Partidos de Marília Arraes e Raquel Lyra elegeram poucos nomes, o que faz com que precisem negociar
Por Edson Mota
Foto: Reprodução
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o primeiro turno das eleições, finda-se também a composição das 49 vagas para
deputado estadual na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Depois de 16 anos, o PSB não estará à frente do cargo do Executivo estadual, o
que deve gerar um jogo de cadeiras para a próxima governadora que ocupar o
Palácio do Campo das Princesas.
Com 14 vagas, o PSB é dono da maior bancada da Alepe, seguido pelo PP, com oito, e do PL e União Brasil, ambos com cinco cada. A grande questão dessa nova composição é que as duas primeiras siglas faziam parte da Frente Popular de Pernambuco, o que faz com que um apoio a um eventual governo de Marília Arraes (Solidariedade) ou Raquel Lyra (PSDB) possa se tornar uma tarefa difícil para ambas.
O caso de Marília se
torna mais complexo porque ela era do PSB e saiu há alguns anos, migrando para
o PT e, mais recentemente, para o Solidariedade. As saídas respectivas do PSB e
do PT fizeram com que a candidata criasse rusgas com os dois partidos. No caso
de Raquel, por ela ter feito oposição aos governos socialistas desde que
desembarcou no PSDB, o trabalho deve ser de reconstrução de pontes.
Por isso, para a
cientista política Priscila Lapa, o momento depois do segundo turno irá
requerer uma grande habilidade política, independentemente de quem for a
vencedora do pleito. “Em um primeiro momento, faz-se necessário ter esse
trabalho de conversas, pois nenhuma das duas teve uma composição partidária
considerável”, analisou. Tanto o Solidariedade quanto o PSDB elegeram três
deputados cada.
Apesar disso, Priscila não crê em dificuldades de governar de nenhuma das duas partes. “Dificilmente um governador não forma sua maioria pelo modelo vigente do nosso sistema político. Eles têm muita facilidade para formar uma base. De uma maneira geral, a tendência é uma adesão de alguns partidos à base. Não creio em algo diferente na nova legislatura, apesar do novo nuance político no Brasil que se apresenta”, finalizou.
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