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ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em comício na cidade de Nova Iguaçu, na noite de quinta-feira (8), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez dos atos do 7 de Setembro uma “festa pessoal” e comparou os eventos com uma “reunião da Ku Klux Klan”, organização racista que prega a supremacia branca nos Estados Unidos.
“[Bolsonaro] fez da festa do nosso país uma festa pessoal. Aliás, Dilma, eu não sei se você viu na televisão. Foi uma coisa muito engraçada, que no ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz, porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador”, disse.
Ele se referia aos atos cívicos militares realizados em Brasília e no Rio de Janeiro com a participação de Bolsonaro. Militantes bolsonaristas e apoiadores do candidato à reeleição pelo PL compareceram vestidos de verde e amarelo. Manifestações da oposição não tiveram a mesma adesão.
Lula discursou durante cerca de 25 minutos. Ele voltou a criticar o preço dos alimentos, em especial o da carne, e fez críticas à gestão de Bolsonaro. O ex-presidente também fez uma série de referências à ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Dilma, cujo discurso antecedeu Lula, sugeriu que há “demônios” no Palácio do Planalto. A fala veio em meio às críticas da atuação de Bolsonaro na pandemia do coronavírus.
A CNN entrou em contato com a campanha de Bolsonaro e com o Palácio do Planalto para pedir um posicionamento sobre as falas de Lula. A assessoria da campanha do PL, partido do presidente, disse que o presidente não vai comentar.
Na manhã desta sexta-feira (9), o presidente usou suas redes sociais para comentar o caso. Ele disse que o petista se sentiu “excluído” após ver um vídeo do ato. “Parece que o ex-presidiário se sentiu excluído após esse vídeo. Em resposta, chamou o povo de ‘cuscuz clã’, talvez porque assistiu a milhões de brasileiros vestindo amarelo”, escreveu o presidente.
O vídeo mostra apoiadores do presidente repassando uma nota de R$ 5 entre os participantes do ato para comprar uma água. Um homem comemora que a água chegou de mão em mão sem ter sido roubada. “A água está voltando, hein? Aqui não tem ladrão não”, diz. A maioria dos participantes está vestida com as cores da bandeira.
Advogados aliados de Bolsonaro dizem que vão processar Lula por citar Ku Klux Klan
Advogados ligados a Jair Bolsonaro (PL) estão preparando ações judiciais contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por dano moral coletivo. Durante ato de campanha na quinta-feira (9), o petista comparou os apoiadores do presidente que foram às manifestações de 7 de Setembro a membros da Ku Klux Klan.
O entendimento é de que o presidente vai apoiar a ação.
Candidatos negros que participaram das manifestações de 7 de Setembro também vão registrar queixa-crime contra Lula e pedir a impugnação de sua candidatura.
Em Nova Iguaçu, o petista afirmou na quinta: “[Bolsonaro] fez de uma festa do país uma festa pessoal, aliás, foi uma coisa muito engraçada, que o ato no Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan, só faltou o capuz. Porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador, o artista principal era o ‘Velho da Havan’, que aparecia como se fosse o Louro José, participando ativamente da campanha”.
Nesta sexta-feira (9), Lula repetiu a declaração ao comentar a repercussão à sua fala e disse que fez a comparação porque ficou “assustado”.
“Eu apenas comparei, eu vejo todo filme americano, vejo muita coisa sobre a guerra racial e quando eu vi o palanque de ontem, fiquei assustado, não tinha povo, tinha uma elite muito violenta no seu discurso, a começar pelo presidente”, disse o petista.
Ciro Gomes diz que fala de Lula sobre Ku Klux Klan é “grave” e “desrespeitosa”
Para candidato à Presidência pelo PDT, sociedade brasileira normalizou a “quantidade de absurdos ditos diariamente por Lula e Bolsonaro”
Danilo Moliternoda CNN
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) usou suas redes sociais nesta sexta-feira (9) para criticar a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que relaciona as manifestações do 7 de Setembro com participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma “reunião da Ku Klux Klan”. O pedetista disse que a fala é “tão grave e desrespeitosa quanto chamar alguém de nazista”.
“Chamar indistintamente uma plateia, mesmo que de seguidores frenéticos, de membros da Ku Klux Klan, é tão grave e desrespeitoso quanto chamar alguém de nazista. Mas como desculpa e autocrítica não cabem na boca desta falsa divindade [Lula], tudo vai ficar por isso mesmo”, escreveu.
Lula disse em comício na cidade de Nova Iguaçu, na noite de quinta-feira (8), que Bolsonaro fez do 7 de Setembro uma “festa pessoal” e comparou os eventos com uma reunião da Ku Klux Klan, organização racista que prega a supremacia branca nos Estados Unidos.
“[Bolsonaro] fez da festa do nosso país uma festa pessoal. Aliás, Dilma, eu não sei se você viu na televisão. Foi uma coisa muito engraçada, que no ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz, porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador”, disse.
Ciro Gomes ainda escreveu que “a quantidade de absurdos ditos diariamente por Lula e Bolsonaro” foi “normalizada” pela sociedade brasileira. Ele relembrou que Bolsonaro puxou um coro de “imbrochável” em pronunciamento na Esplanada dos Ministérios, durante manifestação do 7 de Setembro.
“Depois dos ‘imbrocháveis’ do dia 7, agora é a falsa divindade da esquerda que chama os bolsonaristas de membros da Ku Klux Klan. É este o homem que quer pacificar o país? É este o entendimento que ele tem do fenômeno que fez eclodir o bolsonarismo? É esta a autocrítica por ser, ele mesmo, um dos responsáveis diretos pelo radicalismo que hoje domina nossas ruas?”, questionou o presidenciável.
Bolsonaro também se pronunciou sobre a fala de Lula nesta sexta-feira. Ele disse que o petista se sentiu “excluído” após ver um vídeo do ato.
“Parece que o ex-presidiário se sentiu excluído após esse vídeo. Em resposta, chamou o povo de ‘cuscuz clã’, talvez porque assistiu a milhões de brasileiros vestindo amarelo”, disse o presidente.O vídeo mostra apoiadores do presidente repassando uma nota de R$ 5 entre os participantes do ato para comprar uma água. Um homem comemora que a água chegou de mão em mão sem ter sido roubada. “A água está voltando, hein? Aqui não tem ladrão não”, diz. A maioria dos participantes está vestida com as cores da bandeira
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