Um funcionário do STF exonerado pelo seu presidente, tentou furar a filar da vacina para covid-19 antes mesmo de ser autorizada - Foto: Reprodução
Por Antonio Carlos Prado
Sabe a lei do
Gérson? Pois bem, uma pesquisa feita com alunos de diversas faculdades de
Medicina demonstrou que, entre eles, o princípio de levar vantagem em tudo é um
“santo remédio”. Para eles, é bom repetir. Não funciona para brasileiros que
cultuam a moral e a ética. Quem realizou a pesquisa foi a FGV-Ethics.
Pergunta: Como você
se comportaria se estivesse na fila do SUS aguardando por tratamento e surgisse
a chance de furar essa fila? Nada menos que 30% de um grupo de 200 alunos
responderam que fariam o trambique de passar na frente. Ou seja, 60 deles. É
esse jeitinho, essa mania do “sou esperto” (que no fundo é pura desonestidade),
que mina o caráter nacional.
Falando-se em furar
fila, foi exonerado do STF, pelo presidente da Corte, ministro Luiz Fux, o
secretário de Serviços Integrados de Saúde do tribunal. Chama-se Marco Polo
Dias Freitas. Segundo Fux, foi Marco Polo quem pediu à Fiocruz, por iniciativa
própria, uma reserva (furada de fila) de sete mil doses de vacina contra a
Covid-19. A instituição, íntegra como é, claro que se recusou a atender tal
pedido. Fux afirma que o burocrata agiu sem o seu conhecimento, até porque
jamais daria sua anuência para incentivar privilégios.
Falta agora descobrir quem foi no Superior Tribunal de Justiça que fez idêntico pleito à Fiocruz.
Blog do Paixão