Hoje foi dia de dar uma passada no antigo manancial que abastecia Araripina e que as chuvas desses últimos dias o contemplaram com uma boa reserva hídrica. Posso estar errado, mas faz um bom tempo em que não víamos aquela represa tão azul, rodeada de verde e cercada por uma paisagem deslumbrante. O nosso Velho Açude DNOCS que ainda preserva a pedra com sua placa que data o início de suas obras de 1963, quando o município de Araripina era administrado por Sebastião Batista de Lima (Sebasto), que justamente naquele ano assumia a prefeitura. O Serviço de Abastecimento D’água do Açude Baixio – DNOCS foi mesmo inaugurado por Raimundo Batista de Lima (Dosa), já no início da fase do “Milagre Brasileiro”.
Em 2005 (fotos cedidas por Espedito Paixão) o manancial ainda preservava uma boa quantidade de água, sendo que daí em diante, as secas e os desvios dos cursos d’água, deixaram-no secar literalmente.
A placa fixada em uma rocha deixa quase imperceptível a capacidade e o volume de água, largura, altura, aproveitamento do Açude Público de Araripina que foi um investimento à época do Ministério da Viação e Obras Públicas; do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e do Terceiro Distrito de Obras.
E por que detalhar tudo isso? Porque para os fatos e para a história, todos os pormenores são importantes.
Importante também foi perceber o quanto a natureza foi tão generosa com aquele pedaço de chão tão maltratado pelo curso que o alimentou por muito tempo com as corredeiras e que a mão do homem tratou de transformar em um manancial tórrido e sofrido. A barragem fincada naquele torrão degradado, agora é coberto por um lençol verde trazido pelas chuvas recentes, demonstra o quão fértil é o nosso solo e o quão generoso é a mãe natureza.
Agora é só desfrutar do presente.
Fotos do Açude do DNOCS (2022)
Fotos de 2005. Quase uma miragem.
Blog do Paixão