Nos 110 anos de comemoração
do mais ilustre representante da nossa música nordestina, encontramos duas reportagens
da Revista Amiga: uma do ano de 1972 em que fala da volta por cima do artista
que morava na Ilha do Governador, que fica localizada no lado ocidental da Baía
de Guanabara, no Estado do Rio de Janeiro, com sua mulher Helena, a filha
Rosinha e Raimundo, menino que ele acreditava ia ser um grande músico e o estava
ajudando. A outra do ano de 1973 que fala da sua despedida com o título: Vai Boiadeiro, deixa saudade.
A música Asa Branca já era considerada uma das
melhores músicas brasileiras, e até Ovo
de Codorna, que a crítica não aprovou, mas que o público colocou nas
paradas de sucesso.
O texto fala que Luiz
Gonzaga (Luís escrito com S) ia se apresentar no teatro Teresa Raquel e lá ia
mostrar porque os baianos, liderados por Caetano Veloso, resolveram redescobri-los,
incluindo-o entre um dos mais importantes compositores do país.
O Velho Lula afirma que
já tinha sofrido desilusões públicas como a do Festival Internacional da Canção
teve que chamar o filho (Luiz Gonzaga Jr.) para poder entrar e participar.
“E pra falar a verdade, gosto mesmo é de cantar em praça pública, para os cabeças-chatas, que me entendem.”.
Com 30 anos de carreira,
Luiz Gonzaga ainda guardava mágoa, de nunca ter sido aceito, no Rio de Janeiro,
como um artista classe A. Isso aconteceu depois que Caetano regravou Asa Branca.
A vida de Gonzaga saiu da
rotina depois que o sucesso chegou outra vez.
Na reportagem do ano seguinte
da mesma revista, fala que o “Rei do Baião” estava se despedindo da carreira, e
que o mesmo iria voltar para Exu, sua terra natal.
Gonzagão decidiu que sua
despedida seria com os jovens que o redescobriram graças a Caetano Veloso, no
final de carreira.
“Vou fazer uma série de apresentações em universidades, acompanhado do meu filho, Luiz Gonzaga Júnior e do Quinteto Violado, que chegou agorinha do Recife, disse”.
Blog do Paixão