É a 23ª edição do festival, que tem na programação espetáculos, atividades formativas e diálogos
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om espetáculos, atividades de
formação e momentos de diálogos, o Sesc Pernambuco dá início ao Palco Giratório.
A edição pernambucana do projeto nacional, que é uma das referências nas artes
cênicas do Brasil, vai acontecer até o dia 19 de novembro com toda a
programação ao vivo, gratuita e online. A primeira encenação acontece nesta
quinta-feira (04/11), às 19h, com a “Mesa de GlosaR”, do coletivo pernambucano
Palhaças Violetas da Aurora.
“É uma volta importante do festival, já
consolidado no calendário cultural, porque foi repensado para garantir a
qualidade da experiência das pessoas a partir destes novos formatos e
abordagens que se reconfiguraram ante à estética e acesso digital”, comenta a
analista de Artes Cênicas do Sesc Pernambuco, Ariele Mendes. Todos os
espetáculos serão encenados nos teatros da instituição, como o Marco Camarotti,
Cine Teatro Samuel Campelo, Dona Amélia e Geraldo de Barros, mas sem a presença
de público, sendo transmitido em tempo real pelo canal do Sesc PE no Youtube.
Serão seis espetáculos, que trazem temáticas e
formatos diversos, incluindo palhaçaria, poesia, elementos circenses, dança,
monólogo e reflexão sobre a acessibilidade nos palcos e ancestralidade. Além
das encenações, o Palco Giratório vai promover intercâmbios culturais, que são
rodas de conversas online entre grupos locais e os coletivos artísticos que
integraram a mostra nacional do projeto. A ideia desses encontros é discutir
temas transversais às peças, somando experiências e visões dos coletivos.
Outro destaque da programação é o Pensamento
Giratório, também um encontro para reflexão. Nesta edição, contaremos com a
presença do mágico Rapha Santacruz (PE), que já apresentou o espetáculo
"Roda" na etapa nacional, e do artista Fabiano de Freitas (RJ), que
encena "Circo a céu aberto". Juntos, vão falar sobre a produção
dos dois grupos, a linguagem circense e a experiência da atuação em espaços
públicos.
Formações – Artistas iniciantes, profissionais e
pessoas interessadas na linguagem vão poder participar gratuitamente das ações
formativas do Palco Giratório. Com inscrição gratuita pelo cursos.sescpe.com.br
e vagas limitadas, as atividades também vão acontecer em formato digital.
Serão quatro oficinas, começando pela “A
vivência Malunga”, com Orun Santana, que está acontecendo até o dia 05/11. Em
seguida, vêm “O ator colaborativo”, com o grupo Bagaceira, dias 6/11 e 7/11;
“Vivências do corpo”, com Raquel Scotti Hirson (LUME Teatro – SP), dias 8/11 e
9/11; “Poéticas contemporâneas no teatro de sombras”, com Soledad Garcia e
Thiago Bresani (Cia Luminato), nos dias 18/11 e 19/11.
Programação – Palco Giratório
04/11, às 19h - “Mesa de GlosaR”, do Coletivo de
Palhaças Violetas da Aurora (Recife)
Mesa de GlosaR é uma
brincadeira e um desafio poético entre palhaças. No espetáculo, que muda a
cada apresentação, as Violetas da Aurora propõem uma suruba de poesia,
prosa, conversa, umbigadas e cantigas, trazendo à cena em seu bordado dramatúrgico
no diálogo com o improviso, obras de mulheres da nossa poesia
popular e de várias partes do Brasil e do mundo
05/11, às 19h - "Cavalo", da Qualquer Um dos 2
Companhia de Dança (Petrolina)
Cavalo
é um estado transitório. Lugar de tensão e estranhamento. Um espaço de colisão,
onde os corpos masculinos se revelam contraditórios. Esses estão à procura de
outros modos de ser/estar no mundo movidos pelo desejo de um devir-animal.
06/11, às 16h -
Decripolou Totepou – De Crianças, Poetas e Loucos, Todos Temos um
Pouco, do coletivo No Meu Terreiro Tem Arte
Além
da arte da palhaçaria, o espetáculo utiliza poesias, malabares e mágicas
para contar a história de Bandeira, uma brincante que anda pelo mundo
contando causos. Em mais uma de suas paradas, ela encontra-se com uma
terrível dor de boneca que a impede de realizar sua “função”.
11/11, às 19h - Ainda escrevo
para elas - Coletivo Memória em chamas – Natali
Assunção
Partindo
de 11 relatos de mulheres de realidades sócio econômica culturais diferentes, o
monólogo nos convida a um mergulho em narrativas sobre liberdade e
aprisionamento no cotidiano das mulheres. Ele propõe um diálogo entre o
documentário e a ficção por meio de impressões a partir das palavras do
escritor moçambicano Mia Couto.
12/11, às 19h - Arreia - Iara Campos e Íris Campos
É uma criação de dança que
estreou em formato online e traz à cena o imaginário das representações que
compõem o Caboclinho a partir do corpo brincador do Caboclinho 7 Flexas do
Recife. O enredo constrói relação entre o universo dos sonhos e a criação da
Agremiação, construindo uma narrativa que honra a ancestralidade indígena e a
resistência dos povos originários.
13/11,
às 16h - Slam das Mãos - Slam das Mãos
É o Sarau em Libras com
movimentos e poesias expressas em língua de sinais. Desde 2018 é composto por
artistas, surdos e ouvintes, que utilizam a Língua Brasileira de Sinais para
expressar arte através da poesia. O objetivo é mostrar que a arte da poesia em
Libras é multiforme e estimular os diversos artistas da comunidade surda a
desenvolver sua representatividade social e cultural.
Serviço – Palco Giratório
Data: até 19 de novembro
Valor: gratuito
Local: https://www.youtube.com/user/sescpernambuco
Programação e outras
informações: www.sescpe.org.br
Blog do Paixão