Da indústria canavieira à automotiva. É assim que tem
se desenvolvido o setor industrial de Pernambuco nos últimos anos, cuja
capacidade de se adaptar para atender às demandas do mercado o coloca numa
posição estratégica para o desenvolvimento do Nordeste. Neste dia 25 de maio,
quando se comemora nacionalmente o Dia da Indústria, Pernambuco se firma como
um dos estados mais importantes da cadeia produtiva do País e vê a sua
participação no Produto Interno Bruto (PIB) se ampliar à medida em que sua
capacidade fabril se solidifica.
Dados divulgados pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) indicam que o nosso segmento ampliou em 0,9% a sua participação
na geração de riqueza do Estado, da Região e do Brasil entre os anos 2008 e
2018. Os resultados são os mais recentes disponíveis no Sistema de Contas
Nacionais do IBGE. “Todos os setores são importantes para a atividade local,
mas nota-se que a indústria pernambucana vem se modernizando e apostando em
atividades com alto valor agregado que, antes, não eram uma expertise nossa e,
agora, são”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado de
Pernambuco (FIEPE), Ricardo Essinger.
A diversificação da pauta industrial fez com que o
segmento se tornasse responsável por quase a totalidade dos números de
importação e exportação do Estado. Nos últimos dez anos, essas pautas passaram
por uma grande transformação, sobretudo em 2015, quando o município de Goiana,
na Região Metropolitana do Recife (RMR), recebeu um dos polos automotivos mais
modernos do mundo.
Mesmo empregando 283.855 pessoas, o que representa
17,7% do emprego formal do Estado, o setor também vem enfrentando os maiores
desafios impostos pela crise da Covid-19. Diante da instabilidade econômica que
muitas empresas ainda enfrentam, entraves como a falta ou o alto custo da
matéria-prima, a elevada carga tributária, a demanda interna insuficiente, o
aumento da taxa de câmbio e a escassez de capital de giro são os responsáveis
por deixar em suspenso os investimentos do mercado.
“Quando vivemos uma crise dessa magnitude, é natural
que se demore a reagir, sobretudo porque há ainda uma influência muito forte
dos fatores macroeconômicos e políticos. Com o setor industrial, não é
diferente, e por isso a necessidade de que existam garantias e incentivos por
parte dos governos na tentativa de contribuir para a retomada da economia o
mais breve possível”, justificou Essinger.
Saiba mais:
Pernambuco representa 19,5% do emprego industrial da região Nordeste. A indústria do estado paga um salário médio de R$ 2.062,00, enquanto a média nacional é de R$ 2.792,00.
Blog do Paixão