“Não existe mais espaço para o PT no Governo do Estado”, avalia Humberto Costa

Por Blog da Folha

Senador Humberto Costa (PT) - Reprodução 

O senador petista, Humberto Costa, avalia não haver mais espaço para o PT no governo do estado após as trocas de acusação que marcaram o segundo turno das eleições municipais no Recife. Para o senador, a estratégia usada pelos socialistas para concorrer com o PT na disputa pela Prefeitura da capital pernambucana foi “profundamente equivocada e rasteira”, e isso, teria tronado inviável a proximidade política entre os partidos.

“Nosso relacionamento com o PSB ficou abalado com essa campanha municipal aqui no nosso estado. Embora o governador não tenha tido participação direta nesse processo, mas a linha de campanha que foi imprimida no segundo turno pela candidatura do prefeito eleito para nós foi uma estratégia profundamente equivocada, muito rasteira, que colocou, inclusive,  o PT e o antipetismo como centro da discussão, utilizou temas que são profundamente equivocados como a utilização da fé religiosa para tentar combater o PT, nos acusando de corrupção, então, isso não é uma coisa menor, e isso abalou sim o nosso relacionamento com o PSB e nós, o diretório estadual, estamos discutindo para ver como nos colocamos. Eu, particularmente, acho que o clima fica muito difícil para o PT permanecer no governo do estado”, afirmou.

Sobre as conjunturas políticas para as eleições de 2022, Humberto considera perigoso que haja uma divisão entre o campo de Oposição ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. Para ele, embora ainda seja cedo para esse tipo de discussão, é importante avaliar as possibilidades para combater o bolsonarismo e as políticas pregadas por ele.

“Em princípio eu acho perigoso a Oposição sair dividida. Porque você, queira ou não, vai ter de um lado a candidatura forte de Bolsonaro, que pode ir para o segundo turno, nós vimos que essa centro-direita também conseguiu recuperar espaço agora nessa eleição, e você tem a esquerda. Então, não está dado que se a esquerda estiver dividida, vai necessariamente para o segundo turno”, avaliou.