O governador de SP disputava o posto com Eduardo Leite e Arthur Virgílio Neto
Cristiane Noberto / Correio Braziliense
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
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s prévias do PSDB
finalmente ganharam um desfecho neste sábado (27/11). O
governador de São Paulo, João Doria, é o candidato à presidência da República
pelo partido. Ao todo, mais de 29 mil filiados registraram os votos. João Doria
venceu com 53,99% dos votos, enquanto o governador do Rio Grande do Sul,
Eduardo Leite, ficou com 44,66%. O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio
conquistou 1,35%
Ao anunciar o resultado, o presidente do
partido, Bruno Araújo, apontou que as prévias foram uma amostra da democracia e
que a sigla continuará realizando processos semelhantes para os governos de
todos os estados. “Chegaram a tentar nos calar. Talvez aqueles que têm
dificuldades com a democracia, mas chegamos aqui. O PSDB sai mais forte desde
quando tudo começou em abril. O PSDB não é omisso e inova com o maior processo
da democracia. Hoje não saímos só com um candidato à presidência, mas com uma
amostra que é possível fazer a democracia. O não vencedor é tão preparado para
liderar o país quanto o vencedor e os três são importantes na unidade quanto o
vencedor”, disse.
O ex-senador Arthur Virgílio, um dos candidatos das prévias, afirmou que
viu a polarização entre os dois candidatos e que agora é preciso romper os
laços com o bolsonarismo. Para ele, inclusive, alguns parlamentares votam
contra a decisão da Executiva Nacional do partido.
De acordo com o presidente do partido, Bruno
Araújo, o adiamento também permitiu que tucanos mais antigos PSDB registrassem
seus votos, pois não conseguiram fazê-lo na semana passada. O líder da legenda
citou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a senadora Mafra Gabrilli e o
ex-governador de São Paulo José Serra.
Ataques hackers
As prévias, que deveriam ter terminado na semana passada, sofreram inúmeros ataques hackers. Só
neste sábado, da meia noite às 16h50, o aplicativo das prévias do PSDB
registrou cerca de 26 milhões ataques hackers. A sigla ainda precisou contratar
uma nova empresa para dar o fim para o pleito, a BeeVoter.
De acordo com Bruno Araújo, a maioria das
tentativas de invasão vieram de fora do país. "Tem elementos técnicos que
podem ser melhor respeitados, mas no ponto de vista leigo, a informação que eu
tenho, é que todos são tentativas do exterior. Porque o Brasil, pelo que estou
entendendo, tem uma legislação física e eles acabam usando de países onde esse
tipo de crime é menos proibido", explicou.
Apenas dois filiados votaram de fora do país. Os acessos foram realizados em Portugal e na Califórnia.
Blog do Paixão