'Isso poderá acontecer, sim, esta é até uma previsão de que isto pode acontecer. Mas será tão intenso quanto for o descumprimento das normas sanitárias', afirmou André Longo. No entanto, estado não anunciou medidas restritivas.
Por G1 PE
Declarações foram dadas durante pronunciamento nesta terça-feira (22) — Foto: Reprodução/YouTube
“Não chegando a
vacina nos primeiros três meses de 2021, é possível que nós tenhamos uma
aceleração da epidemia na sazonalidade que se começa no final de fevereiro para
março. A gente precisa preparar, e obviamente isso vai depender muito do
comportamento social que nós adotarmos nos próximos dias”, disse, nesta
terça-feira (22), o secretário estadual de Saúde de Pernambuco, André Longo,
sobre o cenário da Covid-19 no
estado.
O pronunciamento,
transmitido pela internet, foi feito junto com os secretários de Justiça e
Direitos Humanos, Pedro Eurico, e de Defesa Social, Antônio de Pádua. Sem
anunciar medidas restritivas, Longo disse que há uma previsão de um “cenário de
maior gravidade” no primeiro trimestre de 2021.
“É preciso que todos se conscientizem desse momento e que a gente possa trabalhar hoje, nos próximos dias, nas próximas semanas, para evitar um cenário de maior gravidade no primeiro trimestre de 2021. Isso poderá acontecer, sim, esta é até uma previsão de que isto pode acontecer. Mas será tão intenso quanto for o descumprimento das normas sanitárias”, afirmou o secretário.
Apesar de André
Longo prever a alta no número de casos no estado, não há expectativa de
fechamento de praias durante o ano novo, mesmo com o cancelamento das festas
públicas e privadas, de acordo com Antônio de Pádua.
“Desde o meio do
ano, o controle urbano das praias é de responsabilidade das prefeituras
municipais. A depender da situação, o governo do estado pode proporcionar uma
segunda resposta. Mas a princípio não há nenhuma orientação ou nenhuma
sinalização de fechamento de praias para as festas de final de ano”, disse
Pádua.
De acordo com o
secretário Pedro Eurico, há um planejamento de punições mais severas e de aumento
da fiscalização de atividades que descumprem os protocolos sanitários contra a
Covid-19. Atualmente, as multas vão de R$ 1 a R$ 100 mil. “Sendo necessário, a
gente pode ampliar esse valor. As pessoas não podem achar que podem tudo”,
disse.
Nos últimos 60
dias, segundo Pedro Eurico, foram feitas fiscalizações em 212 estabelecimentos
comerciais e de lazer. Desses, 17 foram interditados e dois foram reincidentes, ou
seja, depois de estabelecida a multa, voltaram a reabrir.
Vapor 82, no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, foi interditado duas vezes pelo Procon de Pernambuco, no fim de semana entre 18 e 19 de dezembro — Foto: Procon de Pernambuco/ Divulgação
“Um foi fechado no
fim de semana passado e não vai reabrir mais. As pessoas têm que entender que o
governo tem todo interesse de que o lazer, as atividades lúdicas e de descanso
funcionem. O que não pode ser é se colocar em risco a vida das pessoas”, afirmou
o secretário de Justiça e Direitos Humanos.
“A gente observou
que agora em novembro, especialmente em dezembro, tem aumentado o número de
pessoas frequentando os bares, restaurantes, e muitas vezes essas festas e
eventos onde não tem permissão para essa aglomeração em razão da pandemia.
Essas fiscalizações têm sido intensificadas”, disse Pádua.
Somente em
dezembro, segundo o secretário, o Corpo de Bombeiros fez 485 fiscalizações em
estabelecimentos. Também houve 451 abordagens policiais e 117 estabelecimentos
notificados pelo Corpo de Bombeiros.
A SDS
contabilizou, ainda, 45 estabelecimentos interditados. Também houve registro de
18 pessoas conduzidas à delegacia por recusa ao cumprimento de medidas
sanitárias.
Foram confirmados, nesta terça-feira (22), 1.946 novos casos e 16 mortes por Covid-19 em Pernambuco. Com esse acréscimo, o estado ultrapassou as 210 mil confirmações de pacientes, totalizando 210.081 pessoas que receberam o diagnóstico da doença, além de 9.459 que foram infectadas pelo novo coronavírus e perderam a vida. A contagem começou em 12 de março.
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