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Prefeito de Magé nomeia sete familiares em menos de uma semana na nova gestão

Prefeitura afirmou que as nomeações dos secretários com vínculos de parentesco não são ilegais e que todos foram escolhidos pela experiência, formação técnica e confiança. Advogado especialista afirma que cada nomeação deve ser analisada separadamente.

Por Anita Prado e Diego Haidar, RJ1

Renato Cozzolino empregou parentes no secretariado de Magé — Foto: Reprodução/TV Globo

O novo prefeito de Magé, Renato Cozzolino (PP), faz parte de uma tradicional família que atua na política na cidade da Baixada Fluminense. Ele assumiu o cargo e já nomeou sete parentes desde o dia 1º de janeiro.

Os familiares nomeados:

1.   Jamille Cozzolino – irmã do prefeito, vice-prefeita e secretária de Educação e Cultura;

2.   Lara Adario Torres – noiva do prefeito e secretária de Assistência Social e Direitos Humanos;

3.   Fernando José Assunção Cozzolino – primo do prefeito e secretário de Trabalho e Renda;

4.   Vinícius Cozzolino Abrahão – primo do governo e secretário de governo;

5.   Mauro Raphael Cozzolino Nascimento – primo do prefeito e nomeado para a Secretaria de Fazenda;

6.   Felipe Menezes de Souza – cunhado do prefeito e secretário de Esporte, Turismo, Lazer e Terceira idade;

7.   Samyr Hard - tio do prefeito e nomeado para a Secretaria de Infraestrutura.

8.  A Prefeitura de Magé disse que as nomeações dos secretários com vínculos de parentesco não são ilegais e que todos foram escolhidos pela experiência, formação técnica e confiança.

9.  Na nota, a prefeitura cita que são seis pessoas com vínculo de parentesco – e não sete – porque não inclui o cunhado do prefeito na lista.

'Mera coincidência', diz Cozzolino

Em entrevista sobre as nomeações, Cozzolino afirmou que o fato de parte dos nomeados estar ligado a ele por algum laço de parentesco é uma “mera coincidência”. E que as pessoas nomeadas são próximas e de sua confiança. Ele destacou que, em um organograma de 16 secretarias, outras dez pastas não são ocupadas por familiares.

“Então, as pessoas que eu escolhi para compor o meu governo são pessoas qualificadas, técnicas, preparadas para tal função e pessoas da minha confiança. E, se não trabalhar, não der o melhor para a população, eu vou exonerar no outro dia. Eu botei aqui metas”, destacou o prefeito de Magé.


Renato Cozzolino empregou parentes no secretariado de Magé — Foto: Reprodução/TV Globo

A vice-prefeita é Jamille Cozzolino, irmã do prefeito. Além de vice, foi nomeada como secretária de Educação e Cultura.

Lara Adario Torres, noiva do prefeito, ganhou o cargo de secretária de Assistência Social e Direitos Humanos.

O prefeito de Magé afirmou que a noiva, que tem experiência como jornalista e em mídias sociais, já atuou como assessora da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Governo do RJ.

Fernando José Assunção Cozzolino, secretário de Trabalho e Renda, é primo do prefeito. Ano passado, ele foi denunciado em uma reportagem do RJ2 por ser servidor fantasma da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele aparecia batendo ponto em uma escola, da qual seria dono, e não na assembleia.

"Aqui é obrigação trabalhar. Quem não trabalhar não fica no meu governo", afirmou o prefeito Renato Cozzolino sobre a acusação contra o primo.

Vinícius Cozzolino Abrahão, outro primo do prefeito, é secretário de governo.

Mais um primo, Mauro Raphael Cozzolino Nascimento, foi nomeado para a Secretaria de Fazenda.

O secretário de Esporte, Turismo, Lazer e Terceira idade, Felipe Menezes de Souza, é marido da vice-prefeita e cunhado do prefeito.

Samyr Hard, tio do prefeito, ficou com a Secretaria de Infraestrutura.

De acordo com um advogado especialista em Direito Administrativo, cada nomeação deve ser analisada individualmente.

“Apesar do Supremo permitir a nomeação de parentes para cargos comissionados, seria no mínimo questionável a nomeação em série de parentes para cargos de secretários municipais numa mesma gestão. Seria possível questionar especificamente cada nomeação, se ficar demonstrado que a pessoa indicada para o cargo não tem a expertise necessária ou idoneidade demonstrada”, afirmou Rafael Oliveira, professor do Ibmec. 

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