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Alô, Rodrigo Constantino: junte-se ao presidente naquele mesmo lugar

(Crédito: Isto É)

Rodrigo Constantino é o Sakamoto da extrema direita. O Mino Carta do bolsonarismo. Um sabujo do devoto da cloroquina que, na falta de argumentos razoáveis, parte para a ofensa contra quem pensa de forma oposta. Pesquisem a lista dos seus desafetos e os apelidos que utiliza contra os mesmos. É de dar náuseas em envelope de Engov efervescente.

Dias atrás, em resposta ao grotesco espetáculo de indecoro presidencial, quando o amigo do Queiroz mandou a imprensa à PQP, escrevi um duro texto retribuindo a ofensa, usando e abusando do mesmo linguajar de cafetão do pai do senador das rachadinhas. O adulão do mito não gostou, ficou bravinho e protagonizou outro de seus patéticos faniquitos de internet.

Constantino reclamou por eu mandar seu líder para o mesmo lugar em que ele me mandou. Para o servil, não há problema em o presidente da República chamar o governador do maior estado do País de “bosta”; chamar o povo de maricas; mandar jornalistas enfiarem latas de leite condensado no rabo. Mas o contrário não pode, pois ofende a Presidência da República.

O bajulador a soldo gravou um vídeo e ofendeu a IstoÉ, chamando-a de Lixoé e Istofoi. Faz isso com todos os veículos que não o contrataram, ou que fizeram a besteira de contratá-lo para, pouco tempo depois, servir-lhe um belo pé na bunda. Ele é o tipo do “pagou, levou”, que mede os outros pela própria régua enviesada. Só ele pode cobrar, entendem?

Durante sua indignação, tão verdadeira quanto nota de três reais, disse que nunca ouviu falar de mim. É compreensível. Eu e Constantino não rezamos na mesma igreja. Eu, por exemplo, não passo pano para estuprador. Como ele, tenho uma filha. Se a desgraça de um estupro a acometesse, minha reação seria de apoio e solidariedade irrestritos. Jamais de punição.

Rodrigo não me conhece porque não labuto no jornalismo. Sou um palpiteiro amador, e não um bibelô remunerado para falar bem ou mal de alguém. Mas poderia me conhecer, mesmo que um pouquinho. Em janeiro, minhas colunas na IstoÉ alcançaram mais de 10 milhões de “views”. Já o canal do puxa saco bolsonarista, no Youtube, possui incríveis 590 mil inscritos.

Por falar em Bolsonaro e em puxa saco, se o marido da receptora de cheques de milicianos estuprasse uma criança de 10 anos, em pleno domingo de Páscoa na praça da Catedral da Sé, Constantino encontraria argumentos para defendê-lo e para atacar os críticos. Rodrigo é mestre nesse tipo de trabalho, como, estarrecidos, já estamos cansados de saber.

Bolsonaro e Constantino se merecem e formam uma boa dupla, pois são bastante parecidos: grosseiros, autoritários, negacionistas, mentirosos, covardes e respectivamente complacentes com torturadores e estupradores. Bolsonaro desdenha de mulheres. Já o pau mandado, desdenhou da própria filha. Se fosse estuprada, a colocaria de castigo, conforme declarou:

“Se minha filha for estuprada nessas circunstâncias, ela vai ficar de castigo feio. Eu não vou denunciar um cara desse para a polícia.” As circunstâncias seriam: estar bêbada, numa festa com vários homens. No mesmo vídeo em que mostra quem é, revela ainda mais seu caráter ao atacar, de forma baixa e gratuita, as feministas – todas as feministas! Segue o abjeto:

“Feminista é tudo recalcada, ressentida, normalmente mocreia, odeia homem, odeia união estável (casamento).” Na boa, não é praticamente alma gêmea de Jair Messias Bolsonaro?

Não sei quanto o lambe-botas ganha para defender o tratamento precoce e outras crendices do bolsonarismo, mas intuo que, diante tanta identificação, faria de graça. E faria goxxxtoso!

 

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