Gargalhada original e inerente, alegria espontânea de um bom companheiro, quero lembrar neste dia de domingo que o clima traz uma brisa fria e um tempo apontando para um fim de feriado agradável, do nosso amigo e colega de labuta, ANTONIO DELMONDES BENTINHO.
Bento, um dos filhos de dona Consuêlo Bentinho (in memoriam) que foi uma das que também contribuiu muito para a saúde do povo de Araripina, quando o principal posto de saúde funcionava na Rua Joaquim Rodrigues Nogueira, que se não me falha a memória ficava defronte a casa do então vereador Miguel Braz, próximo a escola Padre Luiz Gonzaga e, corrijam-me por favor, ficava também quase junto ao BANDEPE – Banco de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco.
Bento era um autêntico fiscal da Vigilância Sanitária. Como ninguém ele elaborava um relatório impecável e tinha um jeito manso de lidar com aqueles que eram fiscalizados e orientados por ele. Naquele tempo alguns serviços que hoje não estão na alçada da Vigilância Sanitária como recolher medicamentos e outros produtos vencidos, que eram ou descartados no “aterro sanitário” ou incinerados nos fornos cedidos pelas empresas do gesso, eram realizados de maneira rudimentar.
Companheiro também nos momentos de entretenimento, quando o tempo nos dava o prazer de sua companhia, as suas gargalhadas ecoantes e características, transformavam ainda mais em felicidade os horários fora do padrão comercial.
Como ele, José Alencar, Dr. Salomão, amigos incondicionais em todos os tempos, figuravam também no quadro de avisos de que companheiros precisam dos seus amigos nas horas difíceis e nos momentos de alegrias.
Alberto, Janildo, Geonaldes, Luiz Libano, devem lembrar das peraltices de menino que a turma aprontava para também apressar o horário de trabalho e esticar os horários nos bares - o “Colegial”, bar de dona Tildinha, de Tontonho, na bodega de Mozar, na bodega de seu Zé Coelho”, cerveja regada a sardinha, milho verde, farinha – um sarapatel com altos índices calóricos, que Bento adorava misturar.
Bento nos deixou cedo e prematuramente e, não adianta lembrar do seu carisma, do seu companheirismo, da sua dedicação e da sua simplicidade (ele não gostava muito de frescura) com tristeza, pois sua GARGALHADA, era um anúncio de que melancolia não combinava com ele.
Blog do Paixão