História de Araripina: Os The Five Boys de Araripina

The Five Boys de Araripina. Crédito: Ailton Barbosa

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Quem disse que só de boemia

Se viveu a geração

O rock se enaltecia

Dava o tom em seu refrão

Os Beatles se consagrava

E aqui “nós” imitava

O bom de cada canção

Tinha aquela afinidade
Era muita brasa mora
Cabeludo era pra frente
Alegria sem demora
Os The Five de Araripina
Criou sua própria rima

Pra conquistar nossa história

Versos Livres sem metrificação

 

E com esses refrões proseados, agradecendo sempre as histórias que nos chegam para dissertar cada momento importante da História de Araripina, recebi com muito júbilo os registros de uma das bandas que foram criadas em Araripina, para alegrar os bares dos boêmios inveterados e as noites envolventes que faziam a alegria daquela “galera” que gostava de música boa.

The Five Boys de Araripina - Em pé primeiro a esquerda com sax – Fernando; no meio segurando as baquetas de bateria - Edmilson de Duí (Pata); com a guitarra Ailton Barbosa (irmão do cantor e compositor Jesuíno Barbosa). Agachados primeiro a esquerda com contrabaixo Ronaldo Coca Cola (faleceu uns dois anos); e por último com Moacir, filho de Dona Perpétua que tinha um salão de beleza ali vizinho onde era o bar de João Boca Torta. Moacir mora atualmente em Goiana. Crédito: Ailton Barbosa

O tom foi dado Fernando
Pode ecoar sua voz
Deixar o sax mais belo
Saudade bater em nós
Ronaldo “taqui” no baixo
Fazendo o esculacho
Nesse tom rico e feroz

O The Five Boys de Araripina, foi uma banda que surgia entre os anos de 1968 a 1970 e era composta daqueles “rebeldes”, no bom sentido, para trazer um pouco dos tempos áureos da música popular brasileira e até da música internacional dos grandes astros pop da época. Do mesmo tempo dos Buaers – que era outra banda formada por Heleno Lacerda, Divanágoras Holanda, Lindomar, Burgo, Zito Goiana e Lúcio (ver foto abaixo), o The Five Boys tinha entre os seus integrantes: Fernando, Edmilson Batista (Pata), Jacó Saraiva (nosso colaborador), Moacir e Ronaldo.

E aquela geração
O grande auge viveu
Da Jovem Guarda ao pop
Tudo de bom aconteceu
Bossa e samba quadrado
Tropicalismo arraigado
Tudo de bom se colheu

E estou aqui a trazer
Um pouco dessa memória
Mantida por quem viveu
Nesse passado de glória
E eu fui me intrometendo
E a mesma história vivendo
Seguindo a trajetória

Os Bauers. Crédito: Hely Alencar