Em um ano de pandemia, aglomerações não são recomendáveis
Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Dia de Finados é tradicionalmente marcado pela presença maciça de
pessoas nos cemitérios. É o dia no qual muita gente visita túmulos de parentes
e amigos falecidos para prestar homenagens, levar flores e estabelecer algum
tipo de conexão espiritual com os que já se foram. Este ano, porém, impõe um
desafio a essas pessoas. Em um cenário de pandemia de covid-19, aglomerações,
como as vistas nos cemitérios a cada 2 de novembro, não são recomendáveis.
Alguns cemitérios do país sequer abrirão as portas nesse dia. Outros
permitirão o acesso, mas com restrições. No estado de São Paulo, o governo
liberou as prefeituras para decidirem sobre o acesso aos cemitérios, mas frisou
que, caso os portões abram, a população deve observar o distanciamento social e
protocolos sanitários, como uso de máscara.
Em Brasília ocorrerá algo semelhante. O Campo da Esperança, empresa que
administra seis cemitérios no Distrito Federal, informou que abrirá as portas e
tomará algumas providências extras, como uma maior frequência na limpeza dos
banheiros. Além disso, não distribuirá copos descartáveis e não vai espalhar
banheiros químicos pelo local.
Ao mesmo tempo, a administração desses cemitérios estimula que as
pessoas evitem visitar os túmulos de pessoas queridas neste feriado e façam
suas homenagens de casa. “Os cemitérios costumam receber no feriado milhares de
visitantes e, por mais que os campos sejam abertos, a possibilidade de haver
aglomeração é grande, principalmente próximo aos portões”, informou a Campo da
Esperança Serviços Ltda, em nota.
“Pelo mesmo motivo, a Arquidiocese de Brasília decidiu não realizar as
missas presenciais, que sempre ocorrem nos seis cemitérios do DF durante todo o
Dia de Finados. Também não haverá qualquer outro tipo de celebração”,
acrescentou.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assinou um decreto esta
semana com os protocolos que devem ser adotados nos cemitérios da capital
durante o feriado. Segundo o decreto, os visitantes deverão usar máscaras e
manter distância mínima de dois metros entre eles. Entradas em grupos serão
permitidas para, no máximo, seis pessoas.
Os portões serão abertos uma hora antes do habitual, às 7h, e fecharão
uma hora mais tarde, às 19h. O governo fará a distribuição de 50 mil máscaras
nos cemitérios do DF. Além disso, o governo decidiu reduzir o número de
vendedores ambulantes na frente dos cemitérios.
Já em Belo Horizonte, os cemitérios ficarão fechados. A prefeitura
decidiu manter as regras do decreto municipal do mês de março e não vai
permitir visitas a túmulos nem o trânsito de pessoas dentro dos cemitérios, com
exceção para participação em sepultamentos no dia.
Em agosto, no dia dos pais, Manaus não liberou a visita às sepulturas e
para o dia de finados não deve ser diferente. Até o momento, a informação da
prefeitura é de que os cemitérios públicos seguem fechados para a visitação.
* Colaborou Maíra Heinen, da Radioagência Nacional.
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