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fantástico esmiuçou em uma matéria sobre como um olhar pode virar assédio e trouxe à luz uma prática que para muitos homens pode ser normal, mas que tem criado discussões quando esse mesmo olhar ter uma conotação de violência contra a mulher.
Não se trata de um olhar curioso, passageiro, nem de um flerte ou um olhar trocado com reciprocidade, mas do intimidador e que mete medo. Um comportamento em especial ganhou destaque nos cartazes da campanha britânica: o “starring”, traduzido como um olhar intenso, intimidador e intruso.
Nos cartazes da campanha do metrô fica claro: o olhar insistente pode ser considerado uma forma de assédio sexual e deve ser denunciado. A pena pode chegar a seis meses de prisão e multa.
“A princípio, essa conduta não encontraria um enquadramento típico, ou seja, uma descrição perfeita desta forma de violência, desta forma de assédio sexual. A não ser que estivesse combinada com outras condutas, como, por exemplo, tocar os órgãos genitais e lamber os lábios”, explica a advogada Marina Ganzarolli.
“Esse é o tipo de debate que faz com que a gente pense o que significa garantir a segurança dos corpos, de todos os corpos. Em especial, dos corpos femininos no ambiente público. Então, pensar em como essas violências podem ser incluídas pela nossa legislação é superimportante”, diz a advogada Marina Ganzarolli.
E quantos homens não cometem esse tipo de violência com todas as mulheres, e digo mais, sem respeitar as faixas etárias de idades e todos nós homens, somos testemunhas de que isso acontece da forma mais escandalosa, inescrupulosa e em qualquer lugar, seja no transporte coletivo, nas ruas e nos pontos em que qualquer olhar malicioso possa penetrar sem ser incomodado.
“olhar não paga” mas tem sido o pavio da pólvora para os vários tipos de violência contra a mulher.
Podemos dar um passo gigante no sentido histórico de garantir mais proteção para as mulheres, vítimas diárias de homens maldosos e sacanas garantindo que esse instrumento quando investido desses adjetivos de desejos, sejam rigorosamente punidos com a força da lei. Para isso eles precisam de um enquadramento e que não sejam combinados com outras condutas que já são mais do que formas de violência contra a mulher.
“Olhar não paga” ou “nem arranca pedaço” precisa ser urgentemente abominado e rechaçado pela sociedade para evitar os velhos olhares assediosos e maldosos dos homens sem escrúpulos.
Mulheres
de todas as formas merecem o nosso respeito.
Blog do Paixão