As exonerações chamaram a atenção por ocorrerem apenas três dias após a constatação de que a invasão de garimpeiros à Terra Indígena Yanomami, em Roraima, somada à falta de assistência médica adequada, gerou uma crise sanitária.
Na última sexta-feira (20), o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no território indígena – o que permite ao Poder Executivo federal adotar medidas de prevenção, controle e contenção de riscos à saúde pública em caráter de urgência.
Motivado pelas denúncias de que a atividade ilegal de garimpeiros
está contaminando os rios que abastecem as comunidades locais, destruindo a
floresta e afetando as condições de sobrevivência das populações, o Poder
Executivo enviou para a Terra Indígena Yanomami, no início da semana passada,
técnicos do Ministério da Saúde que se depararam com crianças e idosos
desnutridos, muitos pesando bem abaixo do mínimo recomendável, além de pessoas
com malária, infecção respiratória aguda e outras doenças sem receber qualquer
tipo de assistência médica.
O governo federal também instalou o chamado Centro de Operações de
Emergências em Saúde Pública (COE), subordinado à Secretaria de Saúde Indígena
(Sesai) e encarregado de coordenar as respostas do Poder Público à situação
emergencial.
Além disso, no sábado (21), o próprio presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, visitou a Casa de Saúde Indígena Yanomami (Casai
Yanomami), para onde vários indígenas estão sendo levados a fim de receber
cuidados médicos, e anunciou uma série de medidas, como a distribuição
de alimentos e medicamentos para as comunidades do território
yanomami.
Segundo o governo federal, mais de 30,4 mil indígenas vivem na
área que a União destina ao usufruto exclusivo dos yanomami.
* Com informações da
Agência Brasil
Blog do Paixão