Nesta
quinta (10), governo informou que mais 12 casos foram notificados. Contagem
anterior foi feita em 25 de novembro. Estado alerta para
"preocupação" com vagas para doentes e anuncia abertura de 199
leitos.
Por G1 PE
Secretários estaduais
falaram sobre pandemia em Pernambuco, nesta quinta (10) — Foto:
Reprodução/YouTube
Pernambuco notificou mais 12 casos suspeitos de reinfecção por Covid-19.
De acordo com o governo, com isso, o número chegou a 22, desde o início da
pandemia, em março. Nesta quinta (10), o estado informou que a quantidade de
ocorrências em investigação de reincidência do vírus mais que dobrou em 15
dias. No dia 25 de novembro, havia dez registros em análise (veja vídeo acima).
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o Ministério da Saúde confirmou
o primeiro
caso de reinfecção do país: uma médica de 37 anos, moradora
do Rio Grande do Norte.
Os dados de Pernambuco foram repassados durante um pronunciamento
transmitido pela internet. O secretário estadual de Saúde, André Longo,
detalhou esses casos.
Segundo ele, dos 22 casos investigados, cinco foram descartados, nove
estão em análise no Laboratório Central de Pernambuco (Lacen) e oito já
seguiram para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, referência nacional que
estudará a possível reinfecção.
"São 22 possíveis casos de reinfecção. Cinco amostras foram encaminhadas, nos últimos dias, ao Instituto Evandro Chagas e outras três seguirão hoje. São quatro pacientes do Recife, dois de Olinda, um de Exu [Sertão] e um de Santa Cruz [Sertão]. Há, ainda, nove amostras em análise no Laboratório Central e cinco casos descartados", declarou André Longo.
Para confirmar um caso de reinfecção, segundo o governo de Pernambuco, é
preciso que o paciente tenha duas amostras de biologia molecular (RT-PCR)
positivas, com um intervalo, entre elas de, no mínimo, 90 dias, além de estarem
adequadas para análise.
As amostras precisam ser encaminhadas pelo Laboratório Central de
Pernambuco (Lacen), para o Instituto Evandro Chagas, referência nacional que
estudará os casos.
Das nove amostras ainda em análise, duas são de moradores do Recife,
duas de Caruaru (Agreste), uma de Água Preta (Mata Sul), uma de Fernando de
Noronha, uma de Palmares (Mata Sul), uma de Paulista, Grande Recife, e uma de
São José do Egito (Sertão).
Especialistas alertam que a reinfecção
é difícil de ser confirmada. O maior problema é separar os casos
de pessoas que ficam com o RT-PCR positivo por um período prolongado dos
registros feitos em pacientes que ficaram curados e o vírus reapareceu. É
necessário fazer análises para saber se, realmente, a vítima pegou a doença de
novo.
UTIs
O secretário André Longo afirmou, ainda, que são
"preocupantes" as taxas de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva
(UTIs) em Pernambuco. "Elas passaram a preocupar desde meados de novembro,
quando iniciamos um processo de reabertura de leitos", afirmou.
Ele afirmou, ainda, que com três semanas seguidas de aumento nos números
da pandemia, fica claro ser mais que uma oscilação para cima dos casos, mas uma
tendência de crescimento e piora da pandemia.
"Temos capacidade ainda de ampliar na rede existente e em alguns
hospitais privados mais leitos e, obviamente, se for necessário, nos vamos
'startar' [iniciar] a perspectiva de instalação de novos hospitais de campanha,
mas isso, nesse momento, ainda não é uma realidade. Temos a previsão de abrir
199 leitos ainda em dezembro, é uma previsão que pode ser ampliada, ainda a
depender dos próximos números", afirmou o secretário.
Do total de vagas previstas, 119 são no Grande Recife, sendo 46 de UTI.
As outras são no Agreste (10 de UTI) e Sertão (40 de UTI e 30 de enfermaria).
Segundo o estado, os novos leitos serão abertos nos hospitais Agamenon
Magalhães, Português, Santo Amaro, Maria Vitória e Cesac Paulista, na Região
Metropolitana do Recife; Hospital de Campanha Mestre Vitalino, em Caruaru;
Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada; Hospital Santa Maria, em Araripina;
e na UPAE de Petrolina.
Preparação para a vacina
O secretário afirmou, ainda, que Pernambuco iniciou, desde setembro, um
processo de preparação para a vacinação contra a Covid-19. O estado conta,
atualmente, com 1,7 milhão de seringas e há, em aberto, um procedimento para
comprar mais 1,8 milhão. Outro processo, com 7 milhões de unidades, também está
em aberto.
"Estamos trabalhando para distribuir para todo o estado em quatro
dias, tão logo tenhamos disponibilidade da vacina. Outra questão é a aquisição
de insumos. Há, como patente, um número reduzido de vacinas com disponibilidade
imediata. Obviamente, todos os países estão se movimentando nesse esforço de
aquisição. É muito difícil que um estado ou um município suplante o esforço de
um país no sentido de garantir vacina", disse.
O secretário informou, ainda, que espera que o governo federal seja o
responsável por distribuir as vacinas, tão logo estejam disponíveis, sem a
necessidade de compras diretas por estados e municípios.
"Temos como plano a, consequente, o Programa Nacional de
Imunização. Ele é quem deve garantir, e assim esperamos que o arranjo nacional
permita que o PNI faça a coordenação dessa distribuição de todas as vacinas que
estejam disponíveis, que tenham segurança e eficácia", declarou.
Comércio
Também nesta quinta, o governo de Pernambuco decidiu ampliar
a permissão de funcionamento do comércio varejista para o
horário das 9h à meia-noite, a partir da sexta-feira (11).
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Bruno
Schwambach, a medida foi adotada para evitar aglomerações nos centros de
compra, devido à pandemia do novo coronavírus.
Blog do Paixão