefeitura pede votos para o candidato, numa reunião realizada na terça-feira (24), na Bomba do Hemetério, na Zona Norte. Os funcionários teriam sido chamados para uma espécie de confraternização e, no local, a reunião seria um ato de campanha.

Justiça proíbe prefeito Geraldo Julio e agentes públicos de convocar funcionários da prefeitura para atos de campanha de João Campos — Foto: Reprodução

Diante da denúncia, o Ministério Público pediu a admissão da ação de investigação e a concessão de uma tutela de urgência. De acordo com a Legislação, é proibido "ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado".

O juiz responsável pela decisão afirmou que o vídeo “bem revela que servidores e terceirizados da prefeitura do Recife foram (e/ou estão sendo) convocados por suas chefias para participar de reuniões, na hora do expediente, nas quais, tais chefes, apresentam discurso em favor da eleição do candidato João Campos e oferecem materiais de campanha”.

Além disso, o juiz afirmou que “diversos órgãos da imprensa estão igualmente a denunciar que servidores da prefeitura do Recife estão sendo convocados a fazer campanha em favor do candidato João Campos, tudo isso a dar verossimilhança à alegação contida na petição inicial de que tal convocação está de fato ocorrendo”.

O magistrado afirmou que o prefeito e os servidores citados na ação se abstenham, imediatamente, de convocar servidores públicos municipais, inclusive terceirizados, para reuniões nas quais sejam feitos discursos em favor da eleição do candidato João Campos e oferecimento de material de campanha, bem como de adotar qualquer meio coativo para nela trabalharem, cessando qualquer conduta que importe em abuso do poder econômico e político”.

A campanha de Marília Arraes havia pedido, também, o afastamento dos servidores envolvidos na ação, mas o pedido foi negado.

Resposta da prefeitura

Por meio de nota, a prefeitura do Recife informou que “não existe qualquer tipo de pressão ou influência para a participação de servidores em qualquer ato relativo às eleições municipais”.

A prefeitura disse, também, que “mantém um posicionamento institucional diante de todo o processo eleitoral e a conduta dos seus servidores é regulamentada pela ‘Cartilha de Condutas Vedadas’, estabelecida pelo Decreto Municipal 33.757/2020, elaborada e divulgada pela Controladoria Geral do Município e Procuradoria Geral do Município”.

Por fim, a gestão de Geraldo Julio afirmou que “os servidores municipais têm a liberdade assegurada para exercer seu direito e participar das eleições, dentro dos limites estabelecidos pela legislação”.

Secretário municipal

Vídeos mostram secretário municipal convocando servidores para campanha de João Campos

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o secretário de Administração e Gestão de Pessoas do Recife, Marconi Muzzio, convocando servidores da prefeitura, da gestão de Geraldo Julio, para fazer campanha para o candidato a prefeito João Campos, no segundo turno das eleições. Nas imagens, o gestor fala sobre equipes de panfletagem formadas por terceirizados e comissionados (veja vídeo acima).

Nos vídeos, Marconi Muzzio, que é secretário da gestão do PSB desde 2012, dá uma espécie de palestra, em um comitê de campanha de João Campos.

Durante a fala, o secretário também aponta o nome de outros secretários municipais da gestão Geraldo Julio que estariam vinculados à campanha de João Campos.

Ele ressalta a presença de Ana Rita Suassuna, secretária de Assistência Social, Rafael Figueiredo, procurador-geral do município, além de Sílvio Lins, procurador municipal.

  

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