Tecnologias sociais como assistência técnica e extensão rural (ATER) e cisternas são algumas das atividades da organização no município. Coordenador da ONG, Alexandre Pires, ouviu como anda a execução dos diversos projetos e sugestões de aperfeiçoamento, além de alertar a sociedade sobre o desmonte do Programa Cisternas do governo federal
Alexandre Pires vem fazendo uma série de visitas em municípios onde a ONG Sabiá faz trabalhos de assistência técnica rural e agroecologia. Depois de visitar o Pajeú em janeiro e Zona da Mata em fevereiro, o biólogo visitará quinze municípios do agreste durante o mês de março.
A ONG Sabiá acumula quase 30 anos de ações nas várias regiões do estado de Pernambuco. De olho nessa perspectiva de refletir o passado e planejar o futuro, o coordenador da ONG, o biólogo Alexandre Pires, vem visitando uma série de municípios pelo agreste e nesta sexta, 25/3, chega a São Caetano para verificar os projetos já realizados e debater na Associação Serra da Onça como agroecologia pode ser uma das soluções para a fome e para a geração de renda das pequenas famílias agricultoras.
O Agreste guarda uma relação especial com a organização: foi em Bom Jardim que realizaram-se os primeiros projetos ligados à agroecologia e convivência com o semiárido, principais bandeiras da instituição. Hoje a ONG tem ações em vários municípios da região: somente em São Caetano foram 56 famílias com assistência técnica e a extensão rural em agroecologia e 235 cisternas entre os modelos calçadão, cisternas nas escolas, tanque de pedra e cisterna telhadão. “É muito importante o trabalho das comunidades na produção de alimento e a oferta desses alimentos nas feiras da agricultura familiar nos territórios. Acreditamos que estimular a produção e consumo de alimentos locais é investir na geração de trabalho e renda e na melhoria da economia dos municípios. Precisamos que as prefeituras invistam também nessas iniciativas", destaca o coordenador.
LUTA POR MAIS CISTERNAS
Além do Centro Sabiá, o biólogo também coordena a Articulação no Semiárido Pernambucano (ASA/PE), rede que desenvolveu o programa de cisternas adotado pelo Governo Federal, ação que infelizmente vem sendo desmontada desde o governo Temer: após o recorde de 111 mil e 106 mil cisternas em 2013 e 2014, respectivamente, ano após ano a construção dessas tecnologias no semiárido vem caindo, até atingir o número pífio de menos de 3 mil em 2021.
“Lamentavelmente temos vivido um apagão das políticas públicas para as populações rurais. Ainda há uma demanda de 350 mil cisternas para atender agricultores, quilombolas e indígenas, principalmente. Em Pernambuco são 38 mil famílias que ainda não têm as tecnologias., informa Alexandre.
AJUDE A CONSTRUIR UMA CISTERNA
A campanha "Tenho Sede" é uma alternativa da Articulação do Semiárido Brasileiro para seguir construindo cisternas pelo semiárido brasileiro. Se você puder ajudar com qualquer quantia acesse o site tenhosede.org.br e participe.
Clipe da campanha: https://youtu.be/pYWGLsT9cPI
LUTA TAMBÉM NA POLÍTICA
Visando fomentar e defender políticas públicas para Agroecologia e convivência com o semiárido, Alexandre Pires também é pré-candidato a deputado estadual em Pernambuco pelo Psol nas eleições de 2022. A candidatura é resultado da articulação de agroecologistas, professores, pesquisadores, artistas, especialistas de diversas organizações e movimentos sociais atuantes em Pernambuco, movimento denominado "AGROECOLOGIA URGENTE".
"Como sertanejo e que conhece bem o que é essa realidade do Semiárido, a pré-candidatura é um chamado a responsabilidade de defender na ALEPE políticas eficientes como a das Cisternas, e outras, que contribuem para melhoraria da qualidade de vida dos homens e mulheres do campo", finaliza. Alexandre deve visitar um total de 15 municípios do agreste até o fim de março.
Blog do Paixão